Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.
Primeiro - Trate Seriamente com o Pecado. Segundo - Não Seja Dono de Coisa Alguma. Terceiro - Nunca se Defenda. Quarto - Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém. Quinto - Nunca Aceite Qualquer Glória. A.W. Tozer
sexta-feira, 4 de julho de 2014
Um beija flor me ensinou
Wilma Rejane
“ Porque eis que
passou o inverno, cessou a chuva e se foi; aparecem as flores na
terra, chegou o tempo de cantarem as aves.” Ct 2: 11-12
Quando passa o
inverno, o beija flor migra por cerca de dois mil e quatrocentos
quilômetros em busca de alimento nas flores de primavera. Seu voo
alcança uma velocidade média de quarenta quilômetros por hora e
ele vai sempre, sempre sobre o mar. São aproximadamente sessenta
horas de voo, sem se permitir desanimar. Ele sabe o que o aguarda:
flores coloridas e perfumadas, doces e amigáveis, elas são a maior
fonte de energia para essas aves, certo? Nada disso, é da água que
vem o ânimo do beija flor. A água é seu combustível, por isso que
ele sobrevoa o mar em migração, por isso essa proximidade com a
água no momento decisivo para sua sobrevivência.
A água em diversas
passagens Bíblicas é chamada de mayim = vida, sustento,
revigoramento, benção, fertilidade. E sendo a vida um mar, é
provável que ora esteja em mansidão, ora em tempestades e açoites.
O mar sobre o qual Jesus andou estava “balançando” em altas
ondas e vento forte. Pedro temeu e por esse motivo afundou. Podemos
pensar que é mesmo necessário uma grande fé para “andar sobre as
águas”, que homens comuns jamais conseguiriam tal feito, mas Jesus
disse: “ Vem Pedro, ao meu encontro, sem vacilar”. E Ele pediria
tal coisa a um discípulo se não tivesse certeza de que seria
possível cumprir?
Lembre-se: o beija flor é mui pequenino, mas demonstra uma força tremenda quando se alimenta da água (mar, vida) para seguir adiante. Não deixemos que as dificuldades nos abatam, mas façamos delas, combustível para seguirmos mais firmes na caminhada com Deus. E se estamos com Deus, Ele mesmo firmará nossos passos, para vivermos coisas novas e melhores.
Lembre-se: o beija flor é mui pequenino, mas demonstra uma força tremenda quando se alimenta da água (mar, vida) para seguir adiante. Não deixemos que as dificuldades nos abatam, mas façamos delas, combustível para seguirmos mais firmes na caminhada com Deus. E se estamos com Deus, Ele mesmo firmará nossos passos, para vivermos coisas novas e melhores.
Que entre
beija-flores e mares, se faça em nós novos caminhos, vivos e
férteis pela nascente da Água da Vida que é Jesus. Precisamos
estar sempre próximos dessa fonte que jorra, em movimento de graça,
porque daí vem o combustível para cada novo ano que se inicia.
Deus o abençoe.
Deus o abençoe.
Quem inventou o Cristianismo não foi Constantino- nem Caio Fábio!

Por André Gomes Quirino
Eu confesso: a entrevista de Caio Fábio ao “The Noite” (SBT), de Danilo Gentili, me surpreendeu. Surpreendeu-me positivamente, sim, quando o entrevistado insistiu que o profeta Jonas pode ter sido literalmente engolido por um grande peixe e que há possessões demoníacas reais. Isso mostra que Caio não é exatamente um liberal. Surpreendi-me negativamente também, quando ele contou com naturalidade um caso de abuso sexual que sofrera na infância, como fosse uma experiência saudável e recomendável. O flerte com o marcionismo (google it) já não me surpreende. Tampouco o linguajar agressivo – que não é menos contraproducente em personas pretensamente “intelectualizadas” como Caio Fábio do que em figuras mais vulgares como Silas Malafaia ou Datena. Ainda que Caio faça críticas certeiras e necessárias à religiosidade popular evangélica, sua arrogância latente e seu estado de “imponderabilidade quântica” (sic) quase sempre o levam a cometer gafes pueris. Surpreendi-me negativamente principalmente quando o entrevistado, que já estudou a fundo Francis Schaeffer e teve contato com obras de gente como Louis Berkhof, soltou um clichê imperdoável vindo de um homem de estudos: “o cristianismo”, asseverou ele, “é uma invenção de Constantino”.
Eu sei, Caio Fábio não é um “homem de estudos” no sentido “newtoniano” (sic) da palavra, e provavelmente me responderia que Jesus é a chave hermenêutica dos estudos. De fato, Jesus é a chave hermenêutica dos estudos, da Bíblia, de mim, de você. Por isso mesmo, os estudos, a Bíblia e tudo o mais devem ser levados a sério. Mesmo porque há que se reconhecer que Caio Fábio em algum lugar estudou (bem ou mal) esses equívocos que dissemina. Ele não os inventou. E hoje jovens revoltados – sem saber muito bem com o quê – que acreditam na primeira informação que a Wikipedia lhes traz repetem clichês como o supracitado aos borbotões.
quinta-feira, 3 de julho de 2014
Daniel, um homem público incorruptível

Deus tem usado homens incorruptíveis no meio de uma geração decadente para firmar os valores absolutos do seu reino. Um exemplo clássico é Daniel, um homem que viveu há 2.600 anos, mas cujo testemunho reverbera ainda hoje. Quem foi Daniel?
1. Um homem capaz de vencer os traumas do passado sem azedar o coração (Dn 1.1-6). Daniel foi arrancado da sua Pátria, da sua família ainda adolescente e levado cativo para a Babilônia. Ele perdeu sua nacionalidade, sua liberdade, seu nome e sua identidade, mas resolveu ser um influenciador em vez de sucumbir às circunstâncias adversas. O que na verdade mais importa não é o que as pessoas nos fazem, mas o que fazemos com o que elas nos fazem.
2. Um homem governado por um espírito excelente (Dn 6.4). Daniel não era apenas um homem culto, mas também um homem sábio. Ele olhava para a vida na perspectiva de Deus e buscava em tudo a direção divina. Ele viveu com discernimento em seu tempo e trouxe soluções divinas para os mais intrincados problemas do seu povo. Ele viveu acima do seu tempo.
3. Um homem íntegro cercado por um forte esquema de corrupção (Dn 6.5). Daniel estava cercado por uma horda de homens inescrupulosos, que encastelados no poder, buscavam seus próprios interesses e não os do povo. Os políticos haviam se corrompido de forma alarmante e viviam como ratazanas e sanguessugas, que se alimentavam do sangue da nação. A honestidade de Daniel incomodou os políticos corruptos e eles vasculharam sua vida privada e pública, para só descobrirem que ele era um homem impoluto e sem jaça.
4. Um homem piedoso cercado por uma geração perversa (Dn 6.10). Daniel era um político culto, ético e crente. Ele era um homem de oração. Sua religiosidade não era apenas de conveniência. Sua conduta privada e pública testificava sua integridade religiosa. Daniel manteve sua vida de oração, mesmo sabendo que seus inimigos haviam tramado contra ele para o matar. Homens honestos e piedosos incomodam o sistema. Mas, os políticos comprometidos com Deus e com as causas do povo não se intimidam com as ameaças de seus inimigos. Para estes, o ideal é maior do que a própria vida e por isso estão prontos a dar a vida pelo ideal.
5. Um homem duramente perseguido por causa de sua honestidade (Dn 6.4,7). Num contexto cercado por esquemas de corrupção, o homem público honesto será sempre perseguido. Com Daniel não foi diferente. Já que nada descobriam em sua vida para incrimina-lo, tentaram afastá-lo do caminho. O que é triste é perceber com isto a inversão dos valores: um homem ser perseguido por ser honesto, verdadeiro, defensor do erário público e lutar pelas causas justas.
6. Um homem protegido do ardiloso esquema dos homens maus (Dn 6.22). Daniel cuidou de sua piedade e Deus cuidou da sua reputação. Deus não apenas defendeu Daniel, mas, também o honrou. Ele foi jogado na cova dos leões, mas Deus o tirou da cova da morte e o alçou ao ponto culminante da honra. Os inimigos que urdiram e tramaram contra Daniel foram destruídos. A história deles foi manchada pela vergonha e pelo opróbrio, enquanto o testemunho de Daniel percorre o mundo.
7. Um homem abençoador e não vingativo (Dn 6.20,21). Daniel não era um político que destilava o veneno do ódio contra seus inimigos. Ele não vinga de seus inimigos nem pede vingança para eles. Da sua boca saem apenas palavras abençoadoras.
8. Um homem cuja influência foi conhecida em toda a terra (Dn 6.25-27). Daniel honrou a Deus e foi honrado por ele. Deus foi exaltado entre as nações pelo testemunho de Daniel. Deus é exaltado entre as nações quando os seus filhos permanecem fiéis no campo minado da sedução ou da perseguição. A Babilônia, com sua magnificente grandeza caiu, mas, Daniel permaneceu de pé. Daniel foi maior do que o próprio império babilônico. Que Deus nos dê homens públicos desse jaez!
Por: Hernandes Dias Lopes
Cinco Ideias para Cultivar o Evangelismo
O que você precisa para fazer
evangelismo? Os ingredientes não são muitos. Você precisa do evangelho,
as boas novas de Jesus Cristo. Você precisa de um evangelista, alguém
que anuncie essas boas novas. E tem mais uma coisa: você precisa de
público — pelo menos uma pessoa que ainda não creu no evangelho.
Para muitos pastores, essa última é a
parte mais difícil. Em uma semana repleta de preparo de sermão,
reuniões, aconselhamento, administração, visitas a hospitais e ligações
tarde da noite pedindo por ajuda; sem mencionar o cuidado da sua própria
alma e da sua família, como o pregador consegue encontrar tempo para
compartilhar as boas novas com incrédulos?
Em certo sentido, essa é uma tensão boa e necessária. Quando o ministro responde ao chamado ao pastorado, ele meio que recua
da linha de frente do evangelismo para o campo de suprimentos. Ele não
mais é um soldado em combate corpo-a-corpo. A sua prioridade agora é
agir como um general: o seu trabalho envolve criar estratégias, equipar e
delegar (veja Ef. 4.12).
A esperança é que, ao treinar evangelistas, ensinar sobre evangelismo e
proclamar o evangelho semanalmente à igreja reunida, o ministério
evangelístico do pastor multiplique ao invés de diminuir. Isso é bom e
correto, e pastores não deveriam se sentir culpados por priorizar o
papel singular que Deus deu a eles de cuidar das ovelhas e treiná-las no
ministério. Um pastor não é um louco por evangelismo, mas um
capacitador de evangelismo.
Mas isso não significa que o seu
ministério pessoal de evangelismo deva se desintegrar. Paulo instruiu o
jovem pastor Timóteo a fazer "o trabalho de um evangelista" (2Tm 4.5).
Até mesmo o maior general ainda é um soldado em essência. O pastor
nunca deve se tornar tão confortável em ensinar a outros como
evangelizar que o seu próprio zelo por compartilhar o evangelho evapore
de tanto ferver em segundo plano. Pastores que são zelosos por
evangelismo tendem a ter congregações que são zelosas, enquanto pastores
que raramente evangelizam podem descobrir que as suas congregações são
igualmente indispostas.
CINCO MANEIRAS DE UM PASTOR CULTIVAR EVANGELISMO
Então, como um pastor pode cultivar
oportunidades para o evangelismo? Visto que eu preciso de tanto
crescimento quanto qualquer pastor, eu contatei alguns amigos pastores
para perguntar-lhes como eles priorizam o evangelismo em suas agendas
cheias. Baseado em suas respostas, aqui estão cinco sugestões:
1. Seja Criativo
Primeira sugestão, seja criativo. Para
conhecer mais incrédulos, você precisa estar disposto a pensar fora da
caixa. Um pastor de uma cidade pequena me disse que ele e seus
presbíteros frequentemente fazem suas reuniões administrativas em
cadeiras de jardim no seu quintal da frente. Eles estão dispostos a
sacrificar a eficiência pela oportunidade de conversar com vizinhos que
possam passar por ali — e ficam entusiasmados quando alguém aparece
querendo conversar sobre Cabala [tipo de misticismo que se baseia em
decifrar a Torá, texto central do judaísmo]. É uma oportunidade
instantânea para o evangelho.
Outros mencionaram usar hobbies ou
afazeres como maneiras de maximizar oportunidades evangelísticas. Em vez
de fazer umas cestas com amigos cristãos, pode-se encontrar um grupo de
empresários locais com quem jogar, abrindo a porta para novas amizades.
Um pregador da Península Arábica disse que o tempo em família no clube
local é uma das melhores maneiras para fazer amizades com aqueles que
vivem em sua vizinhança.
Criatividade também é útil quando se
tenta transformar uma conversa que seria mundana com um vendedor, um
vizinho ou um garçom em questões espirituais. Se alguém está falando
sobre as notícias, esportes ou até mesmo o clima, normalmente há uma
abertura para apresentar uma relevante verdade sobre Deus ou sobre o
nosso mundo caído que possa levar a uma discussão mais profunda. Para
isso, é claro, precisamos não apenas de raciocínio criativo, mas de
ousadia e amor forjados pelo Espírito para lançar fora o medo do homem e
compartilhar Cristo quando é constrangedor fazê-lo.
2. Seja Consistente
Segunda, seja consistente. Você está
disposto a abandonar a variedade e comer no mesmo restaurante repetidas
vezes para passar a conhecer seus funcionários? Há anos, meu próprio
pastor foi modelo dessa consistência em nome do evangelho, tanto que
fazemos piadas sobre ele ser o capelão da modesta lanchonete onde todo
garçom e garçonete sabe o nome dele e vem a ele com questões
espirituais.
Outro amigo me falou dos frutos que ele
desfrutava ao visitar a mesma lavanderia, semana após semana, e orar por
oportunidades para falar sobre Cristo com os funcionários.
Eventualmente, uma das funcionárias visitou a sua igreja, uniu-se a um
grupo de estudo bíblico com algumas das mulheres da igreja e
recentemente fez sua profissão de fé em Jesus.
3. Seja Consciente
Terceira, seja consciente. Precisamos
orar por consciência com relação aos perdidos à nossa volta. Um aluno de
seminário na Inglaterra notou que quando ele está consciente de quantas
pessoas — mais provavelmente incrédulos — estão sentadas à sua volta no
trem, ele notavelmente abre a sua Bíblia e a lê. Conversas a respeito
de Deus frequentemente são o resultado.
Nesse sentido, vale a pena estar
consciente da utilidade do título de pastor. Muitas conversas começam
com: "Com o que você trabalha?" Responder: "Sou um pastor cristão" pode
parecer um pouco “passivo”, então, em vez disso, use uma resposta
“ativa”. Por exemplo, eu tentei incluir alguma versão da seguinte frase
na minha conversa. Eu digo algo como: "Eu sou um pastor em treinamento
em uma igreja. Então eu amo ouvir todo o tipo de pessoas e seus
pensamentos sobre Deus, espiritualidade e quem é Jesus".
E não se esqueça de que como pastor você
pode servir aos incrédulos na sua vizinhança de maneiras
"especificamente pastorais", o que quase sempre contém grandes
oportunidades evangelísticas. Um parente de um vizinho faleceu?
Ofereça-se para pregar no funeral.
4. Seja Colaborativo
Quarta, seja colaborativo. Encontre
maneiras de participar do evangelismo que a sua congregação já está
fazendo no local de trabalho e na vizinhança. Um pastor mencionou como
alguns empresários da sua igreja formaram um "grupo de investigação de
Deus", que se reunia regularmente durante o almoço no escritório, e o
convidaram para comparecer de vez em quando para construir
relacionamentos. O seu ministério de hospitalidade é uma grande forma de
conspirar com amigos cristãos em favor do evangelismo. Organize um
churrasco, um jantar ou uma noite de jogos e diga aos membros da igreja
que você irá convidar alguns amigos não-cristãos.
5. Seja Comprometido
Quinta, seja comprometido. Nenhum pastor
deve necessariamente adotar todas as ideias específicas acima — esse
não é o ponto. O ponto é que um ministério de pastorado deve se
assemelhar ao do Grande Pastor, que veio para "buscar e salvar os
perdidos" (Lc 19.10). O
chamado e a agenda singular do pastor certamente tornam isso um
desafio, embora devamos também admitir que frequentemente a nossa
própria preguiça e o nosso egoísmo nos impedem mais de evangelizar do
que circunstâncias complicadas.
ESTUDE E SABOREIE O EVANGELHO
Então, pastor, de que forma acontecerá o
comprometimento com o evangelismo na sua rotina semanal? Para começar,
deixe-me encorajar você a orar regularmente por oportunidades. Adquira
responsabilidade nessa área. Esteja consciente das suas tendências de se
omitir.
Mas, o mais importante, estude e
saboreie o evangelho. "Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando
nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram" (2Co 5.14).
Entesourar essa preciosa mensagem de Cristo e conhecer o seu poder nas
nossas próprias vidas é o melhor antídoto para a atrofia evangelística.
Tradução: Alan Cristie
Fonte: Ministério Fiel
quarta-feira, 2 de julho de 2014
Por que a “Música Pentecostal” é tão pobre?
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Só a misericórdia divina! |
Por Gutierres Fernandes Siqueira
O estilo é a “maneira de exprimir-se, utilizando palavras, expressões, jargões, construções sintáticas que identificam e caracterizam o feitio de determinados grupos, classes ou profissões”, como define o dicionário. Sempre que eu falo em “Música Pentecostal” não estou falando de uma música produzida por compositores pentecostais, mas sim de um estilo musical evangélico e brasileiro especialmente popular em igrejas pentecostais clássicas.
É, por exemplo, algo diferente (não há como comparar a outro estilo), inovador (não havia nada parecido antes) e muito ruim (muito ruim, mesmo) como o estilo paraense Calypso ou o Sertanejo Universitário de Goiás. As principais expoentes desse estilo "pentecostal" são Shirley Carvalhaes, Rosi Nascimento, Damares, Elaine de Jesus, Mara Lima,
Cassiane, Rayssa e Ravel, Bruna Carla etc.
Quer um exemplo? Veja a primeira estrofe da música “Movimento de Deus” da Shirley Carvalhaes:
Deus vai fazer um movimento aqui, um movimento aqui vai fazer; já posso ver pelos olhos da fé, já posso ver. Deus vai fazer um movimento aqui, um movimento aqui. Vai fazer. Já posso ver pelos olhos da fé; já posso ver. Vai descer poder, vai descer renovo, vai ter milagre, vai ter batismo, Ele vai curar e vai entregar a vitória em suas mãos. É só confiar e glorificar e deixar o fogo queimar o altar porque hoje aqui o Senhor vai operar.
Meu Deus, o que é isso? Qualquer criança poderia escrever essa letra. É
musicalmente ruim, a letra expressa repetições descabidas e em ritmo frenético. O fôlego se vai porque a ênfase é no êxtase. Além disso, o português é constantemente maltratado. É uma música irritante pela baixa qualidade. Agora, compare a música da Shirley com um hino clássico da Harpa Cristã. O hino é “Ó Desce Fogo Santo”.
Espírito, alma e corpo, Oferto a Ti, Senhor, Como hóstia verdadeira, Em oblação de amor. Eu tudo a Deus consagro Em Cristo, o vivo altar; Ó desce, fogo santo, Do céu vem tu selar!
Veja que no fundo as duas músicas expressam a mesma ideia (o poder de Deus
manifesto no homem), mas o segundo hino é infinitamente melhor, pois nele há poesia, é bem escrito, respeita a língua pátria, não trabalha com repetições irritantes e nem prima por uma teologia água com açúcar. Quando perdemos a mão para produzir belezas como essa e agora ouvimos tristezas como aquela?
É disso que falo. A “Música Pentecostal” é muito ruim, muito pobre. Em compensação, nós podemos aproveitar a riqueza da Harpa Cristã. O nosso hinário é um oásis em meio a tanta música superficial. Os compositores da atualidade, especialmente aqueles que compõem músicas rasas, poderiam resgatar o sentido dos hinários para produzir boa música na atualidade. O tempo de cantar chegou, sim, o tempo de cantar boa música.
É disso que falo. A “Música Pentecostal” é muito ruim, muito pobre. Em compensação, nós podemos aproveitar a riqueza da Harpa Cristã. O nosso hinário é um oásis em meio a tanta música superficial. Os compositores da atualidade, especialmente aqueles que compõem músicas rasas, poderiam resgatar o sentido dos hinários para produzir boa música na atualidade. O tempo de cantar chegou, sim, o tempo de cantar boa música.
A vontade de Deus é que todos os cristãos sejam prósperos?

Exemplo e Herói
Jesus é o nosso principal exemplo e herói. Ele se tornou pobre para que
nós pudéssemos nos tornar ricos (2Co 8.9). Ele “se esvaziou, assumindo a
forma de servo” (Fp 2.7). Alguns dizem que Jesus tomou a maldição para
que não precisássemos viver sob ela, e portanto, não sofreremos como ele
sofreu. Mas em ambas passagens Jesus nos é apresentado como um exemplo a
ser seguido. Paulo até mesmo diz que deseja ter “a comunhão dos seus
sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte” (Fp 3.10). Há uma
profundidade de unidade com Cristo que experimentaremos somente quando
sofrermos como ele sofreu. E para nós, união com Cristo é a maior
riqueza.
Muitos dos seguidores seguidores de
Jesus no Novo Testamento eram pobres. Os macedônios eram heróis porque
deram, apesar de sua pobreza. “Também, irmãos, vos fazemos conhecer a
graça de Deus concedida às igrejas da Macedônia; porque, no meio de
muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a
profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua
generosidade” (2Co 8.1-3). A generosidade desses pobres cristãos é
descrita utilizando a palavra riqueza. Em uma passagem de
repreensão à igreja por considerar o rico como superior ao pobre, Tiago
diz: “Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo
são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometeu
aos que o amam?” (Tg 2.5). Os crentes pobres são, na verdade, ricos!
Nas cartas às sete igrejas em
Apocalipse, apenas duas igrejas não recebem uma repreensão. E ambas são
descritas como não possuindo o que o mundo considera como sucesso
material. A primeira é a igreja em Esmirna. O anjo fala de sua
“pobreza”, e imediatamente diz: “Mas tu és rico” (Ap 2.9). A segunda é a
igreja em Filadélfia, que é descrita como tendo “pouca força” (Ap 3.8).
Elas eram duas raras exceções de igrejas tendo estilos de vida
aprovados por Deus em um tempo de grande compromisso. E elas eram pobres
e fracas! Não é interessante como cristãos pobres nessas passagens são
descritos em termos que sugerem que eles eram ricos? Esse senso de ser
rico constitui um importante aspecto da identidade de um cristão. Se
estamos felizes com a nossa identidade, então certamente seremos pessoas
felizes.
A igreja mãe em Jerusalém consistia
principalmente de pessoas pobres. Então outras igrejas tinham que
ajudá-la. Não há nada que diga que eles eram pobres por que havia algo
de errado em suas crenças ou ações. Era um tempo de dificuldade
econômica em Jerusalém, isso pelo fato de que muitos aposentados haviam
perdido seus benefícios de aposentadoria quando se tornaram cristãos.
Portanto, os cristãos em Jerusalém tinham grandes necessidades
econômicas, as quais cristãos de outras partes do mundo atenderam
através de suas doações missionárias.
É verdade que o Antigo Testamento promete prosperidade
como uma das bênçãos da fidelidade a Deus (por exemplo Dt 28.11). Mas
devemos lembrar que tais promessas foram feitas a uma nação justa sob a
Antiga Aliança. O Antigo Testamento frequentemente descreve a dor dos
indivíduos justos daquela nação que tinham dificuldade com o fato de que
os perversos estavam prosperando enquanto eles não. Muitos dos lamentos
nos Salmos mencionam essa dificuldade. O Salmo 73 é um clássico. Aqui, a
dificuldade de Asafe com relação à sua falta de prosperidade comparada à
prosperidade do perverso só é resolvida quando ele percebe que Deus
julgará o perverso com justiça. Os livros de Jó e Habacuque ressaltam a
fé de pessoas genuinamente piedosas que honram a Deus, recusando
desistir de confiar nele em meio a terrível sofrimento. O Antigo
Testamento, então, não garante ao justo a prosperidade. De fato, assim
como o Novo Testamento, ele também adverte as pessoas frequentemente
quanto aos perigos da prosperidade (por exemplo Dt 6.10-25; 8.11-20;
32.15-18).
Por último, a história mostra que alguns dos maiores períodos de crescimento da igreja aconteceram quando os cristãos eram realmente pobres e passavam dificuldade.
Isso aconteceu recentemente na China, no Nepal e na Coreia (nos
primeiros anos de crescimento da igreja), e agora no Irã, onde há
crescimento significativo. Muitas qualidades, tais quais confiança como
de uma criança, são mais fáceis para o pobre desenvolver em sua vida.
Essa é uma razão pela qual Jesus disse que é tão difícil para o rico
entrar no reino de Deus.
O plano de Deus
Não há dúvida de que a Bíblia ensina que
pessoas que tem fé e são ricas têm um importante papel no plano de
Deus. Algumas pessoas exemplares na Bíblia, como Abraão (Gn 13.2),
Barzilai (2Sm 19.32), a mulher sunemita que ajudou Elias (2Rs 4.8), e
José de Arimateia (Mt 27.57), foram especificamente descritas como sendo
ricas. Após dizer que o rico não deve ser orgulhoso, Paulo diz que
“Deus [...] tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento” (1Tm
6.17). Ter prazer nas coisas que o dinheiro pode comprar não é
necessariamente errado. Ao mesmo tempo é significativo que cada uma
dessas quatro pessoas prósperas e piedosas mencionadas tenham sido
elogiadas por sua generosidade.
Cristãos ricos podem honrar a Cristo
especialmente ao serem humildes, generosos e piedosos enquanto são
ricos. Cristãos pobres podem honrá-lo especialmente sendo contentes,
cheios de fé, generosos e piedosos enquanto são pobres. É evidente que,
na Bíblia, a riqueza é bem menos importante que o contentamento, a
alegria, a paz, a santidade, o amor e a generosidade. Pessoas com tais
características são, de acordo com a Bíblia, verdadeiramente prósperas,
quer sejam economicamente ricas ou pobres.²
—
² Veja Jonathan Lunde e Craig Blomberg, Christians in an Age of Wealth: A Biblical Theology of Stewardship Fonte: Voltemos ao Evangelho
Fim ou recomeço?

No princípio, Deus criou o mundo e pôs nele o homem, e este o decepcionou. O que aconteceu? Bem, a vida no jardim do Éden perdeu o sentido. Fim? The End, como outrora terminavam os filmes de Hollywood? Não! Simplesmente, um recomeço.
O Criador vestiu Adão e Eva de peles e estabeleceu novas metas para a humanidade. Enfim, o que passou, passou. O fim do período da Inocência deu início ao da Consciência. E mais uma vez o homem decepcionou a Deus. Os “filhos de Deus”, descendentes de Sete — filho de Adão —, se misturaram aos pecadores, e a Terra ficou cheia de violência e materialismo. Veio, então, o Dilúvio. Fim? Não. Recomeço. Deus preservou Noé e sua família, para com eles estabelecer um novo pacto e um novo período, o do Governo Humano, por assim dizer.
Mais uma vez, os homens fracassaram, ao tentar construir uma cidade, com uma grande torre, para glória própria, esquecendo-se de que toda a glória pertence ao Criador (Is 42.8). O que fez Ele, pôs fim a tudo? Não! Frustrou aquele mau intento, a fim de que houvesse um novo começo para os homens. Mas não pense que Deus estava tentando ajudar o ser humano sem saber o que aconteceria. Quando o pecado entrou no mundo, o Senhor já tinha um plano estabelecido — tanto que Jesus Cristo é o “Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8); isto é, todos os cordeiros mortos desde a criação do mundo tipificam o Cordeiro de Deus (Jo 1.29). Os fins e recomeços são oportunidades para a humanidade se reencontrar e entender os propósitos do Criador.
Bem, o chamado Governo Humano não deu certo, e a Torre de Babel caiu. Como diz a Palavra de Deus, “Do homem são as preparações do coração, mas do Senhor é a resposta da boca” (Pv 16.1). Quando fazemos planos e eles desmoronam, isso não significa o fim. Deus, naquela ocasião, espalhou as pessoas, para um novo começo: o período Patriarcal.
O Senhor fez alianças com Abraão, Isaque e Jacó, e nasceram aqueles que formariam as doze tribos de Israel, mas o livro dos começos, o Gênesis, terminaria de modo aparentemente trágico: “E morreu José da idade de cento e dez anos; e o embalsamaram, e o puseram num caixão no Egito” (Gn 50.26). Que ironia! O livro que começa com uma frase cheia de vida “No princípio, criou Deus os céus e a terra” termina com morte, embalsamamento e caixão, palavras que gostaríamos de riscar do vocabulário!
Mas não podemos nos esquecer de que cremos no Doador da vida! E de que a morte, para os seus servos, é um recomeço, em outra dimensão, a celestial! Nem a morte pode nos separar do amor de Deus (Rm 8.38,39).
Começa, então, o período da Lei, com a saída dos filhos de Israel do Egito — liderados por Moisés —, que não eram mais uma família, mas um grande povo. Esse período duraria até a plenitude dos tempos, quando Deus enviaria seu Filho, “nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gl 4.4,5). No decurso desse período, entre os livros de Êxodo e Malaquias, houve vários fins e recomeços. E, como a humanidade não foi capaz de retomar o rumo segundo a vontade de Deus, mais um período teria de acabar, como lemos em João 1.17: “a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo”.
Cristo, o Deus-Homem, o verdadeiro Deus encarnado (Jo 1.1,14; 1 Tm 3.16), dá início ao período da Graça. Mas somente a sua encarnação não seria suficiente. Teria Ele de passar pelas angústias humanas. O véu precisaria ser rasgado. E não estou falando do véu do Templo, partido em dois para “dizer” que o caminho para a salvação está aberto. Para isso acontecer, um outro véu teria de ser rasgado: o corpo de nosso Senhor (Hb 10.20).
Jesus nasceu, viveu e morreu. Fim? Bem, se a sua morte fosse o fim, estaríamos perdidos. Mas... Ah, como eu gosto desta palavrinha! Às vezes, até usamo-la de modo inconveniente, para criticar alguém: “Gosto de fulano, mas...” Contudo, veja como ela se encaixa como uma luva em 1 Coríntios 15.17-20. Leia esta passagem agora, em voz alta, por favor. Glória a Deus! Se Jesus não tivesse ressuscitado, a nossa fé seria vã e estaríamos perdidos. Mas Cristo ressuscitou!
Que recomeço maravilhoso e triunfante, não acha? Imagine a alegria das mulheres que foram visitar o corpo de Jesus, e encontraram a pedra revolvida e o túmulo vazio (Mc 16.1-4). Que recomeço para elas, que já não tinham esperanças! Você pode escolher ao passar por uma decepção ou tragédia uma das duas palavrinhas de três letras: “fim” ou “mas”.
É possível que você esteja enfrentando grandes angústias agora. Há, quem sabe, muitas decepções em seu coração: a perda de um ente querido em uma tragédia, a interrupção de uma gravidez, um sonho não realizado, uma enfermidade, o fim de um relacionamento... Bem, você tem a oportunidade de deixar para trás as frustrações e começar uma nova fase da vida com alegria e satisfação.
O fim não é um fim em si mesmo. Lembre-se de que sempre haverá um “mas”. O que seria de nós se alguns versículos terminassem antes dessa palavrinha? Imagine se Romanos 6.23 terminasse assim: “o salário do pecado é a morte”. Mas há um complemento animador: “o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor”. Temos dificuldades e aflições, mas o Senhor é o nosso Pastor! O Inimigo se levanta contra nós, mas maior é Aquele que está conosco! Os nossos corações nos condenam, mas maior é Ele do que os nossos corações!
Você pode ter enfrentado uma grande dificuldade, frustrações e decepções; mas tudo isso acabará, se você tiver esperança, e uma nova fase de vitórias terá início, pois cremos que o fim traz um grande recomeço para aqueles que depositam a sua esperança em Jesus Cristo!
O mundo está em guerra. O Brasil, dominado pela corrupção. O profeta Miqueias vivia dias semelhantes aos nossos (Mq 7.1-6). Contudo, havia um “mas”, um “porém”. Qual? A sua certeza em um recomeço em Deus estava inabalável, e ele exclamou: “Eu, porém, esperarei no Senhor; esperei no Deus da minha salvação: o meu Deus me ouvirá” (Mq 7.7). Pessoas especiais morreram, porém Cristo está vivo e consola o seu coração. O ano pode não estar sendo bom para você... “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.37). Recomece!
Ciro Sanches Zibordi
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