Por Antognoni Misael
O segmento evangélico tem crescido e com ele seu comércio. Isso absolutamente não tem nada a ver com a missão da igreja. Fazer o nome de Cristo conhecido e desejado pelas nações não significa alcançar o topo do mercado e proliferar produtos de pretensões pessoais.
Recentemente o cantor Thalles Roberto, que também se diz pastor, divulgou em sua página de facebook o mais novo lançamento, seu modelo de tênis. Ou seja, enquanto o alvo de Cristo era o madeiro, o do thalleco é vender sapatos e fazer seu logotipo conhecido.
Jesus entrou no templo e expulsou todos os que ali estavam comprando e vendendo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas,e lhes disse: "Está escrito: 'A minha casa será chamada casa de oração'; mas vocês estão fazendo dela um 'covil de ladrões" (Mateus 21.12-13).
Evidentemente este texto tem sua particularidade. Contudo, o princípio bíblico nos deixa claro que somos morada de Deus, e que a espiritualidade cristã pregada por Cristo não coaduna com o oportunismo comercial dos religiosos. Perante este cenário “evangélico” onde a igreja brasileira se relaciona subjetivamente, os cambistas modernos não são bem vindos por Cristo! (Observe novamente como Ele reagiu aos comerciantes do templo).
É uma pena que esse mal já tenha se instalado! Não se trata de disponibilizar aos fieis algum material de edificação para igreja. Trata-se, descaradamente de se autopromover, de espalhar sua própria marca – sem falar do boneco que fez de si mesmo há tempos atrás...
Quanto mais a multidão cristã se identificar com estes pop star’s e não com a simplicidade Cristo; quanto mais a igreja olhar com bons olhos a consolidação de um mercado gospel e não a relevância de cada igreja local na rua em que está inserida; e quanto mais os jovens desejarem ardentemente pularem e dançarem ao som do Thalleco, e não se debruçarem humildemente nas Escrituras Sagradas em busca de alimento espiritual para suas vidas...definitivamente, continuaremos sendo meros consumidores de bonecos, sapatos, e afins.
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