Lição 2: A Queda de Adão
De acordo com Seu próprio intento e
beneplácito, Deus criou Adão e Eva e ordenou que eles não comessem da árvore do
conhecimento do bem e do mal. A obediência à ordem levaria a uma vida contínua,
tanto de alegre comunhão com Deus tanto de domínio sobre a criação. A
desobediência à ordem levaria à morte espiritual e física e todos os males
decorrentes delas.
Adão e Eva foram tentados e
desobedeceram à ordem. Por causa de sua desobediência, sua comunhão com Deus
foi quebradas e eles caíram de seu estado original de justiça e santidade. Tais
consequências devastadoras da desobediência de adão não foram limitadas a ele,
mas resultaram na queda de toda a raça humana. Apesar de as Escrituras não
removerem todo o mistério que cerca esta grande verdade, elas afirmam que o
pecado e a culpa de Adão foram imputados, ou creditados, a todos os
seus descendentes, e que todos os homens sem exceção são agora nascidos
carregando a natureza caída de Adão e exibindo a hostilidade de Adão para com
Deus.
Estes pontos serão discutidos nas
lições que se seguem, começando com a Queda de Adão.
A Queda de Adão
Após ter Deus criado Adão à Sua
imagem, Ele lhe deu uma simples ordem: “Da árvore do conhecimento do bem e do
mal não comerás.” Um aviso seguiu esta proibição: “No dia em que dela comeres,
certamente morrerás” (Gênesis 2:17). A obediência de Adão para com Deus o
levaria a um contínuo ou possivelmente até mesmo maior estado de felicidade.
Sua desobediência levaria à morte.
1. Em Gênesis 2:16-17 são
encontrados a ordem e o aviso dados a Adão. Leia o texto até que você se
familiarize com seu conteúdo e então responda às seguintes perguntas:
a. De acordo com o versículo
16, que privilégio Deus deu a Adão? Como tal privilégio prova que Deus se
importava com Adão e não desconsiderava suas necessidades?
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b. De acordo com o versículo
17, que proibição foi dada a Adão? O que foi dito a Adão para que não fizesse?
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c. De acordo com o versículo
17, qual seria a pena pela desobediência à ordem de Deus?
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2. Em Gênesis 3:1-6 é
encontrado o registro bíblico de como Adão e Eva foram tentados a desobedecer à
ordem de Deus. Leia o texto até que você se familiarize com seu conteúdo, e
então responda às seguintes perguntas:
a. No versículo 1, as
Escrituras declaram que uma serpente literal tentou a Eva. De acordo comApocalipse
12:9 e 20:2, quem era aquele trabalhando na
serpente e através da serpente?
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b. De acordo com os
versículos 4 e 5, que promessa Satanás fez a Eva?
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c. De acordo com o versículo
6, como Eva e seu esposo Adão responderam à tentação de Satanás através da
serpente?
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3. Gênesis 3:7-10 registra
os resultados imediatos da desobediência de Adão e Eva. Leia o texto diversas
vezes até que você se familiarize com seu conteúdo e então escreva seus
pensamentos. Quais foram os resultados da desobediência deles?
a. Versículo 7
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b. Versículos 8-10
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Nota: (a) Com um
ato de desobediência, Adão e Eva caíram de seu estado original de justiça para
a corrupção moral. Seus corações e mentes não eram mais puros, mas se tornaram
maculados e vergonhosos. As coberturas que eles fizeram com folhas de figueira
foram uma tentativa impotente de esconder sua vergonha, seu pecado, e sua
corrupção. (b) O pecado sempre resulta em medo e separação de Deus. O homem
pecaminoso foge da santa presença de Deus e teme Seu justo julgamento.
4. Tendo considerado os resultados
imediatos da desobediência de Adão, vamos agora considerar os julgamentos
divinos que caíram sobre a serpente, Eva, e Adão. Leia Gênesis 3:14-24 e
então descreva tais julgamentos que afetaram a todos nós:
a. O Julgamento Divino sobre
a Serpente (vs. 14-15):
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b. O Julgamento Divino sobre
a Mulher (v. 16):
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Nota: A frase: “Teu
desejo será para teu marido,” pode descrever uma das seguintes opções: (1) O
relacionamento da mulher com seu marido seria marcado pelo anelo e a falta de
satisfação. (2) A mulher que buscou independência de Deus agora teria um desejo
exagerado ou uma ânsia pelo homem. (3) O relacionamento entre o homem e a
mulher seria marcado pelo conflito; a mulher “desejaria” dominar seu marido, e
seu marido exerceria seu “domínio” sobre ela. A terceira interpretação parece
especialmente provável à luz de uma construção de palavras similar em Gênesis
4:7: “Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu
desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.”
c. O Julgamento Divino sobre
o Homem (vs. 17-19):
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5. No divino julgamento sobre a
serpente em Gênesis 3:14-15 é encontrada uma das maiores
promessas da salvação em toda a Bíblia (v. 15). Esta promessa foi chamada de protoevangelho [Latim: proto, primeiro
+evangelium, evangelho]. Escreva seus comentários sobre este texto.
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Nota: Jesus Cristo
é a eventual “semente” ou descendência da mulher. Na cruz, Satanás feriu o
calcanhar de Cristo (isto é, Cristo foi ferido, mas não mortalmente; Ele
ressuscitou dos mortos). Através da mesma cruz, Cristo feriu a cabeça de
Satanás (isto é, Satanás foi ferido mortalmente; ele foi derrotado para
sempre).
Questões Importantes Sobre a Queda
O registro das Escrituras sobre a
queda fornece a única explicação adequada para o presente estado decaído do
homem e o mal que nos cerca. É também mediante este plano de fundo tenebroso
que as resplandecentes glórias da misericórdia e da graça de Deus surgem. Nossa
compreensão mínima das glórias de Cristo e Seu Evangelho é diretamente proporcional
ao nosso entendimento da tragédia de Adão e sua condenação.
Em nosso estudo da queda, nos
deparamos com algumas das questões mais importantes e complexas de todas as
Escrituras: a origem do mal, a natureza da liberdade humana, a soberania de Deus,
e Seu eterno propósito. Ainda que o que conhecemos a respeito de tais
questões será sempre envolto em um determinado grau de mistério, é necessário
que nos esforcemos por conhecer o que pudermos. Façamos as seguintes
questões:
Como Adão pôde cair?
Deus ordenou a queda?
Qual o propósito eterno de Deus na
queda?
COMO ADÃO PÔDE CAIR?
As Escrituras afirmam que a queda não
ocorreu devido a nenhuma falha no Criador. Todas as obras de Deus são perfeitas
(Deuteronômio 32:4), Ele não pode ser tentado pelo pecado (Tiago 1:13), nem
pode Ele tentar outros com o pecado (Tiago 1:13). A culpa pela queda repousa
perfeitamente sobre os ombros de Adão. Como Eclesiastes 7:29 declara: “Eis o
que tão-somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu
em muitas astúcias.”
Esta verdade apresenta um dos maiores
problemas teológicos em todas as Escrituras: como é possível que uma criatura
criada à imagem de Deus veio a escolher o mal e o pecado? Adão e Eva tinham uma
verdadeira inclinação para o bem, e não havia nenhuma corrupção ou mal neles
para qual a tentação pudesse apelas. Como tais justos seres puderam escolher o
mal ao invés do bem, e escolher as palavras de uma serpente ao invés das ordens
de seu Criador, está além da compreensão humana.
Houve numerosas tentativas ao longo
da história de explicar a queda de Adão, mas nenhuma delas deixa de ter suas
limitações. Devemos, portanto, nos contentarmos com a simples verdade da
Escritura que, embora tenha Deus feito o homem justo e santo, ele era finito e mutável (isto
é, sujeito a mudança) e capaz de fazer uma escolha contrária à vontade de Deus.
DEUS ORDENOU A QUEDA?
A palavra ordenar significa colocar
em ordem, dispor, ou designar. Perguntar se Deus
ordenou a queda é perguntar se ele a colocou em ordem, a dispôs, designou que
ela ocorresse. Outras palavras que carregam significado similar são:
“decretar”, “predeterminar”, e “predestinar”. Deus determinou de antemão ou
decretou que a queda deveria ocorrer? A resposta para esta pergunta é “sim”,
mas nós devemos ter muito cuidado com o que isto significa e o
que isto não significa.
A ordenança de Deus da queda não
significa que Ele forçou Satanás a tentar nossos primeiros pais, ou
que Ele os coagiu a desprezar Sua ordem. O que as criaturas de Deus fizeram,
elas fizeram por sua própria vontade. Deus é santo, justo, e bom. Ele não peca,
não pode ser tentado pelo pecado, Ele não tenta ninguém ao pecado.
A ordenança de Deus da queda significa que
isto era certo de acontecer. Foi da vontade de Deus que Adão fosse testado, e
foi da vontade de Deus deixar que Adão tanto se mantivesse de pé quanto caísse
sozinho sem o auxílio divino que poderia tê-lo impedido de cair. Deus poderia
ter impedido que Satanás dispusesse a tentação diante de Eva, ou à face de tal
tentação, Ele poderia ter dado a Adão uma graça sustentadora especial para
capacitá-lo a triunfar sobre ela. A partir do testemunho das Escrituras,
entendemos que Ele não fez isso.
A ordenança de Deus da queda também
significa que ela foi parte de Seu plano eterno. Antes da fundação do mundo,
antes da criação de Adão e Eva e a serpente que os tentou, antes da existência
de qualquer jardim ou árvore, Deus ordenou a queda para Sua glória e o bem
maior de Sua criação. Ele não meramente permitiu que nossos primeiros pais
fossem tentados e então esperou para reagir a qualquer escolha que eles viessem
a fazer. Ele não meramente olhou através dos corredores do tempo e viu a queda.
Mas a queda era uma parte do plano eterno de Deus, e Ele predeterminou ou
predestinou que ela deveria e iria acontecer.
Neste ponto, uma questão muito
importante surge:
“Deus é o autor do
pecado?”
Esta questão pode e deve ser
respondida com uma forte negativa. Deus não é o autor do pecado, nem coage o
homem a pecar contra Ele. Embora Ele tenha predeterminado que a queda deveria e iriaacontecer,
Ele também predeterminou que ela deveria acontecer através das ações
voluntárias de Satanás, Adão e Eva. Ainda que nossas mentes finitas não possam
compreender plenamente como Deus pode ser absolutamente soberano sobre todo
evento da história e sobre cada ato individual sem destruir a liberdade
individual, as Escrituras abundam em exemplos que demonstram que isto é
verdade. José foi vendido à escravidão através do pecado deliberado de seus
irmãos, e ainda assim, quando a história final foi contada, José declarou: Vós,
na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus
intentou para o bem, para fazer o que se vê neste dia, isto é, conservar
muita gente com vida” (Gênesis 50:20 AA). O Filho de Deus foi crucificado como
o resultado do pecado deliberado do homem e a hostilidade para com Deus, e
ainda assim Deus ordenou ou predeterminou a morte de Cristo antes da fundação
do mundo. Nas Escrituras nós lemos:
“… sendo este [Jesus] entregue pelo
determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por
mão de iníquos.” -Atos 2:23
“Porque verdadeiramente se ajuntaram
nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio
Pilatos, com gentios e gente de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o
teu propósito predeterminaram.” -Atos 4:27-28
A partir das Escrituras, nós vemos
que Deus ordena ou predetermina um evento para que ele ocorra e ainda assim faz
com que ele aconteça através do pecado deliberado do homem. Ele faz isso sem
que seja o autor dos pecados dos homens ou coagindo-os para que o façam sem que
seja da vontade deles. Homens ímpios deliberadamente pregaram Jesus Cristo à
cruz e foram responsáveis por suas ações, mas o evento inteiro estava de acordo
com o plano predeterminado de Deus. A queda de Satanás, e a queda da raça
humana mais tarde através de Adão e Eva, foram resultados de seus próprios
pecados pelos quais apenas eles são responsáveis, e ainda assim os eventos
aconteceram de acordo com o ordenado, predeterminado, predestinado plano de
Deus. Deus decretou um grande propósito eterno para Sua criação, e ordenou cada
evento da história pelos quais tal propósito está sendo cumprido. Nada, nem
mesmo a queda do homem ou a morte do Filho de Deus, ocorre à parte do decreto
soberano de Deus.
“Ó profundidade da riqueza, tanto da
sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e
quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor?
Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a
ser restituído?Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas.
A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”-Romanos 11:33-36
“…nele, digo, no qual fomos também
feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas
as coisas conforme o conselho da sua vontade…” -Efésios 1:11
QUAL O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS NA
QUEDA?
Tendo demonstrado que a queda foi
resultado da desobediência deliberada da criatura e ainda assim de acordo com o
eterno propósito de Deus, agora é necessário que nos esforcemos por conhecer
tal propósito eterno. À luz do mal e do sofrimento que resultaram da queda,
pode parecer difícil aceitar que possa ter havido qualquer bom propósito nela.
Todavia, a Palavra de Deus nos assegura que existe tal propósito.
Sabemos a partir das Escrituras que a
criação do universo, a queda do homem, a nação de Israel, a cruz de Cristo, a
Igreja, e o julgamento das nações têm um grande e derradeiro propósito: Que
a plenitude dos atributos de Deus seja revelada a Sua criação e que toda a
criação O conheça, O glorifique, e deleite-se plenamente n’Ele como Deus.
A Plena Revelação
dos Atributos de Deus
Deus criou o universo para ser um
teatro sobre o qual Ele possa exibir a infinita glória e valor de Seu ser e
seus atributos, para que Ele seja plenamente conhecido, adorado, e apreciado
por Sua criação. Foi dito por muitos que a queda do homem é o céu negro sobre o
qual as estrelas dos atributos de Deus brilham com a maior intensidade de
glória. É apenas através da queda e o advento do mal que a plenitude do caráter
de Deus pode ser verdadeiramente conhecida.
Quando um Cristão adora a Deus, quais
são os atributos que lhe parecem mais queridos? Não são a misericórdia, a graça
e o amor incondicional de Deus? Não são estes atributos divinos mais exaltados
em todos os grandes hinos da Igreja? Mas como estes atributos poderiam ser conhecidos
senão através da queda do homem? O amor incondicional somente pode ser
manifesto sobre homens que não correspondem às condições. A misericórdia
somente pode ser derramada do trono de Deus sobre homens que merecem a
condenação. A graça somente pode ser concedida a homens que não fizeram nada
para merecê-la. Nossa decadência é nosso feito, pelo qual somos obrigados a
assumir plena responsabilidade. Ainda assim é através do teatro negro de nossa
decadência que a graça e a misericórdia de Deus são postas no centro do palco e
brilham sobre um público tanto de homens quanto de anjos. É na salvação dos
homens caídos que a sabedoria, a graça e a misericórdia de Deus são reveladas,
não apenas ao homem, mas também a todo ser criado nos céus, na terra e no inferno.
Mas Deus, sendo rico em misericórdia,
por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos
delitos, nos deu vida juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e,
juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais
em Cristo Jesus para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua
graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. -Efésios
2:4-7
A mim, o menor de todos os santos, me
foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas
de Cristo e manifestar qual seja a dispensação do mistério, desde os séculos,
oculto em Deus, que criou todas as coisas, para que, pela igreja, a multiforme
sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos
lugares celestiais. -Efésios 3:8-10
A Plena Revelação
das Glórias de Cristo
A maior obra de Deus é a morte e a
ressurreição do Filho de Deus para a salvação do povo de Deus. Contudo, se o
homem não tivesse caído, não haveria Calvário e nem Salvador. A própria coisa
que mais elucida a Deus (João 1:18), nos atrai para Ele (João 12:32), e faz com
que O amemos (1 João 4:10, 19) desapareceria. O que tomaria seu lugar? Que
outros meios poderiam ter sido usados para demonstrar as imensuráveis
misericórdias de Deus? Cristo crucificado é o grande tema de todo digno hino,
sermão, conversação, e pensamento cristãos. Sem a queda, a redenção seria
desconhecida a nós. Nós seríamos como os anjos, anelando perscrutar algo que
nós nunca poderíamos experimentar (1 Pedro 1:12).
É errado, e beira a blasfêmia, até
mesmo insinuar que a cruz de Cristo foi um mero Plano “B” que foi posto em
prática somente por causa da escolha errada de Adão no jardim. A cruz é o
evento principal para o qual qualquer outra obra da providência de Deus aponta.
Todas as coisas permanecem em sua sombra. De uma forma, a cruz foi necessária
por causa da queda, mas por outro lado, a queda foi necessária para que as
glórias de Deus na cruz de Cristo pudessem se dar a conhecer plenamente.
A Plena Revelação
da Dependência da Criatura
Uma das verdades mais impressionantes
sobre Deus é que Ele é absolutamente livre de qualquer necessidade ou
dependência (Atos 17:24-25). Sua existência, o cumprimento de Sua vontade, e
Sua alegria ou beneplácito não dependem de nada nem ninguém fora de Si mesmo.
Ele é o único ser que é de fato autoexistente, autossustentado,
autossuficiente, independente e livre. Todos os outros seres derivam suas vidas
e felicidades de Deus, mas Deus encontra tudo o que é necessário para Sua
própria existência e perfeita alegria em Si mesmo (Salmo 16:11; Salmo 36:9).
A existência do universo requer não
apenas o ato inicial da criação, mas também o contínuo poder de Deus para
sustentá-lo (Hebreus 1:3). Se Ele retirasse Seu poder mesmo por um momento,
tudo se tornaria caos e destruição. Esta mesma verdade pode ser aplicada ao
caráter dos seres morais, quer sejam anjos ou homens. Adão no paraíso e Satanás
no céu, ainda que tenham sido criados justos e santos, não poderiam permanecer
em pé à parte da graça sustentadora de um Deus Todo-Poderoso. Quão menos somos
nós capazes de permanecer em pé e quão mais rapidamente cairíamos à parte da
mesma graça sustentadora? A queda, portanto, fornece o maior exemplo de nossa
constante carência de Deus. Se não podemos continuar nossa existência além de
nosso próximo fôlego exceto pela preservação de Deus, quão menos somos capazes
de manter qualquer aparência de justiça diante d’Ele à parte de Sua graça?
(João 15:4-5; Filipenses 2:12-13)
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Tradução:Voltemos
ao Evangelho.
Via: Voltemos ao Evangelho