Por Daniele Bosqueti
Certa vez li o seguinte trecho de um livro:
Muitas noivas enquanto caminham pela nave da igreja dizem em segredo: “Salve-me, salve-me”. É o grito silencioso de um coração desesperado que está amando a ideia do amor, amando a esperança de que alguém vai amá-la tanto que irá finalmente sentir-se satisfeita consigo mesma. Mas antes que cometa um erro trágico, você deve aprender a arte de sentir-se aquecida sozinha! (“A Dama, Seu Amado e Seu Senhor” de T.D. Jakes Ed. Mundo Cristão)
Isso me fez refletir no que de fato significa: “aprender a arte de sentir-se aquecida sozinha”?
Primeiramente, podemos nos autoavaliar e perguntar: O que me deixa aquecida? São as coisas deste mundo ou são as eternas? Uma questão importante que devemos considerar é que, nenhuma de nós podemos nos sentir “aquecidas”, senão em Cristo Jesus. Um dos versículos que pode nos esclarecer isso está em Romanos 8.15,16:
“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.”
A palavra “Aba” vem do aramaico, que expressa intimidade entre o filho e o pai. Isso significa que o próprio Espírito Santo convence-nos de que fazemos parte da família de Deus. Esta expressão, "Aba Pai”, consiste na consciência convicta da adoção. Sobre isso a Confissão de Fé de Westminster, capítulo XII, nos diz o seguinte:
Todos os que são justificados, Deus se digna fazer participantes da graça da adoção em e por seu único Filho Jesus Cristo. Por essa graça eles são recebidos no número e gozam a liberdade e privilégios dos filhos de Deus, têm sobre si o nome dele, recebem o Espírito de adoção, têm acesso com ousadia, ao trono da graça e são habilitados a clamar: “Abba, Pai”; são tratados com piedade, protegidos, providos e corrigidos por ele, como por um pai; nunca, porém, abandonados, mas selados para o dia de redenção, e recebem as promessas como herdeiros da eterna salvação (Confissão de Fé de Westminster, 17 ed, São Paulo : Editora Cultura Cristã, 2001).
Se uma pessoa não consegue crer que está segura nos braços do Pai, em Cristo Jesus, ela jamais irá sentir-se “aquecida”, nem sozinha, nem com o melhor esposo do mundo!
Devemos aprender a selecionar de forma sábia as prioridades em nossa vida, considerando que, aquilo com o que se gasta mais tempo é o que tem mais valor para você. Se você gasta mais tempo buscando um amor incondicional em alguém, está na hora de dar um basta! Você precisa gastar mais tempo buscando as coisas do Reino de Deus.
Devemos ter consciência de que nenhum “grande amor” nos amará mais que o próprio Deus. Por isso, não devemos nos lançar aos braços de um homem, que também é um pecador, esperando que tal homem supra todas as nossas necessidades, especialmente as emocionais, mesmo que ele seja um exemplo de homem piedoso. Se fizermos isso seremos mulheres frustradas, pois o único que nos suprirá em imensa misericórdia é nosso Senhor.
“E, se Deus assim veste a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Não pergunteis, pois, que haveis de comer, ou que haveis de beber, e não andeis inquietos. Porque as nações do mundo buscam todas essas coisas; mas vosso Pai sabe que precisais delas. Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Lucas 12.28-31).
Caso a sua resposta, referente a pergunta do início do texto, foi de que sente-se aquecida com as coisas deste mundo, seja carreira profissional, bens materiais, etc., arrependa-se e busque o Senhor, em oração, para que Ele restaure a sua fé e clamar “Aba Pai”, assim como fez Jesus em Marcos 14.36.
O casamento não é um refúgio emocional, nem o lugar para sentir-se segura em si mesma. Portanto, antes de tomar a decisão de viver o resto de sua vida ao lado de um homem, o seu marido, com o propósito de glorificar a Deus, esteja segura em Cristo! Não há alicerce mais forte, não há amor maior que este!
Quando percebermos isso em nosso coração, jamais iremos nos refugiar no amor de um casamento, pois estaremos tão satisfeitas e seguras no Senhor que seremos as provedoras do mais doce amor que um filho de Deus possa receber, sendo ele o nosso cônjuge.
Divulgação: Bereianos
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