Por Mr. Fletcher
"Deus, porém, veio a Abimeleque em sonhos de noite, e disse-lhe: Eis que morto serás por causa da mulher que tomaste; porque ela tem marido. Mas Abimeleque ainda não se tinha chegado a ela; por isso disse: Senhor, matarás também uma nação justa? Não me disse ele mesmo: É minha irmã? E ela também disse: É meu irmão. Em sinceridade do coração e em pureza das minhas mãos tenho feito isto. E disse-lhe Deus em sonhos: Bem sei eu que na sinceridade do teu coração fizeste isto; e também eu te tenho impedido de pecar contra mim; por isso não te permiti tocá-la." (Gênesis 20.3-6)
O pobre Abimeleque provavelmente pensou que ele livremente se absteve de tocá-la, pensou que ele poderia ter tocado ela mas não tocou. Abimeleque poderia ter realmente pensado que seu futuro em relação a Sara fosse um jardim de caminhos que se bifurcam. Sua crença do senso comum não correspondia à realidade, porém; na verdade, ele deixou de ser um agente moral neste momento. Neste momento Deus ontologicamente transformou a pessoa de Abimeleque, protegendo-o com cordas e controlando-o via “providência meticulosa, retentiva”. Neste momento, tornou-se um fantoche.
O que é mais lamentável para alguns teólogos é que parece que Deus pode guardar as pessoas de pecar sem criar um “mundo massivamente diferente” do que nós vemos agora. Ou ele violou o livre arbítrio libertário de Abimeleque fazendo o que ele fez, ou ele não fez. Se ele fez, ele era capaz de fazer tão conspicuamente (contrária a afirmação de alguns apologistas arminianos). Se ele não fez isto, então por que o Deus arminiano não faz isto com mais frequência? Ele pode guardar Abimeleque de pecar contra Deus e de tocar Sara enquanto não guarda David Westerfield de pecar contra Deus de tocar em Danielle Van Dam? Deus amou Sara mais do que Danielle? Ele gostou mais de Abimeleque do que de Westerfield? Que amor é este?
Tradução: Francisco Alison Silva Aquino
Via: Pelo Calvinismo
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