Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.

Primeiro - Trate Seriamente com o Pecado. Segundo - Não Seja Dono de Coisa Alguma. Terceiro - Nunca se Defenda. Quarto - Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém. Quinto - Nunca Aceite Qualquer Glória. A.W. Tozer

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

5 maneiras de encarar a morte

 

por Hannah Ploegstra

Cartões simpáticos sempre se referem à tristeza que a morte causa, mas não falam da raiva provocada por ela. Entretanto, a raiva é real. E deveria ser: a morte é o oposto de Deus e de tudo o que ele criou. Nós devemos odiá-la. Cristo a odiou. Dentro dos limites do Evangelho, oposição à morte pode ser santa, purificadora e construtiva.
Eu perdi meu pai de 58 anos para um tumor no cérebro, e isso me fez mal. A morte inutilizou sua mente e seu corpo. A chateação que senti era como fogo que me sufocava. Eu não consegui respirar até que coloquei para fora lágrimas de raiva.
Mas eu descobri que, com o Evangelho, há formas de se controlar esse fogo, para que eu pudesse purificar meu coração e acender um zelo pela volta de Cristo. Aqui estão cinco formas com as quais eu enfrentei a morte – e diariamente continuo enfrentando-a -, com uma oposição centrada no evangelho:
  1. Recuse-se a dizer que “a morte é o fim”. As pessoas dizem isso nos funerais para tentarem fazer caber em suas cabeças a magnitude da morte. Mas o fato é que isso simplesmente não é verdade. A morte, para um crente, é apenas mais uma etapa, e não a última. Desafie a morte recusando-se a dá-la mais crédito do que ela merece. (João 12.24-25; 1 Coríntios 15.54-57).                                                                                                                           
  2. Insista que o corpo no caixão é a pessoa que morreu. Outra coisa que as pessoas falam em funerais é que aquele corpo no caixão “não é a pessoa de verdade”, mas que ela está com Jesus. Já aquela grotesca, rígida e cinza exibição no caixão está pronta para ser descartada agora. Mas, se formos honestos, isso não é, de forma alguma, reconfortante. Graças a Deus, isso não é verdade. O corpo no caixão ainda é aquela pessoa a quem Cristo ama – um ser quebrado, separado de sua alma, esperando, silenciosa, paciente e avidamente na terra e juntamente com ela, pelo retorno de Cristo. Deus não vai abandoná-lo no túmulo, nem devemos pensar que Deus já terminou seu trabalho com a carne daquele corpo (Salmo 16.9-11; Jó 19.25-27; Romanos 8.11, 18-23, 29-30; 2 Coríntios 4.16-5.5).                                                                                                                                                                 
  3. Reconheça a derrota da morte nas mãos de Cristo. Jesus afirma “possuir as chaves da morte e do inferno”. O seu amado pode estar fortemente envolto nos laços da morte, mas a própria morte está nas mãos de Cristo. Ele é quem vai nos tirar dessas amarras quando ele voltar. Nós podemos ficar desafiadoramente pacientes, porque sabemos quem possui as chaves (Hebreus 2.14-16; Apocalipse 1.17-18).                                                                                                                                                                               
  4. Lute contra o desespero pensando que ele está dormindo. A Bíblia notoriamente dá nomes aos bois e não usa eufemismos tolos. Mas, quando se fala da morte de um crente, a Bíblia casualmente a chama de “sono”. Qual o motivo? O aguilhão da morte está bem longe. A morte, para o crente, não é, teologicamente, mais perturbadora do que se encolher debaixo das cobertas e ir dormir na presença de Jesus, até o próximo alvorecer do seu retorno. (Salmo 90.14; 1 Coríntios 15.20; 1 Tessalonicenses; 2 Pedro 1.19).                                                                                                                                
  5. Coloque suas esperanças no futuro. Uma das melhores formas de desafiar a morte é colocar sua atenção além dela. Em vez de desejar o passado, quando seu ente querido ainda estava vivo com você, pense com mais frequência na ressurreição e na vida eterna. Apresse a certa volta de Cristo investindo agora na vida que há de vir (1 Coríntios 15.58; Hebreus 11.39-12:2; 1 Pedro 1.3-9; 2 Pedro 3.8-13).                                                              
A morte é um inimigo muito aterrorizante para agitarmos os punhos em sua face. Mas o Evangelho nos coloca firmemente ao lado de Jesus Cristo, cuja vitória sobre a morte nos permite enfrentarmos a morte, desafiando-a como vencedores. E o desafio é bom. O Evangelho desafia-nos a colocarmos a amargura, a raiva e o desespero de lado, que são, frequentemente, vitórias secundárias da morte, e produz fé renovadora, alegria, esperança, perseverança e propósito.
***
 Traduzido por Victor Bimbato | Reforma21.org | Original aqui
Via: Reforma 21 

“E vós, de Cristo, e Cristo, de Deus.” (1Coríntios 3.23)

 


  Você é de Cristo. Pertence a Ele por doação, porque o Pai lhe deu ao Filho. Foi comprado por meio do sangue de Cristo, pois Ele levou em conta o preço que pagou por sua redenção. Você pertence a Cristo por dedicação, porque Ele o consagrou para si mesmo. Você pertence a Cristo por relacionamento, pois é chamado pelo nome dele, tornado um de seus irmãos e coerdeiros. Dedique-se para mostrar ao mundo, na prática, que você é o servo, o amigo, a noiva de Jesus. Quando for tentado a pecar, responda: “Não posso cometer esta grande impiedade, porque sou de Cristo”. Princípios imortais proíbem o amigo de Cristo de pecar. Quando for fácil conquistar riqueza por meios pecaminosos, diga que você pertence a Cristo e afaste-se dela. Você está exposto a dificuldades e perigos? Permaneça firme no dia mau, lembrando que você pertence a Cristo.
  Você foi enviado aonde outros se assentam ociosamente, sem fazer nada? Com todas as suas forças, levante-se para a obra. Quando o suor estiver escorrendo em seu rosto e você for tentado a trabalhar vagarosamente, clame: “Não, eu não devo parar, pois sou de Cristo. Se eu não fosse comprado por sangue, seria como ‘Issacar… de repouso entre os rebanhos de ovelhas’ (Gênesis 49.14); mas eu sou de Cristo e não posso perder tempo”. Quando a sedutora canção de prazer tentá-lo a sair do caminho da retidão, responda: “Sua música não pode me encantar, eu sou de Cristo”. Quando a causa de Deus o chamar, dedique-se a ela. Quando o pobre necessitar de você, dê-lhe de si mesmo e de seus bens, porque você é de Cristo. Nunca contradiga sua profissão de fé. Sempre seja uma pessoa cujas atitudes são peculiares dos discípulos de Cristo, cujo falar é semelhante ao do Nazareno, cujo comportamento e conversa se mostram tão sugestivos do céu, que todos podem ver que você pertence ao Salvador. 

  Que as pessoas reconheçam em você as características do amor de Cristo e seu semblante de santidade. Valioso é o seguinte argumento, e que ele seja seu: “Eu sou de Cristo”.

CHARLES H. SPURGEON 

Via:  Voltemos ao Evangelho 


segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

DEUS CRIOU O MAL? - AUGUSTUS NICODEMUS

 






“Estes não têm raiz.” (Lucas 8.13)

 

 O minha alma, examina-te à luz deste versículo. Recebeste a Palavra com alegria. Teus sentimentos espirituais foram aguçados e uma impressão vívida foi criada. Lembra que receber a Palavra com os ouvidos é uma coisa e que receber a Jesus no íntimo é outra bem diferente. Sentimentos superficiais geralmente acompanham dureza de coração e uma intensa impressão da Palavra nem sempre é definitiva.

  Nesta parábola, a semente, em um caso, caiu no solo rochoso coberto por uma fina camada de terra. Quando a semente começou a criar raízes, seu crescimento para baixo foi obstruído pelas pedras. Por isso, ela utilizou as suas forças para empurrar as folhas a romperem, tanto quanto pudessem, em direção ao alto. No entanto, não possuindo seiva em seu interior, obtida do nutrimento das raízes, ela murchou.
  Será que este é o meu caso? Tenho feito uma exibição na carne, sem possuir uma vida interior correspondente? O crescimento excelente ocorre tanto para cima como para baixo, ao mesmo tempo. Estou arraigado em sincera fidelidade e amor para com o Senhor Jesus? Se meu coração permanece endurecido e não está sendo nutrido pela graça de Deus, a boa semente pode germinar por um tempo, mas murchará depois, visto que não pode florescer em um espírito não-quebrantado e não-santificado. Devo temer uma piedade que cresce tão rápido, que carece de firmeza, como a planta de Jonas. Tenho de avaliar o custo de seguir a Cristo. Devo sentir o poder do seu Espírito Santo; então, possuirei uma semente duradoura e permanente em minha alma. Se meu caráter permanecer obstinado como o era por natureza, o sol do julgamento queimará e meu duro coração ajudará o calor a atingir mais a semente mal coberta. Logo minha fé morrerá e meu desespero será terrível; portanto, ó Semeador celeste, ara-me primeiro e depois, coloca a verdade dentro de mim. Deixa-me produzir uma abundante safra para Ti.

Charles H. Spurgeon 

Via : Voltemos ao Evangelho 


sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Deus escolheu alguns porque previu a fé neles?




  

A teologia arminiana afirma que Deus escolheu os que seriam salvos com base em sua presciência. Segundo essa concepção, Deus olhou para o futuro e viu os homens que creriam, elegendo-os então. Isso levanta a seguinte pergunta: Quem fixou o futuro para o qual Deus olhou? Se foi ele mesmo (e ao crente não resta outra opção), por que teve que consultá-lo? E mais: Se foi o próprio Deus quem estabeleceu o futuro no qual poderia ver de antemão quem creria, isso não equivale a dizer que ele próprio estabeleceu quem creria? Ora, é exatamente isso o que os calvinistas afirmam. Então, por que não concordar com eles de uma vez? Dentro ainda dessa discussão, deve-se considerar que a Bíblia diz que a fé é dom de Deus (Ef 2.8 [o "isto" mencionado nesse versículo se refere ao processo todo que abrange a fé]; Fl 1.29; Hb 12.2). Se é, pois, o Senhor quem concede a fé, por que ele teria que “descobrir” quem creria e, então, escolhê-los?

A posição arminiana, contudo, nesse aspecto, não enfrenta dificuldades apenas por causa da falta de lógica em seus argumentos. A ideia de que Deus elege com base no que antevê também encontra problemas teológicos insolúveis. Por exemplo: se Deus escolhe o homem baseando-se em algum bem visto nele previamente, então a graça de Deus desaparece para dar lugar a uma forma disfarçada de retribuição. Com efeito, se a visão arminiana estivesse correta, a eleição divina deixaria de ser gratuita e incondicional, tornando-se a recompensa dada por Deus àqueles em quem anteviu algo que o agradou, a saber, a fé resultante do uso adequado da graça preveniente. No arminianismo, portanto, a gratuidade da eleição é demolida e, em seu lugar, é edificada uma escolha divina meritória. No fim das contas, o homem é salvo porque Deus o considera digno disso, ao descobrir previamente que ele, de si mesmo e por si mesmo, fará bom uso da graça capacitadora dada a todos.

Ora, o Novo Testamento não dá margem alguma para essa hipótese. De fato, Paulo ensina que a graça de Deus não procura homens dignos, mas sim cria homens dignos (Cl 1.12). A triste realidade é que se Deus procurasse homens dignos para então escolhê-los, ninguém seria salvo. Aliás, a beleza, infinitude e magnificência da graça de Deus é percebida precisamente no fato dele ter escolhido homens que mereciam somente a sua ira (Ef 2.3), pessoas em quem o Senhor não viu virtude alguma, mas sim pecado, maldade, rebelião e ódio contra ele (Rm 5.6-10).

Contrariando o ensino arminiano, o Novo Testamento também realça que a eleição não é a recompensa da fé, mas sim a sua causa (2Ts 2.13), de modo que o indivíduo não é eleito porque vai crer, mas sim vai crer porque é eleito. Realmente, o texto sagrado sempre coloca a eleição como a razão da fé e não o contrário. A escolha de Deus não depende, assim, da fé prevista. É a fé que depende da escolha prévia. É por isso que em Atos 13.48, Lucas afirma que entre os gentios que ouviam a pregação de Paulo em Antioquia da Pisídia, “creram todos os que haviam sido designados para a vida eterna”. Na dinâmica da frase de Lucas, a eleição é a causa, não o efeito da fé.

Como então lidar com Romanos 8.29 e 1 Pedro 1.2? Uma análise simples mostrará que esses textos, na verdade, não amparam em nada a concepção arminiana. Considere-se, a princípio, a frase, “aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou” encontrada em Romanos 8.29. Será que essa frase corrobora mesmo a tese de que Deus primeiro anteviu quais pessoas creriam e então as predestinou para a salvação? De modo nenhum! Para descobrir o verdadeiro significado da expressão “conheceu de antemão” basta observar a sua única outra ocorrência nos escritos de Paulo.

Essa expressão é, na verdade, a tradução do verbo grego proginósko e é usada outra vez pelo apóstolo somente em Romanos 11.2, onde escreve sobre Israel: “Deus não rejeitou o seu povo, o qual de antemão conheceu”. Ora, é evidente que aqui, conhecer de antemão não significa prever a fé, uma vez que Israel nunca creu na mensagem de Deus (At 7.51-53). Resta, pois, somente um sentido possível para a fórmula sob análise, a saber: Deus conheceu de antemão a quem mostraria seu favor. Esse é, portanto o modo como Romanos 8.29 deve ser entendido. Não se trata de Deus saber previamente quem creria, mas sim de Deus saber previamente a quem favoreceria. Esse entendimento, aliás, se harmoniza plenamente com outras passagens do Novo Testamento onde ser conhecido por Deus significa ser alvo do seu favor (1Co 8.3; Gl 4.9; 2Tm 2.19). Aliás, Em 1Pedro 1.20, existe a evidência de que o verbo proginósko também pode significar “fazer algo a fim de assegurar que um evento realmente ocorra”. Esse sentido também corrobora a tese defendida aqui (Veja-se ARICHEA, D. C.; NIDA, E. A. A handbook on the first letter from Peter. UBS handbook series. Helps for translators (42). New York: United Bible Societies, 1994.).

É assim também que o texto de Pedro deve ser interpretado na parte que diz: “escolhidos de acordo com o pré-conhecimento de Deus Pai”. Note-se que nesse versículo, Pedro usa a preposição grega katá, traduzida como “de acordo com”, indicando que a escolha de Deus foi feita conforme ele sabia previamente que iria fazer. É, portanto, como se Pedro dissesse: “Vocês foram escolhidos conforme Deus Pai havia previsto que vocês seriam”. Ora, isso indica que Deus não escolheu os crentes porque anteviu a fé neles, mas sim porque sabia previamente a quem mostraria favor.

 Na verdade, se Pedro quisesse indicar que Deus escolheu porque anteviu a fé, como ensinam os arminianos, ele certamente usaria a preposição diá, extremamente comum na língua grega e cujo significado, quando usada com o modo acusativo (como é o caso em 1Pe 1.2) é “por causa de”. A tradução, então, ficaria assim: “Vocês foram escolhidos por causa do pré-conhecimento de Deus Pai”. Isso sim indicaria que Deus previu a fé e, por causa disso, teria escolhido alguns. Porém, não é esse o caso aqui, de modo que a Bíblia permanece silente no tocante a qualquer suposta eleição divina alicerçada numa fé prevista.

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Autor: Pr. Marcos Granconato
Fonte: Perfil do autor no Facebook

Via: Bereianos 



“A iniquidade concernente às coisas santas.” (Êxodo 28.38)

 

  Que véu é levantado por estas palavras e que revelação elas nos fazem! Parar um pouco e contemplar esta cena desagradável nos traria humildade e proveito – as iniquidades de nossa adoração coletiva, sua hipocrisia, formalidade, indiferença, irreverência, negligência e esquecimento de Deus – quanta abundância temos aqui! Nosso trabalho para o Senhor, a rivalidade, o egoísmo que caracteriza esse trabalho, a falta de cuidado, a descrença – que multidão de profanação! Nossas devoções particulares, frieza, falta de zelo, indiferença, morosidade e vaidade – que montanha de lixo! Se observássemos com mais cuidado, essa “iniquidade concernente às coisas santas” pareceria muito maior do que quando a olhamos pela primeira vez. 
  O Dr. Payson, escrevendo ao seu irmão, disse: “Minha igreja, assim como o meu coração, parece o jardim do preguiçoso. E o que é pior, acho que muitos dos meus desejos referentes à melhora de ambos, procedem do orgulho, da vaidade ou da indolência. Procuro as ervas daninhas que arruínam meu jardim, exalando um desejo sincero de que elas sejam arrancadas. Mas, por quê? O que causa este desejo? Talvez, a vontade de poder sair e dizer para mim mesmo: ‘Em que excelente estado o meu jardim é mantido!’ Isto é orgulho. Pode acontecer que os meus vizinhos olhem por cima do muro e digam: ‘Ora, veja como o seu jardim está florescendo!’ Isto é vaidade! Ou talvez esteja desejando a destruição das ervas daninhas, porque estou cansado de arrancá-las. Isto é indolência!” 
  Até o nosso desejo por santidade pode estar contaminado por motivos errados. Sob o mais verde gramado, vermes escondem-se, não é preciso procurar muito para os encontrarmos. Quão reconfortante é o pensamento de que, quando o sumo sacerdote levava a iniquidade das coisas santas, ele tinha sobre a sua testa as palavras “Santidade ao SENHOR” (Êxodo 28.36). Quando o Senhor Jesus leva nosso pecado, Ele apresenta ao seu Pai não a nossa falta de santidade, e sim a sua própria santidade. Ó, quanto precisamos de graça para ver, com olhos de fé, o nosso Grande Sacerdote!

Autor:  Charles H. Spurgeon 

Via: Voltemos ao Evangelho 


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Hebreus 6:4-6 Não Ensina Perda de Salvação" - Leandro Lima

 




Fonte: Canal do YouTube da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro 



terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O desserviço e a briga promovida pelas páginas do tipo "zueira" no Facebook










 
As Redes Sociais viraram um campo de batalha onde alguns em nome de suas percepções teológicas, resolveram promover dissenções, facções e desrespeito. Nessa perspectiva, tornou-se comum encontrar entre cristãos agressões "ad hominem", onde o achincalhe se faz presente. O triste disso tudo é que os defensores do deboche além de disseminarem o ódio, tem promovido mais rancor e divisão na já combalida igreja brasileira. 

Caro leitor, vamos combinar uma coisa? Você tem todo o direito de  discordar de arminianos e  de calvinistas, não é verdade? Todavia, você não tem o direito de ridicularizar aqueles que pensam diferente. 

Ora, como todos sabem eu sou calvinista. Creio nas doutrinas da graça. Acredito nos decretos do Eterno, creio em um Deus Soberano que governa tudo e todas as coisas! Creio na eleição incondicional dos santos, na depravação total, na graça irresistível, na expiação limitada e na perseverança dos santos. Entretanto, o fato de crer nisto não me torna inimigo ou adversário de irmãos em Cristo que pensam e creem diferentemente de mim, nem tampouco me concede o direito de "zoar" os que de mim divergem.  

À luz desse pressuposto penso que as páginas de "zoação" na internet tem produzido um "desserviço" a igreja brasileira é que do jeito que a coisa anda, não demorará muito para que os defensores da "zueira" tenham que responder judicialmente por seus achincalhes e desrespeito, o que com certeza será muito triste.

Na minha opinião essas páginas além de ferirem a unidade da igreja, revelam pelo menos três equívocos cometidos pelos seus articuladores, senão vejamos: 

1-)  Demonstram imaturidade espiritual, emocional e acadêmica, isto porque, seus interlocutores não sabem discutir doutrinas, sem permitir que a passionalidade conduza seus atos e atitudes.

2-) Demonstram infantilidade e meninice pelo fato de que os seus articuladores perdem tempo agredindo irmãos em Cristo,  quando deveriam JUNTOS, lutar pelo evangelho de Cristo

3-) Demonstram irresponsabilidade em "ferir a noiva", maculando a Igreja de Cristo com a criação de facções que com certeza nos fazem ruborizar de vergonha.

Que Deus tenha misericórdia da igreja brasileira, 

Renato Vargens

Via: Blog do autor. 



quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A letra assassina e o ladrão destruidor: os perigos da superficialidade bíblica!

















Era pouco mais de 20 horas de uma sexta-feira chuvosa. Luizinho, recém convertido através do ENCONTRO com Deus” e com muita vontade de saber mais sobre a fé que lhe fora anunciada, chega para sua primeira aula na “escola de líderes” em uma grande igreja neopentecostal adepta ao G12.

Luizinho, muito empolgado e feliz por ter a oportunidade de aprender mais sobre a Bíblia, indaga ao professor:

– Estou louco para começar a estudar teologia com vocês, meus irmãos!

O professor, com ar de reprovação, responde:

– Luizinho, aqui nós não aprendemos teologia, pois você pode esfriar espiritualmente e desviar-se da fé, porque a Bíblia diz que a letra mata, mas o espírito vivifica.

Luizinho conferiu o versículo na Bíblia e convenceu-se do que o professor afirmou. A partir de então, não se preocupou em estudar a Bíblia a fundo, concentrando-se na "busca espiritual sobrenatural" e nos estudos dos manuais de estratégias G12, dos quais o transformou num produtivo multiplicador de células. Porém, depois de algum tempo não se teve mais notícias de Luizinho. Alguns dizem que o mesmo desviou-se da fé por não ter conseguido bater as metas de multiplicação, impostas pelo apóstolo líder da Igreja.

Outro dia, irmã Mariazinha dirigiu-se ao templo de sua Igreja para um círculo de oração, juntamente com o Pastor e demais irmãos. Logo, começaram uma oração forte pela restituição financeira. Mariazinha, de forma desesperada, pede uma oração ao Pastor afirmando que estava preocupada, pois além de desempregada, todo o dinheiro que ela tinha recebido de um acerto trabalhista havia se perdido em apenas um dia, gasto compulsivamente com roupas e eletrônicos. O Pastor, ao orar, proclamou:

– Satanás, devolva o dinheiro que você roubou da Mariazinha, em nome de Jesus!

– Pastor, então foi Satanás que roubou meu dinheiro? – de forma duvidosa a irmã pergunta.

– Claro irmã, você nunca leu, na Bíblia, que o diabo veio para roubar, matar e destruir? Está escrito lá em João 10:10 – responde o Pastor.

Essas são histórias fictícias, porém realísticas no sentido ilustrativo do que acontece em muitas igrejas. Trata-se de um dos maiores problemas enfrentados em muitas denominações brasileiras, principalmente neopentecostais: a falência da correta interpretação bíblica. Ou, se preferirem: a superficialidade bíblica!

Interpretar as Escrituras de maneira alegórica, pegando textos isolados de seus respectivos contextos, transformando-os em pretextos para justificar a espiritualidade mística particular, é o que podemos denominar de “neomisticismo herético”.[1] Trata-se de uma perniciosa prática de interpretação intuitiva que ignora totalmente a análiseteológica dos textos bíblicos, pois defende que o necessário para se ler a Bíblia é unicamente à oração e o jejum, posteriormente a iluminação do Espírito Santo virá sobre o texto como revelação. Em muitas igrejas contemporâneas, essa prática é defendida com afinco, embora não seja algo novo.

Esse método é errado e perigoso, pois ignora totalmente o entendimento correto dos textos bíblicos e exprime alegoricamente o significado segundo a interpretação particular de quem lê. Neste caso, a Bíblia deixa de ser a palavra de Deus para tornar-se palavra individual de quem interpreta, proporcionando assim as mais absurdas interpretações místicas.

Calvino defendia a hermenêutica “orare et labutare”, ou seja, a oração para buscar a iluminação do Espírito Santo, juntamente com o estudo diligente da Bíblia através do método gramático-histórico.[2] Para ilustrar esse método, Lutero empregou uma figura como exemplo: “um barco com dois remos, o remo da oração e o remo do estudo. Com um só destes remos, navega-se em círculo, perde-se o rumo, e corre-se o risco de não chegar a lugar algum.” [3]

Oração e estudo são princípios básicos fundamentais para compreender as Escrituras. Para tanto, você não precisa ser um exímio exegeta acadêmico, embora reconheça a grande importância do preparo teológico para todos. Em todo caso, para detectar os erros de interpretação bíblica, em primeira instância, basta analisar o contexto direto, ou seja, os versículos que precedem e os que seguem imediatamente nas passagens bíblicas.

O contexto imediato informa o verdadeiro entendimento consistente na passagem, bem como o pano de fundo em que o autor escreveu (tema, propósitos do autor, cenário histórico, tipo de literatura – parábola – poesia – apocalíptica – ensino, a quem foi escrito etc.). Deve-se levar em conta também o contexto amplo nas Escrituras (quais são as outras passagens na Bíblia que abordam sobre o mesmo assunto) e por último, caso seja necessário, incluir no estudo a identificação de termos chaves (palavras difíceis que necessitam de análise textual), nos quais um bom dicionário linguístico e uma concordância bíblica podem ajudar. Com estes importantes passos hermenêuticos, chegaremos ao correto entendimento bíblico.[4]

Depois dessa explicação básica, agora vamos pegar os exemplos das passagens bíblicas citadas no começo do artigo, para analisar o nível de gravidade que um texto mal interpretado pode ocasionar.

A primeira passagem citada de forma superficial é a segunda parte de 2Co 3:6, onde diz: "porque a letra mata, mas o espírito vivifica".

Conforme foi utilizado no caso fictício apresentado, muita gente cai no mesmo erro ao afirmar que a “letra” (o ensino teológico) “mata” a fé do crente, enquanto o “espírito” vivifica. Ou seja, o ensino teológico é amplamente marginalizado com essa afirmação, transformando-o em motivo para esfriamento de fé.

Neste caso, estaria o Apóstolo Paulo afirmando que o estudo das Escrituras seria um suicídio espiritual? Ou melhor: Estaria Paulo indo contra a sua própria erudição e conhecimento teológico, dos quais ele mesmo utilizou diversas vezes para pregar o evangelho (Atos 17, 18 e 19)?

Na verdade, o contexto direto desta passagem nos dá a resposta:

“3: Estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedramas em tábuas de carne, isto é, nos corações. 4: E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus; 5: não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus, 6: o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. 7: E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, 8: como não será de maior glória o ministério do Espírito!” 
(2 Co 3:3-8, negrito acrescentado)

Após a leitura do contexto direto, não é difícil perceber que Paulo estava falando da superioridade da nova aliança sobre a antiga! A “letra” que o apóstolo fala não é o ensino teológico, mas sim uma alusão à lei mosaica (vs 3 e 7), na qual a mesma “mata” pelo fato da necessidade de obediência irrestrita, algo inalcançável, devido o peso de glória contraposto ao corrompido ser humano em pecado, trazendo assim morte espiritual (Gl 3:10). Porém, o espírito vivifica pelo ato de escrever a lei de Deus nas “placas de carne”, ou seja, em nossos corações (vs 3).

Portanto, essa passagem não dá qualquer margem de interpretação para afirmar uma condenação ao ensino teológico. Na verdade, é importante colocar o significado da palavra Teologia: no grego théos = Deus + logos = conhecimento.[5] A teologia, então, simplesmente é uma forma de se organizar o estudo sobre Deus, sobre os ensinos bíblicos. Em outras palavras, quando você estuda a Bíblia, você está fazendo teologia!

A segunda passagem interpretada de forma superficial é: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.”(Jo 10.10)

Estaria Jesus afirmando nessa passagem que o ladrão que mata, rouba e destrói é Satanás? Embora eu reconheça que as intenções do adversário, de fato são essas, o contexto direto da passagem nos dá uma pista de quem é o “ladrão” que Jesus está se referindo, bem como no contexto amplo mostra com exatidão o sentido da metáfora de Jesus, vejamos:

“8:Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido. 9: Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará passagem. 10: O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. 11: Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. 12: O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa. 13:O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas. 14: Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, 15: assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas.” 
(Jo 10:8-15, negrito acrescentado)

Juntando todo o contexto da passagem, notamos que Jesus não está especificando alguém em particular como “ladrão supremo”. Mas direciona um conceito genérico para aqueles que tomam o bem alheio de forma indevida, mesmo que tal atitude inclua matar e destruir. Ao contrário da obra de Cristo que é trazer vida em abundância (leia-se vida espiritual, vida eterna), os "falsos mestres" agiam como verdadeiros ladrões mercenários. O mercenário que pastoreia as ovelhas para fins lucrativos, no primeiro momento de perigo as abandona (vs 12). Ele não tem genuíno cuidado para com as ovelhas, pois é falso pastor (vs 13), dessa maneira o rebanho torna-se presa fácil para lobos. O bom pastor conhece as suas ovelhas e dá a vida por elas (vs 15). Este era o foco metafórico de Jesus.


Enfim, após o breve exame das duas passagens que pegamos como exemplo, podemos ver o quanto uma interpretação alegórica pode prejudicar o correto entendimento bíblico.

Precisamos corrigir esse problema de maneira urgente. A Hermenêutica deve ser matéria obrigatória em todas as escolas bíblicas dominicais e grupos de estudos, pois se não interpretarmos a Bíblia de maneira correta, como vamos conhecer a vontade de Deus através de sua Palavra? Para tanto, precisamos de preparo adequado para compreender corretamente os ensinos bíblicos. Isso é obrigação de todos, principalmente das lideranças da Igreja.

Sola Scriptura!

Notas:

[1] - Terminologia utilizada pelo Rev. Augustus Nicodemos Lopes em seu blog: 
[2] - Para mais informações sobre o método Hermenêutico Gramático-Histórico, clique aqui!
[3] - Citado por Paulo R. B. Anglada em Hermenêutica Reformada das Escrituras. Fides Reformata 02/01/1997: <http://www.monergismo.com/textos/hermeneuticas/hermeneutica_anglada.htm>, acesso em 28/07/2012.
[4] – Para um melhor entendimento sobre como fazer uma hermenêutica correta, veja este excelente guiaclicando aqui!
[5] - Dicionário Bíblico Strong - Léxico Hebraico, Aramaico e Grego - SBB 2002, págs. 1401 e 1488.

***
Autor: Ruy Marinho
Fonte: Bereianos


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Falsos crentes










Via: Canal do Youtube Luz para o Caminho




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