95 Teses para a Igreja de Hoje
1 – Reafirmamos a supremacia das Escrituras Sagradas sobre quaisquer
visões, sonhos ou novas revelações que possam aparecer. (Mc 13.31)
2 – Entendemos que todas as doutrinas, ideias, projetos ou ministérios
devem passar pelo crivo da Palavra de Deus, levando-se em conta sua
total revelação em Cristo e no Novo Testamento do Seu sangue. (Hb 1.1-2)
3 – Repudiamos toda e qualquer tentativa de utilização do texto sagrado
visando a manipulação e domínio do povo que, sinceramente, deseja seguir
a Deus. (2 Pe 1.20)
4 – Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus e que contém TODA a
revelação que Deus julgou necessária para todos os povos, em todos os
tempos. Cremos ainda que Jesus Cristo é a revelação final e plena de
Deus (2 Tm 3.16; Hb 1.1-2)
5 – Que o ensino coerente das Escrituras volte a ocupar lugar de honra
em nossas igrejas. Que haja integridade e fidelidade no conhecimento da
Palavra tanto por parte daqueles que a estudam como, principalmente, por
parte daqueles que a ensinam. (Rm 12.7; 2 Tm 2.15)
6 – Que princípios relevantes da Palavra de Deus sejam reafirmados
sempre: a soberania de Deus em amor, a suficiência da Graça, o
sacrifício perfeito de Cristo e Sua divindade, o fim do peso da lei, a
revelação plena das Escrituras na pessoa de Cristo, etc. (At 2.42)
7 – Cremos que o mundo jaz no maligno, conforme nos garantem as
Escrituras, não significando, porém, que Satanás domine este mundo, pois
“do Senhor é a Terra e sua Plenitude, o mundo e os que nele habitam”.
(1 Jo 5.19; Sl 24.1)
8 – Cremos que a vitória de Jesus sobre Satanás foi
efetivada na cruz, onde Cristo “expôs publicamente os principados e
potestades à vergonha, triunfando sobre eles” e que essa vitória teve
como prova final a ressurreição, onde o último trunfo do diabo, a saber,
a morte, também foi vencido. (Cl 2.15; 1 Co 15.20-26)
9 – Acreditamos que o cristão verdadeiro, uma vez liberto do império das
trevas e trazido para o Reino do Filho do amor de Deus, conhecendo a
verdade e liberto por ela, não necessita de sessões contínuas de
libertação, pois isso seria uma afronta à Cruz de Cristo. (Cl 1.13; Jo
8.32,36)
10 – Cremos que o diabo existe, como ser espiritual, mas que está
subjugado pelo poder da cruz de Cristo, onde ele, o diabo, foi vencido.
Portanto, não há a necessidade de se “amarrar” todo o mal antes dos
cultos, até porque o grande Vencedor se faz presente. (1 Co 15.57; Mt
18.20)
11 – Declaramos que nós, cristãos, estamos sujeitos à doenças, males
físicos, problemas relativos à saúde, e que não há nenhuma obrigação da
parte de Deus em curar-nos, e que isso de forma alguma altera o seu
caráter de Pai amoroso e Deus fiel. (Jo 16.33; 1 Tm 5.23)
12 – Entendemos que a prosperidade financeira pode ser uma benção na
vida de um cristão, mas que isso não é uma regra. Deus não tem nenhum
compromisso de enriquecer e fazer prosperar um cristão. (Fp 4.10-12)
13 – Reconhecemos que somos peregrinos nesta terra. Não temos, portanto,
ambições materiais de conquistar esta terra, pois “nossa pátria está
nos céus, de onde aguardamos a vinda do nosso salvador, Jesus Cristo”.
(1 Pe 2.11)
14 – Nossas petições devem sempre sujeitar-se à vontade de Deus.
“Determinar”, “reivindicar”, “ordenar” e outros verbos autoritários não
encontram eco nas Escrituras Sagradas. (Lc 22.42)
15 – Afirmamos que a frase “Pare de sofrer”, exposta em muitas igrejas,
não reflete a verdade bíblica. Em toda a Palavra de Deus fica clara a
ideia de que o cristão passa por sofrimentos, às vezes cruéis, mas ele
nunca está sozinho em seu sofrer. (Rm 8.35-37)
16 – Reafirmamos que, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus, sendo os mesmos livres de quaisquer maldições passadas,
conhecidas ou não, pelo poder da cruz e do sangue de Cristo, que nos
livra de todo o pecado e encerra em si mesmo toda a maldição que antes
estava sobre nós. (Rm 8.1)
17 – Entendemos que a natureza criada participa das dores, angústias e
consequências da queda do homem, e que aguarda com ardente expectativa a
manifestação dos filhos de Deus. O que não significa que nós, cristãos,
tenhamos que ser negligentes com a natureza e o meio-ambiente, uma vez
que Deus não apenas criou tudo, mas também “viu que era bom" (Rm
8.19-23; Gn 1.31)
18 – Reconhecemos a suficiência e plenitude da graça de Cristo, não
necessitando assim, de quaisquer sacrifícios ou barganha para se
alcançar a salvação e favores de Deus. (Ef 2.8-9)
19 – Reconhecemos também a suficiência da Graça em TODOS os aspectos da
vida cristã, dizendo com isso que não há nada que possamos fazer para
“merecermos” a atenção de Deus. (Rm 3.23; 2 Co 12.9)
20 – Que nossos cultos não sejam tão reverentes que se tornem
simplesmente religiosos, deixando de ser verdadeira e espontânea
adoração. (Jo 4.24)
21 – Que entendamos que vivemos num “país tropical, abençoado por Deus, e
bonito por natureza”. Portanto, que não seja mais “obrigatório” aos
pastores e líderes o uso de trajes mais adequados ao clima frio ou
extremamente formais. Que celebremos nossa tropicalidade com graça e
alegria diante de Deus e dos homens. (1 Co 9.19-23)
22 – Que nossa liturgia seja leve, alegre, espontânea, vibrante, como é o
povo brasileiro. Que haja brilho nos olhos daqueles que se reúnem para
adorar e ouvir da Palavra e que Deus se alegre de nosso modo brasileiro
de cultuá-LO. (Salmo 100)
23 – Que as igrejas entendam a necessidade de fazer passar pelo crivo das Escrituras os louvores que são cantados. (Sl 150)
24 – Que retornemos ao princípio bíblico, vivido pela igreja chamada
primitiva, de que “ninguém considerava exclusivamente sua nenhuma das
coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.” (At 4.32)
25 – Que não condenemos nenhum irmão por ter caído em pecado, ou por seu
passado. Antes, seguindo a Palavra, acolhamos o irmão ferido com
espírito de brandura, guardando-nos para que não sejamos também
tentados. O que não significa, por outro lado, conivência com o pecado
praticado de forma contumaz .(Gl 6.1; 1 Co 5)
26 – Que ninguém seja culpado por duvidar de algo. Que haja espaço em
nosso meio para dúvidas e questionamentos. Que ninguém seja recriminado
por “falta de fé”. Que haja maturidade para acolher o fraco e sabedoria
para ensiná-lo na Palavra. A fé vem pelo ouvir, e o ouvir da Palavra de
Deus. (Rm 14.1; Rm 10.17)
27 – Que a igreja reconheça que são as portas do inferno que não
prevalecerão contra ela e não a igreja que tem que se defender do
“exército inimigo”. Que essa consciência nos leve à prática da fé e do
amor, e que isso carregue consigo o avançar do Reino de Deus sobre a
terra. (Mt 16.18)
28 – Cremos na plena ação do Espírito Santo, mas reconhecemos que em
muitas situações e igrejas, há enganos em torno do ensino sobre dons e
abusos em suas manifestações. (Hb 13.8; 1 Co 12.1)
29 – Que nossas estatísticas sejam mais realistas e não utilizadas para,
mentindo, “disputarmos” quais são as maiores igrejas; o Reino é bem
maior que essas futilidades. (Lc 22.24-26)
30 – Que os neófitos sejam tratados com carinho, ensinados no caminho, e
não expostos aos púlpitos e à “fama” antes de estarem amadurecidos na
fé, para que não se ensoberbeçam e caiam nas ciladas do diabo. (1 Tm
3.6)
31 – Que saibamos valorizar a nossa história, certos de que homens e
mulheres deram suas vidas para que o Evangelho chegasse até nós. (Hb
12.1-2)
32 – Que sejamos conhecidos não por nossas roupas ou por nossos jargões
lingüísticos, mas por nossa ética e amor para com todos os homens,
refletindo assim, a luz de Cristo para todos os povos. (Mt 5.16)
33 – Que arda sempre em nosso peito o desejo de ver Cristo conhecido em
todas as culturas, raças, tribos, línguas e nações. Que missões seja
algo sempre inerente ao próprio ser do cristão, obedecendo assim à
grande comissão que Jesus nos outorgou. (Mt 28.18-20)
34 – Reconhecemos que muitas igrejas chamam de pecado aquilo que a Bíblia nunca chamou de pecado. (Lc 11.46)
35 – A participação de cristãos e pastores em entidades e sociedades
secretas é perniciosa e degradante para a simplicidade e pureza do
evangelho. Não entendemos como líderes que dizem servir ao Deus vivo
sujeitam-se à juramentos que vão de encontro à Palavra de Deus. (Lv
5.4-6,10; Ef 5.11-12; 2 Co 6.14)
36 – Rejeitamos a ideia do messianismo político, que afirma que o Brasil
só será transformado quando um “justo” (que na linguagem das igrejas
significa um membro de igreja evangélica) dominar sobre esta terra. O
papel de transformação da sociedade, pelos princípios cristãos, cabe à
Igreja e não ao Estado. O Reino de Deus não é deste mundo, e lamentamos a
manipulação e ambição de alguns líderes evangélicos pelo poder terreal.
(Jo 18.36)
37 – Que os púlpitos não sejam transformados em palanques eleitorais em
épocas de eleição. Que nenhum pastor induza o seu rebanho a votar neste
ou naquele candidato por ser de sua preferência ou interesse pessoal.
Que haja liberdade de pensamento e ideologia política entre o rebanho.
(Gl 1.10)
38 – Que as igrejas recusem ajuda financeira ou estrutural de políticos
em épocas de campanha política, a fim de zelarem pela coerência e
liberdade do Evangelho. (Ez 13.19)
39 – Que os membros das igrejas cobrem esta atitude honrada de seus
líderes. Caso contrário, rejeitem a recomendação perniciosa de sua
liderança. (Gl 2.11)
40 – Negamos, veementemente, no âmbito político, qualquer entidade que
se diga porta-voz dos evangélicos. Nós, cristãos evangélicos, somos
livres em nossas ideologias políticas, não tendo nenhuma obrigação com
qualquer partido político ou organização que se passe por nossos
representantes. (Mt 22.21)
41 – O versículo bíblico “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor” não deve
ser interpretado sob olhares políticos como “Feliz a nação cujo
presidente é evangélico” e nem utilizado para favorecer candidatos que
se arroguem como cristãos. (Sl 144.15)
42 – Repugnamos veementemente os chamados “showmícios” com artistas
evangélicos. Entendemos ser uma afronta ao verdadeiro sentido do louvor a
participação desses músicos entoando hinos de “louvor a Deus” para
angariarem votos para seus candidatos. (Ex 20.7)
43 – Cremos que o Reino também se manifesta na Igreja, mas é maior que
ela. Deus não está preso às paredes de uma religião. O Espírito de Deus
tem total liberdade para se manifestar onde quiser, independente de
nossas vontades. (At 7.48-49)
44 – Nenhum pastor, bispo ou apóstolo (ou qualquer denominação que se dê
ao líder da igreja local) é inquestionável. Tudo deve ser conferido
conforme as Escrituras. Nenhum homem possui a “patente” de Deus para as
suas próprias palavras. Portanto, estamos livres para, com base nas
Escrituras, questionarmos qualquer palavra que não esteja de acordo com
as mesmas. (At 17.11)
45 –Que a liberdade pessoal quanto a roupas e estilos seja exercida com
bom senso, e como servos de Cristo, com sabedoria e equilíbrio. Que não
nos vistamos, nem tenhamos nenhum outro tipo de adereço ou marca que
Jesus não teria, em nosso lugar.(Rm 14.22)
46 – Que nenhum pastor, bispo ou apóstolo se utilize do versículo
bíblico “não toqueis no meu ungido”, retirando-o do contexto, para
tornarem-se inquestionáveis e isentos de responsabilidade por aquilo que
falam e fazem no comando de suas igrejas. (Ez 34.2; 1 Cr 16.22)
47 – Que ninguém seja ameaçado por seus líderes de “perder a salvação”
por questionarem seus métodos, palavras e interpretações. Que essas
pessoas descansem na graça de Deus, cientes de que, uma vez salvas pela
graça estão guardadas sob a égide do sangue do cordeiro, de cujas mãos,
conforme Ele mesmo nos afirma, nenhuma ovelha escapará. (Jo 10.28-29)
48 – Que estejamos cada vez mais certos de que Deus não habita em
templos feitos por mãos de homens. Que a febre de erguermos “palácios”
para Deus dê lugar à simplicidade e humildade do bebê que nasce na
manjedoura, e nem por isso, deixa de ser Rei do Universo. (At 7.48-50)
49 – Que nenhum movimento, modelo, ou “pacote” eclesiástico seja aceito
como o ÚNICO vindo de Deus, e nem recebido como a “solução” para o
crescimento da igreja. Cremos que é Deus quem dá o crescimento natural a
uma igreja que se coloca sob Sua Palavra e autoridade. (At 2.47; 1 Co
3.6)
50 – Que nenhum grupo religioso julgue-se superior a outro pelo NÚMERO
de pessoas que aderem ao seu “mover”. Nem sempre crescimento numérico
representa crescimento sadio. (Gl 6.3)
51 – Que a idolatria evangélica para com pastores, apóstolos, bispos,
cantores, seja banida de nosso meio como um câncer é extirpado para
haver cura do corpo. Que a existência de fã-clubes e a “tietagem”
evangélica sejam vistos como uma afronta e como tentativa de se dividir a
glória de Deus com outras pessoas. (Is 42.8; At 10.25-26)
52 – Reafirmamos que o véu, que fazia separação entre o povo e o lugar
santo, foi rasgado de alto a baixo quando da morte de Cristo. TODO
cristão tem livre acesso a Deus pelo sangue de Cristo, não necessitando
da mediação de quem quer que seja. (Hb 4.16; 2 Tm 2.15)
53 – Que os pastores, bispos e apóstolos arrependam-se de utilizarem-se
de argumentos fúteis para justificarem suas vidas regaladas. Carro
importado do ano, casa nova e prosperidade financeira não devem servir
de parâmetros para saber se um ministério é ou não abençoado. Que todos
nós aprendamos mais da simplicidade de Cristo. (Mt 8.20)
54 – Não reconhecemos a autoridade de bispos, apóstolos e líderes que
profetizam a respeito de datas para a volta de Cristo. Ninguém tem
autoridade para falar, em nome de Deus, sobre este assunto. (Mc 13.32)
55 – “O profeta que tiver um sonho, conte-o como sonho. Mas aquele a
quem for dado a Palavra de Deus, que pregue a Palavra de Deus.” Que
sejamos sábios para não misturar as coisas. E as profecias, ainda que
não devam ser desprezadas, devem ser julgadas, retendo o que é bom e
descartando toda forma de mal. (Jr 23.28; 1 Ts 5.20-22)
56 – Que o ministério pastoral seja reconhecidamente um dom, e não um
título a ser perseguido. Que aqueles que exercem o ministério, sejam
homens ou mulheres, o exerçam segundo suas forças, com todo o seu
coração e entendimento, buscando sempre servir a Deus e aos homens,
sendo realmente ministros de Deus. (1 Tm 3.1; Rm 12.7)
57 – Que os cânticos e hinos sejam mais centralizados na pessoa de Deus no que na primeira pessoa do singular (EU). (Jo 3.30)
58 – Que ninguém seja obrigado a levantar as mãos, fechar os olhos,
dizer alguma coisa para o irmão do lado, pular, dançar… mas que haja
liberdade no louvor tanto para fazer essas coisas como para não fazer. E
que ninguém seja julgado por isso. (2 Co 3.17)
59 – Que as nossas crianças vivam como crianças e não sejam obrigadas a
se tornarem como nós, adultos, violentando a sua infância e fazendo com
que se tornem “estrelas” do evangelho ou mesmo “produtos” a serem
utilizados por aduladores e pastores que visam, antes de tudo, lotarem
seus templos com “atrações” curiosas, como “a menor pregadora do mundo”,
etc… (Lc 18.16; 1 Tm 3.6)
60 – Que as “Marchas para Jesus” sejam realmente para Jesus, e não para
promover igrejas que estão sob suspeita e líderes questionáveis. Muito
menos para promover políticos e aproveitadores desses mega-eventos
evangélicos. (1 Co 10.31)
61 – Nenhuma igreja ou instituição se julgue detentora da salvação.
Cristo está acima de toda religião e de toda instituição religiosa. O
Espírito é livre e sopra onde quer. Até mesmo fora dos arraiais
“cristãos”. (At 4.12; Jo 3.8)
62 – Que as livrarias ditas “cristãs” sejam realmente cristãs e não
ajudem a proliferar literaturas que deturpam a palavra de Deus e que
valorizam mais a experiência de algumas pessoas do que o verdadeiro
ensino da Palavra. (Mq 3.11; Gl 1.8-9)
63 – Cremos que “declarações mágicas” como “O Brasil é do Senhor Jesus” e
outras equivalentes não surtem efeito algum nas regiões celestiais e
servem como fator alienante e fuga das responsabilidades sociais e
evangelísticas realmente eficazes na propagação do Evangelho. (Tg
2.15-16)
64 – Consideramos uma afronta ao Evangelho as novas unções como “unção
dos 4 seres viventes”, “unção do riso”, etc… pois além de não possuírem
NENHUM respaldo bíblico ainda expõem as pessoas a situações degradantes e
constrangedoras. (2 Tm 4.1-4)
65 – Cremos, firmemente, que todo cristão genuíno, nascido de novo, já
possui a unção que vem de Deus, não necessitando de “novas unções”. (1
Jo 2.20,27)
66 – Lamentamos a transformação do culto público a Deus em momentos de
puro entretenimento “gospel”, com a presença de animadores de auditório e
pastores que, vazios da Palavra, enchem o povo de bobagens e frases de
efeito que nada tem a ver com a simplicidade e profundidade do Evangelho
de Cristo. (Rm 12.1-2)
67 – É necessária uma leitura equilibrada do livro de Cantares de
Salomão. A poesia, muitas vezes erótica e sensual do livro tem sido de
forma abusiva e descontextualizada atribuída a Cristo e à igreja. (Ct
1.1)
68 – Não consideramos qualquer instrumento, seja de que origem for, mais
santo que outros. Instrumentos judaicos, como o shophar, não têm
poderes sobrenaturais e nem são os instrumentos “preferidos” de Deus.
Muitas igrejas têm feito do shophar “O” instrumento, dizendo que é ordem
de Deus que se toque o shophar para convocar o povo à guerra.
Repugnamos essa idéia e reafirmamos a soberania de Deus sobre todos os
instrumentos musicais. (Sl 150)
69 – Rejeitamos a ideia de que Deus tem levantado o Brasil como o novo
“Israel” para abençoar todos os povos. Essa ideia surge de mentes
centralizadoras e corações desejosos de serem o centro da voz de Deus na
Terra. O SENHOR reina sobre toda a Terra e ama a todos os povos com Seu
grande amor incondicional. (Jo 3.16)
70 – Lamentamos o estímulo e o uso de “amuletos” cristãos como “água do
rio Jordão”, “areia de Israel” e outros que transformam a fé cristã numa
fé animista e necessitada de “catalisadores” do poder de Deus. (Hb
11.1)
71 – Que o profeta que “profetizar” algo e isso não se cumprir, seja
reconhecido como falso profeta, segundo as Escrituras. (Ez 13.9; Dt
18.22)
72 – Rejeitamos as músicas que consistem de repetições infindáveis, a
fim de levar o povo ao êxtase induzido, fragilizando a mente de receber a
Palavra e prestar a Deus culto racional, conforme as Escrituras. (Rm
12.1-2; 1 Co 14.15)
73 – Deixemos de lado a busca desenfreada de títulos e funções do Antigo
Testamento, como levitas, gaditas, etc… Tudo se fez novo em Cristo
Jesus, onde TODOS nós fomos feitos geração eleita, sacerdócio real,
nação santa e povo adquirido. Da mesma forma, rejeitamos a sacralização
da cultura judaica, como se esta fosse mais santa que a brasileira ou do
que qualquer outra. Que então os ministros e dirigentes de música sejam
simplesmente ministros e dirigentes de música, exercendo talentos e
dons que Deus livremente distribuiu em Sua igreja, não criando uma
“classe superior” de “levitas”, até porque os mesmos já não existem
entre nós. (Rm 12.3-5; 1 Pe 2.9)
74 – Que se entenda que tijolos são apenas tijolos, paredes são apenas
paredes e prédios são apenas prédios. Que os termos "Casa do Senhor" e
"Templo" sejam utilizados somente para fazer menção a pessoas,
e nunca a lugares. Que nossos palcos não sejam erroneamente chamados de
"altares", uma vez que deles não emana nenhum "poder" ou "unção"
especial. (At 17:24, I Cor 6-19)
75 – Que haja consciência sobre aquilo que se canta. Que sejamos fiéis à
Palavra quando diz “cantarei com o meu espírito, mas também cantarei
com meu entendimento”. (1 Co 14.15)
76 – Não consideramos que “há poder em nossas palavras” como querem os
adeptos dessa teologia da “confissão positiva”. Deus não está sujeito ao
que falamos e não serão nossas palavras capazes de trazer maldição ou
benção sobre quem quer que seja, se essa não for, antes de tudo, a
vontade expressa de Deus através de nossas bocas. (Gl 1.6-7)
77 – Rejeitamos a onda de “atos proféticos” que, sem base e autoridade
nas Escrituras, confundem e desvirtuam o sentido da Palavra, ainda
comprometendo seriamente a sanidade e a coerência das pessoas
envolvidas. (Mt 7.22-23)
78 – Apresentar uma noiva pura e gloriosa, adequadamente vestida para o
seu noivo, não consiste em “restaurar a adoração” ou apresentar a Deus
uma falsa santidade, mas em fazer as obras que Jesus fez — cuidar dos
enfermos e quebrantados de coração, pregar o evangelho aos humildes, e
viver a cada respirar a vontade de Deus revelada na Sua palavra —
deixando para trás o pecado, deixando para trás o velho homem, e nos
revestindo no novo (Tg 1.27)
79 – Discordamos dos “restauradores das coisas perdidas” por não
perceberem a mão de Deus na história, sempre mantendo um remanescente
fiel à Palavra e ao Testemunho. Dizer que Deus está “restaurando a
adoração”, “restaurando o ministério profético”, etc… é desprezar o
sangue dos mártires, o testemunho dos fiéis e a adoração prestada a Deus
durante todos esses séculos. (Hb 12.1-2)
80 – Lamentamos a transformação da fé cristã em shows e mega-eventos que
somos obrigados a assistir nas TVs, onde a figura humana e as ênfases
nos “milagres” e produtos da fé sobrepujam as Escrituras e a pregação
sadia da Palavra de Deus. (Jo 3.30)
81 – Deus não nos chamou para sermos “leões que rugem”, mas fomos
considerados como ovelhas levadas ao matadouro, por amor a Deus. Mas
ainda assim, somos mais que vencedores por Aquele que nos amou. (Lc
10.3; Rm 8.36)
82 – Entendemos como abusivas as cobranças de “cachês” para
“testemunhos”. Que fique bem claro que aquilo que é recebido de graça,
deve ser dado de graça, pois nos cabe a obrigação de pregar o evangelho.
(Mt 10.8)
83 – Que movimentos como “dança profética”, “louvor profético” e outros
“moveres proféticos” sejam analisados sinceramente segundo as Escrituras
e, por conseqüência, deixados de lado pelo povo que se chama pelo nome
do Senhor. (2 Tm 4.3-4)
84 – Que a cruz de Cristo, e não o seu trono, seja o centro de nossa pregação! (1 Co 2.2)
85 – Reafirmamos que, quaisquer que sejam as ofertas e dízimos, que
sejam entregues por pura gratidão, e com alegria. Que nunca sejam dados
por obrigação e nem entregues como troca de bênçãos para com Deus. Muito
menos sejam dados como fruto do medo do castigo de Deus ou de seus
líderes. Deus ama ao que dá com alegria! (2 Co 9.7)
86 – Que a igreja volte-se para os problemas sociais à sua volta,
reconheça sua passividade e volte à prática das boas obras, não como
fator para a salvação, mas como reflexo da graça que se manifesta de
forma visível e encarnada. “Pois tive fome… e me destes de comer…” (Mt
25.31-46; Tg 2.14-18; Tg 1.27)
87 – Cremos, conforme a Palavra que há UM SÓ MEDIADOR entre Deus e os
homens – Jesus Cristo. Nenhuma igreja local, ou seu líder, podem arrogar
para si o direito de mediar a comunhão dos homens e Deus. (1 Tm 2.5)
88 – Lamentamos o comércio que em que se transformou a música evangélica
brasileira. Infelizmente impera, por exemplo, a “máfia” das rádios
evangélicas, que só tocam os artistas de suas respectivas gravadoras,
alienam o nosso povo através da massificação dos “louvores” comerciais, e
não dão espaço para tanta gente boa que há em nosso meio, com
compromisso de qualidade musical e conteúdo poético, lingüístico e,
principalmente, bíblico. (Mc 11.15-17)
89 – Que os pastores ajudem a diminuir a indústria de testemunhos e a
“máfia” das gravadoras evangélicas. Que valorizem a simples pregação da
Palavra ao invés do espetáculo “gospel” a fim de terem igrejas “lotadas”
para ouvirem as “atrações” da fé. Da mesma forma, rejeitamos o
triunfalismo e o ufanismo no qual se transformou a música evangélica
atual, que só fala em 'vitória', 'poder' e 'unção' mas se esqueceu de
coisas muito mais fundamentais como 'graça', 'misericórdia' e 'perdão'.
(1 Pe 5.2)
90 – Que sejamos livres para “examinarmos tudo e retermos o que é bom” ,
sem que líderes manipuladores tentem impor seus preconceitos,
principalmente na forma de intimidações. Que nenhum líder use o jargão
"Deus me falou" como forma de amedrontar qualquer um que ousar
questionar suas idéias. (1 Ts 5.21)
91 – Somente as Escrituras. (Jo 14.21;17.17)
92 – Somente a Graça. (Ef 2.8-9)
93 – Somente a Fé. (Rm 1.17)
94 – Somente Cristo. (At 17.28)
95 – Glória somente a Deus (Jd 24-25)
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