Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.

Primeiro - Trate Seriamente com o Pecado. Segundo - Não Seja Dono de Coisa Alguma. Terceiro - Nunca se Defenda. Quarto - Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém. Quinto - Nunca Aceite Qualquer Glória. A.W. Tozer

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Porque é impossível separar espiritualidade e sexualidade!

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Você já percebeu que todos os pontos do que é chamado de guerra cultural são temas sexuais? Aborto, Casamento Gay, Identidade de Gênero, Educação sexual para crianças, Pornografia, Divórcio sem culpa...  literalmente tudo ligado ao sexo e à sexualidade. Isso pode te chocar como cristão, mas na verdade não deveria. Isso não é só previsível, é na verdade inevitável.

Você, se prestar atenção, verá uma ligação criacional inexoravelmente embutida entre sexualidade e a espiritualidade. Fomos criados por Deus para a monogamia em ambas as coisas... Um só Deus, um só parceiro (Cônjuge )... e você não pode perder uma verdade sem a outra começar a desmoronar. A questão é o porquê. Por que Deus fez as coias assim.

Paulo quando começa a descreve a espiral da morta da humanidade ao afastar-se de Deus, retrata todo o processo como uma posso duplo – Espiritual / Sexual – Romanos 1.21-27.

“Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. 22 Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. 23 E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. 24 Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; 25 Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. 26 Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. 27 E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.”

De todas as manifestações culturais que Paulo poderia nomear e mencionar, ele escolhe descrever o processo sexual de imoralidade geral, indo depois para o homossexualismo e o lesbianismo...e em cada passo da espiral, o apóstolo Paulo diz que Deus entregou a humanidade a essas coisas por causa da infidelidade espiritual em direção a Deus.

Se voltarmos a Gênesis, veremos que em segundo lugar, por ser espiritual, feito a imagem de Deus, o homem é um ser sexual, feito masculino e feminino: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” - Gênesis 1:27

Assim, como Deus uniu Adão e Eva a Si mesmo espiritualmente, também os uniu um ao outro sexualmente: “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.” - Gênesis 2:24,25

Assim, o que chamamos de “estado natural” – como Deus criou o homem – não era de forma alguma um estado de espiritualidade ou sexualidade aleatória – mas de Monogamia em ambos. Pois um apontava para o outro. Um só Deus, um só marido, uma só esposa.

A verdadeira espiritualidade humana e o verdadeiro matrimônio não são convenções que a sociedade se impôs para ajudar na evolução e organização da espécie e da vida. Eles são na verdade o PONTO DE PARTIDA, o alicerce, a base... e a partir deles resulta o desenvolvimento humano.

Em todo o Velho Testamento, Deus chama a idolatria ( Não um só Deus ) de adultério:

“E vi que, por causa de tudo isto, por ter cometido adultério a rebelde Israel, a despedi, e lhe dei a sua carta de divórcio, que a aleivosa Judá, sua irmã, não temeu; mas se foi e também ela mesma se prostituiu.” Jeremias 3:8

“Quando o Senhor começou a falar por meio de Oséias, o Senhor lhe disse: "Vá, tome uma mulher adúltera e filhos da infidelidade, porque a nação é culpada do mais vergonhoso adultério por afastar-se do Senhor". Oséias 1.2

"Repreendam sua mãe, repreendam-na, pois ela não é minha mulher, e eu não sou seu marido. Retire ela do rosto a aparência adúltera e do meio dos seios a infidelidade. Do contrário, eu a deixarei nua, como no dia em que nasceu; eu farei dela um deserto, eu a transformarei em terra ressequida, e a matarei de sede. Não tratarei com amor os seus filhos, porque são filhos de adultério.” Oséias 2:2-4

Isto é assim, porque Deus criou o casamento e nossa sexualidade para refletir a  união espiritual entre Ele e a humanidade, com a Igreja sendo a humanidade restaurada ao que ele devia ser:

“...pois somos membros do seu corpo. "Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne". Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja.” -  Efésios 5:30-32 – Paulo citando Gn2.23,24.

Deus criou a espiritualidade e a sexualidade de modo que nenhum dos dois pode ficar parado se outro se move. Eles estão se movendo em direção a MONOGAMIA e se afastando dela. E eles não param. Assim a cultura Ocidental passou do cristianismo para o deísmo, para o humanismo, para a “espiritualidade” polifórmica que temos em nossos dias. Inexoravelmente, ao mesmo tempo, passou do casamento para à sexualidade polifórmica que temos nos dias atuais.

Quando uma cultura insiste no direito de que cada indivíduo tem o direito de INVENTAR  e buscar a espiritualidade que eles bem entendem, a mesma sociedade vai insistir no DIREITO de que cada indivíduo a INVENTAR e buscar a sexualidade que eles quiserem. E essa sociedade irá se levantar furiosamente contra qualquer um que esteja em seu caminho – a saber, o Único e verdadeiro Deus e  o Casamento que Deus criou.

É por isso que o casamento, família e sexo são os alvos da guerra cultural – é uma guerra contra Deus, é uma guerra contra o que Ele criou para manifestar sua relação com o homem.

É impossível ter "valores familiares" por muito tempo sem Cristo. Por quê? Porque Deus assim o fez: “E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm” - Romanos 1:28

A guerra cultural é uma guerra contra Deus, contra Cristo... e existem “cristãos” lutando do lado oposto dela. De que lado você está? Essa é a luta pela Verdade!!

***
Por Josemar Bessa 

Fonte: Site do autor


Iniciados nas riquezas de Deus - Pr Fernando Leite

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Fonte: Igreja Batista Cidade Universitária 



Qual era o método de Paulo de pregação?

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Quando olhamos a pregação missionária de Paulo, ele nunca começa de onde ele está. Se olharmos cuidadosamente para o retrato que Lucas nos dá do método de Paulo em Atos, enquanto eles viajam juntos pregando, veremos como Paulo pregou de maneira surpreendente.

Nos três únicos sermões registrados de Paulo no livro de Atos, descobrimos algo bastante peculiar sobre como ele pregava.

Em Antioquia de Pisídia ( At 13.16-41) Paulo pregou  a uma sinagoga judaica... aos judeus e convertidos as judaísmo. Lá, Paulo começa seu sermão com uma extensa história judaica e uma reflexão profunda sobre a narrativa do Velho Testamento.

Em um sermão em Atenas, Paulo começa o sermão para aqueles que vivem no centro da filosofia grega e da criatividade poética daquela cultura, com uma conversa sobre o culto religioso local e citando poetas e filósofos gregos ( At 17.22-31)

Finalmente me Listra ( At 14. 15-17), Paulo prega, ao que quase poderíamos chamar grosseiramente de “selvagens” – na verdade, camponeses que nada sabiam da história judaica, da lei do Antigo Testamento, ou de Sócrates, Platão e Aristóteles... Naquele mundo rural, Paulo começa seu sermão com uma conversa sobre a natureza – o sol, o vento, a chuva e as coisas que crescem a partir do solo.

Isso pode não parecer importante, mas vemos o brilho homilético de Paulo.
Ele tinha o dom de começar onde os seus ouvintes estavam... O fato que deve chamar nossa atenção, é que nos três sermões a abordagem, na superfície – já que no conteúdo ele sempre pregava Cristo e este crucificado – mas na superfície a abordagem era completamente diferente.

Em sua abordagem missionária, o apóstolo Paulo não tinha um esquema e fórmula pré-definidos. Sua abordagem era completamente flexível e não centrada nele. Ele sempre começou onde estava o seu público. E a partir daí, os levou a cruz.

***
Por: Josemar Bessa

Fonte: Site do autor


terça-feira, 25 de abril de 2017

Se você quiser ouvir Deus falar audivelmente, leia a Bíblia em voz alta.


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Sara Young escreveu um devocional que explodiu em milhões de cópias vendidas – “Jesus Calling”. 15 milhões de cópias vendidas. Se desdobrou em versão para crianças, aplicativo para celular...

Por que um sucesso tão grande? Porque o livro encontra o ponto nevrálgico de apelo a grande massa que se diz cristã: Centralidade no homem.

No caso do livro de Sara Young, cada devocional são apresentados como as palavras reais de Jesus... Ele falando palavras de esperança, encorajamento... diretamente ao leitor do devocional.

Ela diz: Eu escrevi a partir da perspectiva de Jesus falando, para ajudar os leitores a se sentirem mais pessoalmente conectados com Ele... do que como se sentem ao ler a Bíblia. Assim, a primeira pessoa do singular ( Eu, meu, minha...) sempre se refere a Jesus e “Você” sempre se refere a você, leitor.

Ela diz que os seus inscritos, não são inspirados, mas isso é só um pegadinha... quando ela descreve o processo de escrita, outra coisa surge.

Ela diz: “Em determinado momento eu me perguntei se poderia mudar meus tempos de oração de monólogo para diálogo. Eu escrevia diários de oração por vários anos, mas essa comunicação com Deus era uma comunicação unidirecional – eu falava tudo. Cada vez mais, eu queria OUVIR o que Deus poderia querer me comunicar em um determinado dia específico. EU DECIDI “OUVIR” com a caneta na mão, escrevendo TUDO o que eu “OUVI”  na minha MENTE”

É óbvio – como em todos os casos hoje, Young diz entender e distinguir o equilíbrio entre a revelação diretamente na mente dela e a sua imaginação. É algo – como sempre com tudo que acontece dentro de nós – puramente subjetivo. É Deus porque eu digo que é Deus. Os livros dela não têm nenhuma diferença da “profecia moderna” – Quando é dito para as pessoas acreditarem que aquilo é palavra de Deus, mas sem lhe atribuir a autoridade da Palavra de Deus.  Ou seja – é a palavra de Deus – Deus está dizendo... mas pode estar errado, pode ser falso... quando for... não ligue... a próxima pode estar certa.

A verdade, é que a obra de Sara Young é apenas uma explosão do que acontece hoje o tempo todo... para grande parte dos cristãos a verdade é: A Bíblia não é Suficiente.

Em uma versão anterior, não revisada de Jesus Calling, Sara Young expressa isso de forma claríssima.

“Eu sabia que Deus se comunicava comigo através da Bíblia, MAS eu ANSIAVA POR MAIS. Cada vez mais, eu queria ouvir o que Deus tinha a dizer-me PESSOALMENTE em um determinado dia”

Este desejo de ouvir “PESSOALMENTE” do Senhor – e não através das Escrituras -  não é nada novo para a igreja, mas pode estar desfrutando uma aceitação sem precedentes entre o povo de Deus. Agora se tornou comum ouvir frases do tipo: “O Senhor me disse” – “Deus me revelou” – “Ouvi Deus me dizendo ontem a noite...”

A verdade, é que Deus já disse tudo o que Ele pretendia dizer em Sua Palavra, e Ele deixa isso claro: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” -  Timóteo 3:16,17

A Bíblia não é uma obra incompleta e inacabada – temos toda a revelação que precisamos de Deus. Não há nada para a vida e santificação que não esteja nela: “Santifica-os na tua verdade; A TUA PALAVRA é a verdade.” João 17:17

Como disse Justin Peters: "Se você quer ouvir Deus falar, leia a Bíblia. Se você quiser ouvi-Lo falar audivelmente, leia em voz alta.”

É extremamente bizarro para mim esse desejo de receber mensagens pessoais de Deus – deve ser pessoas que esgotaram a Bíblia e descobriram, depois de esgotá-la, que não foi suficiente.

Você não precisa de “uma revelação pessoal e especial de Deus” – precisa é de se comprometer novamente com a suficiência e autoridade final das Escrituras. Se comprometer com tudo o que Deus já disse em Sua Palavra. Você já fez isso? Então descobriu sua insuficiência?

Veja o cuidado especial e ÚNICO que Deus tomou ao registrar e preservar milagrosamente a Sua Palavra. Pedro diz: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” - 2 Pedro 1:20,21. É por isso que a Palavra é inerrante, suficiente e final.

Livros como Jesus Calling, e qualquer pessoa que fala como Sara Young, trazem o grande perigo trágico de estimular milhões a querer ouvir Deus em sua mente, ou seja, além do escopo da Escritura. Acharem que precisam de notas adicionais de Deus à Bíblia.

Ao contrário da Reforma, mesmo que neguem, estimulam o oposto do Sola Scriptura. Elevam as experiências imaginárias a voz de Deus para as pessoas.  Todo o tipo de heresia satânica entrou na igreja assim.

O povo de Deus tem que acender todas as luzes de emergência quando qualquer pessoa assume falar por Deus sem estar com a Bíblia aberta olhando para o texto dentro do seu contexto. E precisamos ser um auxílio para os outros para se afastarem do desejo popular, natural e pecaminoso... já que depõe contra a suficiência das Escrituras... de revelação “especial”, e a voltarem de novo – 500 anos depois da Reforma, a Palavra de Deus, que é totalmente suficiente.

Lutero disse: A Palavra de Deus é um livro!

Uma das grandes redescobertas da Reforma — especialmente de Martinho Lutero – já que foi o primeiro — foi que a Palavra de Deus chega até nós na forma de um livro. Em outras palavras, Lutero compreendeu este fato poderoso: “Deus preserva a experiência da salvação e da santidade de geração para geração por meio de um livro de revelação, não por meio de um bispo em Roma e não pelos êxtases de Thomas Muenzer e os profetas de Zwickau. A Palavra de Deus chega até nós em um livro.” Essa redescoberta preparou Lutero e a Reforma. Ou seja, a Palavra salvadora, santificadora e autorizada de Deus vem a nós em um livro. As implicações dessa pequena observação são enormes.

Em 1539, comentando o Salmo 119, Lutero escreve: "Nesse salmo, Davi diz continuamente que irá falar, pensar, conversar, escutar, ler dia e noite e constantemente — porém, nada além da Palavra e dos Mandamentos de Deus. Pois Deus quer dar-lhe o seu Espírito somente pela Palavra externa". Esta frase é extremamente importante. A "Palavra externa" é o livro. Lutero afirma que o Espírito salvador, santificador, iluminador de Deus vem a nós diretamente pela "Palavra externa". Ele usa o termo "Palavra externa" para enfatizar que a Bíblia é objetiva, estável, externa a nós e, portanto, imutável. E um livro. Nem hierarquia eclesiástica ou êxtase fanático podem substituí-la ou dar-lhe forma. Ela é "externa" tal como Deus o é. Podemos aceitá-la ou deixá-la. Mas não podemos modificá-la. É um livro com letras e palavras e sentenças fixas.

Lutero disse com ressonante vigor em 1545, no ano anterior à sua morte: "Aquele que desejar ouvir Deus falar, que leia a Escritura Sagrada". Antes disso, nas suas exposições em Gênesis, ele havia dito: "O próprio Espírito Santo, e Deus, o Criador de todas as coisas, é o autor deste livro". Uma das implicações do fato de que a Palavra de Deus vem a nós em um livro é que o tema deste capítulo é "O pastor e seu estudo", não "O pastor e sua sessão espiritual" ou "O pastor e sua intuição" ou "O pastor e suas perspectivas religiosas múltiplas". Isso porque a Palavra de Deus vem a nós em um livro. A Palavra de Deus que salva e santifica, de geração para geração, está preservada em um livro.

Em 1520, ele disse: "Estejam certos de que somente o Espírito Santo do céu faz de alguém um doutor nas Escrituras Sagradas". Lutero tinha um grande amor pelo Espírito Santo. E sua exaltação da Bíblia como a "Palavra externa" não minimizou o Espírito. Ao contrário, elevou a grande dádiva do Espírito, que é a Bíblia, diante da cristandade. Em 1533, afirmou: "A Palavra de Deus é o objeto maior, mais necessário e mais importante na cristandade". Sem a "Palavra externa" não conseguiríamos distinguir um espírito do outro, e a personalidade objetiva do próprio Espírito Santo se perderia na obscuridade de expressões subjetivas. Apreciar o Livro fez com que Lutero entendesse que o Espírito Santo é uma Pessoa maravilhosa a ser conhecida e amada, e não um mero zumbido a ser sentido.

Lutero o coloca nestes termos:

“Os próprios apóstolos consideravam ser necessário traduzir o Novo Testamento ao grego e vinculá-lo àquela língua, sem dúvida para preservá-lo para nós, são e salvo, como em uma arca sagrada. Pois previam tudo o que era vindouro e o que hoje tem acontecido. Sabiam que, se fosse contido somente na cabeça das pessoas, surgiria na igreja uma turbulenta e terrível desordem e confusão, e diversas interpretações, concepções e doutrinas, as quais poderiam ser evitadas e das quais o homem simples poderia ser protegido somente se o Novo Testamento fosse mantido em linguagem escrita.”

O ministério do Espírito interno não opera contra o ministério da "Palavra externa". O Espírito não duplica aquilo para o que o livro foi designado. O Espírito glorifica a Palavra encarnada dos Evangelhos.

Grande parte do que é falado em nome de Deus em nossos dias hoje, se tornou um grande circo de horror. Muitas vezes nos sentimos sujos só de ouvir o que as pessoas falam a respeito de Deus. Como precisamos hoje da ênfase de Martinho Lutero na Palavra Externa.

Muitas doutrinas foram trazidas de volta ao lugar que sempre deveriam estar na Reforma – Justificação por Fé, a Soberania Divina... Mas aquilo do qual tudo isso dependeu foi essa ênfase de que a Palavra de Deus chega até nós através de um Livro. Como apenas a restauração dessa verdade faria cessar grande parte das heresias. Sem essa ênfase, como acontecia com a Hidra da mitologia grega que ao ter cortada a sua cabeça nascia duas, a cada heresia atacada outras duas nascem. O único remédio possível é a restauração dessa verdade fundamental – A Palavra de Deus é Externa e está em um Livro.

Em seus decretos eternos Deus resolveu perpetuar a experiência de Salvação através da Verdade fixa – não dentro de nós – mas externa a nós – Um Livro. Só esse Livro revela a verdade do coração de Deus. Se nossa geração tivesse em seu coração essa verdade que reformou a igreja um dia – então, e só então poderíamos ver de novo o brilho da luz que mudou o mundo no século XVI.

Lutero disse – Não através do Bispo de Roma, de êxtases, de profetas contemporâneos – NÃO! – A Palavra de Deus vem até nós através de um  Livro – isso preparou Lutero para a Reforma – e não há outro caminho a não ser esse – qualquer outro é um caminhar cambaleante de desvios para desvios, de heresia para heresia.

Um grande historiador disse: “O que é novo em Lutero é a noção da absoluta obediência as Escrituras contra quaisquer autoridade” – O que era novo e que há muito foi abandonado – é que o Livro estava infinitamente acima do homem que dissesse  ter a mais íntima relação com Deus. As mais profundas experiências de êxtases não eram nada e nem dignas de serem mencionadas diante do Livro. Na verdade, eram pecaminosas.

As implicações disso são enormes e por isso elas abalaram a história da igreja. E se nossa geração há de sofrer um impacto real, terá que ser por essas mesmas implicações. Acontecerá hoje? Não sei. Afinal de contas, podemos dizer de maneira geral que a igreja ficou por quase mil e quinhentos anos com esses mestres do horror impondo algo subjetivo e falso sobre Deus. Ah! Mais eu oro, e como oro para que vejamos isso. Sempre houve remanescentes antes da Reforma – Deus sempre tem os seus – hoje também é assim, mas uma verdadeira Reforma, sobre isso oramos e esperamos.

Deixe eu repetir o que Lutero disse em 1539 sobre o Salmo 119 – O maior capítulo da Bíblia – uma declaração de amor inigualável a Palavra Escrita de Deus : “neste Salmo Davi diz continuamente que irá falar, pensar, conversar, escutar, ler dia e noite e constantemente, nada além da Palavra e dos Mandamentos de Deus, pois Deus quer dar-lhe seu Espírito somente pela Palavra Externa” – O Espírito Santo vem a nós e nos fala diretamente pela Palavra de Deus, pela revelação de Deus através da Bíblia.

Lutero está dizendo que é fundamental você ver a Palavra de Deus como algo externo, fora do homem, objetiva e não subjetiva. Só sendo externa ela é objetiva e estável. Ele está fora de nós não podendo ser manipulado por nossos sentimentos, percepções... Muitas pessoas tem grandes dificuldades com Doutrinas claras porque tão somente se aproximam delas emocionalmente e não objetivamente. É por isso que a Palavra é Externa. O homem tão somente tem que ir a essa palavra humildemente e se alimentar com a Verdade absoluta que flui dela. Ou seja, se alimentar da mente de Deus e não de algo subjetivo em si mesmo, em sua mente. Ela é externa – não pode ser influenciada por nossos sentimentos, percepções, ou nossa suposta espiritualidade – é imutável – É um Livro selado. Não a igreja, nem os homens que se denominam grandes, ou nossos êxtases particulares, sentimentos, percepções... Não! A Palavra é externa a nós. Como Deus está acima da sua criação (da qual fazemos parte). Não é dentro que buscamos a Verdade – mas fora – num Livro – e por ele o Espírito nos liberta. 

                                                                                         Sola Scriptura!!!

***

Por: Josemar Bessa 

Fonte: Site do autor 


Um Mórmon, um Testemunha de Jeová, e um Judeu entraram num culto evangélico

 
…e saíram concordando com o que foi pregado. Como isso foi possível?
Foi possível porque aconteceu naquele culto o que acontece todo domingo em milhares de igrejas ao redor do Brasil: o pregador trouxe um sermão sobre assuntos bíblicos – mas não anunciou o Evangelho. Foi falado a respeito da santidade, da oração, da perseverança. Mas é o Evangelho que quebranta o coração.
Veja só: A maioria das seitas ou religiões vão enfatizar um tipo de santidade. Praticamente todas vão condenar o pecado de alguma forma. Logo, se sua pregação se resume em falar mal do pecado e/ou falar bem de uma vida santa – SEM falar da divindade e morte e ressurreição de Cristo – saiba que qualquer Mórmon, Testemunha de Jeová ou Budista concordaria com suas palavras. Todos eles concordam que Jesus foi um grande homem e deve ser imitado.
Mas a missão da Igreja é única: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho.” De todas as religiões do mundo, somente o Cristianismo anuncia as Boas Novas do Evangelho.
E elas não são complicadas: Jesus Cristo, o eterno Filho de Deus, tomou forma de homem, viveu a perfeita obediência, e morreu na cruz castigado pelos nossos pecados. Mas não permaneceu morto – ressuscitou ao 3° dia, vitorioso sobre a morte e provando que, sendo Deus, tem poder para perdoar os pecados e dar vida eterna a todos que se arrependem dos seus pecados e creiam nele.
É esta a mensagem que as seitas não aceitam. Seja a divindade de Cristo, a suficiência da cruz, ou a salvação pela graça – em algum momento o orgulho humano se sente ferido pelo Evangelho.
É claro que a igreja tem muito a ensinar sobre outros tópicos: a vida familiar, a pureza sexual, como ser bons mordomos de tudo que o Criador confiou a nós, etc. Porém, qualquer assunto abordado nas Escrituras é ligado, de uma forma ou outra, às Boas Novas do Evangelho.
PRINCÍPIOS BÍBLICOS NÃO BASTAM?
Infelizmente, o que tem acontecido é confundir a pregação do Evangelho com o ensino de princípios bíblicos.
Estudos sobre dizimo, batismo ou namoro são necessários e importantes. Nós cristãos precisamos de ensino que abranja todos os assuntos abordados pelas Escrituras. Paulo escreveu a Timóteo que toda a Escritura é proveitosa para ensinar. Isso é fato.
Mas entenda: falar sobre algum assunto que se encontre na Bíblia não é necessariamente pregar o Evangelho.
Por exemplo: imagine se o apostolo Paulo tivesse escrito somente a frase “Maridos, amai vossas mulheres” e não “Maridos, amai vossas mulheres como Cristo amou a Igreja” e nem ainda os primeiros dois capítulos de Efésios que provam o quanto Jesus amou sua igreja. O princípio ainda estaria valendo? Sim. Mas a maioria das religiões e seitas do mundo vão afirmar que o marido deve amar sua esposa de alguma forma ou outra. O que diferencia então a vida “cristã” das demais? Sem o Evangelho, uma exortação a uma vida santa se torna mero moralismo.
Por isso, nas Escrituras, toda exortação à santidade se encontra saturada pelo Evangelho. Nossa chamada à obediência sempre tem uma ligação direta à obediência perfeita do Deus-homem que deu a Sua vida para que as nossas desobediências fossem perdoadas. É inaceitável falar de uma obediência sem considerar a outra. Vivemos de forma diferente justamente porque a obra de Cristo na cruz fez uma transformação nas nossas vidas.
UM CLAMOR PELO EVANGELHO
Quantas vezes tratamos o Evangelho como sendo aquilo que o ímpio precisa ouvir — mas não o cristão! Que arrogância! Como se a morte e ressurreição do Filho de Deus tivesse pouco a oferecer àquele que já está remido.
Pastor / Líder de Jovens / Líder de Pequeno Grupo / Pregadores: mostra-nos Cristo! Fale do Evangelho. Fale das implicações do Evangelho também e nos exorte a uma vida de obediência – mas não perca vista do Evangelho em si. Não desça do púlpito sem lembrar o povo de Deus que Jesus Cristo é o foco, fundamento e eterna fonte da sua fé.
Pelo amor de Deus – pregue o Evangelho!
***
Por: Daniel Gardner
Fonte: Site do autor 

segunda-feira, 24 de abril de 2017

É PROIBIDO JULGAR?


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Ainda recentemente participei de uma discussão no Facebook com vários de meus amigos onde uma moça aborreceu-se com alguns comentários feitos a um terceiro (não por mim, garanto!) e retirou-se zangada, dizendo que Jesus havia ensinado que não se devia julgar os outros.

Eu sei que existem situações em que julgar é realmente errado, mas aquela não era uma destas situações. A pessoa que estava sendo "julgada" tinha feito declarações e expressado suas opiniões e os outros simplesmente estavam avaliando e rejeitando as mesmas. A atitude da mocinha, que ficou sentida, ofendida e magoada, é infelizmente comum demais no meio evangélico moderno, onde as pessoas usam as famosas palavras de Jesus de maneira errada como argumento em favor de que devemos aceitar tudo o que os outros dizem e fazem, sem pronunciarmos qualquer juízo de valor que seja contrário.

Mas, foi isto mesmo que Jesus ensinou? A passagem toda vai assim:

"Não julgueis, para que não sejais julgados. 
Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também.
Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?
Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?
Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.
Não deis o que é santo aos cães Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem." (Mateus 7:1-6)

Alguns pontos ficam claros da passagem.

1) O que Jesus está proibindo é o julgamento hipócrita, que consiste em vermos os defeitos dos outros sem olharmos os nossos. O Senhor determina que primeiro nos examinemos e nos submetamos humildemente ao mesmo crivo que queremos usar para medir e avaliar o procedimento e as palavras dos outros. E que, então, removamos a trave do nosso olho,  isto é, que emendemos nossos caminhos e reformemos nossa conduta.

2) Em seguida, uma vez que enxerguemos com clareza, o próprio Senhor determina que tiremos o argueiro do olho do nosso irmão. O que ele quer evitar é que alguém quase cego com um tronco de árvore no olho tente tirar um cisco no olho de outro. Mas, uma vez que estejamos enxergando claramente, após termos removido o entrave da nossa compreensão e percepção, devemos proceder à remoção do cisco do olho de outrem.

3) Jesus faz ainda uma outra determinação no versículo final da passagem (verso 6) que só pode ser obedecida se de fato julgarmos. Pois, como poderemos evitar dar  nossas coisas preciosas aos cães e aos porcos sem primeiro chegarmos a uma conclusão sobre quem se enquadra nesta categoria? Visto que é evidente que Jesus se refere a pessoas que se comportam como porcos e cães, que não vêem qualquer valor no que temos de mais precioso, que são as coisas de Deus. Para que eu evite profanar as coisas de Deus preciso avaliar, analisar, examinar e decidir - ou seja, julgar - a vida, o comportamento e as declarações das pessoas ao meu redor.

Fica claro, então, que o Senhor nunca proibiu que julgássemos os outros, e sim que o fizéssemos de maneira hipócrita, maldosa e arrogante. Julgar faz parte essencial da vida cristã. Somos diariamente chamados a exercer o papel de juízes movidos por amor pelas pessoas e zelo pelas coisas de Deus. 

Quem nunca julga contribui para que o erro se propague, para que as pessoas continuem no erro. São pessoas sem convicções. Elas se tornam coniventes e cúmplices das mentiras, heresias e atos imorais e anti-éticos dos que estão ao seu redor. Paulo disse a Timóteo, "A ninguém imponhas precipitadamente as mãos. Não te tornes cúmplice de pecados de outrem. Conserva-te a ti mesmo puro" (1Tim 5:22). Não consigo imaginar de que maneira Timóteo poderia cumprir tal orientação sem exercer julgamento sobre outros.

Em resumo, julgar não é errado, cumpridas estas condições: a) que primeiro nos examinemos; b) que nos coloquemos sob o mesmo juízo e estejamos prontos para admitirmos que nós mesmos estamos sujeitos a errar, pecar e dizer bobagem; c) que nosso alvo seja ajudar os outros a acertar e consertar o que porventura fizeram ou disseram.

***

Autor: Rev. Augustus Nicodemus Lopes
Fonte: Perguntar Não Ofende (Blog do autor) 


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