O ministro fiel não quer ser admirado, mas tenta persuadir todos a admirar Cristo. João Batista teve seu máximo prazer em apontar o Salvador.
Ele realmente estava cheio de alegria em ver homens deixá-lo para seguir a Jesus. Certa ocasião Ele viu Jesus a uma distância e o apontou para dois de seus discípulos. Ele queria que eles seguissem o Mestre e não a ele.
João é a encarnação do verdadeiro espírito do Evangelho. Levar outros a admirar a Cristo, admirar o verdadeiro Cristo e a Cristo somente.
Quem eram eles? Um deles sabemos, era André, e outro muito provavelmente era João. Uma das razões por pensarmos isso é que ele escreveu esta história, e ele tinha o costume de não mencionar seu próprio nome quando se referia a si mesmo.
Seria bom imitarmos o exemplo abençoado deles. A questão nunca é Cefas, Paulo ou Apolo. A questão é, eles estão apontando somente para Cristo? André e João não eram seguidores de João Batista... mas de Cristo. Eles tinham fome de Cristo... foram atrás dele como João dissera ( esse é o objetivo de cada sermão )... Jesus ao vê-los disse: O que vocês querem? A resposta? Eles não queriam nada a não ser uma coisa: “Mestre, onde você vai ficar?” Eles queriam Cristo. O Cristo real, o Verdadeiro Cordeiro de Deus.
Não era por curiosidade ( Quão fútil mera curiosidade teológica é – ou ver Jesus como o caminho para outra busca ) que eles queriam saber e ver sua morada, mas para que eles pudessem conhecê-lo, conversar com ele, ter comunhão verdadeira... Quão ternas foram as horas que passaram com o Salvador em sua humilde cabana no deserto! João nunca mais será o mesmo, nem André depois daquele dia na Cabana no deserto.
É o que mais queremos? Uma cabana no deserto e Jesus nos basta? Se sim, Ele nos acolheria como a eles, se esse é nosso único interesse. Ele nos diz, como disse a eles: “Vinde e vede”. Não queremos um Jesus da imaginação sub-cristã e herética de escritores mergulhados na escuridão do engano de uma cultura pós cristã. Queremos o Jesus da Bíblia que André e João encontraram na cabana no deserto.
Estamos dispostos a ir? Uma cabana, o deserto e Cristo? Desejamos apenas conhecê-lo e conhecê-lo mais? Desejamos provar da sua graça que é abundante numa pobre cabana no deserto da vida? Ele nos encontrará em oração secreta quando isso é nosso maior bem do dia. Ele nos encontrará nas Escrituras, única fonte de revelação de quem Ele é. Ele se dará a conhecer a nossos corações. Mas Ele nos encontra assim todos os dias? “Queremos estar contigo”, como disse André e João, é sempre nossas palavras para Ele? Ou estamos tão ocupados com o mundo que pouco tempo temos para cabanas pobres no deserto onde podemos conhecê-lo? Ou uma cabana e o deserto não é nossa visão de deleita na vida?
Observemos a conduta deles ao saírem dessa cabana onde o desejo de conhecer a Cristo e nada mais começou a ser saciado... “Ele primeiro encontrou seu próprio irmão Simão”
Ele estava ansioso não para passar uma ideia humana de um Jesus ou Deus fictício... falso, e por isso, anti-Cristo. Ele estava ansioso por trazer seu irmão querido para o conhecimento do Jesus real das Escrituras. Revelar ao seu irmão e deleite de conhecê-lo.
Ele lhe conta o tesouro que Ele próprio encontrou... não um ídolo que inventou... e convida Simão a ver a realidade, o Logos da vida.
Temos uma visão clara do Jesus real revelado apenas nas Escrituras? Estamos levando outros a vê-lo?
Assim que Simão se aproximou do Salvador ele recebeu encorajamento. Jesus lhe deu um novo nome para descrever o caráter que forjaria nele. O Jesus real nos muda ao invés de mudarmos o Jesus real com nossas imaginações caídas.
Ele o chamou Cefas, ou Pedro – que em hebraico e o outro no grego significa “Racha, uma pedra”.
O Jesus real que André e João encontraram na cabana no deserto, por não ser uma ficção diabólica criada pelo homem, mas o Criador de tudo, decreta o fim, e mesmo tomando algo tão frágil e vacilante como Simão, o transformará em Pedra!!
E por que Simão foi chamado de "pedra"?
O Senhor pretendia construir um grande templo de pedras vivas, isto é, de crentes reais num Jesus real, e ele escolheu Simão para ser uma das pedras fundamentais. Ele se propôs a fazer dele um grande pregador e fonte de revelação final de Sua pessoa, para que muitos cressem, não em ficções degradantes sobre Deus, mas por meio de sua Palavra somente, e assim fossem edificados sobre a Verdade que não fluiu da cabeça de nenhum homem - Portanto, ele o comparou a uma "pedra".
As escrituras declaram que os santos são "edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas ( não ficções diabólicas) , de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito.” Efésios 2:20-22
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