Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.
Primeiro - Trate Seriamente com o Pecado. Segundo - Não Seja Dono de Coisa Alguma. Terceiro - Nunca se Defenda. Quarto - Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém. Quinto - Nunca Aceite Qualquer Glória. A.W. Tozer
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
3 verdades para dizer à tentação
Como verdadeiro filho de Adão, nascido com uma afeição natural pelo pecado, não me faltam oportunidades de considerar o pecado e de considerar o desejo de cometê-lo em suas mais diversas variedades. Como marido, pai, pastor e membro de igreja, não me faltam oportunidades de falar com os outros sobre seus pecados e tentações. E recorrentemente me vejo voltando a verdades mais simples, a palavras que podem e devem ser ditas à tentação.
A primeira coisa a se falar ao pecado que o tenta é: esse não é quem eu sou! Aquela tentação, aquele pecado, não é mais parte da sua identidade. Aqueles que colocaram sua fé em Cristo Jesus estão em Cristo Jesus – “Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo (1 Coríntios 15.22). Agora há uma união em Cristo que provê uma identidade nova. “Vocês não pertencem a si mesmos, porque foram comprados por preço” (1 Coríntios 6.19-20). Se Cristo é a videira, você é um ramo enxertado na videira e feito indissociável dela (João 15.5). Você não é mais quem você era. Você é uma nova criatura, refeita a imagem de Cristo. Você foi justificado, adotado e santificado. Em sua salvação, você foi transformado de forma que a sua mais profunda identidade, sua identidade eterna, não é mais de Satanás, mas de Cristo. Não mais pecaminosa, porém santa. Seja quem você é!
A segunda coisa a se dizer à tentação é: você não tem poder sobre mim! Houve um tempo em que o pecado e a tentação tinha completo poder sobre você. Você estava sob domínio de Satanás, escravo do pecado e da injustiça (Romanos 6.20). Porém, não mais. Ao colocar sua fé em Cristo, você foi liberto da autoridade do pecado. “(…) sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destituído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado do pecado” (Romanos 6.6-7). Não apenas isso, o Espírito Santo fez de você sua habitação (1 Tessalonicenses 4.8), e ele dá poder para não pecar, além de poder escolher alegremente a justiça. O único poder que o pecado tem é o que você o dá quando se recusa a se utilizar da força “esmagadora de pecados” do Espírito Santo. Nunca se esqueça que o seu pecado não tem poder sobre você.
A terceira coisa para falar para sua tentação é: você promete demais e entrega de menos! O pecado sempre promete muito, mas entrega pouco. Apenas pense no que o pecado prometeu para Adão e Eva (Gênesis 3.4-5) e o que ele realmente entregou a eles (de Gênesis 3.7 a Apocalipse 22.21). Pense no que o pecado prometeu a Abraão, Sansão, Davi, Judas, Pedro, Ananias e Safira e compare com o que ele custou para essas pessoas. Além disso, pense em Jesus e o que o pecado custou para ele (embora o pecado fosse dele por imputação, não por comissão)! Se você ler sua Bíblia, mesmo que com o olho entreaberto, você não conseguirá deixar de perceber o abismo entre o que o pecado oferece e o que ele entrega. Se você rever sua vida com um mínimo de honestidade, você perceberá esse mesmo abismo. O pecado promete alegria, mas traz dor. Promete felicidade, mas traz vergonha. Promete vida, mas traz morte. Promete liberdade, mas traz culpa. Promete o céu, mas traz o inferno. É sempre, sempre uma mentira.
A tentação de pecar é inevitável quando você é um ser pecaminoso, vivendo em um mundo de pecado. Mas de fato pecar não é, de forma alguma, inevitável quando somos feitos santos, por meio de Jesus Cristo. Aprenda a falar a verdade, a verdade dele, a todas as tentações.
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Por Tim Challies
SALMO 35 - FALSOS AMIGOS EXISTEM
Foi com um beijo que Jesus foi traído por Judas
Iscariotes, seu amigo! Seu amigo próximo usa um sinal de intimidade e amor para
ganhar algumas moedas em troca.
Muitas amizades hoje em dia são parecidas! Pessoas
se aproximam de outras pelo que elas podem oferecer; e quando elas não têm mais
nada que interessa, logo já não servem mais para tal relacionamento.
Davi denuncia aqui: "Quando eles estavam
enfermos eu me vestia de pano de saco e afligia minha alma com jejuns",
não é assim que são os amigos? "Choram com os que choram"! E,
continua Davi: "Portava-me como se eles fossem meus amigos, meus
irmãos".
Eu consigo imaginar o choro e a tristeza de Davi em
escrever essas palavras.
Se você já foi traído porque alguém que você ama
muito lhe decepcionou, certamente entenderá o desabafo do Rei: "Pagam-me
o mal pelo bem, isso é desolação para a minha alma".
Mas, tenho algo a lhe dizer. Ninguém foi mais
injustiçado nesse sentido do que Jesus; mesmo assim "Ele deu a sua vida
pelos seus amigos".
"Deus prova o seu amor para conosco pelo fato
de ter Cristo morrido por nós quando ainda éramos inimigos".
Ele é o único amigo que jamais poderá falhar
conosco (nós mesmos falhamos com os nossos amigos).
Acompanhamos o autor desse salmo nessas palavras: "Minha
alma se alegrará no Senhor... Digam sempre: Glorificado seja o Senhor que se
compraz com a prosperidade dos seus amigos", como Jesus os chama em
João 15:15: "tenho-vos chamado de amigos".
Está aí o exemplo de um amigo sempre presente,
verdadeiro e redentor. Ele se compadece de nossas fraquezas e nos conhece
melhor do que nós mesmos.
Ele é verdadeiro amigo e não há nenhum ciúme nessa
relação.
É saber que ele tem muitos amigos, pois cada um deles são meus irmãos!
Venha para nossa família!
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Por: Samuel Vitalino
Fonte: Pagina do Facebook do autor.
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
A fé verdadeira e a fé falsa
Referência: Tiago 2.1-26
INTRODUÇÃO
1. Tiago capítulo 2 é um dos textos mais importantes da Bíblia. Muitos estudiosos da Bíblia não conseguiram entendê-lo. Lutero pensou que Tiago estivesse contradizendo Paulo (Rm 3:28 – Tg 2:24; Rm 4:2-3 – Tg 2:21). Logo, Lutero chamou Tiago de carta de palha.
2. Mas será que Tiago está contrazendo Paulo? Absolutamente não. Paulo falou que a causa da salvação é a justificação pela fé somente. Tiago diz que a evidência da salvação são as obras da fé. Paulo olha para a causa fala da fé. Tiago olha para a consequência e fala das obras. Paulo deixa isso claro em Efésios 2:8-10.
3. Calvino dizia que a salvação é só pela fé, mas a fé salvadora não vem só. Ela se evidencia pelas obras. A questão levantada por Paulo era: “Como a salvação é recebida?” A resposta é: “Pela fé somente”. A pergunta de Tiago era: Como essa fé verdadeira é reconhecida?” A resposta é: Pelas obras!
4. Assim, Tiago e Paulo não estão se contradizendo, mas se completando. Somos justificados diante de Deus pela fé, somos justificados diante dos homens pelas obras. Deus pode ver a nossa fé, mas os homens só podem ver as nossas obras.
I. A FÉ TESTADA – V. 1-13
Tiago falou que nascemos da Palavra (1:18), ouvimos a Palavra (1:19), acolhemos a Palavra (1:21), mas devemos também praticar a Palavra (1:23). Ouvir a Palavra e falar a Palavra não substitui o praticar a Palavra. Apenas ter uma confissão de fé ortodoxa não substitui o praticar a Palavra.
Tiago mostra que a maneira como nos comportamos com as pessoas indica o que realmente nós cremos sobre Deus. Não podemos separar relacionamento humano de comunhão divina (1 Jo 4:20).
Neste parágrafo Tiago diz que nós podemos testar a nossa fé pela maneira como nós tratamos as pessoas.
1. A divindade de Cristo – v. 1-4
Tiago diz que a fé verdadeira é conhecida pelo relacionamento imparcial com as pessoas. Dois visitantes entram na igreja: um rico e outro pobre. Oferecer maiores privilégios ao rico e desprezar o pobre é negar a nossa fé no Senhor da glória. Jesus não valorizava as pessoas pela cor da pele, pela beleza das roupas, pelo dinheiro. Jesus não julgava as pessoas pela aparência (Mt 22:16).
Ele sendo o Senhor da glória se fez pobre e não julgou as pessoas pela aparência. Para acolheu os ricos e os pobres; os religiosos e os publicanos; os doentes e as crianças; os israelitas e os gentios. Sua palavra para nós é não julgarmos as pessoas pela aparência (Jo 7:24).
2. A graça de Deus – v. 5-7
A ênfase de Tiago é sobre a soberana escolha de Deus. A salvação não está baseada em mérito humano nem mesmo em nossas obras. A salvação não é nem comprada nem merecida (Ef 1:4-7; 2:8-10). Deus ignora diferenças nacionais (salvou Cornélio). Ele ignora diferenças socias (salva senhores e escravos – Filemon e Onézimo).
A escolha divina não está baseada no que a pessoa tem (1 Co 1:26-27). É possível uma pessoa ser pobre neste mundo e rica no vindouro. Ser rica neste mundo e pobre no vindouro (1 Tm 6:17-18). Devemos tratar as pessoas como Deus as trata e não de acordo com o status social.
3. A Palavra de Deus – v. 8-11
A essência da lei de Deus é o amor ao próximo como a nós mesmos. A questão não é quem é o meu próximo, mas quem eu posso ser o próximo? O amor é o cumprimento de toda a lei. Amar é tratar as pessoas como nos trata. O sacerdote e o levita tinham uma fé ortodoxa. Eles serviam no templo. Mas eles falharam em viver a fé, amando o próximo. A fé era ortodoxa, mas estava morta.
Quem não ama é transgressor da lei. E se tropeçarmos num único ponto, somos culpados da lei inteira.
4. O julgamento de Deus – v. 12-13
A nossa fé será finalmente provada no dia do juízo. E o que será julgado? 1. Nossas palavras – Palavras de acepção (2:3), palavras de desprezo (2:6), palavras frívolas (Mt 12:36); 2. Nossas atitudes serão julgadas – Quando não de misericórdia com as pessoas, estamos negando a nossa fé e atraindo sobre a nossa cabeça o juízo de Deus (2:13).
Precisamos estar seguros de que praticamos as doutrinas que defendemos. O profeta Jonas tinha uma maravilhosa teologia, mas ele odiou as pessoas e estava irado com Deus (Jn 4).
II. A FÉ MORTA – V. 14-17
A fé é uma doutrina chave no Cristianismo. O pecador é salvo pela fé (Ef 2:8-9). O justo vive pla fé (Rm 1:17). Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11:6). Tudo o que é feito sem fé é pecado (Rm 14:23).
Em Hebreus 11 encontramos a galeria da fé, onde homens e mulheres creram em Deus e viveram e morreram pela fé. Fé a confiança de que a Palavra de Deus é verdadeira não importa as circunstâncias.
Qual é o tipo de fé que salva uma pessoa? Nem todas as pessoas que dizem crer em Jesus estão salvas (Mt 7:21).
Quais são as características de uma fé morta?
1. É uma fé divorciada da prática da piedade
É um erro pensar que apenas recitar ou defender um credo ortodoxo faz de uma pessoa um cristão. Assentimento intelectual apenas não é fé salvadora. A fé que não produz vida, que não gera transformação é uma fé espúria (Mt 7:21).
Ilustração. O pastor que foi confrontado pelo seu adultério e ele respondeu: E daí, se eu estou cometendo adultério? Eu prego melhores sermões do que antes. Esse homem estava dizendo que enquanto ele acreditasse e pregasse doutrinas ortodoxas, não importa a vida que ele leva. Mas Tiago ataca esse tipo de pensamento.
As igrejas estão cheias de pessoas que dizem que crêem, mas não vivem o que crêem. Isso é fé morta.
2. É uma fé meramente intelectual
A pessoa consente com certas verdades, mas não é mudada por elas. No verso 14 Tiago pergunta: “Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo?”. Quando semelhante ele está falando de um certo tipo de fé, ou seja, a fé apenas verbal em oposição à fé verdadeira. Ainda no verso 14 ele pergunta: “Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras?” A fé aqui descrita existe apenas na base da pretensão. A pessoa diz que tem fé, mas na verdade não tem.
As pessoas com uma fé morta substituem obras por palavras. Eles conhecem as doutrinas, mas eles não praticam a doutrina. Eles têm discurso, mas não têm vida. A fé está apenas na mente, mas não na ponta dos dedos.
3. É uma fé ineficiente
Tiago dá dois exemplos para ilustrar a fé morta (2:15-16). Um crente vem para a igreja sem roupas próprias e sem comida. Uma pessoa com uma fé morta vê essa situação e não faz nada para resolver o problema do irmão necessitado. Tudo o que ele faz e falar algumas palavras piedosas (2:16).
Comida e roupa são necessidades básicas (1 Tm 6:8; Gn 28:20). Como crentes devemos ajudar a todos e principalmente aos domésticos da fé (Gl 6:10). Seremos julgados por esse critério (Mt 25:40). Deixar de ajudar o necessitado é fechar o coração ao amor de Deus (1 Jo 3:17-18). O sacerdote e o levita podiam pregar sobre sua fé, mas não demonstraram a sua fé (Lc 10:25-37).
John Calvin disse: “É só a fé que justica, mas a fé que justica jamais vem só”.
4. É uma fé inútil
A fé sem obras é inoperante (2:20). Se uma fé é inútil de forma geral, ela também o é no caso da salvação!
5. É uma fé incompleta
Tiago diz que a fé sem as obras está incompleta (2:22), visto que são as obras que consumam a fé. As obras são a evidência da fé. Somos salvos pela fé para as obras (Ef 2:8-10). Se não tem obras, não tem fé!
6. É uma fé morta
Tiago é claro em afirmar que a fé sem as obras está morta (2:17; 2:26) e uma fé morta não salva ninguém. Essa fé intelectual, inútil, incompleta e morta não salva ninguém. Ortodoxia sem piedade produz morte.
III. A FÉ DEMONÍACA – V. 19
A fé morta é uma fé que atinge apenas o intelecto. A fé dos demônios atinge o intelecto e também as emoções. Os demônios têm um estágio mais avançado de fé que muitos crentes. A fé dos demônios não é apenas intelectual, mas também emocional. Eles crêem e tremem!
Crer e tremer não é uma experiência salvadora. Você não conhece uma pessoa salva pelo conhecimento que ela adquire nem pelas emoções que ela demonstra, mas pela vida que ela vive (2:18).
No que os demônios crêem?
1. Os demônios crêem que Deus é um só
Os demônios crêem na existência de Deus. Eles não são nem ateístas nem agnósticos. Eles crêem na “shemma judaico”: OUVE Ó ISRAEL, O SENHOR NOSSO DEUS É O ÚNICO SENHOR. Mas essa crença dos demônios não pode salvá-los.
2. Os demônios crêem na divindade de Cristo
Os demônios corriam para ajoelhar diante de Cristo para adorá-lo (Mc 3:11-12). Eles sabiam quem era Jesus. Eles se prostravam aos pés do Senhor Jesus.
3. Os demônios crêem na existência de um lugar de penalidades eternas
Eles sabem que o inferno foi criado para o diabo e seus anjos. Eles sabem que o inferno é destinado para todos aqueles cujos nomes não forem encontrados no Livro da Vida. Eles não negam a existência do inferno (Lc 8:31). Eles crêem nas penalidades eternas.
4. Os demônios crêem que Cristo é o supremo Juiz que os julgará
Os demônios sabem que terão que comparecer diante de Cristo, o supremo juiz. Eles crêem no julgamento final. Eles crêem que todo joelho vai ter que se dobrar diante de Cristo.
IV. A FÉ SALVADORA – V. 20-26
A fé salvadora pode ser sintetizada em três palavras: notitia (conteúdo), assensus (concordância), fiducia (confiança): conteúdo, concordância e confiança. A fé verdadeira inclui o intelecto, as emoções e a vontade. O conteúdo da fé é a verdade de Deus. Eu recebo essa verdade e confio nela e por ela sou transformado.
Como Tiago descreve a fé verdadeira?
1. A fé salvadora está baseada na Palavra de Deus
Tiago cita dois exemplos: Abraão em Raabe. Duas pessoas totalmetne diferentes: Abraão o amigo de Deus, Raabe membro dos inimigos de Deus. Abraão, piedoso, Raabe prostitua; Abraão um judeu, Raabe uma gentia. O que tinham de comum? Ambos confiaram na Palavra de Deus.
A questão não é a fé, mas o objeto da fé. Não é fé na fé. Não é fé nos ídolos. Não é fé nos ancestrais. Não é fé na confissão positiva. Não é fé nos méritos. É fé em Deus e na sua Palavra.
A fé está baseada num conjunto de verdades. A fé está estribada em Deus e na sua Palavra. Não é fé em subjetividades, mas fé na Palavra.
2. A fé salvadora envolve todo o ser humano
A fé morta toca apenas o intelecto. A fé dos demônios toca o intelecto e também as emoções. Mas a fé salvadora atinge o intelecto, as emoções e também a vontade. A mente entende a verdade, o coração deseja a verdade e a vontade age com base na verdade.
3. A fé salvadora conduz à ação
Tiago cita dois exemplos de fé que produziu ação.
O exemplo de Abraão. Gênesis 15:6 diz que Abraão creu e isso lhe imputado para justiça. Gn 22:1-19 mostra a obediência de Abraão em oferecer o seu filho para Deus, crendo que Deus poderia ressuscitá-lo (Hb 11:19). Abraão não foi salvo por obedecer esse difícil mandamento. Sua obediência provou que ele já era salvo. Abraão não foi salvo pela fé mais as obras, mas pela fé que produz obras.
Como então, Abraão foi justificado pelas obras, uma vez que já tinha sido justificado pela fé (Gn 15:6; Rm 4:2-3)? Pela fé ele foi justificado diante de Deus e sua justiça foi declarada. Pelas obras ele foi justificado diante dos homens e sua justiça foi demonstrada. A fé do patriarca Abraão foi demonstrada pelas suas obras.
Hoje, muitos professam crer em Deus, mas o negam por suas obras (Tt 1:16; 3:8).
O exemplo de Raabe. Raabe creu e agiu. Ela ouviu a Palavra de Deus e reconheceu que estava numa cidade condenada. Ela não somente entendeu a mensagem e sentiu o seu coração tocado (Js 2:11), mas fez alguma coisa: protegeu os espias (Hb 11:31). Ela arriscou a sua própria vida para proteger os espias. Mais tarde ela fez parte do povo de Deus (Mt 1:5) e tornou-se membro da genealogia de Cristo. Isso é graça que opera a fé salvadora.
CONCLUSÃO
Paulo diz que do mesmo jeito que somos destinados para a salvação, somos também destinados para as boas obras. Se a ordenação é determinativa no caso da salvação, também o é no caso das boas obras.
A salvação é só pela fé, mas por uma fé que não está só. Uma fé viva se expressa por obras, ou seja, uma vida que traz glória a Jesus.
Paulo ainda nos exorta a um auto-exame: “Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados” (2 Co 13:5).
a) Houve um tempo que sinceramente reconheci o meu pecado diante de Deus?
b) Houve um tempo em que meu coração fortemente desejou fugir da ira vindoura?
c) Houve um tempo em que compreendi que Cristo morreu pelos meus pecados e já confessei que não posso salvar-me a mim mesmo?
d) Houve um tempo em que sinceramente eu me arrependi dos meus pecados?
e) Houve um tempo em que realmente eu depositei a minha confiança no Senhor Jesus?
f) Houve um tempo em que de fato houve mudança em minha vida?
g) Desejo eu viver para a glória de Deus, pregar a salvação para os outros e ajudar os necessitados?
h) Tenho eu prazer na intimidade de Deus?
i) Estou preparado para a segunda vinda de Cristo?
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Fonte: Site Palavra da Verdade - Hernandes Dias Lopes
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Stranger Things e o Ministério de Jovens
Por Pedro Pamplona
Usei meu último dia de folga para assistir com minha esposa a série mais comentada nesses últimos dias, Stranger Things. Gostamos muito de séries e do Netflix. Foram 8 episódios muito interessantes que prederam nossa atenção e imaginação. Como a expectativa criada em torno da produção foi grande, ela não foi superada, mas é uma excelente série. Como é de se esperar (pelo nome) coisas estranhas acontecem nessa ficção científica. Na verdade, coisas bem estranhas e inesperadas por todos. A história [LEVE SPOILER] gira em torno da possibilidade da existência e de interação com um mundo ou dimensão paralela. Assistam!
Um mundo paralelo com coisas estranhas e inesperadas... O que isso me lembraria? Se você pensou em ministério de jovens, acertou! Foi isso que veio a minha cabeça no dia seguinte. Acompanhe meu raciocínio inicial. Ao meu ver o direcionamento de muitos ministérios de jovens é criar um mundo paralelo ao mundo do restante da igreja. É como se os jovens necessitassem viver na mesma vida, mas numa dimensão diferente, só para eles. E nessa visão o que difere as dimensões são exatamente as coisas estranhas que permeiam nossa juventude. Espero me tornar mais claro com os pontos a seguir.
Um deus estranho
O primeiro aspecto de um mundo paralelo no ministério de jovens é um deus estranho. Se Ele é o criador e a fonte de toda realidade, um mundo diferente começa com um Deus diferente. No deserto Deus deu ao seu povo hebreu um ambiente (o tabernáculo), uma forma de louvor (o sistema sacrificial) e uma forma de ensino e comportamento (a lei). O Deus único instituiu uma maneira de ser adorado. Seu povo o adorava como Ele queria. Isso quer dizer que a adoração a outro deus seria diferente (ex: bezerro de ouro) ou que outros povos não saberiam adorar a Deus corretamente, isso porque nem o conheciam.
Realmente me parece que o deus de boa parte dos jovens é estranho às Escrituras e ao restante da igreja. Costumam pensar num deus menos irado e mais complacente com o pecado. Num deus mais camarada com irreverente. Ou talvez um deus que não se importe tanto com as normas que Ele mesmo criou. O jovem costuma ver a Deus como o tiozão descolado, não como pai. Os filósofos atenienses convocaram Paulo a falar por acharem que ele ensinava coisas estranhas (At 17.20), mas o apóstolo começa dizendo que a razão pela qual acham seu ensino estranho está no fato de que adoram a um deus desconhecido (At 17.23), não o Deus único e verdadeiro de Paulo.
Não é novidade vermos jovens achando ensinos bíblico estranhos. Temo que isso se deve ao desconhecimento de Deus por conta do deus estranho que constroem em suas mentes. E isso afeta todo o resto.
Um ambiente estranho
Se temos um Deus estranho, provavelmente teremos um ambiente estranho de vida e adoração. Isso é perceptível em muitos ministérios de jovens. Existe uma grande tentativa de criar um ambiente "diferentão", uma outra dimensão da igreja. Por exemplo, sabemos que o Deus da Bíblia é um Deus de decência e ordem (1 Co 14.40), não sabemos? Por que então tanta desordem e indecência no meio dos jovens? A resposta: a visão de Deus estranha às Escrituras. Pense num culto normal de domingo de uma igreja e pense naquele culto de jovens badalado da sua cidade. Por que eles são tão diferentes. Por que as coisas valorizadas no culto dominical normal não são valorizadas no sábado a noite.
Um ambiente de jovens paralelo não se justifica. Nenhum ministério tem a prerrogativa bíblica de criar um ambiente estranho. O que estou querendo dizer com isso? Não me oponho a contextualização de linguagem e roupagem, mas tudo deve ser feito dentro do limite bíblico. Esse mundo totalmente diferente e paralelo acaba viciando os jovens e o mantendo preso a um formato. Muitos não crescem, não gostam de ir a igreja aos domingos e querem continuar mimados pelo deus estranhos dos jovens. E o grande problema é esse: a criação de uma realidade jovem paralela ao restante da igreja é a busca por tornar o ministério mais parecido com o presente século.
Um louvor estranho
No culto de domingo as luzes estão acessas, no de sábado apagadas. No de domingo a música está num volume agradável onde podemos ouvir os demais irmãos cantando, no sábado o volume é máximo. No domingo a liturgia segue normal, no sábado ela é substituída pelo entretenimento. No domingo temos um pregador bem vestido, normalmente, no sábado temos alguém fantasiado ou com roupas que não usaríamos no domingo. No domingo fazemos uma adoração voltada para os crentes, no sábado um show voltado para os incrédulos. Por que duas realidades diferentes? Só podemos encontrar resposta numa visão de Deus diferente.
Deus deixou claro um padrão de louvor ao seu nome. Seria enorme a defesa bíblica de cada passagem, mas podemos resumir e ficar com o princípio de que Ele está procurando adoradores em "Espírito e em Verdade" (Jo 4.24), ou seja, cristãos verdadeiros adorando através da verdade aplicada pelo Espírito. No mundo paralelo dos ministérios de jovens a verdade nas letras musicais pouco parecem importar diante da forma de apresentação. Aliás, as letras estranhas que cantam por ai é a maior expressão do deus estranho que pregam por ai.
Uma pregação estranha
Falando em pregação... quanta coisa estranha é feita com ela no meio dos jovens. Não vou nem falar de reduzir o tempo, eu bem queria que fosse apenas isso. Deus nos deixou um modelo de pregação (ver Atos), nos deixou um conteúdo de evangelização e exortação (Ler Jesus e Paulo) e nos disse como Ele chama pessoas a fé (Rm 10.13-17). Por que o restante da igreja tenta seguir essas verdades e o ministério de jovens parece ter descoberto uma forma mais legal de fazer?
A pregação estranha é a propagação e perpetuação do mundo estranho paralelo. A realidade bíblica da pregação expositiva (por passagem ou temas) é substituída por coisas estranhas do tipo motivacional, humorística, entretenimento, graça barata, loucuras, e secularismo. Como disse Hernandes Dias Lopes, quando a teologia é ruim (estranha), quanto mais se prega pior fica. O monstro da realidade paralela se alimenta de pregações estranhas às Escrituras.
Um comportamento estranho
Tudo isso que acabei de citar gera um relacionamento estranho. Nesse mundo paralelo a lei de Deus se faz também estranha. Jovens homens estão cada vez mais ameninados e jovens mulheres cada vez mais sensualizadas. É comum ver um palavreado estranho (entenda palavrões), vestes estranhas e brincadeiras estranhas. E o que é pior, esses jovens pensam que podem transitar o tempo todo entre as duas realidades sem nenhum desgaste ou prejuízo. Nesse caso esses ministérios de jovens são piores do que o misterioso centro de pesquisas de Hawkins.
Aqui fica a lição que até a série pode nos ensinar. O contado entre essas duas realidade e o trânsito entre elas é perigo e pode se tornar devastador. Ao passar dos episódios encontramos um professor de ciências afirmando que é necessário uma grande quantidade de energia para abrir portais entre as duas dimensões. E é triste ver tantos líderes e jovens gastando inutilmente uma grande quantidade de energia justamente para viverem num mundo paralelo cheio de coisas estranhas por conta de uma visão estranha de Deus (Os 4.6)
Como fechamos esse portal?
A resposta é: não dividamos a realidade da igreja em duas. Só existe uma realidade e uma das piores coisas que podem acontecer numa igreja é ver esse mundo paralelo jovem se tornar tão forte ao ponto de engolir toda a verdadeira dimensão eclesiástica. Jovens não precisam de um mundo paralelo, ninguém precisa. Aqui estão alguns pontos para lutarmos contra essa dupla dimensão:
- Elime o foco no entretenimento
- Centralize o culto em Deus, não nos visitantes
- Envolva os jovens com os mais velhos da igreja (incentive esses momentos)
- Utilize o mesmo padrão de liturgia (bíblico) em todos os cultos
- Pregue com a mesma seriedade em todos os cultos
- Não vista o ambiente jovem com a roupagem do mundo
- Cante músicas com letras bíblicas em todos os cultos
- Não se importe tanto com a quantidade de pessoas
Voltemos ao ambiente bíblico de culto, ao louvor bíblico, a pregação bíblia e ao comportamento bíblico. Voltemos a realidade que tem sua expressão máxima na verdade encarnada (Cristo) e escrita (Bíblia). Deixemos as “stranger things” apenas no Netflix.
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