…e saíram concordando com o que foi pregado. Como isso foi
possível?
Foi
possível porque aconteceu naquele culto o que acontece todo domingo em milhares
de igrejas ao redor do Brasil: o pregador trouxe um sermão sobre assuntos bíblicos
– mas não anunciou o Evangelho. Foi falado a respeito da santidade, da oração,
da perseverança. Mas é o Evangelho que quebranta o coração.
Veja só: A
maioria das seitas ou religiões vão enfatizar um tipo de santidade.
Praticamente todas vão condenar o pecado de alguma forma. Logo, se sua pregação
se resume em falar mal do pecado e/ou falar bem de uma vida santa – SEM falar
da divindade e morte e ressurreição de Cristo – saiba que qualquer Mórmon,
Testemunha de Jeová ou Budista concordaria com suas palavras. Todos eles
concordam que Jesus foi um grande homem e deve ser imitado.
Mas a
missão da Igreja é única: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho.” De todas
as religiões do mundo, somente o Cristianismo anuncia as Boas Novas do
Evangelho.
E elas não
são complicadas: Jesus Cristo, o eterno Filho de Deus, tomou forma de homem,
viveu a perfeita obediência, e morreu na cruz castigado pelos nossos pecados.
Mas não permaneceu morto – ressuscitou ao 3° dia, vitorioso sobre a morte e
provando que, sendo Deus, tem poder para perdoar os pecados e dar vida eterna a
todos que se arrependem dos seus pecados e creiam nele.
É esta a
mensagem que as seitas não aceitam. Seja a divindade de Cristo, a suficiência
da cruz, ou a salvação pela graça – em algum momento o orgulho humano se sente
ferido pelo Evangelho.
É claro que
a igreja tem muito a ensinar sobre outros tópicos: a vida familiar, a pureza
sexual, como ser bons mordomos de tudo que o Criador confiou a nós, etc. Porém,
qualquer assunto abordado nas Escrituras é ligado, de uma forma ou outra, às
Boas Novas do Evangelho.
PRINCÍPIOS BÍBLICOS NÃO BASTAM?
Infelizmente,
o que tem acontecido é confundir a pregação do Evangelho com o ensino de
princípios bíblicos.
Estudos
sobre dizimo, batismo ou namoro são necessários e importantes. Nós cristãos
precisamos de ensino que abranja todos os assuntos abordados pelas Escrituras.
Paulo escreveu a Timóteo que toda a Escritura é proveitosa para ensinar. Isso é
fato.
Mas
entenda: falar sobre algum assunto que se encontre na Bíblia não é
necessariamente pregar o Evangelho.
Por
exemplo: imagine se o apostolo Paulo tivesse escrito somente a frase “Maridos,
amai vossas mulheres” e não “Maridos, amai vossas mulheres como Cristo amou a
Igreja” e nem ainda os primeiros dois capítulos de Efésios que provam o quanto
Jesus amou sua igreja. O princípio ainda estaria valendo? Sim. Mas a maioria
das religiões e seitas do mundo vão afirmar que o marido deve amar sua esposa
de alguma forma ou outra. O que diferencia então a vida “cristã” das demais?
Sem o Evangelho, uma exortação a uma vida santa se torna mero moralismo.
Por isso,
nas Escrituras, toda exortação à santidade se encontra saturada pelo Evangelho.
Nossa chamada à obediência sempre tem uma ligação direta à obediência perfeita
do Deus-homem que deu a Sua vida para que as nossas desobediências fossem
perdoadas. É inaceitável falar de uma obediência sem considerar a outra.
Vivemos de forma diferente justamente porque a obra de Cristo na cruz fez uma
transformação nas nossas vidas.
UM CLAMOR PELO EVANGELHO
Quantas
vezes tratamos o Evangelho como sendo aquilo que o ímpio precisa ouvir — mas
não o cristão! Que arrogância! Como se a morte e ressurreição do Filho de Deus
tivesse pouco a oferecer àquele que já está remido.
Pastor /
Líder de Jovens / Líder de Pequeno Grupo / Pregadores: mostra-nos Cristo! Fale
do Evangelho. Fale das implicações do Evangelho também e nos exorte a uma vida
de obediência – mas não perca vista do Evangelho em si. Não desça do púlpito
sem lembrar o povo de Deus que Jesus Cristo é o foco, fundamento e eterna fonte
da sua fé.
Pelo amor
de Deus – pregue o Evangelho!
***
Por: Daniel Gardner
Fonte: Site do autor
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