Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.

Primeiro - Trate Seriamente com o Pecado. Segundo - Não Seja Dono de Coisa Alguma. Terceiro - Nunca se Defenda. Quarto - Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém. Quinto - Nunca Aceite Qualquer Glória. A.W. Tozer

quarta-feira, 2 de julho de 2014

A vontade de Deus é que todos os cristãos sejam prósperos?


AVontadeDeDeusEQueTodosOsCristaos2

Exemplo e Herói

 Jesus é o nosso principal exemplo e herói. Ele se tornou pobre para que nós pudéssemos nos tornar ricos (2Co 8.9). Ele “se esvaziou, assumindo a forma de servo” (Fp 2.7). Alguns dizem que Jesus tomou a maldição para que não precisássemos viver sob ela, e portanto, não sofreremos como ele sofreu. Mas em ambas passagens Jesus nos é apresentado como um exemplo a ser seguido. Paulo até mesmo diz que deseja ter “a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte” (Fp 3.10). Há uma profundidade de unidade com Cristo que experimentaremos somente quando sofrermos como ele sofreu. E para nós, união com Cristo é a maior riqueza.

Muitos dos seguidores seguidores de Jesus no Novo Testamento eram pobres. Os macedônios eram heróis porque deram, apesar de sua pobreza. “Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus concedida às igrejas da Macedônia; porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade” (2Co 8.1-3). A generosidade desses pobres cristãos é descrita utilizando a palavra riqueza. Em uma passagem de repreensão à igreja por considerar o rico como superior ao pobre, Tiago diz: “Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam?” (Tg 2.5). Os crentes pobres são, na verdade, ricos!

Nas cartas às sete igrejas em Apocalipse, apenas duas igrejas não recebem uma repreensão. E ambas são descritas como não possuindo o que o mundo considera como sucesso material. A primeira é a igreja em Esmirna. O anjo fala de sua “pobreza”, e imediatamente diz: “Mas tu és rico” (Ap 2.9). A segunda é a igreja em Filadélfia, que é descrita como tendo “pouca força” (Ap 3.8). Elas eram duas raras exceções de igrejas tendo estilos de vida aprovados por Deus em um tempo de grande compromisso. E elas eram pobres e fracas! Não é interessante como cristãos pobres nessas passagens são descritos em termos que sugerem que eles eram ricos? Esse senso de ser rico constitui um importante aspecto da identidade de um cristão. Se estamos felizes com a nossa identidade, então certamente seremos pessoas felizes.

A igreja mãe em Jerusalém consistia principalmente de pessoas pobres. Então outras igrejas tinham que ajudá-la. Não há nada que diga que eles eram pobres por que havia algo de errado em suas crenças ou ações. Era um tempo de dificuldade econômica em Jerusalém, isso pelo fato de que muitos aposentados haviam perdido seus benefícios de aposentadoria quando se tornaram cristãos. Portanto, os cristãos em Jerusalém tinham grandes necessidades econômicas, as quais cristãos de outras partes do mundo atenderam através de suas doações missionárias.

É verdade que o Antigo Testamento promete prosperidade como uma das bênçãos da fidelidade a Deus (por exemplo Dt 28.11). Mas devemos lembrar que tais promessas foram feitas a uma nação justa sob a Antiga Aliança. O Antigo Testamento frequentemente descreve a dor dos indivíduos justos daquela nação que tinham dificuldade com o fato de que os perversos estavam prosperando enquanto eles não. Muitos dos lamentos nos Salmos mencionam essa dificuldade. O Salmo 73 é um clássico. Aqui, a dificuldade de Asafe com relação à sua falta de prosperidade comparada à prosperidade do perverso só é resolvida quando ele percebe que Deus julgará o perverso com justiça. Os livros de Jó e Habacuque ressaltam a fé de pessoas genuinamente piedosas que honram a Deus, recusando desistir de confiar nele em meio a terrível sofrimento. O Antigo Testamento, então, não garante ao justo a prosperidade. De fato, assim como o Novo Testamento, ele também adverte as pessoas frequentemente quanto aos perigos da prosperidade (por exemplo Dt 6.10-25; 8.11-20; 32.15-18).

Por último, a história mostra que alguns dos maiores períodos de crescimento da igreja aconteceram quando os cristãos eram realmente pobres e passavam dificuldade. Isso aconteceu recentemente na China, no Nepal e na Coreia (nos primeiros anos de crescimento da igreja), e agora no Irã, onde há crescimento significativo. Muitas qualidades, tais quais confiança como de uma criança, são mais fáceis para o pobre desenvolver em sua vida. Essa é uma razão pela qual Jesus disse que é tão difícil para o rico entrar no reino de Deus.

O plano de Deus

Não há dúvida de que a Bíblia ensina que pessoas que tem fé e são ricas têm um importante papel no plano de Deus. Algumas pessoas exemplares na Bíblia, como Abraão (Gn 13.2), Barzilai (2Sm 19.32), a mulher sunemita que ajudou Elias (2Rs 4.8), e José de Arimateia (Mt 27.57), foram especificamente descritas como sendo ricas. Após dizer que o rico não deve ser orgulhoso, Paulo diz que “Deus [...] tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento” (1Tm 6.17). Ter prazer nas coisas que o dinheiro pode comprar não é necessariamente errado. Ao mesmo tempo é significativo que cada uma dessas quatro pessoas prósperas e piedosas mencionadas tenham sido elogiadas por sua generosidade.

Cristãos ricos podem honrar a Cristo especialmente ao serem humildes, generosos e piedosos enquanto são ricos. Cristãos pobres podem honrá-lo especialmente sendo contentes, cheios de fé, generosos e piedosos enquanto são pobres. É evidente que, na Bíblia, a riqueza é bem menos importante que o contentamento, a alegria, a paz, a santidade, o amor e a generosidade. Pessoas com tais características são, de acordo com a Bíblia, verdadeiramente prósperas, quer sejam economicamente ricas ou pobres.²
² Veja Jonathan Lunde e Craig Blomberg, Christians in an Age of Wealth: A Biblical Theology of Stewardship 

Fonte: Voltemos ao Evangelho 

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