Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.

Primeiro - Trate Seriamente com o Pecado. Segundo - Não Seja Dono de Coisa Alguma. Terceiro - Nunca se Defenda. Quarto - Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém. Quinto - Nunca Aceite Qualquer Glória. A.W. Tozer

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Você é um crente manipulado por animadores de auditório?

Na pregação hodierna — cada vez mais interativa e pouco expositiva —, o comportamento dos pregadores e a reação do público se parecem muito com o teatro de bonecos. O manipulador, nessa modalidade teatral, é aquele que dá vida e expressão aos bonecos nos seus mais variados formatos. Nos grandes congressos evangélicos, a diferença é que o manipulador é chamado de pregador, e o objeto de sua manipulação são multidões incautas.

Conheçamos alguns tipos de crentes que se deixam manipular:

CRENTE MARIONETE. Marionetes são os mais elaborados bonecos entre os vários tipos usados no teatro. Geralmente, são construídos com madeira, com articulações nos pulsos, cotovelos, ombros, cintura, quadris, joelhos e, ocasionalmente, pescoço e tornozelos. Uma marionete padrão é movimentada através de uma série de nove fios que obedece à seguinte distribuição: um para cada braço, um para cada perna, dois para a cabeça, um para cada ombro e um para as costas. Os fios de sustentação da marionete são ligados a um controle central de madeira em forma de cruz que é movimentado por uma única mão do manipulador.


Os pregadores manipuladores também têm os seus “fios”, isto é, os seus clichês, as suas frases de efeito, para mecanizar o culto e manipular o povo, afastando-o da Palavra de Deus e do Deus da Palavra: “Quem nasceu para vencer levante a mão”, “Aperte a mão do seu irmão até que ele diga ‘aleluia’”, “Tire o pé do chããão”, etc. Mas veja que curioso! Na manipulação de marionetes há uma cruz na mão do manipulador! E, na pregação moderna, não existe mais cruz! Além disso, o pregador não está mais na mão do Senhor, o Controlador de todas as coisas!


CRENTE FANTOCHE.
A montagem do fantoche é feita numa luva, calçada na mão do manipulador, que dá movimento ao boneco. Ele tem tamanho e gestos limitados às dimensões e possibilidades gestuais do operador. A sua construção é relativamente simples: cabeça e mãos são feitas geralmente de material resistente, como madeira, unidas entre si por uma roupa folgada de tecido aberta atrás, por onde é introduzida a mão do manipulador. 

Pregadores manipuladores costumam ter facilidade para enganar crentes fantoches, que costumam ser “cabeça dura”, por não frequentarem a Escola Bíblica Dominical e os cultos ensino da Palavra, além de fazerem “corpo mole” para a obra de Deus. Esses crentes não têm firmeza e vivem atrás de movimentos. Quando ficam diante de um manipulador, comportam-se como se estivessem hipnotizados e obedecem a todas as suas ordens...


Certos milagreiros, à semelhança dos manipuladores de fantoches, que introduzem a mão no interior do boneco, têm conseguido tocar na alma de crentes desavisados, fazendo-os ter sentimentos nunca antes experimentados! Alguns, ao ouvirem esses “pregadores”, caem ao chão anestesiados, riem sem parar, rugem, latem, unem as mãos e não conseguem mais separá-las, etc. E assim caminha o teatro, ops!, o culto “evangélico”, sem pregação expositiva da Palavra de Deus e muita hipnose, considerada hoje uma grande manifestação do Espírito!


CRENTE MAMULENGO.
Mamulengo é uma corruptela de “mão molenga” e alude a um tipo de boneco comum nos teatros do Nordeste do Brasil. O manipulador — ou mamulengueiro — emprega um tom bastante crítico nos diálogos e improvisa bastante, ao fazer piadas de humor pesado, que ridicularizam fatos ou pessoas da comunidade.

Não é difícil de identificar os mamulengueiros e os mamulengos no meio “evangélico”. Ambos, ignorando o evangelho cristocêntrico, valorizam as pregações e as canções revanchistas, ridicularizadoras, zombeteiras, pelas quais se tripudia dos inimigos, que não são as hostes do mal, o mundo ou a carne. Os seus inimigos são os seus vizinhos, patrões, colegas de trabalho e irmãos que os viram na prova e os não ajudaram, e agora são hostilizados “entre a plateia” por aqueles que estão no palco...


CRENTE JÔRURI. Comum nos teatros de bonecos do Japão, o jôruri adquiriu grande requinte a partir do século XVIII, com movimento de olhos e articulação dos dedos. Mas a sua movimentação não é fácil. São necessários três manipuladores: o mestre, vestido com traje cerimonial, responsável pela cabeça e o braço direito, e dois manipuladores assistentes, vestidos de preto e com um capuz cobrindo o rosto.


O crente jôruri geralmente é classe média alta e catedrático. Não é fácil manipulá-lo. Clichês de autoajuda como “Ouse sonhar” não funcionam com ele. Ele é muito racional e submete tudo ao teste da lógica. Para convencê-lo, é preciso um manipulador-mestre — capaz de mexer com a sua cabeça e com a sua mão direita, induzindo-o a colocá-la no bolso!


Um dos mais famosos manipuladores de crente jôruri da atualidade tem nome e sobrenome estrangeiros e é conhecido como o homem mais sábio do mundo. Não há rico e intelectual que resista aos seus argumentos! Dizem que ele, quando usa a “sua sabedoria” e conta com a ajuda de seus assessores (bispos e apóstolos brasileiros), consegue arrecadar dinheiro até para comprar jatinhos!


Fazer o quê? Na falta de exposição da Palavra de Deus, sobram as representações teatrais. E aumenta cada vez mais o número de manipuladores e manipulados nesse grande circo, ops!, grande teatro que se tornou o culto “evangélico” nesses tempos pós-modernos.


Ciro Sanches Zibordi

As 10 principais sociedades secretas

Ao longo da história da humanidade, várias sociedades secretas foram criadas com os mais diversos propósitos, que obviamente nunca são totalmente revelados, se tornando um fácil alvo de teorias de conspiração. Embora a verdade possa ser um pouco mais simples do que se supõe, a maioria desses grupos carrega consigo um ar de mistério e secretismo. Confira nesse artigo as 10 principais sociedades secretas do mundo.

Grupo Bilderberg [artigo principal]


Embora não seja considerado uma sociedade secreta em si, o Grupo Bilderberg traz consigo muitos mistérios e conspirações. Fundado em 1954, trata-se de um grupo cujas dezenas de pessoas são ricas e influentes, que se reúnem anualmente em hotéis na Europa ou nos EUA.
Mesmo que a maioria das pessoas saiba o local e dia dessas reuniões, o conteúdo dela jamais foi revelado, sendo que os participantes mantém aquilo que foi conversado em sigilo absoluto, criando uma série de conspirações à respeito do grupo. Muitos afirmam que o Grupo Bilderberg tenha alguma relação com os Illuminati, sobre o qual falaremos posteriormente.
 

O.T.O. (Ordo Templi Orientis)

Aleister Crowley
É uma sociedade secreta ocultista fundada no começo do século passado. O grupo ainda existe hoje, mas não com os mesmos rituais e práticas de magia (ocultismo) que existia no passado.
O principal participante da O.T.O. foi ninguém menos que Aleister Crowley, também conhecido como o homem mais perverso do mundo ou ainda 666. Foi o maior ocultista de todos os tempos e o lema dessa sociedade está baseado nele e em seu O Livro da Lei, que por sua vez está baseado na Lei de Thelema: “Faz o que tu queres e há de ser tudo da lei”.
O princípio dessa sociedade, como se pode perceber através de seu lema, é o liberalismo. Crowley e a O.T.O. influenciaram muito o mundo da música (sobretudo o rock). Cantores como Alan Moore e Raul Seixas demonstravam isso claramente em suas composições.
Veja também: 
 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Por quem Cristo morreu?

O bom hermeneuta — intérprete das Escrituras — não deve se prender apenas ao étimo dos termos bíblicos para fazer uma boa exegese. Ele deve saber que os contextos geral e imediato podem alterar o significado original de uma palavra. Afinal, as Escrituras são análogas. Vejamos como os termos "todos" e "muitos", em Romanos 5, mudam de significado de acordo com a construçao frasal ou ao serem confrontados com a analogia geral das Escrituras.

- Versículo 12: "por um homem [Adão] entrou o pecado no mundo [...] a morte passou a todos os homens [...] todos pecaram". O termo "todos", aqui, evidentemente, alude à totalidade do mundo, visto que os contextos imediato e remoto indicam que todas as pessoas do mundo, sem exceção, pecaram e vêm ao mundo, por conseguinte, já mortas em pecado (Rm 3; Gl 3; Jo 3, Ef 2, 1 Jo 1-2; Sl 51.5, Pv 20.9; Is 53, etc.).

- Versículo 15: "pela ofensa de um [Adão], morreram muitos". O termo "muitos", aqui, denota "todos". Por quê? Porque o versículo 12 (contexto imediato) mostra que a morte passou a todos os homens, depois da Queda, e não a muitos. Além disso, como vimos, o contexto remoto também revela que o pecado original é extensivo a toda a humanidade.


- Versículo 18: "por uma só ofensa [a de Adão] veio o juízo sobre todos os homens para condenação [...] por um só ato de justiça [realizado pelo Senhor Jesus] veio a graça sobre todos os homens para a justificação de vida". O termo "todos", aqui, à luz do contexto imediato, refere-se, sem dúvidas, à totalidade da humanidade pecadora. Afinal, todos nascem debaixo da condenação, visto que Deus nivelou toda a humanidade debaixo do pecado (Rm 11.32; Gl 3.22). Por outro lado, pela mesma lógica, todos os que crerem, considerando que Deus não faz acepção de pessoas (Rm 2.11; Tg 2.1), podem ser alcançados e salvos pela graça de Deus (Jo 3.16; Mc 16.15,16; Tt 2.11; 1 Tm 2.4; 4.10; 1 Jo 2.1,2).

- Versículo 19: "pela desobediência de um só homem [Adão], muitos foram feitos pecadores [...] pela obediência de um [Cristo], muitos serão feitos justos". O primeiro "muitos", aqui, como já vimos, equivale a "todos". Mas o segundo denota, curiosamente, "poucos", em relação à totalidade. Como assim? Embora o Senhor Jesus tenha provado a morte por toda a humanidade (Hb 2.9) — haja vista ter Deus encerrado a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia (Rm 11.32) —, a Bíblia mostra que poucos são os que entram pela porta da salvação (Mt 7.13,14).

Van Johnson, ao discorrer sobre a ocorrência de "todos" e "muitos" em Romanos 5, afirmou: "O leitor notará como Paulo passa livremente de 'todos' para 'muitos' ao longo de toda essa seção. [...] O uso de 'muitos' em oposição a 'todos' não é significativo, porque Paulo usa os termos intercambiavelmente. Os 'muitos' que morreram pela transgressão de um homem (v.15) são certamente referência a todas as pessoas. E a natureza paralela dos versículos 18 e 19 sugere que o 'todos' do versículo 18 é equivalente ao 'muitos' do versículo 19" (Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento, CPAD).

Em Romanos 5.6, a Palavra de Deus assevera que "Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios". Ele não deu a sua vida por um grupo seleto de santos e justos, e sim por ímpios e pecadores. Paulo explica melhor o sentido de morrer pelos ímpios, nos versículos posteriores: "Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (vv.7,8).

Além de ímpios, éramos, por antecipação, inimigos de Deus, visto que já nasceríamos em pecado (Rm 3.23; 5.12). Paulo esclarece: "se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida" (Rm 5.10). Não existem justos de nascimento. Se, hoje, somos considerados justos, é porque fomos justificados pelo Senhor Jesus (v.1). E isso decorre do seu sacrifício vicário e expiatório: "Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira" (v.9).

Diante do exposto, por quem Cristo morreu? Por todos os pecadores, ímpios e inimigos de Deus. Ou seja, o Senhor deu a sua preciosa vida por mim e por você.

Em Cristo, o Salvador do mundo,

Ciro Sanches Zibordi

As 5 expressões evangélicas mais sem sentido usadas nas Igrejas

5 – EXORTAR
Essa expressão é usada de modo equivocado em 100% das Igrejas. Segundo qualquer dicionário, exortar significa “animar, incentivar, estimular”. Logo, exortar o irmão que está em pecado na verdade não significa repreende-lo. Quem está vivendo no erro não precisa de um incentivo, mas de um auxílio.
4 – LEVITA
Essa morreu no Antigo Testamento. Os Levitas eram descendentes da Tribo de Levi, e eram encarregados de TODO O SERVIÇO no Templo. Mas Levita tem sido usado como sinônimo de músico. Besteira pura! Pra começar a música no serviço levítico era a menor das tarefas. A faxina, organização e carregar peso nas costas, isso sim era a parte mais importante do trabalho. Levando em conta que não somos judeus, não somos descendentes daquela tribo e também lembrando que o Templo não existe mais, então estamos dispensados do serviço levítico. Músico é músico. Ponto.
 
 
3 – PROFETA
Segundo a bíblia, profeta é aquele que revela a vontade de Deus ao povo. Simples assim. Porém tornou-se comum considerar que profeta é uma espécie de adivinho. Heresia pura! Considerando que TODA A REVELAÇÃO está em Cristo Jesus e que o conhecimento acerca desta revelação está contida nas escrituras, um profeta legítimo não deve adivinhar nada, mas proclamar de maneira compreensível as coisas que estão contidas na palavra de Deus. Por isso Paulo afirma que o dom de profetizar é o dom mais excelente. E se você ainda paga pau pra adivinhos, lembre-se que ADIVINHAÇÃO é pecado.

2 – UNÇÃO
Como dizem por aí, UNS SÃO, outros NÃO SÃO. Agora falando sério… a expressão unção virou clichê na boca de crente. É unção disso, unção daquilo… tudo sempre buscando atender ao interesse economico; ou garantindo o controle das massas sob o pretexto de que UNÇÃO É PODER. Pra começar no Novo Testamento a palavra unção só é usada no sentido de afirmar que Cristo está em nós. Logo, ter unção é ter Cristo. Em todos os outros contextos, há ensinos explícitos sobre o ato de “ungir” pessoas, que seria orar com óleo, pedindo a Deus por curas específicas. Há algum poder neste óleo? Não mesmo. Mas é bom lembrar que no contexto bíblico, óleo também era considerado remédio para muitas doenças.
 
1 – ATO PROFÉTICO
Essa é a campeã da lista de heresias. Se sua igreja usa essa expressão, então a teologia por aí tem sido profundamente contaminada com valores neopentecostais. Pra começar não existe a expressão “ato profético” na Bíblia. Essa expressão surgiu na verdade como uma tentativa de disfarçar o conceito de podemos fazer coisas que “movem a mão de Deus” na direção de nossos desejos. Ou seja, heresia pura.

Meu conselho é… cuidado com as expressões.
Por que as mínimas coisas podem revelar grandes besteiras.


Fonte: Ariovaldo Jr.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Silas Malafaia: o Macunaíma evangélico

No clássico Macunaíma, de Mário de Andrade, o Brasil conheceu a figura do herói sem caráter. Todos os povos gostam de ter seus heróis. Todos os grupos acham importantes as figuras dos heróis. Mas as minorias (ou aqueles que se julgam minorias) necessitam de heróis.
O povo evangélico, acostumado e já tendo assimilado a figura histórica de minoria no Brasil, não é diferente. Carece de heróis à medida que angaria, no decorrer de sua história, inimigos.
A figura do inimigo faz parte do modus vivendi evangélico desde sua chegada ao país (falo do contexto brasileiro, sem ignorar que isso não é privilégio nosso). Sempre precisamos deles. Quando aqui chegamos, os inimigos eram os católicos. Eram eles os inimigos da fé, aqueles que precisavam ser convertidos. Como fumavam, bebiam, frequentavam clubes, cinemas, casas de dança, a prática conversionista evangélica tratou de demonizar todas essas atividades (esquecendo que grande parte das missões evangélicas eram sustentadas pelas volumosas ofertas de plantadores de fumo da região do Texas/EUA). Até hoje carregamos traços desse momento histórico.
Outro inimigo voraz foi o comunismo. É óbvio que assim seria. A ética protestante no início do século XIX foi fortemente influenciada e influenciadora (num movimento de retroalimentação) do capitalismo que varreu o ocidente. Era preciso combater esse grande inimigo, perseguidor dos cristãos e favorecedor da ideologia ateia. Sem entrar no mérito da questão, só vale aqui dizer que, durante muitos anos, esse foi o inimigo a ser vencido. Livros e livros foram escritos sobre essa realidade, e aqueles que manifestassem qualquer tipo de pensamento de “esquerda” já eram tachados de comunistas e, muitas vezes, de satanistas.
Durante quase cem anos de presença protestante no Brasil os inimigos foram os católicos e os comunistas, até explodirem os movimentos pentecostais e suas vertentes de Batalha Espiritual. A essência belicosa protestante aflorou, agora nas regiões “celestiais” e os inimigos de carne e osso ganharam aliados “invisíveis” e as teorias de conspiração dominaram o pensamento evangélico. Nessa onda vieram os discos rodados ao contrário para se ouvirem mensagens satânicas, os filmes da Disney como fomentadores de destruição através de suas diabólicas mensagens subliminares e o movimento denominado Nova Era. Criou-se, desde então (e muitos ainda vivem nisso) uma neurose evangélica com tudo aquilo que faz sucesso, procurando as coisas ocultas e malévolas presentes em tudo. Paranóicos, muitos isolaram-se até mesmo de seus grupos cristãos, pois começaram a ver demônios em tudo.

 
Toda essa enorme introdução faz-se necessária para que entendamos o que está por trás do sucesso de nosso Macunaíma Malafaia: Nossa alma belicosa e nossa necessidade de heróis.

Quem é você

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O que é uma igreja Pragmática?

nicodemus-pragmatica

  O pragmatismo é uma filosofia que toma “por critério da verdade o valor prático e se opõe ao intelectualismo” (priberam.pt). Em outras palavras, se algo dá certo é porque e verdade – não precisamos ficar pensando sobre o assunto. O problema do pragmatismo puro é que ele é reducionista. Ele só vê consequências imediatas. Por exemplo: “Vamos despejar nossos produtos aqui no rio, assim enviamos o problema pra longe. Qual o problema? Funciona. Mas e a poluição?”

  O pragmatismo, em si, é incompatível com a Grande Comissão, pois Cristo ordenou que todos os seus mandamentos fossem obedecidos e isso envolve reflexão. Isso envolve pensar: como demonstro que Cristo é Senhor sobre tudo o que faço?
   Porém, não devemos confundir pragmatismo sem princípios com sabedoria e discernimento. Por exemplo, o que faz com que a contextualização missionária de Hudson Taylor (vestir-se como os chineses de seu campo missionário) ser algo correto e colocar um ringue de luta livre no meio do culto algo errado?  Em uma palavra: princípios. É sobre isso que o Rev. Augustus Nicodemus fala no vídeo abaixo.



Rob Bell e o “evangelho” sem julgamento

(Sobre o mesmo assunto, sugerimos a leitura deste artigo.)
Em 2003, eu era um estudante universitário na Romênia precisando de algum incentivo de pastores e professores lá dos Estados Unidos. Um pastor americano, amigo meu, recomendou que eu escutasse as pregações de dois pastores: Rob Bell e James MacDonald (é incrível que apenas oito anos atrás os ministérios desses dois homens fossem vistos como complementares!).
Eu baixei dúzias de sermões do Rob de seus primeiros anos na Mars Hill. Eu gostava do seu estilo de pregação e apreciei seus sermões em Levítico. Sua mensagem mais memorável, “O bode saiu do prédio”, terminava com uma poderosa ilustração de que Cristo carrega nossos pecados.
Dois anos mais tarde, eu estava menos impressionado com o ensino de Rob. Eu li Velvet Elvis (Repintando a Igreja, em português) tão caridosamente quanto me foi possível, mas eu estava preocupado com algumas das afirmações do Rob. Rob gosta de fazer perguntas que parecem levar a uma certa direção; então ele volta atrás e diz algo mais parecido com o ensino cristão (veja a seção “nascimento virginal”, por exemplo).


A última vez que ouvi um sermão do Rob Bell foi em 2006. Rob estava sendo criticado porque ele negou que Jesus fosse o único caminho para Deus. Respondendo às críticas, Rob disse à sua congregação: “Deixe-me ajustar o registro. Jesus é nosso único caminho.” Depois disso, eu mudei de canal. “Jesus é NOSSO único caminho?”. Essa era a forma de Rob continuar tendo um bolo depois de comê-lo. Ele desviou da pergunta de uma forma pensada para responder as críticas, mas deixou a porta aberta para o pluralismo.

Bell é um Universalista?

Em 2008, eu li “The God Who Smokes: Scandalous Meditation on Faith” de Timothy Stoner. No livro, Tim conta uma conversa com alguns amigos sobre a visão de Rob da pessoa sem Cristo:
“Okay”, eu disse, “Entendi que é importante escutar outras ‘histórias’. Entendi que outros pontos de vista devem ser respeitados. E eu concordo. Mas…” e aqui eu tomei fôlego pra um efeito dramático “…no fim do dia, Rob está dizendo que há outras histórias que podem levar a Deus? Ele está só repetindo criativamente aquela velha linha dos anos 1900, que leva à divisão entre liberais e fundamentalistas? Ele acredita, lá no fundo, que aqueles que sinceramente seguem outros caminhos, que buscam a justiça e a compaixão, mesmo que rejeitem Jesus, serão salvos?”
Houve o momento de silêncio que inevitavelmente é seguido por explosões verbais. O que eu não esperava era o fervor da resposta.
Em nossa rodinha havia um jovem que conhecia Rob pessoalmente. Ele havia sido um dos membros fundadores de sua igreja, havia servido em posições de liderança, então era muito íntimo dele. Após o meio segundo de silêncio, ele disse abruptamente “É claro que isso é o que ele acredita!”.
A sentença não era depreciativa. Era uma afirmação.
O livro mais novo de Rob, Love Wins, promete bater na questão céu/inferno. O vídeo promocional é um clássico do Bell: provocador, ousado, feito para começar uma discussão.
Até que o livro saia, eu não acho que possamos rotular apropriadamente Rob como “universalista”. Baseado na tendência de Rob de fazer perguntas ousadas e depois voltar atrás, eu espero que em algum lugar no livro Rob irá afirmar que pessoas que não querem ser parte do reino de Deus não serão forçadas a isso. No fim, Rob vai terminar em algum lugar entre o inclusivismo otimista (quase todo mundo será salvo) e o universalismo (todos serão salvos).
O inclusivismo otimista de Rob leva a uma redefinição do ensino cristão. Eu suspeito que no livro Rob irá redefinir evangelismo como dizer às pessoas o que já é verdade sobre elas (que elas estão perdoadas, Deus não está zangado). Conversão será remodelada como “adequar-se ao seu estado de perdão”. Salvação de Deus é sobre perceber que você não precisa ser salvo de Deus.

A atratividade do “evangelho” sem julgamento.

Quando discussões teológicas como essas aparecem, é sempre uma boa idéia pensar sobre por que certos pontos de vista são populares. Uma das seis falsificações que eu abordo em “Evangelhos Falsificados” é “O Evangelho sem julgamento” e, naquele capítulo, eu aponto três razões por que ele é atraente.
1 . Ele remove uma barreira emocional ao Cristianismo.
Vamos encarar. Uma das razões porque somos atraídos por essa falsificação é porque ela nos ajuda a passar por uma grande barreira emocional de compartilhar nossa fé. Se nós removermos o obstáculo e a ofensa do julgamento eterno, estaremos em uma posição melhor para tornar o cristianismo mais palatável a uma sociedade que não tem espaço para julgamento em sua compreensão de Deus.
2. Ele tranquiliza nossa consciência.
Outra razão porque essa falsificação nos atrai é que ela tranquiliza nossa consciência quando nós falhamos em evangelizar. Tiraria uma carga dos meus ombros afirmar, junto com Orígenes, que todos serão eventualmente salvos, incluindo o diabo. Mas a Bíblia não me deixa seguir por esse caminho. Adotar essa falsificação também nos ajuda a lidar emocionalmente com o fato de que temos amigos e parentes não salvos que já morreram. Nós não queremos imaginar que o vovô pode estar no inferno. Subestimar o julgamento nos ajuda a lidar com isso.
3. Ele nos livra de termos que encarar nossa própria maldade.
A maioria de nós no Ocidente tem sido protegida das atrocidades da humanidade. Se nós tivéssemos que experimentar os campos de assassinato no Camboja, ou Auschwitz, ou Ruanda, poderíamos estar mais preocupados com justiça. Os Guiness cita Winston Churchill quando este diz que a evidência da existência de Deus era “a existência de Lenin e Trotsky, para os quais um inferno é necessário”.
Uma vez que nós admitimos que a justiça é necessária, nós abrimos a porta para lidar com os nossos próprios pecados. Talvez este evangelho seja atraente porque há uma parte de nós que gostaria de suprimir a justiça em vez de admitir a justiça e então acusar a nós mesmos.

A Beleza do Evangelho Bíblico

No fim das contas, o evangelho sem julgamento não é um evangelho. Ele nos deixa com um Deus diminuído e sem nenhuma necessidade da graça:
Leve embora a noção de julgamento e você rouba do cristianismo qualquer esperança de satisfazer nosso desejo por justiça, um desejo construído em nós pelo nosso justo e sábio Deus. O evangelho sem julgamento não consegue lidar com o problema do mal e a forma prejudicial com que nós humanos tratamos uns aos outros (e, por extensão, a Deus). Uma vez que nós tiramos o julgamento, perdemos a gravidade de nosso pecado. Quando deixamos de ver nossa pecaminosidade, nós causamos um curto-circuito em nossa experiência da poderosa gratidão que vem quando recebemos graça.
O que o evangelho sem julgamento nos deixa é com um Deus de uma única dimensão – uma divindade viçosa, limpinha, que podemos facilmente controlar. Ele acena e pisca para o nosso comportamento, como um idoso gentil que não está realmente envolvido com nossas vidas. Mas o mal de nosso mundo é sério demais para nós olharmos para Deus como um papai alcoviteiro.
A figura de Deus na Bíblia é muito mais satisfatória. Ele está zangado PORQUE ele é amor. Ele olha para o mundo e vê o tráfico de garotas inocentes, o uso destrutivo de drogas, as atrocidades genocidas na África, os ataques terroristas que mantém as pessoas em um medo eterno, e ele – a partir do amor pela criação que o reflete como criador – está corretamente e gloriosamente furioso. O verdadeiro amor sempre quer o melhor para o amado.
O Deus que é realmente assustador não é o Deus irado da Bíblia, mas o deus do evangelho sem julgamento, que fecha os olhos para o mal deste mundo, dá de ombros e ignora tudo em nome do “amor”. Que tipo de “amor” é esse? Um deus que nunca fica com raiva do pecado e que deixa o mal seguir impune não é digno de adoração.
O problema não é que o Deus que não julga ame demais; o problema é que ele não ama o suficiente.
Eu oro para que Rob possa novamente pregar as glórias do Deus que realmente ama, o Deus que sustenta sua própria glória a todo custo, o Deus que nos ama apesar do nosso pecado, o Deus que recebe em sua carne e morre por nós para que possamos encontrar eterna satisfação nele. Nas palavras de Tim Stoner, o amor Santo vence:
… O amor que vence é um amor santo.
O amor que venceu na cruz e vence o mundo é um amor que é dirigido, determinado e definido pela santidade.
É um amor que flui do coração de um Deus que é transcendente, majestoso, infinito em retidão, que ama a justiça tanto quanto ama a misericórdia, que odeia a impiedade tanto quanto ama a bondade, que se inflama com um amor ardente e apaixonado por si mesmo sobre todas as coisas.
Ele é Criador, Sustentador, Princípio e Fim.
Ele vestiu-se em uma pureza e esplendor eterno que cegam.
Ele domina, ele reina, ele se enfurece e grita, então se inclina para sussurrar canções de amor às suas criaturas.
Seu amor é vasto e irresistível.
Ele também é terrível, e não poupará esforços para nos dar tudo para nos libertar da escravidão do pecado, purificando para si mesmo um povo que seja dedicado à sua glória, um povo que não tem “nenhuma ambição, a não ser para fazer o bem”.
Então ele esmaga seu precioso Filho para resgatar e restaurar a humanidade junto com toda a sua criação.
Ele libera um julgamento perfeito sobre o sacrifício perfeitamente obediente e então o puxa para fora da sepultura em uma vitória absoluta sensacional.
Ele é um Deus que triunfa.
Ele é um ciclone queimando de amor apaixonado.
O amor Santo vence.
 por Trevin Wax

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