Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.

Primeiro - Trate Seriamente com o Pecado. Segundo - Não Seja Dono de Coisa Alguma. Terceiro - Nunca se Defenda. Quarto - Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém. Quinto - Nunca Aceite Qualquer Glória. A.W. Tozer

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Quando a igreja se torna uma amante

   

Tornou-se modinha menosprezar a igreja. As pessoas gostam de colocar a culpa de seus problemas na “igreja”.

Você pode ouvir essas críticas na cultura popular. Peguemos, por exemplo, a música “Intervention” da banda Arcade Fire:
"Trabalhando para a Igreja enquanto sua família morre
Você pega o que te dão e guarda no interior
Cada faísca de amizade e amor morrerão sem um lar
Ouça o gemido do soldado", “Nós vamos chorar sozinhos"
A música pinta a igreja como uma instituição militante, motivada por disciplina e um insuportável trabalho ético. O personagem principal sacrifica sua família no altar da “igreja” ou ministério. Isto acontece frequentemente. Muitas vezes, as igrejas têm mais em comum com Wall Street do que com as Escrituras. Eles aplicam um trabalho ético piedoso em nome da “misericórdia ou “ministério evangélico”. Muito trabalho sem diversão.

Há uma Amante na casa

No meu primeiro ano de implantação de igreja, comecei um novo trabalho em tempo integral, em uma nova cidade, com uma nova filha e em uma nova igreja. Adivinhem quem ficou com menos atenção? Família. Como todas as coisas novas que preenchem nossas vidas, elas começaram a ocupar os diálogos com minha esposa. O que antes era natural – conversar sobre medos, alegrias e esperanças de minha esposa – tornou-se artificial, cada vez mais distante de nossas conversas. Ela pacientemente continuava a perguntar como eu andava, mas eu estava “trabalhando para a igreja enquanto minha família morria”.

Quando minha esposa começou a murchar, sem o amor revigorante de seu marido, ela revelou o caso. Nunca esqueci seu comentário esmagador: “Eu sinto que há uma amante em casa”. Fiquei alarmado e surpreso. Como ela ousa fazer tal comentário! Afinal, eu fazia questão de estar em casa as 17h30 e aos finais de semana. Assegurava que tínhamos bons rituais familiares – lanches e devocionais, jantares e tempos livres. Como ela poderia dizer que havia uma amante em nossa casa? Então me dei conta que você pode estar em casa sem estar em casa. Eu estava presente, mas, ao mesmo tempo, ausente. Enquanto estava em casa, meus pensamentos, emoções e preocupações estavam com outra Noiva, não com a minha noiva.
Eu sentia uma distância gradual crescendo entre nós, mas ignorei-a para atender duas crianças menores de dois anos e as demandas importantes da igreja. Eu estava errado e o Arcade Fire estava certo. A chama do amor não pode viver sem um lar. Uma casa não é suficiente. Estar presente não resolve. O que nossos relacionamentos precisam é de um lar, um lugar onde a família possa rir, brincar, chorar e ter conversas profundas juntos.

Redescobrindo seu Primeiro Amor

O que antes era normal tornou-se um dever. Comecei a me disciplinar a transformar conversas de igreja, trabalho e ministério em diálogos com minha esposa e nossos filhos. Comecei a amá-la quando conversávamos sobre seus sonhos, temores, esperanças, para incentivar seus hobbies e amizades. Eu reaprendi a simpatizar e sofrer, alegrar e rir com ela. A chama do amor começou a acender lentamente. O calor da amizade começou a renascer em nossa casa reerguida. Meu pensamento era que a disciplina poderia dar forma ao desejo. Mas disciplina não era suficiente.
O que minha esposa queria, e o que toda esposa quer, não é disciplina, nem um marido que cumpre apenas seus deveres maritais, mas um amante, um marido que a deseja. Um marido que, quando agradecido por um final de semana com a família reunida, diz a sua esposa: “É meu prazer” não “É meu dever”! Nossas esposas querem ser desejadas, amadas, valorizadas. Na verdade, todas as pessoas querem ser amadas, mas até limparmos as idolatrias sutis da prateleira de nossos corações, a disciplina não vai ceder ao desejo. Precisamos eliminar nossas “amantes”.

Arrependimento significa Boas Notícias

A fim de expulsarmos nossos amantes pecaminosos, precisamos de um poder externo a nós mesmos. Precisamos do arrependimento e da fé. Em Apocalipse 2 e 3, Jesus chama as sete igrejas ao arrependimento. Por exemplo, ele escreveu a igreja de Laodicéia: “Repreendo e disciplino aqueles que eu amo. Por isso, seja diligente e arrependa-se”. Em amor, Jesus nos chama para nos arrependermos cuidadosamente.
Me arrependi de amar o valor que meu trabalho me proporcionava, a importância que recebia ao servir minha igreja. Arrependimento é transformar-se. A prova do arrependimento não está em nossas confissões ou resoluções, mas em mudar de nossas amantes em direção ao nosso Salvador. Onde conseguimos o poder do arrependimento? Como derrotamos esses amores menores? Pela fé fortalecida pelo Espírito nas promessas de Deus.
Todos que trabalham demais e amam de menos precisam de arrependimento. Precisamos confessar nossas idolatrias de sermos valorizados pelo trabalho, de termos significado por servirmos, e encararmos o amor, aceitação completa e o interminável significado que nos são oferecidos nos braços de nosso Salvador. Através da confiança fortalecida pelo Espírito nas promessas de Deus, podemos aproximar-nos de Cristo e receber seu perfeito amor, aceitação e graça. Somente depois desse entendimento que podemos amar verdadeiramente nossos cônjuges e familiares. Quando estamos satisfeitos em Cristo, podemos satisfazer nossas esposas. Quando somos amados por Cristo, podemos livremente amar os outros.
[tweet link=”http://iprodigo.com/?p=5378″]Quando estamos satisfeitos em Cristo, podemos satisfazer nossas esposas.[/tweet]
Não devemos trabalhar tão duro para a igreja, corporação ou empresa de maneira que deixemos nossas famílias morrer. Podemos construir um lar cheio de amor, se Cristo estiver no lugar central. Quando abraçamos a prática de arrependimento e fé em Jesus, a idolatria do trabalho pode ser afastada, com Cristo no centro de nossas afeições. Somente então estaremos livres para amar verdadeiramente os outros. Quando fazemos isto, embelezamos o evangelho de Cristo e restauramos a reputação da igreja, revelando as glórias do evangelho nas bênçãos do casamento.

Para refletir

  1. Você precisa confessar seu caso com a Igreja/Trabalho à Deus e para sua esposa?
  2. Que tipos de idolatria têm motivado seu caso com a Igreja/ Trabalho?
  3. Você pode abraçar as boas novas do arrependimento para uma mudança verdadeira?
  4. Há alguém em sua vida que possa regularmente te exortar a abandonar a amante e relembrá-lo que Cristo é sua identidade?
Traduzido por André Carvalho | iPródigo.com | Original aqui
Por Jonathan Dodson
Fonte: Reforma 21
Via: site Pr Anselmo Melo



terça-feira, 22 de novembro de 2016

Stranger Things e o ministério de jovens

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Usei meu último dia de folga para assistir com minha esposa a série mais comentada nesses últimos dias, Stranger Things. Gostamos muito de séries e do Netflix. Foram 8 episódios muito interessantes que prederam nossa atenção e imaginação. Como a expectativa criada em torno da produção foi grande, ela não foi superada, mas é uma excelente série. Como é de se esperar (pelo nome) coisas estranhas acontecem nessa ficção científica. Na verdade, coisas bem estranhas e inesperadas por todos. A história [LEVE SPOILER] gira em torno da possibilidade da existência e de interação com um mundo ou dimensão paralela. Assistam!
Um mundo paralelo com coisas estranhas e inesperadas… O que isso me lembraria? Se você pensou em ministério de jovens, acertou! Foi isso que veio a minha cabeça no dia seguinte. Acompanhe meu raciocínio inicial. Ao meu ver o direcionamento de muitos ministérios de jovens é criar um mundo paralelo ao mundo do restante da igreja. É como se os jovens necessitassem viver na mesma vida, mas numa dimensão diferente, só para eles. E nessa visão o que difere as dimensões são exatamente as coisas estranhas que permeiam nossa juventude. Espero me tornar mais claro com os pontos a seguir.
Um deus estranho
O primeiro aspecto de um mundo paralelo no ministério de jovens é um deus estranho. Se Ele é o criador e a fonte de toda realidade, um mundo diferente começa com um Deus diferente. No deserto Deus deu ao seu povo hebreu um ambiente (o tabernáculo), uma forma de louvor (o sistema sacrificial) e uma forma de ensino e comportamento (a lei). O Deus único instituiu uma maneira de ser adorado. Seu povo o adorava como Ele queria. Isso quer dizer que a adoração a outro deus seria diferente (ex: bezerro de ouro) ou que outros povos não saberiam adorar a Deus corretamente, isso porque nem o conheciam.
Realmente me parece que o deus de boa parte dos jovens é estranho às Escrituras e ao restante da igreja. Costumam pensar num deus menos irado e mais complacente com o pecado. Num deus mais camarada com irreverente. Ou talvez um deus que não se importe tanto com as normas que Ele mesmo criou. O jovem costuma ver a Deus como o tiozão descolado, não como pai. Os filósofos atenienses convocaram Paulo a falar por acharem que ele ensinava coisas estranhas (At 17.20), mas o apóstolo começa dizendo que a razão pela qual acham seu ensino estranho está no fato de que adoram a um deus desconhecido (At 17.23), não o Deus único e verdadeiro de Paulo. Não é novidade vermos jovens achando ensinos bíblico estranhos. Temo que isso se deve ao desconhecimento de Deus por conta do deus estranho que constroem em suas mentes. E isso afeta todo o resto.
Um ambiente estranho
Se temos um Deus estranho provavelmente teremos um ambiente estranho de vida e adoração. Isso é perceptível em muitos ministérios de jovens. Existe uma grande tentativa de criar um ambiente “diferentão”, uma outra dimensão da igreja. Por exemplo, sabemos que o Deus da Bíblia é um Deus de decência e ordem (1 Co 14.40), não sabemos? Por que então tanta desordem e indecência no meio dos jovens? A resposta: a visão de Deus estranha às Escrituras. Pense num culto normal de domingo de uma igreja e pense naquele culto de jovens badalado da sua cidade. Por que eles são tão diferentes. Por que as coisas valorizadas no culto dominical normal não são valorizadas no sábado a noite.
Um ambiente de jovens paralelo não se justifica. Nenhum ministério tem a prerrogativa bíblica de criar um ambiente estranho. O que estou querendo dizer com isso? Não me oponho a contextualização de linguagem e roupagem, mas tudo deve ser feito dentro do limite bíblico. Esse mundo totalmente diferente e paralelo acaba viciando os jovens e o mantendo preso a um formato. Muitos não crescem, não gostam de ir a igreja aos domingos e querem continuar mimados pelo deus estranhos dos jovens. E o grande problema é esse: a criação de uma realidade jovem paralela ao restante da igreja é a busca por tornar o ministério mais parecido com o presente século.
Um louvor estranho
No culto de domingo as luzes estão acessas, no de sábado apagadas. No de domingo a música está num volume agradável onde podemos ouvir os demais irmãos cantando, no sábado o volume é máximo. No domingo a liturgia segue normal, no sábado ela é substituída pelo entretenimento. No domingo temos um pregador bem vestido, normalmente, no sábado temos alguém fantasiado ou com roupas que não usaríamos no domingo. No domingo fazemos uma adoração voltada para os crentes, no sábado um show voltado para os incrédulos. Por que duas realidades diferentes? Só podemos encontrar resposta numa visão de Deus diferente.
Deus deixou claro um padrão de louvor ao seu nome. Seria enorme a defesa bíblica de cada passagem, mas podemos resumir e ficar com o princípio de que Ele está procurando adoradores em “Espírito e em Verdade” (Jo 4.24), ou seja, cristãos verdadeiros adorando através da verdade aplicada pelo Espírito. No mundo paralelo dos ministérios de jovens a verdade nas letras musicais pouco parecem importar diante da forma de apresentação. Aliás, as letras estranhas que cantam por ai é a maior expressão do deus estranho que pregam por ai.
Uma pregação estranha
Falando em pregação… quanta coisa estranha é feita com ela no meio dos jovens. Não vou nem falar de reduzir o tempo, eu bem queria que fosse apenas isso. Deus nos deixou um modelo de pregação (ver Atos), nos deixou um conteúdo de evangelização e exortação (Ler Jesus e Paulo) e nos disse como Ele chama pessoas a fé (Rm 10.13-17). Por que o restante da igreja tenta seguir essas verdades e o ministério de jovens parece ter descoberto uma forma mais legal de fazer?
A pregação estranha é a propagação e perpetuação do mundo estranho paralelo. A realidade bíblica da pregação expositiva (por passagem ou temas) é substituída por coisas estranhas do tipo motivacional, humorística, entretenimento, graça barata, loucuras, e secularismo. Como disse Hernandes Dias Lopes, quando a teologia é ruim (estranha), quanto mais se prega pior fica. O monstro da realidade paralela se alimenta de pregações estranhas às Escrituras.
Um comportamento estranho
Tudo isso que acabei de citar gera um relacionamento estranho. Nesse mundo paralelo a lei de Deus se faz também estranha. Jovens homens estão cada vez mais ameninados e jovens mulheres cada vez mais sensualizadas. É comum ver um palavreado estranho (entenda palavrões), vestes estranhas e brincadeiras estranhas. E o que é pior, esses jovens pensam que podem transitar o tempo todo entre as duas realidades sem nenhum desgaste ou prejuízo. Nesse caso esses ministérios de jovens são piores do que o misterioso centro de pesquisas de Hawkins.
Aqui fica a lição que até a série pode nos ensinar. O contado entre essas duas realidade e o trânsito entre elas é perigo e pode se tornar devastador. Ao passar dos episódios encontramos um professor de ciências afirmando que é necessário uma grande quantidade de energia para abrir portais entre as duas dimensões. E é triste ver tantos líderes e jovens gastando inutilmente uma grande quantidade de energia justamente para viverem num mundo paralelo cheio de coisas estranhas por conta de uma visão estranha de Deus (Os 4.6)
Como fechamos esse portal?
A resposta é uma: não dividamos a realidade da igreja em duas. Só existe uma realidade e uma das piores coisas que podem acontecer numa igreja é esse mundo paralelo jovem se tornar tão forte ao ponto de engolir toda a verdadeira dimensão eclesiástica. Jovens não precisam de um mundo paralelo, ninguém precisa. Aqui estão alguns pontos para lutarmos contra essa dupla dimensão:
·         Elime o foco no entretenimento
·         Centralize o culto em Deus não nos visitantes
·         Envolva os jovens com os mais velhos da igreja (incentive esses momentos)
·         Utilize o mesmo padrão de liturgia (bíblico) em todos os cultos
·         Pregue com a mesma seriedade em todos os cultos
·         Não vista o ambiente jovem com a roupagem do mundo
·         Cante músicas com letras bíblicas em todos os cultos
·         Não se importe tanto com a quantidade de pessoas
Uma das piores coisas que podem acontecer numa igreja é esse mundo paralelo jovem se tornar tão forte ao ponto de engolir toda a verdadeira dimensão eclesiástica.
 Voltemos ao ambiente bíblico de culto, ao louvor bíblico, a pregação bíblia e ao comportamento bíblico. Voltemos a realidade que tem sua expressão máxima na verdade encarnada (Cristo) e escrita (Bíblia). Deixemos as “stranger things” apenas no Netflix…

 Por Pedro Pamplona
Via: Site Pr Anselmo Melo "A PEDRA" 

Cinco Razões Para Abraçar a Eleição Incondicional

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Por John Piper

Eu uso o termo abraçar porque a eleição incondicional não é apenas verdadeira, mas também preciosa. Obviamente, ela não pode ser preciosa se não for verdadeira. Portanto, este é o motivo principal pelo qual a abraçamos. Mas vamos começar com uma definição:

Eleição incondicional é a livre escolha de Deus antes da criação, não baseada em conhecimento prévio da fé, pela qual ele concederá fé e arrependimento a traidores, perdoando-os e adotando-os em sua eterna família de alegria.
1. NÓS ABRAÇAMOS A ELEIÇÃO INCONDICIONAL PORQUE ELA É VERDADEIRA.
Todas as minhas objeções à eleição incondicional vieram abaixo quando eu não conseguia mais sustentar minha argumentação sobre Romanos 9. O capítulo começa com a disposição de Paulo em ser amaldiçoado e separado de Cristo por amor aos seus compatriotas judeus incrédulos (verso 3). Isto implica que alguns judeus estão perecendo. E faz surgir a questão da promessa de Deus aos judeus. Falhou a promessa? Paulo responde: "não pensemos que a palavra de Deus haja falhado" (verso 6). Por que não?
Porque "nem todos os de Israel são, de fato, israelitas" (verso 6). Em outras palavras, o propósito de Deus não era inocentar cada pessoa de Israel individualmente. Era, ao invés disso, um propósito de eleição.
Então, para ilustrar a ideia da eleição incondicional de Deus, Paulo usa a analogia de Jacó e Esaú: "E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), já fora dito a ela [Rebeca]: O mais velho será servo do mais moço" (versos 11 e 12).

Em outras palavras, o propósito original de Deus em escolher para si indivíduos dentre Israel (e todas as nações! Apocalipse 5:9) não estava baseado em nenhuma condição que eles pudessem satisfazer. Foi uma eleição incondicional. E, portanto, ele diz: "Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão" (verso 15; veja os versos 16-18 e Romanos 11:5-7).
Jesus confirma este ensinamento: "Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora" (João 6:37). Achegar-se a Jesus não é uma condição que satisfazemos para nos qualificar à eleição. É o resultado da eleição. O Pai escolheu suas ovelhas. Elas lhe pertencem. E ele as dá ao seu Filho. É por este motivo que elas vêm. "Ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido" (João 6:65). "Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros" (João 15:16; veja também João 17:2, 6, 9 e Gálatas 1:15).
No livro de Atos, por que alguns creram e outros não? A resposta de Lucas é a eleição: "e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna" (Atos 13:48). Esta "destinação" — esta eleição — não foi baseada numa fé prevista, mas foi a causa da fé.

Em Efésios 1 Paulo diz: "[Deus] nos escolheu nele [Cristo] antes da fundação do mundo... nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade" (Efésios 1:4, 11). É o "conselho da vontade de Deus" que é eternamente decisivo nesta questão.
O que você dirá para Deus no julgamento final se ele te perguntar: "Porque você creu no meu Filho enquanto outros não creram?" Você não responderá: "Porque eu sou mais inteligente." Não. Certamente você dirá: "Por causa da tua graça. Se não tivesses me escolhido, eu teria sido deixado espiritualmente morto, indiferente e culpado."
2. NÓS ABRAÇAMOS A ELEIÇÃO INCONDICIONAL PORQUE DEUS DESIGNOU-A PARA NOS FAZER DESTEMIDOS NA PROCLAMAÇÃO DE SUA GRAÇA NUM MUNDO HOSTIL.
"Se Deus é por nós, quem será contra nós? . . . Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus?" (Romanos 8:31, 33).
3. NÓS ABRAÇAMOS A ELEIÇÃO INCONDICIONAL PORQUE DEUS DESIGNOU-A PARA NOS TORNAR HUMILDES.
"Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios . . . a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus . . . Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor" (1 Coríntios 1:27, 29, 31).
4. NÓS ABRAÇAMOS A ELEIÇÃO INCONDICIONAL PORQUE DEUS A FEZ COMO UM PODEROSO IMPULSO MORAL À COMPAIXÃO, BONDADE E PERDÃO.
"Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade . . . perdoai-vos mutuamente" (Colossenses 3:12-13). Ninguém que já tenha visto ou provado verdadeiramente sua eleição não é movido por ela para se tornar bondoso, paciente e tolerante.
5. NÓS ABRAÇAMOS A ELEIÇÃO INCONDICIONAL PORQUE ELA É UM PODEROSO INCENTIVO EM NOSSO EVANGELISMO PARA AJUDAR OS INCRÉDULOS QUE SÃO GRANDES PECADORES A NÃO SE DESESPERAREM.
Quando você oferece Cristo livremente a todos os incrédulos, suponha que alguém lhe diga: "eu tenho pecado terrivelmente. Deus jamais escolheria me salvar." A coisa mais consoladora que você pode dizer é: Você percebe que Deus escolheu antes da fundação do mundo aqueles a quem ele irá salvar? E ele o fez sem basear-se em absolutamente nada em você. Antes que você nascesse ou tivesse feito qualquer coisa boa ou má, Deus escolheu te salvar ou não.
Portanto, não ouse encarar a Deus e dizer-lhe das qualificações que você não tem para ser escolhido. Não houve qualificações para ser escolhido. "O que, então, eu devo fazer?", ele pergunta. "Crê no Senhor Jesus e serás salvo" (Atos 16:31). É assim que você começa a "confirmar a vossa vocação e eleição" (2 Pedro 1:10). Se você abraçar o Salvador, você confirmará ser um eleito, e você será salvo. 
***
Fonte: Desiring God 

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

O marco zero da vontade de Deus

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por K. Scott Oliphint

Era sempre inverno, nunca Natal.
Em O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa de C.W. Lewis, a terra de Nárnia estava sob o cruel domínio da Feiticeira Branca. Mas, Aslan estava a caminho. Quando a feiticeira e o leão finalmente se encontraram, ela diz a Aslan que uma das crianças, Edmundo, revelara-se um traidor. A lei de Nárnia dizia que todo traidor pertence à Feiticeira Branca e deve ser punido com morte.
Então, Aslan propõe um acordo e concorda em morrer no lugar de Edmundo. Mas, Aslan então ressuscita. Quando ele retorna, as crianças ficam confusas.
“Mas, o que tudo isso significa?”, perguntou a irmã de Edmundo, Susana.
“Explico”, disse Aslan, “a feiticeira pode conhecer a Magia Profunda, mas não sabe que há outra magia ainda mais profunda. O que ela sabe não vai além da aurora do tempo. Mas, se tivesse sido capaz de ver um pouco mais longe, de penetrar na escuridão e no silêncio que reinam antes da aurora do tempo, teria aprendido outro sortilégio. Saberia que, se uma vítima voluntária, inocente de traição, fosse executada no lugar de um traidor, a mesa estalaria e a própria morte começaria a andar para trás”.

Por trás da cortina da Eternidade

Neste conto infantil, Lewis magistralmente expõe o cerne da nossa redenção. E ele nos ajuda a enxergar o amor do Deus triúno por nós “no silêncio que reinava antes da aurora do tempo”. Ali, na eternidade passada, Pai, Filho e Espírito conspiraram amar um povo para si. Eles determinaram criar-nos e – sabendo que arruinaríamos a sua boa criação – também decidiram fixar seu amoroso e eterno olhar em nós, como filhos escolhidos, valiosos e particulares.
É uma pena que a doutrina bíblico do “decreto de Deus” (como os teólogos a chamam) e sua glória predestinadora tenha azedado para tantos cristãos. Quando algo tão biblicamente rico e espiritualmente nutritivo torna-se tão desagradável ao paladar que nos recusamos a consumi-lo, precisamos reconsiderar nossa dieta.

No silêncio antes do tempo

No primeiro capítulo de Efésios, o apóstolo Paulo fica tão perplexo com a majestade de nossa redenção que mal consegue parar para colocar pontuação em suas declarações. Assim, sua longa e única sentença vai do verso 3 ao verso 11. Mas o que permeia cada poro dessa longa frase é seu começo:
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele. os predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade (Efésios 1.3-5).
O servo de Deus é inspirado pelo Espírito de Deus a nos mostrar o que Deus fazia antes do mundo começar. Nesses versos, temos o que somente Deus pode nos dar: um vislumbre do eterno momento de seu glorioso plano. O Deus triúno preparou cada detalhe do projeto de seu reino eterno. Não somente ele planejou tudo, mas ele mesmo operou todo aquele projeto de acordo com o conselho de sua soberana vontade (Efésios 1.11).

Sem o sólido alimento dessa verdade bíblica, nossas almas esmorecerão. A não ser que escutemos a eternidade, desenvolveremos catarata espiritual. Para ver claramente, precisamos primeiro ouvir claramente. Devemos ocupar nossas mentes com o transcendente para que o imanente tenha o seu lugar adequado em nossas vidas.

Não a nós, Senhor

Paulo começa bendizendo Deus Pai pelo que ele cumpriu em seu Filho. Mas, ele não nos permite que o foco seja esse cumprimento em nós. Seu interesse imediato não são os benefícios que recebemos de Cristo, por mais importantes que sejam. Sua mente imediatamente vai do louvor a Deus à eterna escolha de Deus. O interesse de Paulo é nos ajudar a ver que o que temos do Pai, por meio do Filho, é resultado da determinação do Pai “antes da fundação do mundo” de nos amar de tal forma que nos salvaria de nossos pecados.
Nós acabamos de ter outro ano olímpico. Atletas americanos ganharam um número recorde de medalhas. Esses atletas dedicaram todas as suas vidas a suas tarefas atléticas. É natural, então, que eles tenham orgulho de suas conquistas.
Porém, o cristão jamais pode pensar que a salvação que temos em Cristo é algo semelhante aos rigores do treinamento esportivo. Não somente não conquistamos nada do que temos em Cristo, como o que temos é resultado das decisões tomadas pelo Deus triúno antes que nós, ou alguma outra coisa na criação, sequer existisse.

Quem fica com a glória?

Muitos cristãos reconhecem que, fora de Cristo, não há salvação. Porém, muito poucos reconhecem que nossa salvação teve seu princípio antes do tempo começar. Foi ali que o Deus triúno determinou amar você pela eternidade. Foi ali que o Filho não considerou o fato de ser igual a Deus algo a que devesse se apegar, mas esvaziou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte em uma cruz (Fp 2.6-8).
Até que vejamos essa determinação divina como o “marco zero” eterno da nossa salvação, nossa adoração a Deus está simplesmente incompleta. Se Deus não iniciou unilateralmente, desde a eternidade, seu soberano plano de salvação por mim, então minha salvação deve, mesmo que de um jeito bem pequeno, ficar “por minha conta”. Se contribuímos em algo para nossa salvação, nossos cânticos de louvor à glória de Deus sempre estarão tocando nossa própria melodia em tom menor.
Paulo não nos permite ter parte na eternidade passada; não podemos olhar, mas não tocar. Somente desta forma a luz brilhará no lugar certo – no palco, não na audiência. Somente dessa forma é possível dizer “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” sem sussurrar baixinho,“e eu também”.
 Traduzido por Josaías Jr | Reforma21.org | Original aqui
Fonte: Reforma 21 


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Graça sobre graça - Pr. Antonio Carlos

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Fonte: Canal do YouTube da Igreja Presbiteriana Betânia



terça-feira, 8 de novembro de 2016

Importunando a Deus - Rev. Augustus Nicodemus

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Documentario Marjoe Gortner O negócio do evangelismo

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Mateus 24:11
E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.

  Infelizmente muitos no Brasil fizeram essa escola, é nítido para quem tem um minimo de contado possível com a Bíblia, identificar esses falsos profetas. Quando o povo de Deus deixa, abandona, ou simplesmente não valoriza o devocional com a palavra de Deus, suas mentes ficam totalmente desprotegidas e se tornam alvos fáceis para esses criminosos. 
   Nunca vivemos um momento com tanta informação bíblica, como nos dias de hoje, temos Facebook, YouTube, sites, blogs, sinal de fumaça, etc. Em qualquer lugar, é possível ter informação teológica (muitas delas não são bíblicas).  
   Mais também, nunca tivemos tanta gente analfabeta em termo bíblicos, como se tem hoje. Ouvi algo uma vez do Pr Neil e nunca mais me esqueço: 

"Analfabeto não é quem não sabe ler, analfabeto  é quem sabe ler e não lê" 

Pr. Neil Barreto
   
  Que possamos continuar com nosso devocional e nossas orações, e seguir realizando a vontade daquele que nos resgatou, que é anunciar o Evangelho aos perdidos, e não roubar os perdidos. 


Por: Alessandro Silva 
  

  Vídeo


Fonte: YouTube 


quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Sodoma vive em nossas almas?

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por Kent Hughes

Se tivéssemos apenas a história da vida de Ló conforme relatada no livro de Gênesis, nunca teríamos imaginado que Ló era um verdadeiro crente. Mas, 2 Pedro 2 nos conta três vezes que esse homem conflituoso e indulgente era “justo” – e mais: que ele estava “enfadado” e atormentado com a vida em Sodoma. A descrição cuidadosamente trabalhada de Ló que Pedro oferece é esta: “…o justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis (Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa, por isso via e ouvia sobre as suas obras injustas)” (v. 7-8). Ironicamente, embora Ló ficasse revoltado com Sodoma, Sodoma estava em sua alma. É possível, então, que um crente seja atormentado pelo mundo enquanto voluntariamente prende-se ao mundo.
Não há qualquer evidência de que o justo Ló tenha sido alguma influência benéfica para os habitantes de Sodoma. Embora tivesse vivido em Sodoma por anos e fosse proeminente lá e, portanto, tivesse muitas oportunidades de influenciar seus amigos, Ló foi uma decepção completa. Quando o juízo sobreveio a Sodoma, nenhum justo foi achado fora de sua família. Nenhum conhecido, nenhum vizinho, nenhum dos seus servos chegou a conhecer o Senhor. Seu apelo junto aos sodomitas em frente à sua porta foi desprezado por eles. Ló carecia de seriedade; suas palavras não tinham peso.
E o mais trágico: a vida de Ló não fez nada para conduzir sua família e parentes ao céu. Nenhum de seus amigos ou familiares temiam a Deus. Quando ele insistiu que seus futuros genros fugissem da destruição das cidades, “foi tido como zombador”. As palavras de Ló não tinham substância porque ele era insubstancial. Adicionalmente, o estilo de vida de Ló não fez nada para afrouxar o laço da cultura sobre sua esposa. Ela deixou seu coração em Sodoma e, assim, não pôde resistir a olhar para trás — o que levou à sua destruição. A própria mulher que teve suas filhas, que era a pessoa mais íntima, que conhecia os contornos de sua alma, não viu nada nele ou em sua fé para a conduzir da terra ao céu.
Também é evidente que as escolhas de Ló tinham promovido a absorção do espírito de Sodoma pelas almas de suas filhas. O engano, evidentemente, era um estilo de vida em Sodoma. E Ló era parte disso. Mas, seu engano era espiritual e, portanto, domesticamente letal. Interiormente, ele estava “enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis” e afligido “todos os dias [em] a sua alma justa”, diz Pedro; mas, exteriormente ele disse pouco ou nada porque tinha se tornado um homem proeminente na cidade. Ló tinha dominado a arte de ser cego e surdo para os abusos sociais e sexuais de Sodoma. Ele não os praticava. Ele não os aprovava. Ele os detestava. Mas, ele não falava nada contra isso. Blasfêmias e palavreado obscenos receberam o sorriso diplomático e a complacência cuidadosa de Ló.
Suas filhas observaram seu caráter transigente que tão habilmente escondia o que ele realmente pensava. O sobrevivente Ló era um mestre. Suas filhas não poderiam se esquecer de que, em sua infame traição de sues deveres paternais, ele oferecera as duas para apaziguar os homens inflamados de Sodoma. Assim, quando as sucessivas seduções pai-filha aconteceram, as garotas usaram a arte que ele tinha legado a elas. O vinho, a fraude e a traição dele foram misturados e servidos juntos em um cálice sombrio nas profundezas da caverna. A desonra que ele sofreu através das filhas foi notável, pois, com uma cruel ironia, ele mesmo realizou o vergonhoso ato que havia sugerido aos homens de Sodoma. Ló tinha efetivamente semeado Sodoma nas almas de suas filhas.
A tolice de Ló foi esta: embora o mundanismo de Sodoma atormentasse sua alma justa, ele vivia tão perto do mundo quanto podia, agarrando-se àquela preciosa vida até o seu final amargo. E o resultado foi que, embora Deus tivesse julgado toda Sodoma, exceto Ló e suas filhas, Sodoma renasceu em suas próprias vidas. Vemos, então, que é possível que crentes como nós, que são realmente atormentados pelo curso deste mundo, vivam vidas que são tão profundamente influenciadas pela cultura que Sodoma renasce nas vidas daqueles a quem mais amamos.
 Traduzido por Josaías Jr | Reforma21.org | Original aqui
Via: Reforma 21 



A conquista de Cidade - Pr. Paulo Mazoni


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Fonte: Canal do YouTube  IBC - BH 


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