Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.

Primeiro - Trate Seriamente com o Pecado. Segundo - Não Seja Dono de Coisa Alguma. Terceiro - Nunca se Defenda. Quarto - Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém. Quinto - Nunca Aceite Qualquer Glória. A.W. Tozer

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

O CAJADO OU A ESPADA








 


 Por Rodrigo Ribeiro

Ao assistir o filme Êxodo: Deuses e Reis, do diretor Ridley Scott, fui agraciado com uma bela obra cinematográfica, e que apesar de não ser fiel ao relato bíblico, me trouxe uma reflexão fantástica ao apresentar a história de Moisés sob os olhos de um não-religioso, tentando esvaziar os elementos sobrenaturais. Este exercício foi fascinante, pois podemos analisar o contraste em que há entre a narrativa que procede de Deus e aquele que procede de homens.

O fato mais simbólico desta releitura é a substituição do cajado de Moisés por uma espada. O próprio príncipe do Egito é comissionado como um general para resgatar o povo Hebreu. Esse é o grande contraste, o mundo acredita na força da espada. Mas Deus só convocou Moisés depois de 40 no deserto conduzindo ovelhas. Deus usou o cajado. Ele escolheu o pastor. Este é o método divino de resolver as situações.

Precisamos ter isso em mente, ainda que em alguns momentos os próprios pastores falhem, como é o caso de Ezequiel 34, onde Deus acusa os pastores de estarem apascentado a si mesmo ao invés de cuidarem de suas ovelhas. Mas precisamos perceber que mesmo nesse contexto, Deus não desiste do pastoreio em prol das armas. Ele afirma que condenará os maus pastores, mas ele próprio cuidará das ovelhas, promessa que se cumpre em João 10:11, onde Cristo afirma ser o bom pastor que dá a sua vida pelas suas ovelhas.

Diante disso precisamos rejeitar o impulso do Apóstolo Pedro, de pegar em armas e travar as nossas lutas com base na força, e utilizar-se do método divino, o cajado do pastoreio. Oração, pregação, amor e cuidado. Isso não nos fará ficar calados, pois os profetas não o fizeram. Mas nos deixará distantes de meios carnais, rebeliões, contendas e manipulações. Trilhemos o caminho do pastoreio e não da espada. Se nos tornarmos generais, nos assemelharemos aos incrédulos que eliminam o elemento divino da narrativa do êxodo.

O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará. Salmos 23:1

***

Rodrigo Ribeiro é presbítero, seminarista e escreve na UMP da Quarta.
 
Via: Arte de Chocar
 
 
                                             

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