Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.

Primeiro - Trate Seriamente com o Pecado. Segundo - Não Seja Dono de Coisa Alguma. Terceiro - Nunca se Defenda. Quarto - Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém. Quinto - Nunca Aceite Qualquer Glória. A.W. Tozer

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Racismo e Vitimismo no Debate Atual

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Por: John Frame
No debate secular contemporâneo sobre ética, a questão dos relacionamentos entre grupos obscurece quase todos os demais. Os grupos em debate são denominados por raça, gênero, nacionalidade, credo, preferência sexual, idade, habilidades (o que costumávamos denominar de "deficiência física"), etc., e são classificados, em termos quase marxistas, como grupos opressores e grupos de vítimas. O grupo opressor em geral é identificado como sendo de homens heterossexuais, cristãos, brancos e de classe média. A questão é o tratamento injusto ou desigual do grupo de vítimas pelo grupo opressor.

A maioria das demais questões éticas se reduz, no final das contas, a essa. Até entre grupos, é definida em termos de "escolha". E "escolha" é defendida com base na autonomia do gênero: restringir o aborto é sexista, é a opressão das mulheres pelos homens.

A atitude do grupo opressor contra o grupo de vítimas é descrita de maneiras variadas como racista, sexista, homofóbica, preconceituosa contra idade, peso, etc. Essas atitudes são vistas como a base de todos os problemas sociais e éticos.

Questões de tal importância para as pessoas deveriam ser debatidas não apenas com sensibilidade, mas também com cuidado e precisão. Infelizmente, a maioria dos tratamentos dessas questões é sobrecarregada de ambiguidades, confusão de questões distintas e substituição de argumentação pela retórica. Há muitas coisas que podem ser classificadas como racismo, sexismo, e assim por diante. E muitas práticas são condenadas como racistas ou sexistas sem uma análise cuidadosa. Nesta seção, espero contribuir para o esclarecimento desta questão.

Escreverei primariamente sobre o racismo, embora o que digo se aplique em geral aos outros "ismos", mutatis mutandis. A questão de preferência sexual é bem distinta das demais, contudo. Na visão bíblica, o homossexualismo é um pecado, mas não é pecado pertencer a uma raça ou gênero particular ou a outro grupo. O restante deste capítulo, portanto, não se aplica, na maioria dos casos, a questões de "homofobia".¹

O que o "racismo" significa? Quais são suas manifestações? Consideremos algumas possibilidades, a partir do debate atual.

1 - O racismo em geral é equiparado ao ódio, de modo que pode ser definido como "odiar pessoas por causa de sua raça ou cor". O ódio, obviamente, é algo interior.² Devemos ser rápidos em reconhecê-los em nós mesmos e vagarosos em acusar outros de tê-lo. Infelizmente, no debate atual, o contrário é geralmente verdadeiro. As pessoas rapidamente acusam outros de ódio racial, mas nunca admitem tal ódio nelas mesmas. Essa é uma das coisas erradas no debate atual sobre raças [Para ver um exemplo no Brasil, clique aqui].

Certamente é pecaminoso e irracional odiar alguém somente por causa de sua linhagem ou da cor da sua pele. Uma pessoa não pode mudar sua linhagem, e a linhagem em si nunca fez com que uma pessoa se torne merecedora de ódio.

Não duvido que esse ódio racial irracional exista, mas suspeito que seja mais raro do que muitos escritores éticos e comentaristas de noticiário supõem. Na maioria das vezes, o que chamamos de "ódio racial" é na verdade algo mais sutil, e com uma reivindicação inicial maior à racionalidade. Exploro estas possibilidades abaixo.

2 - Uma forma distinta de "ódio racial" é odiar membros de uma raça em particular por causa de erros claros cometidos por aquele grupo racial. Isso não é ódio racial puro e simples. Aqui o ódio não é direcionado contra pessoas somente por causa de sua linhagem, mas por causa de mágoas não resolvidas. Os afrodescendentes em geral continuam a guardar rancor dos brancos por causa do histórico de escravidão e segregação [o que geralmente no Brasil é colocado somente um lado da história e, muitas vezes, de maneira distorcida, veja aquiaquiaqui e aqui]. Os brancos em geral guardam rancor dos negros por causa do alto índice de crimes, ilegitimidade e uso de drogas nas suas comunidades, e por causa retórica de alguns líderes negros que põem a culpa desses problemas na sociedade dos brancos. O problema nos dois lados não está na linhagem ou na cor de pele em si; o problema é de comportamento.

Com um simples ódio racial (ponto 1 acima), a solução é óbvia: arrependimento bíblico. Neste segundo caso, encontrar soluções é mais difícil. É claro, como no caso anterior, precisamos descartar nosso ódio. Antes de mais nada, porque não é justo culpar uma raça inteira pelas atividades de alguns de seus membros, especialmente quando tais atividades foram feitas no passado, por membros de gerações anteriores. 

Alguns dizem que, embora seja ilegítimo que um grupo opressor odeie ou guarde rancor contra um grupo oprimido, o contrário é legítimo. Porém, devemos rejeitar esse argumento. Se há algo errado no racismo, sexismo e similares, é que as pessoas são odiadas ou discriminadas ou julgadas, não pelo que fizeram, mas tão somente pelo fato de pertencerem a um grupo. Se esse princípio moral está correto, deve ser aplicado universalmente. É errado para qualquer grupo racial odiar outro grupo racial como um grupo, a despeito de mágoas do passado. 

No entanto, como vimos antes, ódios e mágoas persistentes que remontam a muitos anos, até a séculos, provavelmente não serão superados por qualquer ação social ou política. A consideração de tais problemas insuperáveis deve nos levar a buscar ainda mais a graça divina em Cristo, pois somente ela pode produzir corações perdoadores. No final das contas, apenas o perdão de Cristo pode curar essas feridas.

_________
Notas:
[1] Em geral, minha opinião é que os cristãos devem se relacionar com os homossexuais como pessoas como eles mesmos, criadas à imagem de Deus e, portanto, preciosas, mas também caídas e, portanto, sob o julgamento de Deus à parte da graça de Cristo. Devemos apresentar Cristo de maneira amorosa de tal maneira que traga arrependimento de pecados sexuais e de outros pecados e que leve a um estilo de vida piedoso. Ao mesmo tempo, não devemos lutar por direitos especiais para os homossexuais. devemos ter o direito de proteger nossas crianças de influências homossexuais nas escolas e na cultura em geral. 
[2] Considero ódio aqui como repulsa emocional. Reconheço que a Escritura usa tipicamente esse termo de modo diferente, para indicar oposição prática aos objetivos de outra pessoa. De acordo com essa definição, (a) o ódio não é inteiramente interior, (b) não é sempre errado, e (c) não é incomparável com o amor. Mas neste capítulo estou tentando usar o termo como é usado no debate contemporâneo.

***
Autor: John Frame
Fonte: A Doutrina da Vida Cristã, John Frame, págs. 634-636. Editora Cultura Cristã.

Via: Bereianos 


quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Scarlett Johansson, sensualizar a Bíblia não vai derrotar o Cristianismo.

 

por Hans Fiene

Como cristão, não sei se é uma boa ideia dar conselhos táticos para aqueles que estão do outro lado do campo de batalha espiritual. Como eu não desejo a destruição do Cristianismo, eu provavelmente não deveria oferecer dicas sobre como alcançar esse objetivo para aqueles que desejam destruir os santuários ao redor do mundo e dançar tango em cima dos escombros.

Por outro lado, Jesus prometeu que os portões do inferno não prevalecerão contra sua igreja, então dar aos escarnecedores da fé uma estratégia mais eficaz para alcançar um objetivo que eles nunca irão alcançar é meio que uma vanglória santificada, um orgulho santo no Salvador, cujas supostas fraquezas são infinitamente mais fortes do que a força de seus inimigos. Assim, em resposta à Scarlett Johansson lendo trechos da Bíblia com uma voz “pornográfica” no próximo álbum de comédia do roteirista doSaturday Night Live Mike O’Brien, vamos tentar algo diferente.

Johansson, O’Brien e outros, como Ron Dicker, do Huffington Post, que achou essa colaboração cômica “deliciosa”: eu entendo. Vocês não gostam do Cristianismo. Vocês acreditam que seus ensinamentos são um atraso à sociedade progressiva, então vocês escolheram o humor como arma para erodir sua influência. “Vamos sensualizar trechos da Escritura para mostrar aos Cristãos que o que eles pensam ser sagrado é tolo e não deveria ter espaço em nosso mundo”. Essa parece ser sua estratégia de batalha.

O problema com essa estratégia, entretanto, é que ela não oferece aos cristãos algo substancial para colocar no lugar do que vocês estão tentado tirar deles. É verdade, os cristãos “culturais”, que não tem qualquer interesse em sofrer pelo evangelho talvez corram rapidamente dos seus tiros debochados. Mas se vocês desejam derrotar os verdadeiros soldados cristãos que estão marchando para a batalha, vocês terão que convencê-los a se juntarem a vocês mostrando a eles que vocês tem algo pelo qual vale a pena lutar. Por mais difícil que seja de acreditar, o vazio da libertinagem sexual que vocês oferecem não é um substituto aceitável para aqueles que creem na plenitude do evangelho.

Sexo é um deus muito pequeno

Ao colocarem a Scarlett para gemer debochadamente das palavras de Moisés, vocês parecem estar dizendo para os cristãos: “Vocês não tem esse tipo de êxtase pornográfico no campo de batalha de Deus, então venham para nosso lado e isso é tudo seu”. Embora isso pareça ser uma proposta tentadora para aqueles que não adoram nada além de suas libidos desde a puberdade, não é uma opção muito atraente para aqueles que já adoram algo um tanto quanto digno de valor, a saber, o Deus que criou os céus e a terra.

Aqueles que servem o Deus que primeiro os serviu ao tomar forma humana de carne e ossos não serão persuadidos quando vocês dizem “Ok, mas você não prefere servir nada além de sua própria carne?”. Crentes que encontram alegria imensurável no perdão de Cristo e, assim, desejam viver de acordo com seus mandamentos, não irão acreditar quando vocês prometerem a eles maior alegria ao viver um estilo de vida que qualquer um que já teve um amigo promíscuo sabe que gera toneladas de arrependimento, vazio e nem um grama de alegria duradoura.

Aqueles que se regozijam em pertencer à comunhão que transcende espaço e tempo, tribos e culturas, e une céus e terra não irão trocar uma vida transbordante de significado eterno por uma vida de libertinagem sexual que se resume à falta de significância.

Tente isso talvez, Scarlett Johansson

Assim, para os O’Briens e Johanssons e todos os simpatizantes à causa deles, eu sei que estamos em lados opostos do campo de batalha espiritual, mas deixe-me oferecer um caminho melhor. Ao invés de tentar derrotar o Cristianismo com nada, tente sabotar o reino de Deus com algo, qualquer coisa, que tenha algum grau de conteúdo.

Se você quer ridicularizar a Bíblia, faça como o Alcorão faz na Suna 4.157-158. Esse trecho diminui a importância da crucificação ao dizer, em essência, “Cristãos, deixem seu Deus fraco e sigam Alá, o poderoso, que nunca permitiria que seus profetas sofressem uma vergonha como essa”. Se você quer destruir igrejas, pelo menos convide as pessoas para a mesquita que você construiu em cima das ruínas da catedral. Se você quer levar embora o conjunto de crenças profundo, significativo e verdadeiro dos cristãos, certifique-se de que está pronto para dar a eles em troca outro conjunto de crenças profundas, significativas, embora falsas.

Como as conquistas islâmicas de terras cristãs já mostraram, essa é uma forma bem eficaz de ganhar cristãos desertores que “saíram de nosso meio; entretanto não eram dos nossos”, como 1 João 2.19 coloca.

Ou, se trocar uma religião por outra não vence a guerra para você (e se o seu objetivo de vida, como parece, é acesso irrestrito à fornicação, provavelmente não resolve), tente a abordagem nacionalista. Se você deseja que as pessoas deixem de crer no Deus Todo Poderoso, venda a crença no Estado Todo Poderoso.

Como os comunistas, convença os cristãos que um governo livre dos dogmas e superstições cristãs é a única força que pode resolver os problemas da humanidade e encerrar as injustiças do mundo. Diga aqueles que desejam ser um com Deus que, juntos, poderemos ser o próprio deus. Ofereça aos cidadãos votos de aliança ao Governo Invencível e, como a história já mostrou, alguns podem acabar desistindo de seus votos confessionais.

Não estou dizendo que vai funcionar

Claro, nenhuma dessas abordagens vai funcionar. Mesmo se você fizer sua jihad contra os melhores deles, você não vai realmente triunfar sobre qualquer dos eleitos de Deus. E mesmo que você dê toda a glória e honra ao estado, o estado eventualmente falhará, espetacularmente, em ser Deus, e Cristo irá continuar edificando sua igreja sobre as cinzas dos impérios. Além disso, quanto mais você perseguir a igreja, mais você irá exacerbar sua própria derrota.

Não importa o quanto você faça guerra contra o Deus Triúno, você ainda perderá. Mas se você adotar uma dessas estratégias, pelo menos perderá respeitosamente. Pelo menos você pode dizer que ofereceu aos cristãos algo impotente, ao invés de um total nada em troca pelo tudo absoluto que é o reino de Deus.

Mire além do que Mike O’Brien e Scarlet Johansson, e, quando você refletir sobre a guerra que fez contra Deus, pelo menos você poderá dizer que o fez com um nível de maturidade mais alto do que se encontra em um filme ao estilo “American Pie”.

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Via: Reforma 21 
Traduzido por Filipe Schulz | Reforma21.org | Original aqui


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Uma Palavra aos Pais

  

Por Arthur W. Pink

  Uma das características mais tristes e trágicas de nossa “civilização” do século XX é a terrível prevalência da desobediência por parte dos filhos em relação aos seus pais durante os dias da infância, e sua falta de reverência e respeito quando crescem. Isto é evidenciado de muitas maneiras, infelizmente, mesmo nas famílias de Cristãos professos. Em suas ex-tensas viagens durante os últimos trinta anos, este escritor tem peregrinado em um grande número de casas. A piedade e a beleza de algumas delas permanecem memórias tão mar-cantes e perfumadas, mas outras delas deixaram as impressões mais dolorosas. Crianças que são obstinadas ou mimadas não apenas conduzem a si mesmas em perpétua infelicidade, mas infligem desconforto a todos os que entram em contato com elas e prenunciam coisas más para os dias vindouros.

 Na grande maioria dos casos, as crianças não devem ser tão rigorosamente culpadas quanto os pais. A falha em honrar pai e mãe, onde quer que seja encontrada, é, em grande medida devida aos pais se afastarem do padrão bíblico. Hoje em dia o pai considera que cumpriu as suas obrigações, fornecendo alimento e vestuário para os seus filhos, e agindo ocasionalmente como uma espécie de policial moral. Mui frequentemente a mãe se contenta em ser uma trabalhadora doméstica, tornando-se escrava de seus filhos, em vez de treiná-los para serem úteis, realizando muitas tarefas que as suas filhas deveriam fazer, mas em vez disso dão-lhes liberdade para a frivolidade.

 A consequência disso foi que a casa, que deveria ser — por sua ordem, sua santidade e seu reino de amor — um pequeno paraíso na terra, degenerou-se em “uma estação de a-bastecimento para o dia e um lugar de hospedagem à noite”, como alguém laconicamente expressou. Antes de delinear os deveres dos pais em relação aos filhos, permita que seja ressaltado que eles não podem disciplinar devidamente os seus filhos a menos que eles tenham primeiro aprendido a governarem a si mesmos. Como eles podem esperar subjugar a vontade própria em seus pequeninos e verificar o surgimento de um temperamento irritado, se suas próprias paixões são permitidas reinar livremente? O caráter dos pais deve ser em um grau muito elevado reproduzido em sua prole: “E Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem...” (Gênesis 5:3). Os pais devem — ele mesmo ou ela mesma — estarem em sujeição a Deus, se eles é que eles querem licitamente esperar obediência de seus pequeninos. Este princípio é aplicado nas Escrituras repetidamente: “Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo?” (Romanos 2:21). Sobre o bispo ou pastor está escrito que ele deve governar “bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?)” (1 Timóteo 3:4-5). 

E se um homem ou mulher não sabem como governar seu próprio espírito (Provérbios 25:28), como eles cuidarão de sua prole.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

A Pregação Expositiva | 1º Seminário Pregação e Ensino

 





Fonte: Canal YouTube Fundação Exposição Bíblica 




Eleição e Vocação, por Robert Murray M´Cheyne

 
[Compilação de Escolhidos Para a Salvação & Chamados Com Uma Santa Vocação]
I. ELEIÇÃO – Escolhidos Para a Salvação
“Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade.” (2 Tessalonicenses 2:13)
Quando viaja por países papistas, onde o povo se curva diante de imagens de madeira e pedra, e onde a Palavra de Deus é esquecida, a mente de um crente se volta para as temíveis palavras nos versículos precedentes com um sentimento de tristeza inexprimível; e, novamente, quando a mente vagueia a partir destas desoladas regiões para o pequeno rebanho de queridos crentes na bem-aventurada Escócia, isto proporciona algo do deleitável sentimento com o que Paulo escreveu estas palavras: “devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor”.
1. Aqui nós somos ensinados que Deus é soberano ao escolher as almas que são salvas.
(i) Ele é soberano em escolher homens, e não anjos rebeldes. Nós lemos na Bíblia sobre duas grandes apostasias contra Deus. A primeira ocorreu no céu. Lúcifer, filho da alva, um dos mais brilhantes anjos que estavam ao redor do trono, rebelou-se por meio do orgulho juntamente com miríades de santos anjos. “E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação” [Judas 1:6]. “Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo” (2 Pedro 2:4).
A próxima rebelião foi no paraíso. O homem confiou mais em Satanás do que em Deus, e comeu do fruto proibido. “Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores” [Romanos 5:19].

Deus criou o mal, como parece afirmar Isaías 45.7?

 
“Para que se saiba, até ao nascente do sol e até ao poente, que além de mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro. Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas.” (Isaías 45.6-7)
 Deus criou o mal? O que quer dizer esse versículo? Leandro Lima nos explica melhor nesse pequeno vídeo. Confira:






sexta-feira, 6 de novembro de 2015

A VIDA DE ORAÇÃO E O CARÁTER DE DEUS - Pr. Antônio Carlos Costa

Igreja Presbiteriana Betânia em São Francisco - Niterói - RJ.         



     Mensagem fantástica do Pastor Antônio. 







quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Desconstruindo mitos sobre Calvino









   Eu particularmente tenho sido abordado por irmãos queridos sobre a vida de Calvino. Na verdade, os conceitos e ideias que alguns possuem sobre o Reformador francês são extremamente equivocados. O meu amigo Franklin Ferreira, publicou no "Voltemos o Evangelho" alguns mitos que parte da igreja brasileira tem desenvolvido sobre o reformados, os quais resolvi reproduzir abaixo.

Vale a pena a leitura!

Renato Vargens

Desconstruindo mitos sobre Calvino

Mito: Calvino inventou a doutrina da predestinação. 

Fato: Entre outros, Agostinho, Anselmo, Aquino, Lutero e Zwinglio ensinaram e escreveram sobre a doutrina da predestinação antes de Calvino, enfatizando a livre graça de Deus triunfando sobre a miséria e escravidão ao pecado. 

Mito: A doutrina da predestinação é central na teologia de Calvino. 

Fato: Em seus escritos, especialmente nos comentários, Calvino trata do tópico quando o texto bíblico exige. E como alguns eruditos têm sugerido, o tema central de sua teologia parece ser a união mística do fiel com Cristo. 

Mito: Calvino não tinha interesse em missões. 

Fato: Entre 1555 e 1562 um total de 118 missionários foram enviados de Genebra para o exterior – um número muito superior ao de muitas agências missionárias da atualidade. E os primeiros mártires da fé evangélica nas Américas foram enviados por Calvino ao Brasil para encontrar um lugar de refúgio para os reformados perseguidos na Europa e evangelizar os índios. 

Mito: A crença na predestinação desestimula a oração. 

Fato: Calvino escreveu mais sobre a oração do que a predestinação nas Institutas, enfatizando a oração como um meio de graça por meio do qual a vontade de Deus é realizada e suas bênçãos são derramadas. 

Mito:Calvino é o pai do capitalismo. 

Fato:As forças que moldaram o capitalismo moderno já estavam presentes na cultura ocidental cerca de 100 anos antes da reforma. O que Calvino valorizou em seus escritos foi o estudo, o trabalho, a frugalidade, a disciplina e a vocação como meios de superar a pobreza. Ele não condenou a obtenção de lucros advindos do trabalho honesto. 

Mito: Calvino foi o ditador de Genebra. 

Fato: Ele tinha pouca influência sobre as decisões acerca do ordenamento civil da cidade e não tinha direito de voto em decisões políticas ou eclesiásticas no conselho municipal. Sua influência era persuasiva, por meio de seus sermões e escritos. Em países influenciados pelo pensamento calvinista não surgiram ditadores, nem nas esferas políticas muito menos nas eclesiásticas.

Mito:Calvino mandou matar Miguel Serveto.

Fato: Serveto foi executado por ordem do conselho municipal de Genebra por heresia, especialmente por negar a doutrina da Trindade. Ele havia sido condenado pelas mesmas razões por dois tribunais católicos, só escapando da morte por ter fugido da França. Inexplicavelmente ele foi para Genebra. No fim, todos os reformadores europeus apoiaram unanimemente a decisão do conselho de Genebra. 

Mito: Os ensinos de Calvino são social e politicamente alienantes. 

Fato: Pode-se ver a influência do pensamento de Calvino na revolução puritana de 1641 e na primeira deposição e execução de um rei tirano em 1649, na Inglaterra; no surgimento do governo republicano (com a divisão e alternância do poder, além de ênfase no pacto social); na revolução americana de 1776; na libertação dos escravos e na defesa da liberdade de imprensa. 

Mito: Calvino não tinha interesse em educação. 

Fato: Calvino não só inaugurou uma das primeiras escolas primárias da Europa como ajudou a fundar a Universidade de Genebra, em 1559. Algumas das mais importantes universidades do ocidente, como Harvard, Yale e Princeton foram fundadas por influência dos conceitos educacionais do reformador francês. A imagem permanente associada às igrejas reformadas é que estas sempre têm uma escola ao lado. 

Mito: Os ensinos de Calvino não são bíblicos. 

Fato: Calvino enfatizou fortemente a autoridade e prioridade das Escrituras e praticamente inaugurou o método histórico-gramatical de interpretação bíblica. Escreveu comentários sobre quase todo o Novo Testamento e grande parte do Antigo Testamento, além de milhares de sermões. E sua grande obra foi as Institutas da Religião Cristã, que seria “uma chave abrindo caminho para todos os filhos de Deus num entendimento bom e correto das Escrituras Sagradas”. O reformador francês lutou para que toda a sua cosmovisão estivesse debaixo da autoridade da Bíblia. 

Não quero tratar Calvino de forma não-crítica ou iconográfica. Ele era consciente de suas fraquezas e pecados, e suas muitas orações preservadas dão testemunho de sua humildade e dependência da graça abundante de Deus em Jesus Cristo. O que almejo é levar o amado leitor a deixar de lado as caricaturas e ir direto à fonte, estudando e meditando nas obras de Calvino, reconhecendo-o e levando-o a sério como mestre da igreja (praeceptor eccleisiae). Os benefícios de tal estudo serão incalculáveis para sua vida e para aqueles ao seu redor. 

Franklin Ferreira

Via: Blog Renato Vargens 


terça-feira, 3 de novembro de 2015

Paulo Jr - Trapos de imundícia em vez de boas obras







Sobre arminianismo, calvinismo e o uso da história do pensamento cristão


Sobre arminianismo, calvinismo e o uso da história do pensamento cristão







Silas Daniel respondeu à avaliação que preparei de seu texto “Em defesa do arminianismo” (publicado na revista Obreiro Aprovado Ano 36, nº 68) em cinco postagens, publicadas no site da CPAD News.1  Neste ensaio respondo a estes.


Introdução
Palavras têm significado. Portanto, há que se fazer uma diferença entre semipelagianismo e semiagostinianismo: o primeiro ensina que a graça de Deus e a vontade do homem trabalham juntas na salvação, e o homem deve tomar a iniciativa; a fé e o arrependimento são obras humanas, sendo consideradas pré-requisitos para se receber o Espírito. O segundo ensina que a graça de Deus se estende a todos, capacitando uma pessoa a escolher e a fazer o necessário para a salvação; a fé e o arrependimento são dons do Espírito. Esta diferença não pode ser subestimada, ainda que o termo “semipelagianismo” tenha sido cunhado pelos luteranos no século XVI, usado na Epítome da Fórmula de Concórdia, para, retrospectivamente, rotular a teologia associada a João Cassiano (conhecida como massilianismo, mas que também tem sido chamada pelos católicos de semipelagiana).

Já “molinismo” é a noção ensinada pelo jesuíta Luis de Molina, no século XVI. Esta posição foi uma ruptura não só com os ensinos de Agostinho e Aquino sobre a predestinação, mas também com os de Armínio (na medida em que o molinismo defende que Deus sabe que, se certa pessoa for colocada em uma situação particular, ela não irá resistir à graça). Logo, em um non sequitur, o autor busca respaldo no molinismo, ainda que se identifique como arminiano. Para tentar responder à questão “quem criou o que Deus previu?”, ele apela à ideia do “conhecimento divino do futuro contingente condicional” (a scientia media, ideia elaborada por Molina), que supostamente teria respaldo bíblico (ele cita apenas um texto-prova em apoio a esta ideia). O molinismo tem sido popularizado atualmente por William Lane Craig e Alvin Plantinga. Já há em português farto material refutando o molinismo.2 

De toda forma, a teologia católica tem rejeitado o ensino associado com o semipelagianismo (ou massilianismo) como herético, desde o sínodo de Orange, de 529:

Cân. 4. Se alguém professa que, para sermos purificados do pecado, Deus aguardou a nossa vontade, não porém que também o querer ser purificados se dá em nós mediante a inspiração e a obra do Espírito Santo, este tal se opõe ao mesmo Espírito Santo, que diz por meio de Salomão: ‘A vontade é preparada pelo Senhor [Pv 8.35 septg.], e ao Apóstolo, que salutarmente anuncia: ‘É Deus que opera em vós tanto o querer como o realizar segundo seu beneplácito’ [cf. Fp 2.13].3

Silas reconhece que errou em seu estudo da soteriologia dos teólogos medievais. Ele havia, confiantemente, escrito em seu artigo publicado na revista Obreiro Aprovado4  que “o que prevaleceu na Igreja, desde o século 6 em diante, foi uma soteriologia que aceitava a Depravação Total, mas negava o conceito de predestinação”. Agora, nas postagens mais recentes, escreve, corrigindo-se, que “houve um excesso (...) [de sua] parte ao desprezar 100% de todo e qualquer vestígio da compreensão agostiniana (...) durante a Idade Média”. 


Redes Sociais

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