Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.

Primeiro - Trate Seriamente com o Pecado. Segundo - Não Seja Dono de Coisa Alguma. Terceiro - Nunca se Defenda. Quarto - Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém. Quinto - Nunca Aceite Qualquer Glória. A.W. Tozer

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A Bíblia é confiável, ou foi mudada pelo romanismo?

Há muitos cristãos sinceros se deixando enganar por webenganadores que propagam “verdades ocultas” e teorias da conspiração. Eles têm afirmado que a Bíblia foi adulterada, ao longo dos séculos, e não é a Palavra de Deus. Dizem que ela apenas contém as Escrituras, visto que — segundo eles — o seu conteúdo foi modificado pelo romanismo e também pela “religião evangélica”.

Na verdade, uma das grandes alegrias e certezas do cristão — posso garantir, pois sei em quem tenho crido — é saber que o Livro Sagrado que lemos em nossa casa ou levamos conosco, ao nos dirigirmos à casa do Senhor, quase não foi alterado desde os primórdios. Sabemos que os manuscritos originais, os autógrafos (escritos à mão pelos autores), não existem, porém o seu conteúdo foi preservado.


A preservação do conteúdo da Bíblia, ao longo dos séculos, é a maior evidência externa da sua autenticidade, conquanto a nossa cultura dê grande valor ao que é considerado original. Neste artigo, discorrerei sobre a certeza da preservação do conteúdo das Escrituras, o que dá a nós, expoentes do Evangelho, ainda mais confiança para pregar e ensinar a verdade cristocêntrica.

POR QUE NÃO EXISTEM ESCRITURAS ORIGINAIS?

Isso se deve ao fato de materiais perecíveis, como o papiro, se deteriorarem rapidamente sob condições úmidas. Ao longo dos séculos, manuscritos em papiro só foram preservados em raras circunstâncias, quando cuidadosamente guardados em climas extremamente áridos.

Levando-se em conta o número de guerras de Israel, é um milagre que o conteúdo original tenha sido preservado. Nas destruições do Templo — em 586 a.C. e em 70 d.C. —, os sacerdotes que fugiram tiveram a preocupação em preservar o conteúdo dos livros. E, por isso, levavam consigo, sempre, as cópias mais novas, em melhor estado.

O ANTIGO TESTAMENTO É AUTÊNTICO?


Muitos cristãos não sabem, mas o texto bíblico do Antigo Testamento que usamos é mais preciso do que os textos antigos de obras clássicas, como a Ilíada, de Homero, ou os trabalhos de Aristóteles, Platão, etc. Como podemos saber se isso é verdade? Como saber se o Antigo Testamento que utilizamos é o mesmo citado por Jesus, quando Ele andou na terra?

Bem, está claro, para os eruditos, que o Senhor Jesus, os apóstolos e os judeus do século I usaram a Septuaginta, tradução feita em 250 a.C. por cerca de 70 eruditos hebreus. E o Mestre nunca apontou qualquer erro nessa versão. Se houvesse algum problema de falta de precisão, o Senhor teria apontado. Isso é, sem dúvida, uma confirmação de que a Septuaginta era — e é — confiável, atestada pelo Verbo de Deus.

Em 1947, um tesouro de manuscritos do Antigo Testamento foi descoberto em uma caverna por pastores beduínos do lado ocidental do Mar Morto, em Israel. Nas décadas seguintes, mais de duas centenas de textos foram encontrados em outras onze cavernas — obras completas, em bom estado. Mas o que mais chamou a atenção dos eruditos foi um livro do profeta Isaías perfeitamente preservado.


Antes das aludidas descobertas, o mais antigo texto do Antigo Testamento era o massorético — feito pelos massoretas, da escola dos escribas de Massorá —, datado do século X d.C., de onde vieram a maioria das traduções veterotestamentárias.


Durante muitos anos, os críticos da autenticidade da Bíblia reclamaram que a data do texto massorético era muito recente, em relação aos manuscritos originais. Hoje, depois da descoberta de 1947, eles se calaram (apenas resmungam), visto que alguns textos descobertos, especialmente o livro de Isaías, datam de 225 a.C. Ou seja, são documentos mais de mil anos anteriores aos textos massoréticos!


Quando o livro de Isaías, encontrado nas cavernas, foi comparado com versões atuais, feitas a partir do texto massorético, descobriu-se que o seu conteúdo era quase idêntico — havia apenas pequeníssimas diferenças ortográficas, gramaticais e de caligrafia, as quais não afetavam em nada o sentido original. Em resumo, o Antigo Testamento que usamos tem o apoio de manuscritos mais fortes do que qualquer outra obra da história clássica, incluindo Homero, Platão, Aristóteles, César e Tácito. Glória a Deus!

E O NOVO TESTAMENTO, É AUTÊNTICO?

Há motivos para glorificarmos a Deus ainda mais quanto ao Novo Testamento, pois, de toda a literatura antiga, o texto neotestamentário é o documento mais bem autenticado. Por quê? Porque há mais manuscritos do Novo Testamento, isto é, mais cópias próximas e confiáveis dos manuscritos originais (autógrafos) do que qualquer outra obra escrita nos tempos antigos.

O leitor já viu algum crítico da Bíblia questionando a confiabilidade das obras de Platão? Afinal, elas datam do ano 300 a.C., mais ou menos. Sabe de quando é a cópia mais antiga existente dessas obras? Do ano 900 d.C. Ou seja, há um espaço de 1.200 anos entre o original e a cópia mais antiga. Por que não se questiona a sua originalidade? Ademais, existem apenas, no mundo todo, sete cópias das obras de Platão.


Segue-se que comparar as obras clássicas da antiguidade com o Novo Testamento é até “uma covardia” — como se diz na linguagem popular — , para dizer a verdade. O leitor sabe qual é o número de cópias existentes do Novo Testamento em todo o mundo, em museus, bibliotecas ou em poder de colecionadores? Mais de 5.700! Por extenso: mais de cinco mil e setecentas cópias do Antigo Testamento. Há diferenças nessas cópias? Claro que há. Mas (falo com conhecimento de causa) são irrelevantes.


Bem, agora vamos à verdade mais importante sobre as cópias do Novo Testamento. Seus manuscritos originais (que não existem mais, evidentemente) datam de 50-95 d.C. O leitor sabe de quando é a cópia mais antiga existente dos textos neotestamentários? De 125 d.C. Em outras palavras, o espaço entre o original e a cópia mais antiga é de apenas 30 a 75 anos! Ora, contestar a autenticidade das Escrituras do Novo Testamento é o mesmo que querer dizer, por exemplo, que um filme de Charlie Chaplin — como Luzes da Cidade, de 1931 — não é original.

Diante do exposto, não nos enganemos nem deixemos de ter compromisso com a Palavra de Deus e com o Deus da Palavra. Ele é quem preserva a sua mensagem, e homem nenhum poderá destruí-la. O Senhor Jesus é o Todo-poderoso (Ap 1.8), e nós sabemos em quem temos crido (2 Tm 1.12). E não é falso mestre da Internet que vai nos afastar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, o nosso Senhor (Rm 8.37-39).

Amém?

Ciro Sanches Zibordi

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