Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.

Primeiro - Trate Seriamente com o Pecado. Segundo - Não Seja Dono de Coisa Alguma. Terceiro - Nunca se Defenda. Quarto - Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém. Quinto - Nunca Aceite Qualquer Glória. A.W. Tozer

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Neil Barreto - Relacionamentos que desagradam a Deus

Um devocional sobre Gilgal



Wilma Rejane 


Confia ao Senhor as tuas obras e teus pensamentos serão estabelecidos” Pv 16:3

Nesse exato momento existe uma batalha em nossos pensamentos. São imagens de acontecimentos vividos ou mesmo de um futuro ainda desconhecido. Confiar em Deus é um dom que proporciona paz nesse mundo turbulento, e transforma a mente de modo a superar o que poderia ser causa de desesperar. Profeta Isaías diz que Deus conservará em paz, aqueles cujas mentes estão confiantes em Deus (Isaías 26:3).

Não podemos ignorar os problemas, mas precisamos de fé para acreditar que Deus nos guarda em paz e nos conduz de modo seguro em cada decisão e não apenas para receber de Deus, mas e principalmente para ofertar nossa vida, em cada dia. E se escolhemos agir de acordo com Deus, teremos paz e encontraremos descanso. Andarão dois juntos se não estiverem de acordo? (Amós 3:3).
Confiar no grego tem origem em “galal” (Strong 01556) com o sentido de rolar, entregar, afastar, remover. A imagem é a de um camelo sobrecarregado: quando a carga está para ser removida, o camelo ajoelha-se, inclina-se para o lado até que a carga deslize.


Confesso que antes de me tornar cristã sofria bem mais. Murmurava pelas coisas que não tinha e corria ao telefone para conversar com alguém sobre o que me afligia, a carga não diminuía, mas aumentava e achava natural o peso das coisas, sobrevivia “matando um leão por dia” e nunca acabava com a cria. Até que: conheci o Salvador Jesus!
Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Salmos 127:1

Aprendi que precisava aprender a viver em paz, afinal havia encontrado a Paz! Então, dei lugar a gratidão e deixei deslizar a carga para Deus em oração,  confiança. No livro de Josué, Deus fala aos israelitas sobre “galal”: “ Hoje revolvi de sobre vós o opróbrio do Egito” e o nome do lugar onde isso aconteceu se chamou  “Gilgal” para sempre. Gilgal vem do verbo “galal” significando “círculo de pedra” , era o lugar onde comemoravam a páscoa (Josué 9:10).

Gilgal foi o lugar onde Deus desfez os círculos de pedra, as cargas, vergonhas, aflições. È nesse lugar que o pai de família deve estar para dormir e acordar confiante que Deus guarda sua família. É aqui que a mãe de família deve estar para entregar as preocupações pelo futuro dos filhos. É em Gilgal que celebramos a gratidão por tudo que temos e pelo que não temos, confiantes de que estamos guardados em Deus.

Deus o abençoe

Carlos Queiroz - O "Já" e o "Agora Não" da Igreja Peregrina

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

E LITERATURA ERÓTICA, PODE?




Certa vez me perguntaram em qual categoria o livro Cinquenta tons de cinza, de E L James -  sucesso absoluto de vendas entre as mulheres-  se encaixaria: literatura erótica ou material pornográfico? Bom, segundo o professor Sebastião Costa Andrade, pesquisador sobre a sexualidade, o erotismo não se vincula diretamente ao sexo, enquanto que a pornografia encontra no sexo e na sexualidade seu espaço privilegiado. Dessa forma, o erotismo estaria mais próximo do sexo implícito (portanto “aceitável”) e a pornografia do sexo obsceno, direto, explícito e comercializável. 

Para chegarmos a uma conclusão definitiva, acho interessante analisarmos algumas definições de pornografia:

"Representação, por quaisquer meios, de práticas sexuais diversas, com o intuito de despertar desejo sexual no observador" 

Outra definição interessante é a encontrada no dicionário Michaelis:

“1.Arte ou literatura obscena. 2 Tratado acerca da prostituição. 3 Coleção de pinturas ou gravuras obscenas. 4 Caráter obsceno de uma publicação. 5 Devassidão”. 

Podemos concluir então, que o livro Cinquenta tons de cinza, além de um romance envolvente, é também mais um item diferenciado no mercado da indústria pornográfica. Creio que autora não teve a intenção de publicá-lo especificamente para este segmento, mas diante das definições acima, não temos para onde correr.

Outra pergunta comum entre os cristãos é, se podemos rotular de pecado a leitura de um material como este. Penso da seguinte forma, se houver curiosidade por conta do sucesso, não vejo razão para não lê-lo. Assisti documentários, li alguns artigos sobre o livro e ouvi descrições de pessoas que leram, mas não senti interesse algum em ler, mas caso surgisse a curiosidade ou necessidade por conta da profissão, leria, sem neura alguma. Estou certa de que não alteraria em nada a minha fé e convicções. Mas temos que concordar que seria no mínimo insensato uma pessoa que está em processo de abstinência, lutando vorazmente contra o seu vício, resolver experimentar uma nova droga só por curiosidade. O mesmo acontece com uma pessoa que enfrenta problemas na área sexual, ou seja, que luta contra o vício da pornografia ou do sexo “doente”.

Ao decidir ler um conteúdo como este, a pessoa em questão precisa ter total consciência do terreno perigoso que está pisando, ser madura suficiente para assimilar as informações e lidar com seu desejo de forma saudável. A real preocupação deve ser com a substituição do prazer na relação com o parceiro por qualquer material do tipo. Se o casal (ou um dos parceiros) necessita de pornografia, um sexo “doente” ou conteúdo erótico para se satisfazer sexualmente, é porque algo não está bem. Aliás, nada bem.  Com o que você anda ocupando sua mente e o seu tempo? “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” Filipenses 4:8

A pornografia é um problema comum na vida dos cristãos, não podemos negar os fatos. Uma pesquisa realizada pelo BEPEC, entre casais evangélicos, revela que 32,03% dos entrevistados possuí o hábito de acessar algum tipo de pornografia com frequência. Já entre os jovens solteiros, a porcentagem sobe para 67,21%! Sem contar os que se omitiram. Assim como o cigarro, o álcool ou a fofoca, a pornografia (inclusive através da literatura) é um vício que traz prazer momentâneo e imediato. E como isso afeta um relacionamento? Um casal que tem um sexo satisfatório e saudável, não precisa de mais nada além do cônjuge para satisfazer-se. Como disse anteriormente, se existe a necessidade de algum tipo de material erótico/pornográfico é porque algo está errado. O sexo foi criado por Deus para o casamento, como forma de expressão de amor genuíno entre homem e mulher (e para a procriação, obviamente). O que sai disso é pecado, não posso dar outro nome.

Sim, existem milhares de mulheres presas ao vício da pornografia e os motivos são os mais variados: curiosidade, desejo, vício, abuso na infância, a pedido do marido... Muitas vivem completamente aprisionadas a este tipo de material e buscam ardentemente desvencilhar-se. Tive a oportunidade de testemunhar alguns casos. É uma luta árdua e dolorida. Antigamente a pornografia era um pecado associado aos homens, mas com a chegada do feminismo, muita coisa mudou. As mulheres passaram a ter acesso a coisas antes proibidas, como a literatura erótica (que também traz estímulos sexuais) e material pornográfico, por exemplo. Nos dias de hoje, é muito difícil dizer “este pecado é mais cometido por homens e este mais por mulheres”. Se colocarmos a pornografia na balança, acho que ela ainda pesa mais para o lado dos homens, mas não está tão longe de ficar equilibrada.

E a pergunta que fica é: Qual o segredo de tamanho sucesso nas vendas do livro Cinquenta tons de cinza? Bom, apesar das descrições detalhadas de um sexo selvagem e doente - que reflete enigmas do passado - o material inclui cenas intensas de romantismo. E para a maioria esmagadora das mulheres, a mistura de romance e sexo é perfeita! Quando pensam em sexo, as cenas são sempre recheadas de detalhes e romantismo. Para nós, o sexo está intrinsecamente ligado a emoção, por isso a mistura é excitante. O sucesso do livro está totalmente relacionado aos estímulos que ele traz durante a sua leitura, tanto pelo sexo, quanto pelo romance e ar dominador do protagonista. Mesmo que neguem até o fim, as mulheres também anseiam por um homem seguro e que sabe o que quer na cama. Quantas esposas frustradas sexualmente não se realizaram lendo o livro imaginando-se no lugar da mocinha? Quantas não tentaram um sexo diferente com seus maridos após a leitura? Não podemos negar, esse tipo de literatura excita, e muito!

Mas Dani, e a literatura erótica? Penso da mesma forma. A dependência a este tipo de material é doentia, e acho primordial que os casais tenham consciência de que não há necessidade de pornografia ou literatura erótica para chegarem ao clímax ou realizarem seus desejos mais íntimos. Isso pode (e deve) acontecer com o seu próprio cônjuge. O conselho que deixo às esposas é, realize os seus desejos e fantasias com seu marido, não tenha medo! Pecado mesmo é colocar a máscara de casal modelo na igreja e ao sair do culto/missa ter que buscar material erótico ou pornográfico para se satisfazer. Sexo nunca é pecado se feito com amor e sem egoísmo dentro da união de uma só carne. Conversem sobre o assunto, conquistem intimidade e nunca privem um ao outro (a não ser por mútuo consentimento). O corpo do seu cônjuge é seu e o seu é dele, satisfaçam-se! “A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido. Da mesma forma, o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher. Não se recusem um ao outro, exceto por mútuo consentimento e durante certo tempo, para se dedicarem à oração. Depois, unam-se de novo, para que Satanás não os tente por não terem domínio próprio.” 1 Coríntios 7:4-5

E aos maridos, eu repito: o sexo na mulher está diretamente ligado à emoção, por isso, não espere que ela esteja sexualmente disposta se você a feriu com palavras e atitudes. Se deseja que sua esposa esteja mais aberta na cama, misture na panela atenção, auxilio nos serviços domésticos e de educação dos filhos, afeto e muito romantismo. E prepare-se para provar o melhor dos banquetes! 

O meu amado é meu, e eu sou dele...¹ Desfrutem juntos desse amor!


Dani Marques

SOU CONTRA PASTORA EM NOSSA DENOMINAÇÃO... ME RESPEITA?

 
Me parece que anda cada vez mais difícil ser contra a alguma coisa em nosso meio evangélico. Entre os pastores, a partir de "listas de discussão" tudo parece ser muito monolítico, a opinião frágil da maioria rouba de cena os "senões" de uma minoria. Quer ver um exemplo: a questão das pastoras no meio batista!

Para você que não faz parte de nossa denominação e está por fora dessa discussão, vou tentar lhe situar: o fato é que já temos no Brasil pouco mais de uma centena de mulheres que foram consagradas "pastoras" em suas igrejas, e uma discussão bastante atual é se elas poderão fazer parte de nosso órgão de classe, que denominamos "Ordem dos Pastores Batistas do Brasil". Só ai já há um contrassenso, se são "Pastores Batistas do Brasil", agora terá de ser: "Pastores e Pastoras do Brasil", uma vez que um grupo conseguiu acesso à instituição por conta de uma deliberação truncada em uma das Assembleias da Ordem.

O fato é que não se discute a autonomia de uma igreja batista local de consagrar quem quer que deseja para o ministério pastoral, isso é assunto passivo. O que se quer trazer à baila é que, como a igreja não consagra nenhum ministro (ou agora, "ministra") para si mesma, mas sim para a denominação, logo a irmã que é investida do título pastoral tem de ter todos os direitos e deveres dos outros, por uma questão de, digamos, isonomia. Então, eu pergunto: agora, pertencer a Ordem é uma questão de forma apenas, logo, o que se tem a fazer?

Mas, o que não pode ser deixado de considerar é que estamos como Batistas quebrando o princípio do governo da igreja estar biblicamente resignado aos homens, isso em textos clássicos de Atos 20.28; I Timóteo 3.2; 5.17; Hebreus 13.7; além de nossa "Declaração Doutrinária" que aborda termos no masculino para as atribuições relacionadas ao governo da igreja (o negrito é meu):

XI- Ministério da Palavra
Todos os crentes foram chamados por Deus para a salvação, para o serviço cristão, para testemunhar de Jesus Cristo e promover o seu reino, na medida dos talentos e dos dons concedidos pelo Espírito Santo.1 Entretanto, Deus escolhe, chama e separa certos homens, de maneira especial para o serviço distinto, definido e singular do ministério da sua Palavra.2 O pregador da Palavra é um porta-voz de Deus entre os homens.3 Cabe-lhe missão semelhante àquela realizada pelos profetas do Velho Testamento e pelos apóstolos do Novo Testamento, tendo o próprio Jesus como exemplo e padrão supremo.4 A obra do porta-voz de Deus tem finalidade dupla: a de proclamar as Boas Novas aos perdidos e a de apascentar os salvos.5 Quando um homem convertido dá evidências de ter sido chamado e separado por Deus para esse ministério, e de possuir as qualificações estipuladas nas Escrituras para o seu exercício, cabe à igreja local a responsabilidade de separá-lo, formal e publicamente, em reconhecimento da vocação divina já existente e verificada em sua experiência cristã.6 Esse ato solene de consagração é consumado quando os membros de um presbitério ou concílio de pastores, convocados pela igreja, impõe as mãos sobre o vocacionado.7 O ministro da Palavra deve dedicar-se totalmente à obra para a qual foi chamado, dependendo em tudo do próprio Deus.8 O pregador do Evangelho deve viver do Evangelho.9 Às igrejas cabe a responsabilidade de cuidar e sustentar adequada e dignamente seus pastores.10
1 Mt 28.19,20; At 1.8; Rm 1.6,7; 8.28-30; Ef 4.1,4; 2Tm 1.9; Hb 9.15; 1Pe 1.15; Ap 17.14
2 Mc 3.13,14; Lc 1.2; At 6.1-4; 13.2,3; 26.16-18; Rm 1.1; 1Co 12.28; 2Co 2.17; Gl 1.15-17
3 Ex 4.11,12; Is 6.5-9; Jr 1.5-10; At 20.24-28
4 At 26.19,20; Jo 13.12-15; Ef 4.11-17
5 Mt 28.19,20; Jo 21.15-17; At 20.24-28; 1Co 1.21; Ef 4.12-16
6 At 13.1-3; 1Tm 3.1-7
7 At 13.3; 1Tm 4.14
8 At 6.1-4; 1Tm 4.11-16; 2Tm 2.3,4; 4.2,5; 1Pe 5.1-3
9 Mt 10.9,10; Lc 10.7; 1Co 9.13,14; 1Tm 5.17,18
10 2Co 8.1-7; Gl 6.6; Fp 4.14-18

Mas, me parece que tudo isso é negado com a decisão de algumas igrejas em consagrar mulheres ao ministério da Palavra. Logo, só tenho a lamentar, mas pelo quadro que vivemos, essa é uma causa perdida. Algumas soluções que eu vejo:

(1) Convivermos com esse "erro hermenêutico", mas pelo bem da causa de Deus mantermos nossa cooperação como Batistas e persistirmos na proclamação do evangelho para a salvação de milhões de pessoas no mundo que carecem de Jesus, e deixarmos que questões como essas, sejam de somenos importância;

(2) Pressionarmos nossa OPBB para que, mesmo com a inclusão das mulheres no seu rol, sejam feitos fóruns para o esclarecimento de que essa posição não representa a totalidade do pensamento batista, pois a Bíblia e a nossa Declaração tem sido sacrificada no "altar da modernidade e do politicamente correto";

(3) Orarmos por misericórdia à nossa Denominação e insistirmos no respeito mútuo. Embora eu respeite e considere minhas irmãs "pastoras", jamais as chamarei por este título!

É o que eu penso.

A porta de saída da depressão

A oração muda o foco do seu pensamento




João Cruzué

Quando você passa por problemas difíceis e continuados se não tomar muito cuidado pode entrar num "corredor da morte" e pensar quem não há uma saída. Em minhas mensagens sempre faço referências aos 11 anos que passei desempregado. Sei de outras pessoas, que passaram e estão passando por graves problemas de saúde, perdas familiares, dívidas, traições, assuntos sentimentais e outros. Pode ser que você, neste exato momento, esteja bem no meio  de um furacão. Eu pensei que seria muito egoísmo de minha parte, não compartilhar, aqui, minhas experiências com a oração, a ajuda do Senhor Jesus e falar sobre as atitudes que tomei para enfrentar aqueles difíceis anos no alto de uma grave depressão. Há sim, uma porta de saída.

Durante a depressão, o que você pensa é o que determina a qualidade do seu dia. Como, de fato eu não sei, mas a sua mente pode ser um depósito de pensamentos ruins. Você não se dá conta, e acha que todo pensamento é seu. Mas nem todos eles são. Lembro-me de quando saía de casa para caminhar e orar um pouco, e algumas vezes eu estava com uma tristeza tão imensa, como se um pesado fardo estivesse em minhas costas.
Eu enfrentei este mal trabalhando em duas frentes: uma no plano espiritual e outra no plano físico. Quanto a este último, eu, como desempregado, podia caminhar todo dia, ou quase todo dia, pelo menos durante uma hora. O que deve ser feito em cada plano não pode ser negligenciado. Não adianta orar o dia inteiro, se o exercício físico - uma boa caminhada - não está em seus planos. Por outro lado, não adianta ser um recordista em maratona se isto de nada influi no plano espiritual. A oração e o exercício físico; você fazendo a sua parte, Deus vai cuidar das impossibilidades. E já que não tem mais o que falar sobre o plano físico, vamos continuar no plano espiritual - o mais importante.




Então pela graça de Deus, eu comecei a observar com atenção meus próprios pensamentos. Mesmo ainda sem experiência, dizia para mim mesmo: " Jesus há de me tirar desse buraco. Eu vou voltar a trabalhar e vou ter paz e ser feliz de novo. Dois minutos depois, não é que eu começava a pensar nessas possibilidades e assim vencia a provação do dia? Era uma luta constante, todo dia.

Quando você põe um vigia à porta da sua mente, para observar seus próprios pensamentos, você pode atacar uma das fontes do problema que é maligna. Com cristão, eu creio na Bíblia Sagrada como a Palavra escrita de Deus. E na Bíblia, a mente é também chamada de "coração e no livro de Provérbios. Lá está escrito: " Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração porque dele procede as saídas da vida." (Provérbios 4:23)

Uma coisa, muito importante você precisa saber: há muitas pessoas que estão passando pelo mesmo problema. Outras passam problemas bem maiores. Portanto você não está sozinho nisso. Faz parte do cotidiano. E como eu dizia antes, é importante vigiar os próprios pensamentos, quem sabe a origem de sua depressão é apenas um montinho de areia que diante de seus olhos parece uma grande montanha? Analise bem isto comparando com o que você ouve e lê.
Se você já é cristão, vou lembrar deste versículo: "Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." É o que está escrito na Carta de Tiago, 4:7. Uma forma de sujeição a Deus é através da oração. Ele ensinou bater, e bater, e continuar batendo. Insistindo. Recomeçando. Teimando.

Quando eu orava, conseguia mudar os sentimentos do meu coração. A tristeza ia saindo como a escuridão da noite, quando vem a manhã.
Orar, aqui, não se trata de repetir "Pai Nossos" nem "Ave Marias", estou falando de um conversa franca e sincera com Deus. Como um namoro. Só a oração pode fazer o milagre de mudar nossos sentimentos, pois, quando você ora, você traz a presença de Deus para perto e afugenta os pensamentos de origem maligna. A propósito, você já aceitou Jesus, como Senhor da sua vida? Se é um crente afastado, já buscou uma reconciliação? Enquanto alguma sujeira estiver em nosso coração, ela vai impedir que nossa oração suba até o Trono da Graça, onde está Deus.


Certa vez, recebi a carta de um jovem presidiário, contando sobre seus dias no "Piranhão" de Taubaté. Após ter cometido um crime hediondo, ele foi jogado lá. E todo dia ele acordava com uma enorme dor de cabeça. E com um pensamento insistente, uma voz que dizia: "Você já fez isso e aquilo, envergonhou seus pais e seus vizinhos; seus amigos não gostam mais de você; de fato você não presta e não deve mais viver. Por que não se mata?
Todo dia era a mesma pressão. E a fonte era maligna.

De vez em quando ele punha um lençol no pescoço, subia na cadeira, amarrava o lençol em algum lugar alto, e quando dava por si, estava a um passo do suicídio. Ele contou que, nos piores momentos, antes de tentar se matar, ele se lembrava dos tempos de criança, dos momentos em que passeava com o pai andando pela feira comendo pastéis. Aí, os pensamentos de procedência maligna se quebrava, ele voltava a si , descia da cadeira e desatava o nó do lençol no pescoço.

Há um sábio provérbio que diz "A mente vazia é oficina do diabo".

A oração muda o foco do seu pensamento. Mas tem outra coisa tão boa quanto.

Na carta de Tiago está escrito: "Sujeitai-vos, pois, a Deus". Sujeitar-se não é apenas orar, quer dizer fazer aquilo que Deus aprova e deixar de fazer o que não o agrada. A oração pode levar você até a presença de Deus ou fazer você sentir a paz de espírito. Deus tem um desejo intenso de nos abençoar, mas espera que de nossa parte também haja uma reconciliação por meio de Jesus, para que ele possa responder nossas orações e nos orientar.
Quando a vontade de Deus domina sobre nossa vontade, a depressão não tem mais sustentação. Nossos olhos são abertos e podemos ver dezenas de saídas. É por isso que o texto completo escrito na Carta de Tiago é: "Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vos.

"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus".Romanos 12:2. É uma seqüência de degraus para cima: boa, agradável e perfeita. Nos últimos anos de provações, 2001 a 2003, o Senhor orientou-me quanto ao que fazer para realizar Sua vontade. O carteiro veio e colocou uma carta de um preso no meu portão. Por que eu sabia que aquilo era da parte de Deus? Porque o destinatário da carta tinha os dizeres de um carimbo para folhetos que eu havia perdido há seis anos. Imagine você recebendo a resposta de uma coisa feita seis anos atrás? A probabilidade é muito pequena, não acha?

"Lança o teu pão sobre as águas, pois, depois de muitos dias o acharás" Ao manusear e entender o conteúdo daquela carta, o Espírito Santo, naquele momento, lembrou-me esse versículo acima de 11 de Eclesiastes. É por isso que afirmo: nossos pensamentos podem ter três fontes diferentes: a nossa, a maligna e a Divina. E foi seguindo a voz do Espírito que por dois anos e meio nos ocupamos com um dos melhores trabalhos que Deus nos orientou a fazer, que era de recolher literatura cristã usada, e pelo correio, entregá-la em caixas para grupos de cristãos dentro de penitenciárias do interior paulista.
Para não ir tão longe, nos tempos que andei deprimido por vários fatores, sendo o maior um desemprego de 11 anos, a receita que segui e que me tirou do corredor da morte ou do fundo do poço foi: a vigilância dos meus pensamentos, a oração constante e solitária enquanto caminhava por ruas e estradas tranqüilas e por fim executando um trabalho social e cristão que era de escrever cartas de aconselhamento cristão para presos.
Enquanto coletava literatura usada, para depois mandar pelo correio e escrevia "cartas sociais" fiquei conhecendo grupos de presos cristãos em 48 presídios. Contribuímos com literatura com 29 deles, e com muito orgulho, no bom sentido, guardo em uma caixa de papelão, cerca de umas 500 cartas que recebi do cárcere. Esta ocupação trazia a me um senso de utilidade, tirava o foco dos meus problemas. Lembro-me que na madrugada de um certo dia, pus no papel e orei por um plano de mandar uma tonelada de literatura cristã para grupos de presos em 50 penitenciárias. E depois que se passaram dois anos atingiu o resultado que está descrito neste parágrafo. Foi a oportunidade que o Senhor me deu para melhorar a minha auto estima.

Vigiar os pensamentos, orar todo dia, de preferência caminhando - aliando o exercício físico à oração, se ocupando com algum trabalho cristão enquanto seus dias de vitórias se aproximam. Depois, testemunhando para a Glória de Deus, como eu, pois do lado do Correio aonde postava as cartas para o cárcere tem um grande Hospital. E, mesmo com 48 anos, em 2003, Deus deu um basta em minha provação ao enviar alguém em minha casa, para dizer que aquele Hospital estava precisando de um contador. O Senhor preparou aquela oportunidade para dar em minhas mãos o melhor emprego que jamais tive.
Apesar de ter trabalhado em quase todos os ramos de contabilidade, de contabilidade pública eu não entendia nada. É a mais complicada. Mas como foi o Senhor quem abriu a porta, tive a oportunidade de aprender praticando - a melhor forma de aprendizagem para meu caso.
Eu sei que Deus pode permitir que passemos por lutas de todos os tipos e tamanhos, crises e depressão. Mas não vamos passar sozinhos. Mexa-se!
"Mas graças a Deus, que nos dá a vitória, por Nosso Senhor Jesus Cristo"


Cruzué escreve o Olhar cristão e colabora com o Tenda na Rocha

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

PATO CHOCADO POR GALINHA NÃO NASCE PINTINHO

















  Ovo de pato chocado por galinha não nasce pintinho. A nossa espiritualidade não nos transforma em deuses ou anjos (nem em demônios)
   O meu avô materno era um homem da roça, do campo. Gostava de criações! Não sei por que motivo, ele gostava de colocar ovo de pato para chocar em galinhas. Ao nascer, o patinhonascia "pensando" ser uma galinha; por outro lado, a galinha "pensava" ter um filho dentro de toda estrutura classificatória da existência: vida - domínio - reino - filo - ordem - família - gênero - espécie. Mas, não era bem assim. Eles se encontravam nos quatro primeiros níveis. Mas eram de ordem, de família, de gênero e de espécie diferentes. Convivia com a "mãe" e os irmãos da espécie gallus gallus domesticus, mas, sua essência era outra: a de pato.

O que o meu avô fazia era uma verdadeira invasão de existencialidade. Fazia com o patinhopensasse ser um pintinho, e fazia com a galinha, tendo um filho patinho, que fossepintinho.
Os pintinhos nasceram, e junto com eles, o patinho. A vida continuou naturalmente! Eu disse: naturalmente! Até que um dia pude observar uma das cenas mais angustiantes da vida, do domínio, do reino e do filo; mas não da ordem, da família, do gênero e da espécie. A cena produziu angústia para a galinha e prazer para o patinho.

galinha, como não tem hábitos aquáticos, mantinha-se no seu habitat natural. Todavia, um destes eventos da casualidade - eventos estes que muitas vezes uns se encontram (se acham) e outros se angustiam - a galinha passou perto de um lago! Que bom! Pois, foi ao passar perto do lago, que a angústia se instalou na galinha, mas por outro lado, libertou opatinho que pensava ser pintinho.

O pato encontrou o seu caminho


Ao ver o lago os elementos essenciais da natureza de pato vieram à tona, e de pronto opintinho, ups, o patinho correu, correu, correu e se lançou na água... A mãe, tomada de um desespero sem limites, a onomatopéia do cocoricó, transforma-se em "gritos" de angústia, desespero, em volta do lago... Os seus gritos eram a essência do desespero! Mas, patinho(que não era pintinho) não se afagou! Deslizou plasticamente sobre a face da água. Mas a tentativa da "mãe", aos gritos, de trazer o filho para si, foi em vão! O patinho, alheio aos gritos da galinha, desfruta da essência, até então desconhecida, da sua filogenia.

Bem! Não sei como esta relação materna, depois do encontro com o lago se configurou, pois o patinho crescia e aprendeu o caminho do lago; logo, lá no lago, por certo, conheceu outros patos. O pato, que sempre foi pato, descobrirá que, mesmo vivendo na terra, tem hábitos aquáticos, por conta disto, sempre que for necessário, procurara água!

Mas, o que tudo isto tem haver com espiritualidade? Tudo! Pois, assim como pato chocado por galinha não se transforma em pintinho, a nossa espiritualidade não nos transforma em deuses ou anjos. A nossa espiritualidade é apenas uma possibilidade relacional dos elementos de crença e fé que estabelecemos para os nossos referenciais de culto e adoração.

Quando cremos numa relação de espiritualidade, onde Deus é a razão deste relacionamento, em momento algum, sob hipótese alguma, nos transformaremos em outro deus.

O lago existencial da nossa humanidade está sempre diante de nós, e que mesmo estabelecendo uma relação de unidade, enquanto expressão de culto - em espírito e em verdade (João 4:24) -, não anula a nossa estrutura humana. Espiritualidade não anula a humanidade. Pode se afirmar, então, que não há como se expressar espiritualidade sem humanidade. Assim, falo de humanidade para além da corporeidade; falo de humanidade como expressão do sujeito enquanto ser histórico, situado na transitoriedade; uma transitoriedade que nos coloca em transcendentalidade - pois o lago está sempre diante de nós, dia-a-dia, e é uma questão de tempo encontrá-lo. Assim, situamos a nossa espiritualidade na nossa humanidade.

Somos "seres estranhos" chocados no grande seio da existência, chamados sob as várias formas, a nos jogar nos mais diversos lagos. Desta forma, somos seres com potencial para uma relação espiritual, mas humanos por natureza; humanidade está impressa, no nosso sistema de crença. Destarte, ser humano e ser potencialmente espiritual: vai depender da nossa humanidade.

O lago está sempre diante de cada um de nós, no dia-a-dia... Assim, caminhe, corra e se permita encontrar o seu lago!

Deus nos ajude! 

Autor: Raimundo Francisco Frank Ribeiro

Fórum: A Igreja e o Abandono ao Missionário

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