Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.

Primeiro - Trate Seriamente com o Pecado. Segundo - Não Seja Dono de Coisa Alguma. Terceiro - Nunca se Defenda. Quarto - Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém. Quinto - Nunca Aceite Qualquer Glória. A.W. Tozer

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

As bem-aventuranças dos "pastores idiotas"



Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", quando fordes xingados com este epíteto simplesmente por acreditardes no que disse Jesus: "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem consomem, e onde os ladrões minam e roubam" (Mateus 6.9). Tal ato insano, ao invés de vos maldizer, mostra que ainda estais firmes na verdade.

Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", que não sucumbistes aos "encantos" da teologia da prosperidade por compreender que "os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína" (1 Timóteo 6.9). Não vos entristeçais, nem penseis que estais sozinhos. Há muitos outros "idiotas" convosco, inclusive o apóstolo Paulo.

Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", por não vos curvardes aos arautos que vos maltratam em virtude de crerdes que aos ricos deste mundo a Palavra de Deus ordena: "Não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas" (1 Timóteo 6.7). Tal maldição é, na verdade, um reconhecimento de que pondes a vossa confiança não nas riquezas desta vida, mas na abundância que vos é dada para a glória de Deus.

Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", que resistis aos apelos dos que vos querem enredar com o brilho do ouro que perece, porque vós bem sabeis que é vosso dever continuardes a ensinar às suas ovelhas "que façam o bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis" (1 Timóteo 6.18). Saibais que outros "pastores idiotas" iguais a vós foram já recebidos na glória e aguardam o precioso galardão.


Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", porque não perdestes a visão da semeadura e, por isso mesmo, sabeis que não se ganham almas com o glamour das riquezas humanas, mas com a sementeira do evangelho. Sem esquecerdes da advertência da parábola do semeador, que diz: "Os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera" (Mateus 13.22).

Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", por não perfilardes o triunfalismo da pregação humanista, centrada no homem, que enriquece a quem prega e defrauda a quem ouve. Ainda que vos pareça estardes "fora do modelo contemporâneo", alegrai-vos porque continuais apegados ao modelo bíblico, que diz: "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo" (Gálatas 6.14).

Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", que embora injuriados pela vossa pregação "arcaica", ainda carregais no bolso do vosso coração a credencial de servo do Altíssimo, enquanto alguns já a trocaram pelas credenciais de semideus, arrogante e soberbo e usam-na ao sabor das circunstâncias para se locupletarem em cima da lã de suas ovelhas.

Bem-aventurados sóis vós, "pastores idiotas", que, enquanto alguns voam os céus do mundo em modernos jatinhos, trafegam as grandes avenidas em luzentes automóveis e se deleitam nos mármores de grandes mansões, o vosso prazer é estar junto das ovelhas, alegrardes com elas e, se preciso for, dar por elas a vossa própria vida. Não vos esqueçais que outros "idiotas" iguais a vós se encontram já no Reino do Pai.


Bem-aventurados sois vós, "pastores idiotas", que preferis o "prejuízo" da coerência, da fidelidade a toda prova aos princípios imutáveis da Palavra de Deus, do que sucumbirdes - ainda que tentados - às lentilhas que se vos oferecem para amenizar eventuais necessidades imediatas. Mais vale o pão dormido da consciência tranquila do que os banquetes da consciência aprisionada.


Bem-aventurado sois vós, "pastores idiotas", pelo modo como sois tratados por amor do nome do Senhor e por não vos enredardes pelo brilho passageiro da glória humana. Não sois melhores por isso, mas também não sois piores. Todavia, enchei o vosso coração de alegria porque o vosso nome faz parte da galeria dos heróis da fé que professam somente a Cristo e têm Deus como o bem maior da vida. Tende como lema o que Paulo ensinou: "Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos" (Filipenses 4.4).


Assina um "idiota" como todos vós.

sábado, 28 de janeiro de 2012

MENTIRAS SINCERAS TE INTERESSAM?


O cantor Cazuza, em sua música MAIOR ABANDONADO, afirmou que mentiras sinceras interessavam a ele... A música, analisada à óptica da Música Popular Brasileira é até boa, mas a sua mensagem, se levada ao pé da letra, é questionável. Espero que tais “mentiras sinceras!” não interessem a você, pois tais mentiras, mesmo as mais sinceras e bem intencionadas, não são tão saudáveis quanto se pensa.

Entendo como mentira sincera aquela mentira, ou meia verdade, que é contada para aliviar o peso da verdade. Nem toda verdade é boa de ser ouvida, e muitas pessoas crêem piamente que contando uma “mentirinha sincera” fará mais bem ao ouvinte, pois levantará seu ânimo e o poupará das dores e inconvenientes da verdade. Na maioria dos casos, são excelentes para quem as conta, pois lhes concede ares de espiritualidade ou inteligência que não possuem, e para quem as ouve, pois lhes servem como frases de efeito, chavões e mantras de auto-ajuda.

Não sei se algum de vocês já conheceu alguma pessoa realmente mentirosa... Eu já! Um conhecido meu era um mentiroso tão fino que contava histórias completas e mirabolantes sobre sua vida, emprego, posses, relacionamentos etc. Diante das “histórias” contadas, muitas pessoas crédulas acreditavam piamente se tratar de verdades, e creio que até ele mesmo passava a acreditar nas suas próprias mentiras, pois lutava e “rebolava” para mantê-las vivas. O problema é que sempre e inexoravelmente ele era desmascarado, a verdade vinha à tona e prevalecia sobre a mentira... Sem problemas! Poucos dias depois ele aparecia com nova mentira...

A igreja evangélica está cheia de “mentiras sinceras”. São mentiras tão bem criadas e tão bem disseminadas que até seus propagadores crêem firmemente que estão divulgando uma informação verídica. Ouvem uma frase, expressão ou informação da boca de alguém, às vezes um pregador famoso, e repassam, crendo que tal pregador não passaria adiante uma inverdade. E ninguém se dá ao trabalho de verificar a fonte da informação e a veracidade do fato, antes se encarregam de passar a informação adiante...

É exatamente neste aspecto (e em outros!) que os cristãos de Bereia foram elogiados, e são dignos de serem imitados por todos nós: eles não acreditavam em tudo o que lhes diziam, mesmo quando seus interlocutores eram o próprio Paulo apóstolo e/ou seu companheiro missionário, Silas; antes, iam às Escrituras para ver se as coisas eram mesmo assim (At 17:10-11), ou seja, buscavam a veracidade das informações. Afinal, uma mentira pode ser terrivelmente perigosa, pois inexoravelmente, por mais inocentes e sinceras que sejam, nos afastam da verdade.

Muitas vezes tais mentiras são oriundas de pessoas boas, bem intencionadas e até zelosas da fé. É o caso, por exemplo, de uma divulgação muito comum em minha adolescência e juventude por parte de um famoso pastor, que em livro afirmava que a NASA havia descoberto alguns vestígios de “um dia que não existiu”, que justificava e explicava o dia quase completo onde o sol ficou parado por ordem de Josué (Js 10:12-15), mais a fração de tempo em que sombra retrocedeu no relógio de Acaz (2 Rs 20:11). Hoje, sabe-se que tal informação não procede da agência espacial americana, mas foi fruto do zelo deste pregador, com a melhor das intenções. Mas nem mesmo a melhor das intenções transforma esta mentira, e nenhuma outra, em verdade. Os fins não justificam os meios!

Há uma infinidade de “mentiras sinceras” sendo pregadas em nosso meio, e muitas vezes nós mesmos somos seus propagadores. Permitam-me citar quatro delas, correntes em nossas igrejas na atualidade, e provavelmente você irá reconhecê-las rapidamente, e quem sabe até se ver como propagador das mesmas:

1. ZAQUEU ERA LADRÃO - Esta mentira é quase uma unanimidade na igreja, e são poucas as pessoas que nunca a ouviram. A Bíblia, porém, ao nos relatar o encontro de Jesus com Zaqueu, não menciona tal coisa: “Tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando. E eis que havia ali um varão, chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos, e era rico. E procurava ver quem era Jesus...” (Lc 19:1-3 – grifo meu). A Escritura apenas menciona que ele era rico, e as pessoas que lêem o texto ENTENDEM e CONCLUEM que ele era um desonesto. Ao término de seu encontro com o Mestre, encontro este que mudou a sua vida, ele afirma: “Senhor, eis que dou aos pobres metade dos meus bens; e, ‘SE’ nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado” (Lc 19:8 – grifo meu). Zaqueu não está confessando ser desonesto, mas está se comprometendo a rever suas anotações, seus registros de contabilidade, apurar denúncias e reclamações, verificar se houve em sua carreira fiscal qualquer indício de desonestidade; se comprovados tais indícios, ele se compromete a devolver quatro vezes mais, em obediência à Lei (Ex 22:1; 2 Sm 12:1-6).

2. MARIA MADALENA ERA UMA PROSTITUTA – Verdade?? Onde encontramos tal informação na Bíblia? Em nenhum lugar! Sobre Maria Madalena pouco se fala na Bíblia; diz-se apenas que ela fazia parte das mulheres que seguiam Jesus (Lc 8:1-3), e sobre sua vida só se afirma que Jesus tinha-lhe expulsado sete demônios (Mc 16:9; Lc 8:2), e nada mais. Sobre outros detalhes de sua vida, nada se fala, e tudo o mais que se diz sobre ela é pura especulação extra-bíblica! Uma explicação para o que se afirma sobre sua condição de prostituta é que a confundem erradamente com a mulher adúltera mencionada no capítulo 8 do Evangelho de João, e outros a confundem ainda com a mulher samaritana (Jo 4), mas as três são pessoas completamente diferentes.

3. NA PRESENÇA DO SENHOR, ATÉ A TRISTEZA SALTA DE ALEGRIA! – Esta frase tem se espalhado feito fogo em rastilho de pólvora no meio da Igreja. Ela é repetida em mensagens, e diversos hinos são compostos com esta expressão, que se encontra no livro de Jó: “No seu pescoço pousa a força; perante ele, até a tristeza salta de prazer” (Jó 41:22 ARC – grifo meu). Entretanto, sobre este texto e sua correlação a esta “mentira sincera” há duas considerações a se fazer:

Primeiro, o texto não se refere a Deus, e sim ao LEVIATÃ (Jó 41:1), que pode ser o crocodilo ou algum outro animal existente na época de Jó, quem sabe um remanescente dos dinossauros. Trata-se, portanto, de uma “verdade” baseada nos tão comuns versículos isolados que a Igreja toma e divulga fora de seu contexto. Basta, porém, uma lida sincera no capítulo todo para se ver que a tristeza salta de alegria (ou de prazer) na presença do Leviatã, e não na presença de Deus.

Segundo, o texto em si é obscuro e não pôde ser interpretado de forma clara para que o usemos desta forma. Observe suas traduções nas versões da Bíblia em língua portuguesa mais comuns em nossos dias:

“No seu pescoço pousa a força; perante ele, até a tristeza salta de prazer” (ARC)
“No seu pescoço reside a força; e diante dele salta o desespero” (ARA)
“A sua força está no pescoço, e a cara dele mete medo em todo mundo” (NTLH)
“Tanta força reside em seu pescoço que o terror vai adiante dele” (NVI)
“Em seu pescoço reside a força, diante dele salta o espanto” (Bíblia Católica)
“No seu pescoço reside a força, e diante dele anda saltando o terror” (AC Revisada)

Observem as diferenças encontradas de tradução para tradução... Como é possível tomar um versículo de tradução incerta e criarmos a partir dele uma “verdade absoluta” para a Igreja? Esta “mentira sincera” nada mais é que uma frase de efeito, um chavão neopentecostal ufano criado a partir de um texto fora de seu contexto!

4. A BÍBLIA MENCIONA A EXPRESSÃO “NÃO TEMAS” 365 VEZES ― UMA PARA CADA DIA DO ANO! – Esta é mais uma “verdade” que você já deve ter ouvido infinitas vezes, na igreja, em mensagens, conversas... Será mesmo?? Esta “verdade” até foi citada em uma cena do filme DESAFIANDO GIGANTES... Apesar de ser um belo filme, ele também difunde esta inverdade. Qualquer pessoa que tenha em seu computador uma bíblia eletrônica e fizer uma simples pesquisa verá que esta expressão não se repete no texto sagrado nem mesmo 100 vezes! Veja o resultado em uma pesquisa feita no software “Mundo Bíblico”, instalado em meu computador, que tem por base a versão ARC...

Faça você mesmo a sua pesquisa em sua Bíblia Eletrônica (sua versão pode ser diferente da que eu usei), e tire suas conclusões! A pergunta fica no ar: a que, ou a quem interessa passar adiante esta “desinformação”, senão para “levantar o moral” das ovelhas, em mais um chavão gospel de autoajuda? Parece-nos muito mais uma versão gospel para a frase de Dorival Caymmi, que afirmou em uma de suas músicas que a Bahia tem 365 igrejas... Só a título de informação inútil: tem muito mais! O Estado da Bahia tem mais de 400 municípios, e se considerarmos apenas UMA igreja por município...

Todas estas “mentiras sinceras” mencionadas ― e as dezenas de outras mais, que não citamos para não tornarmos este artigo gigantesco! ― são facilmente disseminadas no meio de uma igreja formada por pessoas crédulas e ingênuas, desprovidas do senso de crítica construtiva, despreparadas para suportar ventos de doutrina, que ouvem tudo o que lhe dizem, aceitam e absorvem imediatamente, sem qualquer resistência.

Vivemos tempos difíceis na Igreja dos nossos dias. Nela, os neófitos têm oportunidade de pregar aquilo que não entendem, nunca foram corretamente instruídos na Palavra e na doutrina e nunca se interessaram em aprender, pois se gloriam da própria ignorância. Nela, encontramos um povo que é estrategicamente ensinado por seus líderes a não questionar nada do que eles lhes ensinam, e sim abraçar a informação como se fora a mais sublime das verdades, sem se dar ao trabalho de pesquisar, perscrutar, inquirir, muitas vezes até duvidar e confrontar com o que realmente está escrito na Palavra de Deus ― afinal, os ungidos não podem ser questionados... O que se pode esperar de uma Igreja nestas condições, senão mentiras sendo ensinadas no lugar da verdade?

Meu apelo é que mudemos esta realidade. Esta mudança está em nossas mãos! A igreja do Senhor Jesus não tem compromisso com a disseminação da mentira, pois ela “...é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3:15). João apóstolo, afirma que “nenhuma mentira vem da verdade” (1 Jo 2:21). Precisamos, sim, disseminar a prática bereiana de ver nas Escrituras (ou em outras fontes, no caso de informações extrabíblicas) se as informações correspondem realmente aos fatos, para não sermos flagrados disseminando mentiras em meio à Igreja de Deus.

Antes de pregarmos qualquer coisa, ensinarmos qualquer doutrina ou divulgarmos qualquer informação é importante verificar as fontes com critério e cuidado! Não sejamos como os interlocutores de um diálogo que presenciei há alguns dias, que citei em postagem anterior... Ambos conversavam sobre clássica, e um deles, aparentando maior erudição e com ares de intelectualidade, disse que Mozart e Beethoven chegaram a compor juntos, e que inclusive a ideia de Beethoven compor a sua quinta sinfonia (aquela famosa, do TCHAN TCHAN TCHAN TCHAN!!) foi dada por Mozart. Ri discretamente, pois sabia com absolta certeza que os dois grandes compositores não tinham sido contemporâneos... Admirou-me, porém, a pose de intelectual e o timbre de voz dos eruditos usado pelo “sincero mentiroso”... Creio que até hoje ele acredita piamente na própria mentira!

Diálogos como este que presenciei são muito comuns em nosso meio. Entre nós, crentes, existem eruditos em grego bíblico que não sabem nem o alfabeto completo desta língua! O mesmo se aplica à língua hebraica! Há inúmeros teólogos em nosso meio que nem sequer leram um único livro de Teologia Sistemática! Temos hermeneutas e exegetas entre nós que nem mesmo sabem o significado destas palavras! Mas remando contra suas próprias ignorâncias, querem ensinar aquilo que não sabem em suas mensagens e discipulados, com ares de eruditos... Muita calma nesta hora!! Antes de divulgar “mentiras sinceras”, confira as informações! Nesta hora, o ensino de Jesus sobre mentiras e mentirosos deve ser considerado: “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos do vosso pai: ele ... não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira” (Jo 8:44).

Chega de mentiras sinceras! E viva a Verdade do Evangelho genuíno!

“Não mintais uns aos outros...” (Cl 3:9)
Postado por Zilton Alencar

7 razões porque me tornei um idiota.



Segundo um famoso pregador televisivo adepto da Teologia da prosperidade, todo aquele que combate essa percepção teológica é um idiota.

Isto, posto, preciso confessar que eu sou um completo idiota.

1- Sim! Sou idiota por combater a confissão positiva e as heresias dos teólogos da prosperidade.
2- Sou um idiota, por que não acredito na doutrina das sementes;
3- Sou um idiota, porque não defendo a prosperidade mediante barganhas espirituais;
4- Sou um idiota, porque, não concordo com essa doutrina espúria;
5- Sou um idiota porque advogo que a prosperidade ensinada pela Bíblia está para além do dinheiro;
6- Sou um idiota, porque ao discordar dos profetas do atualidade combatendo seus ensinos, toco nos ungidos do Senhor;
7- Sou idiota, porque não creio nos ensinamentos "abençoados" dos profetas da TV.

Dostoiévsk dizia que o o homem bom e puro, dotado de uma compaixão verdadeiramente cristã e que não consegue conformar-se a convivencia com uma sociedade corrompida, torna-se para seus semelhantes um idiota, alvo de humilhação e de aproveitadores.

Renato Vargens

Cristão verdadeiro não pode ter “memória curta”

“O povo tem memória curta”, diz um adágio popular. Quanto a nós, salvos em Cristo Jesus, se não exortarmo-nos uns aos outros (Hb 3.12-14), corremos o risco de nos esquecermos de coisas muito importantes, como a purificação dos nossos antigos pecados (2 Pe 1.9).

Não é por acaso que encontramos na Palavra de Deus mandamentos para nos lembrarmos da essência do autêntico cristianismo, centrado na Palavra de Deus. Quantos já não têm se esquecido da simplicidade que há em Cristo (2 Co 11.3) e abraçado a falsos evangelhos, como a teologia da prosperidade?

Em Hebreus 13, vemos, pelo menos, seis coisas das quais não devemos esquecer: da hospitalidade, dos presos, dos maltratados, dos pastores, da beneficência e da comunicação.

“Não vos esqueçais da hospitalidade” (v.2) — o autor de Hebreus menciona uma razão para fazermos isso: “alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos” (ARA). Pense no que significa ser hospitaleiro. Tratar bem os amigos é fácil. E, quando temos de ser hospitaleiros com quem não conhecemos ou com os inimigos? Sofremos, ao fazer isso.

Entretanto, Deus muitas vezes usa esse tipo de circunstância para nos abençoar. Não foi isso que aconteceu com a viúva que ajudou Elias? E o que dizer de Zaqueu? Já imaginou se ele dissesse a Jesus: “Na minha casa, não! Minha mulher não vai gostar de receber uma visita inesperada”?

“Lembrai-vos dos presos” (v.3) — sejamos sinceros: Qual cristão, incluindo você e eu, caro leitor, costuma se lembrar dos presos, dos encarcerados? Mas o texto bíblico em apreço diz: “Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com eles” (ARA). Meu Deus, que difícil recomendação da tua Palavra! Como eu preciso melhorar!

“Lembrai-vos dos [...] maltratados” (v.3) — a versão de Almeida Revista e Atualizada (ARA) assevera: “Lembrai-vos... dos que sofrem maus tratos”. E acrescenta: “como se, com efeito, vós mesmos em pessoa fôsseis os maltratados”. Gostamos de lembrar apenas de coisas boas, que nos trazem satisfação...

Ninguém gosta de lembrar, por exemplo, de um morador de rua, maltratado pela vida ou pelas más escolhas que fez. Os espíritas dizem: “Ele está sofrendo, mas é o seu karma, até que alcance a iluminação, depois de várias reencarnações”. Mas alguns evangélicos, conquanto iluminados pelo Espírito, se dão ao luxo de afirmar, sem nenhuma compaixão: “Deus sabe por que esse homem está sofrendo; trata-se de um miserável pecador, um vaso da ira”. Ah, como o nosso cristianismo seria realmente cristão se aprendêssemos a ser “bons samaritanos”!

“Lembrai-vos dos vossos pastores” (v.7) — nunca os pastores foram tão desrespeitados. Hoje, ser pastor não significa muita coisa. É claro que há falsos obreiros, aos quais convém mesmo “tapar a boca” ou refutar segundo a Bíblia (Tt 1.10,11). Mas não são muitos os cristãos que atentam para a seguinte recomendação: “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver” (ARC).

O respeito aos pastores (“guias”, ARA) não é por causa do título que eles possuem, e sim porque foram chamados e ungidos pelo Senhor. É o Senhor quem os põe na igreja (Ef 4.11; Jr 3.15). E quem se levanta contra eles — no caso dos verdadeiros, é evidente —, a fim de prejudicá-los, está se levantando contra quem, mesmo?

“E não vos esqueçais da beneficência” (v.16) — beneficência é o amor em ação; é a prática do bem. Afinal, o amor só é amor quando em ação. Se alguém diz “Eu amo a Palavra”, mas nunca medita nela, que tipo de amor é esse? Por isso, o salmista, ao falar do seu amor para com a Lei do Senhor, afirmou que ela era a sua meditação em todo o dia (Sl 119.97). E o que dizer do amor a Deus e ao próximo? E o que dizer do amor aos inimigos?

A Bíblia não diz que devemos fazer bem a todos? Essa última pergunta é retórica; traz em si mesma a resposta de que devemos amar e fazer o bem (amor em ação) até aos nossos inimigos (Rm 12.20). Estamos dispostos a isso? Ou queremos vê-los arrasados, prostrados, enquanto cantamos: “Tem sabor de mel, tem sabor de mel, a minha vitória hoje tem sabor de mel”?

“E não vos esqueçais da [...] comunicação” (v.16) — ou “Não negligencieis igualmente [...] a mútua cooperação” (ARA). O autor de Hebreus acrescenta que Deus se compraz com esse tipo de sacrifício. Ser um cooperador, um ajudador, alguém que comunica alguma coisa a alguém, seja um dom espiritual, seja uma ajuda material, significa se sacrificar pelo próximo!

Quem hoje está disposto a sofrer, a se sacrificar, por alguém que não seja um parente, como filhos, netos, esposa, pais? Enfim, correr atrás de trio elétrico dizendo que está evangelizando os foliões é fácil. Escrever belos textos, pelos quais expomos o nosso pensamento e refutamos isso e aquilo, também não é tão difícil. Priorizar o evangelho ecumênico em programas da Rede Globo é ainda mais fácil e prazeroso.

Mas, e viver o cristianismo verdadeiro, o cristianismo realmente cristão, que não se esquece da hospitalidade, dos encarcerados, dos maltratados, dos pastores, da beneficência e da mútua cooperação? O cristianismo verdadeiramente cristão é para quem deseja ter a Bíblia como a sua regra de fé, de prática e de vida. E é isso que eu desejo, embora reconheça, humildemente, que ainda não o tenha alcançado plenamente...

Em Cristo,

Ciro Sanches Zibordi

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

ARREBATAMENTO.




PENSE NISSO.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Jônatas e Davi eram amantes, diz revista da Assembleia de Deus

Uma mulher, membro da Assembleia de Deus em Campo Grande, no Rio de Janeiro, estava fazendo umas “Cruzadinhas Evangélicas” da revista “Palavras Cristãs” quando, olhando na página 6, ela viu a pista para encontrar a palavra-chave: “Jônatas, com relação a Davi, conforme o livro de 1 Samuel, capítulo 18”.

Por incrível que pareça, a palavra-chave que coube no espaço foi “amante”.

Nessa altura, a mulher precisou esfregar os olhos e se beliscar. Mas quando ela foi conferir a resposta na página 29, ela ficou estarrecida. A resposta certa era realmente “amante”!

Amados não entrarei em detalhes quanto ao autor da revista.

Por que Mike Murdock falsifica a Palavra de Deus?


Muitas passagens neotestamentárias — especialmente 2 Coríntios 9 — têm sofrido na mão de homens como Mike Murdock. Segundo ele, o Novo Testamento nos ensina a “semearmos” dinheiro para “colhermos” mais dinheiro. Sua tese é simples e, aparentemente, convincente: Quem planta sementes de laranja, colherá muitas laranjas. Quem “semeia” dinheiro “colherá” muito dinheiro. E quem “semeia” muito dinheiro “colherá” muitíssimo dinheiro.

A visão desse “homem mais sábio do mundo” sobre o Evangelho é reducionista. Para ser mais claro, ele prega “outro evangelho” (2 Co 11.4), que induz os incautos a acreditarem que a vida cristã se limita a “semear” e “colher” dinheiro, bens e riquezas.

Conquanto Deus abençoe quem contribui para a sua obra, o contexto imediato de 2 Coríntios 9 mostra que o ensino de Paulo visava a motivar os cristãos a ofertarem, antes de tudo, movidos por generosidade, e não por necessidade, como que desejando “colher” mais do que foi “semeado”.

Paulo apresentou a lei do “semear e colher” com a intenção de despertar os crentes de Corinto para o auxílio generoso aos pobres. Seu ensino nada tem a ver com desafios para obter riquezas ou para comprar aeronaves, casas, carros, etc. Quando ele motivou os coríntios a serem generosos em favor dos santos de Jerusalém, era notório que estes passavam por sérias dificuldades (2 Co 9.1-5). Os apóstolos haviam solicitado a Barnabé e Saulo que se lembrassem dos pobres (Gl 2.9,10), e eles trouxeram uma contribuição de Antioquia a Jerusalém (Rm 15.25-32).

Foi nesse contexto que Paulo disse aos crentes de Corinto: “Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará” (2 Co 9.6). Ele desejava que os coríntios contribuíssem com espontaneidade e alegria, e não por causa do que receberiam em troca. Mas também deixou claro que, a despeito de a motivação do salvo para ofertar não ser interesseira, Deus abençoa os generosos.

Se o que nos estimula a contribuir para a obra do Senhor é prioritariamente a generosidade, por que Murdock e seus discípulos usam de pressão psicológica e poder de persuasão? Recentemente, esse “doutor” norte-americano ordenou, na televisão, como se tivesse a certeza de que os seus admiradores estavam hipnotizados: “Eu quero que você vá ao telefone, saia da sua cadeira, saia do seu sofá. A obediência retardada se torna uma rebelião”.

Murdock não merece crédito, pois torce o princípio da generosidade e estimula os crentes a “semearem” interesseira e egoisticamente. Ele ignora ou despreza o que está escrito em 2 Coríntios 9.10,11: “aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para alimento, também suprirá e aumentará a vossa sementeira, e multiplicará os frutos da vossa justiça; enriquecendo-vos em tudo para toda a generosidade”.

Por que Murdock e todos os propagadores da teologia da prosperidade fazem questão de citar versículos bíblicos? Porque sabem que, se convencerem as multidões incautas de que eles são ensinadores compromissados com a Palavra de Deus, serão atendidos por elas em seus desafios milionários.

O evangelho pregado por Mike Murdock nada tem a ver com o verdadeiro Evangelho. Esse famoso palestrante, infelizmente, faz parte do seleto grupo de telemilionários que andam pelo mundo espalhando invencionices, como: “Jesus nasceu numa estrebaria porque os hotéis de luxo estavam todos ocupados”; “Sua roupa era da moda, sem costura”; “Ele entrou em Jerusalém de ‘BMW’, pois o jumentinho era o melhor transporte da época”; “Por que ele tinha um tesoureiro? Porque arrecadava muito dinheiro”, etc.

Se o leitor não estiver convencido de que Mike Murdock tem pregado “outro evangelho”, leia os grandes ensinamentos do Mestre dos mestres contidos em Mateus 5-7,24,25, João 13-17 e Apocalipse 2-3. Verifique se o Senhor Jesus estimula os seus servos a buscarem riquezas materiais. Atente para o alerta da Palavra do Senhor acerca dos falsos mestres, avarentos, que, mediante “palavras fingidas” (2 Pe 2.1-3), falsificam a Palavra do Senhor (2 Co 2.17), a fim de enriquecerem (1 Tm 6.8-10; Ef 5.5).

Ciro Sanches Zibordi

Os que Vencem ao Fracassar


Em tempos de teologia da prosperidade, dos “mais que vencedores”, daqueles que decretam e “deus” faz, dos que não adoecem, não se deprimem, comem das “iguarias da terra” e desfrutam do “melhor” que lhes está “reservado”, eu confesso: sou um derrotado!

Provavelmente não há esperança para mim... Existo em meio a contradições, minha alma está dividida, estou em “milhares de carros, eu estou ao meio”. A grande maioria dos meus sonhos nunca se cumpriu, boa parte dos projetos que idealizei deu em nada, já trabalhei sem ter resultados, me senti por vezes como Sansão, rodando a grande roda de moinho da vida sem sair do lugar.

Mesmo dizendo para mim mesmo que “tudo posso naquele que me fortalece”, continuo sentindo medo. Há “fantasmas” percorrendo as ruas sombrias da minha alma, lembranças que me atormentam, “vozes” que me assustam. Não raro sinto um aperto no coração, falta de ar, falta de espaço, falta de chão! Eu bem que queria ser daqueles que nunca retrocedem, que derrotam os “gigantes” e jamais caem na “batalha”, mas a verdade é que sou frágil, me canso, me desmotivo, sou como um qualquer, sou genérico, ainda que desejasse ser singular...

Como disse o Lulu Santos em sua canção, “já não tenho dedos pra contar de quantos barrancos despenquei, e quantas pedras me atiraram, ou quantas atirei”. Já me meti em muitas enrascadas, fiz escolhas desastrosas, perdi tempo, perdi dinheiro, perdi amigos, perdi vida, essa coisa preciosa que não se pode recuperar, vida que escorreu pelos meus dedos, seiva que se foi como um rio pelo esgoto do cotidiano.

Na verdade, “eu não sou um homem; sou um campo de batalhas” como afirmou Nietzsche. Dentro de mim há fogo, dores, desencontros e paradoxos. Estou em “guerra” contra Deus, contra o meu semelhante, contra mim mesmo. Luto para saber quem sou, por que sou, de onde vim, para onde vou? Por vezes eu tenho as respostas, já em outros momentos sinto-me suspenso, dependurado sob a navalha da verdade, encurralado entre a razão e a fé, entre o real e o intangível.

Mais há uma fagulha em mim que teima em não apagar. Mesmo reconhecendo que perdi muitas coisas, nunca se extinguiu a paixão que sinto por Deus. Ainda que eu esteja neste atoleiro existencial, onde não se vai nem para frente nem para trás, continuo crendo, pois existir é absurdo, é contra-fluxo, é contra-mão.

Eis, então, surge a “dialética de Paulo”: “de todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos”. Talvez lhe pareça o coro dos insensatos, mas não é. É paradoxo, é mistério, é, sem dúvida alguma, incompreensível tentar compreender com as lentes da razão aquilo que só pode ser discernido pelo coração.

Talvez seja por isso que eu continuo, insisto, não desisto. Há dias que estou de pé e outros nos quais me arrasto pelo chão gelado do inimaginável. Vou, como diz Che Guevara, “derrota após derrota até a vitória final”. Faço como me ensina a Escritura, “diga o fraco: eu sou forte”.

E quem foi que disse que só se vence quando se ganha? Que nada! Muito pelo contrário, há vitórias que só podem ser atingidas quando se é “derrotado”, pois é “morrendo que se vive para a vida eterna”! E aqui eu lhe afirmo: existe, sim, aqueles que só vencem ao fracassar, os que abriram mão de ser qualquer coisa que não seja em Deus.


Num mundo feito apenas para os “campeões”, prefiro ser perdedor. E se você quiser saber o que é derrota, eu vou lhe dizer, nas palavras de Martha Medeiros: “derrota é quando a gente ganha dos outros, mas desiste de si mesmo”. A bem da verdade, já desisti de mim muitas vezes, e só continuo por aqui porque “Ele” jamais desistiu...

Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2012/01/os-que-vencem-ao-fracassar.html#ixzz1kTf8i2oX
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial Share Alike

Por Carlos Moreira.


" A Fé não é para você vencer sempre , a Fé é para você não se cansar nunca "
Alessandro Silva

O pum do diabo


Qual foi o pum mais fedorento, mais podre que você já cheirou? Só de lembrar, você já sente as narinas queimando e faz uma careta? (Espero que não tenha sido um dos seus mesmo, debaixo das cobertas...)

Agora, multiplique aquele cheiro por um milhão, e o que você tem? Você tem o pum do diabo.

E se você estivesse num quarto com o diabo e ele soltasse um pum (o porquê você estaria num quarto com o diabo, eu não sei), o que você faria?

Você correria para fora daquele quarto, claro. Você faria qualquer coisa — qualquer coisa — para não inalar aquele cheiro.

Muito bem. Aqui vai o que eu gostaria que você fizesse de agora em diante: você vai tratar a dúvida como se fosse o pum do diabo.

Todas as vezes que uma dúvida vier a sua mente, você vai reagir como se estivesse num quarto com o diabo e ele acabou de soltar um pum. Você vai fugir de lá — daquela dúvida — o mais rápido possível.

A dúvida é uma das principais razões dos fracassos das pessoas. É o que faz feder os seus planos e dá as suas decisões (se é que consegue tomá-las) um cheiro horrível.

Não se esqueça disso: dúvida = pum do diabo

E vou lhe dizer uma coisa: não é nada engraçado.

-------------------------------------------------------------------------------

Amados esse texto foi tirado do site do Bispo Renato Cardoso,meu Deus onde isso vai parar, se você acha que isso é brincadeira vou postar o endereço do site do bispo para quem quiser conferir.

http://www.bprenatocardoso.com/2012/01/o-pum-do-diabo.html

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Por que o evangelho ecumênico não é o Evangelho de salvação?


Não sou intolerante. Não sou extremista. Não sou homem-bomba. Não sou belicoso. Não sou inimigo de católicos, kardecistas, muçulmanos, umbandistas, judeus, budistas, testemunhas de Jeová, ateus, agnósticos, etc. Mas jamais apoiarei o ecumenismo. Por quê?

Porque não posso deixar de anunciar que o Senhor Jesus Cristo é o único caminho para a salvação. Não posso deixar de pregar o que Ele mesmo afirmou: “Eu sou a porta” (Jo 10.9); “Eu sou o caminho” (14.6); “Eu sou o Bom Pastor” (10.11); “Eu sou o pão da vida” (6.35), etc.

As pessoas têm livre-vontade e não são obrigadas a crerem como eu creio. Mas não posso deixar de anunciar o verdadeiro Evangelho. O Senhor Jesus não é uma das portas, um dos caminhos, etc. Ele declarou que é a porta, o caminho, para a salvação. Não existe outro Mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5). Não existe outro Advogado junto ao Pai (1 Jo 2.1,2). Aceitem os religiosos ou não, em nenhum outro nome há salvação (At 4.12). Respeito todas as religiões. Mas não posso deixar de pregar que Jesus é a luz do mundo (Jo 8.12), isto é, a única luz.

Algum cristão mal-informado poderá argumentar: “E o amor? Não é mais importante que tudo? Deus não tem uma aliança de amor com a humanidade? E arco-íris que Ele colocou no céu?” É um grande engano pensar dessa forma, pois o amor que o Senhor Jesus apresentou ao mundo é um sentimento casado com a verdade das Escrituras.

Sabe por que os cantores “glospel” (Globo+gospel) não pregam o verdadeiro Evangelho na televisão? Porque no dia em que eles disserem, em um programa como Esquenta ou Caldeirão do Huck, que Jesus Cristo é a única porta para salvação, nunca mais voltarão lá.

Não se iluda, caro leitor. Não existe aliança de amor divorciada da verdade. O Mestre dos mestres, Jesus Cristo, afirmou: “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. [...] Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama; [...] Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, [...] Quem não me ama não guarda as minhas palavras” (Jo 14.15-24).

Portanto, nesse terceiro milênio, serão conhecidos os verdadeiros servos do Senhor: aqueles que têm a coragem de dizer a todos — mesmo que pareçam intolerantes e desamorosos para com as outras religiões — que o Senhor Jesus Cristo é o único Salvador, o único Senhor, o único Mediador.

Assista agora ao vídeo abaixo e veja como é difícil pregar o verdadeiro Evangelho nesses tempos pós-modernos. Mesmo respeitando as pessoas, seria possível pregar que Jesus é o único Salvador e Senhor sem ofender os religiosos, ateus, agnósticos, ativistas homossexuais, etc.?

Espelho, espelho meu, existe alguém mais espiritual do que eu?

Meu fariseu interior nunca está tão proeminente como quando assumo uma postura de
superioridade moral em relação aos racistas, fanáticos e homofóbicos.
Meneio a cabeça como sinal de aprovação enquanto o pregador aplica uma surra verbal em incrédulos, liberais, adeptos da Nova Era e outros estranhos ao redil.
Nenhuma palavra seria cáustica o suficiente para condenar, com vigor, Hollywood, comerciais de televisão, roupas provocativas e rock'n roll.
No entanto, minha biblioteca está repleta de comentários bíblicos e de livros teológicos.
Freqüento a igreja regularmente e oro todos os dias.
Tenho um crucifixo em minha casa e uma cruz no bolso.
Minha vida é completamente formada e permeada pela religião.
Eu me abstenho de carne às sextas-feiras.
Dou apoio financeiro a organizações cristãs.
Sou um evangelista devotado a Deus e à igreja.


"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé (...).
Guias cegos, que coais o mosquito e engolis o camelo!
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia!
Assim também sois vós, exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade".
Jesus de Nazaré

Brennan Manning in "O impostor que vive em mim".

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Eles não se cansam! Pastores entram no chiqueiro para combater o espirito da humilhação.

Por Renato Vargens

Eles não se cansam! A cada dia surge uma nova aberração. As vezes tenho a impressão que esse pessoal faz parte de alguma companhia de comediantes. Não é possível que eles acreditem nessa baboseira toda, como também não é possível que alguém acredite neles.

Pois é, alguns pastores da Igreja Quadrangular em Belo Horizonte, Minas Gerais, entraram em um chiqueiro e gravaram um vídeo para a campanha Sexta-Feira Forte da Guerra", cujo intuito é combater o "espírito de humilhação".

Diante desta horrorosa realidade me faço a a seguinte pergunta: O que a Igreja Quadrangular tem a dizer sobre a palhaçada? Será que a denominação concorda com essa sandice? Será que os líderes denominacionais aprovam essa aberração?

Gostaria muito que a direção da Igreja Quadrangular no Brasil se posicionasse diante disto, respondendo se aprova ou não este tipo de comportamento, e o que pretendem fazer diante dessa loucura teológica.

Com dor na alma,




Pastor Silas Malafaia afirma que pastores que não pregam a Teologia da Prosperidade são idiotas e que deveriam perder a credencial



Revista Igreja: O senhor está sendo duramente criticado pelo setor mais conservador da igreja por causa da teologia da prosperidade pregada por alguns convidados de seu programa, como Morris Cerrullo e Mike Murdock. Como o senhor responde a estas criticas de que a teologia da prosperidade não tem base bíblica e é uma heresia?

R: Silas Malafaia: Primeiro quem fala isto é um idiota! Desculpe a expressão, mas comigo não tem colher de chá! Por que quando é membro eu quebro um galho, mas pastor não: é um idiota. Deveria até mesmo entregar a credencial e voltar a ser membro e aprender. Para começar não sabe nada de teologia, muito menos de prosperidade. Existe uma confusão e um radicalismo, e todo radicalismo não presta.

Em seguida o pastor da Igreja Vitória em Cristo defendeu a Teologia da Prosperidade e a si mesmo: “Finanças é um dos maiores assuntos da Bíblia. Quando chega nesta parte, muitos pastores, as vezes porque eles mesmos não dão dízimo e nem oferta e, portanto não tem autoridade para falar do assunto, querem bater em quem fala”.
O comentário gerou uma intensa polêmica na internet. O Pastor Sênior da Igreja Bíblica Cristã de São Gonçalo – RJ, Alan Capriles, citou a tradução da Bíblia na linguagem de hoje, onde relata que Jesus disse “E quem chamar o seu irmão de idiota estará em perigo de ir para o fogo do inferno”, Mateus 5:22.
O curitibano Clauber Ramos falou sobre a nova polêmica: “Uma coisa engraçada dessa gente da prosperidade é que nenhum deles nos pedem para semear nosso dinheiro em obras de caridade, em ajudar meus vizinhos necessitados, em ajudar ONGs que fazem um bom trabalho comunitário, etc. A “benção” só é válida se eu semear no campo deles, coisa estranha isso” e completou: “Deus não olha minha oferta (seja em dinheiro ou não), Ele olha o meu coração, isto é muito claro na Bíblia. Ele vai olhar a minha generosidade, o meu amor pelo próximo, o quanto eu me compadeço com o sofrimento do outro… Ai sim creio que Deus tenha prazer em retribuir, mesmo que eu não mereça esta retribuição”.
O blogueiro e pastor Danilo Fernandes publicou em seu blog sua opinião sobre a afirmação de Silas Malafaia: “Eu só tenho uma pergunta a fazer a este deus da prosperidade: O que Malafaia, Cerrullo e Murdock têm que Jeremias, Jonas e João Batista não tinham para, em sendo igualmente profetas, tendo dado tudo de si, terem vivido em indesejável pobreza e grande perseguição, enquanto os novos profetas, fazendo tão menos, vivem como nababos? Foi falta de fé dos profetas antigos ou eles não pagavam o dizimo?” e alfineta: “Mas Malafaia é sincero quando chama seus críticos de idiotas. Pela sua justificativa que coloca os contrários à sua tese da vida cristã financeira na vala do pobrismo, ele há de achar que fala com idiotas!”. Danilo ainda conclui: “Não há nada contra ter dinheiro. Trabalhar e prosperar. Contudo, dizer que está evangelizando enquanto se leva a proposta deste cassino celestial onde se aposta 10 para receber 100 é um disparate. Ordenaram-nos levar a boa nova da salvação, batizar, fazer discípulos e enviar”.
Não é a primeira vez que o Pastor Silas Malafaia usa palavras desse tipo para rebater quem o critica, o mesmo já chamou internautas de “safados, bandidos, negos enrolados, invejosos” e outros adjetivos.
Fonte: Gospel+


Amados em Cristo , olha esse vídeo na época em que o Silas tinha bigode , acho que a visão mudou um pouco.

Que Deus tenha misericórdia dele.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O pessoal da Lagoinha e a BMW de Jesus.

Confesso que as vezes bate um desânimo daqueles, é triste e desesperador! Sinceramente eu não sei aonde vamos parar.

Pois é, a apologia a prosperidade e riqueza pelo movimento gospel é de deixar qualquer um boquiaberto. Frequentemente tenho ouvido de algumas pessoas a afirmação que Jesus era rico e que o burrinho com entrou em Jerusalém pode ser comparado nos dias de hoje a uma BMW. Segundo o pessoal da Lagoinha, além de possuir um carrão, Jesus nos dias de hoje teria uma banda de música, usaria a tecnologia bem como as mídias sociais e seria um carpinteiro cheio da grana.

Caro leitor, complicado isso não é verdade? Lamentavelmente todas as discussões teológicas, todas as campanhas evangelísticas, além de todas manifestações musicais só tratam de uma coisa: Dinheiro!

A alusão que esse povo faz a riqueza de Jesus me faz lembrar do seguinte texto:

"E Jesus, vendo em torno de si uma grande multidão, ordenou que passassem para o outro lado; e, aproximando-se dele um escriba, disse-lhe: Mestre, aonde quer que fores, eu te seguirei. E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar meu pai. Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos” - Mateus 8.18-22.


"Alegrei-me, sobremaneira, no Senhor porque, agora, uma vez mais, renovastes a meu favor o vosso cuidado; o qual já tínheis antes, mas vos faltava oportunidade. Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece". (Filipenses 4.10-13)

Dias difíceis os nossos!

Maranata, Senhor Jesus!

Renato Vargens


Slumdog Tweetonaire from Mero Cristianismo on Vimeo.

Pense nisso.

Jesus é maior que a religião

Perguntas que os pais deveriam responder?

O que você tem ensinado aos seus filhos?

Difícil essa pergunta não é verdade?

Bom, talvez você esteja dizendo com seus botões: "Eu todos os dias ensino aos meus filhos valores como, respeito, verdade, companheirismo e amor."

Pois é, ao contrário do que alguns pensam, os pais ensinam muito mais com atitudes do que com palavras. Ora, é claro que verbalizar a educação é importante e fundamental no processo educativo dos nossos filhos, contudo, ensinar através do exemplo é muito mais significativo. O que adianta pregar mansidão e ser irascível? De que serve proclamar honestidade combatendo a corrupção dos políticos e subornar o guarda de trânsito?

Caro leitor, nossos filhos estão atentos as nossas atitudes e a maneira como lidamos com as pessoas. O vídeo abaixo nos mostra de forma clara e objetiva que atos descabidos e irresponsáveis podem ensinar àqueles que tanto amamos valores incompatíveis com os princípios cristãos.

Isto, posto, sugiro que assista o vídeo e que a luz disto reflita sobre aquilo que tem ensinado aos seus filhos.

Pense nisso,

Renato Vargens

Maridos evangélicos que batem em suas esposas.


A Violência doméstica é um grave problema em nossa sociedade, e infelizmente nossas igrejas estão repletas de mulheres que apanham de seus maridos. Não são poucas aquelas que vivem uma vida de horrores, sofrendo as agruras de uma relação despótica, ditatorial e abrutalhada.

Lamentavelmente mesmo em um ambiente no qual a verdade é cultivada como valor fundamental, como é o caso da igreja Evangélica no Brasil, mulheres tem sido violentadas fisicamente por seus maridos. Em uma reportagem extremamente esclarecedora realizada pelo Jornal da Tarde, de São Paulo, chegamos a conclusão que muitas de nossas irmãs em Cristo comem o pão que o diabo amassou nas mãos de seus esposos.

A matéria revelou um número impressionante de mulheres evangélicas na capital paulista que freqüentemente são espancadas pelos maridos (Também evangélicos), uma realidade que passava escondida da maioria dos membros das igrejas, embora seja corriqueira de acordo com os dados colhidos pela Casa de Isabel – uma organização não-governamental (ONG) da zona leste paulistana, que em parceria com a prefeitura e o Estado, oferece assistência psicológica e jurídica a mulheres, crianças e adolescentes vitimas de violência.

Segundo Sônia Regina Maurelli, pesquisadora da área de violência e presidente da Casa de Isabel, a ONG atende a três mil mulheres por mês – dentre elas, a maioria é protestante.

“Posso afirmar que 90% das mulheres que nos procuram são freqüentadoras assíduas de igrejas evangélicas”, diz Maurelli, que também é crente. De acordo com Sônia, aquelas que procuram a ONG reclamam que os maridos não correspondem na verdade, ao que é ensinado na igreja. “É como se eles tivessem personalidade dupla: em casa são agressivos e brigões, mas na congregação são santos, alguns têm até cargo de liderança. Conheci um que mantinha um programa de rádio o qual abordava, pasmem, os valores da família, por mais incrível que isso possa parecer”, conta Sônia, a qual vem recebendo cartas e mensagens eletrônicas de pessoas de todo o Brasil que se identificam com o problema.” As maiores queixas são de mulheres que sofrem violência física, ou seja, são espancadas; violência psicológica (agressões verbais) e violência sexual (sexo forçado)”, explica a pesquisadora.

De acordo com Sônia Maurelli, há várias modalidades de violência contra mulher, mas no caso das evangélicas, essas agressões são motivadas muitas vezes pelo que os maridos consideram ser pecado.” Toda mulher tem lá sua vaidade: quer dormir de camisola, por exemplo, ou cortar o cabelo mais curto. Mas há crente, motivado muito pelo que ouve do seu pastor ou pelo que interpreta disso, que acredita que essas coisas são pecaminosas e acaba excedendo-se e punindo a companheira com surra quando ela manifesta seu desejo. Há mulher que apanha porque não está com vontade de fazer sexo com marido. E olha que isso não é raro. Eles justificam dizendo que a mulher tem que ser submissa ao homem segundo os preceitos bíblicos e que eles tem de corrigi-las. Mas isso é um excesso um crime”,adverte Maurelli.

A pesquisadora explica que a mulher agredida a qual procura socorro na ONG Casa de Isabel é encaminhada ao serviço social da instituição e, ali, passa por uma entrevista. Em um segundo momento, o esposo é chamado, mas, de acordo com Maurelli, a maioria não aparece.Dentro da ONG, elas receberam tratamento psicoterápico e tem acesso a um atendimento jurídico, um auxilio providencial para mulheres que apresentam características muito peculiares.”Elas não se querem separar, uma vez que valorizam o casamento e desejam ficar ao lado de seus maridos. A mulher evangélica é mais tolerante e dá mais chances para o conflito ser corrigido, ou seja, tem um ‘pavio menos curto’. Ela quer investir na relação familiar e tem mais fé que tudo seja resolvido e que haja um milagre. Algumas vezes, quando o esposo aceita discutir o problema e tratar-se durante alguns meses,o milagre acontece, e o casamento é restaurado.

Caro leitor, a violência doméstica afronta a santidade de Deus. Maridos que espancam suas esposas precisam ser denunciados e presos. E digo mais: pastores e líderes evangélicos que encobertam casos como estes, precisam também ser denunciados, levando sobre si as penas da lei.

A violência contra a mulher é uma agressão ao Criador e em hipótese alguma as mulheres devem se sujeitar a qualquer tipo de agressão, denunciando o agressor às autoridades competentes a fim de que o sofrimento imposto pela violência cesse definitivamente em sua casa. Além disso, deve levar suas queixas, lamúrias, angústias e sofrimentos ao justo JUIZ, que com certeza no tempo certo lhes fará justiça.

Soli Deo Gloria!

Renato Vargens

sábado, 14 de janeiro de 2012

Ecumenismo, a Babel das religiões,

Apóstolo Valdomiro afirma que Jesus não é sempiterno e que foi criado por Deus.


Infelizmente as heresias se multiplicam a olhos vistos neste tupiniquim país. Há pouco o Apóstolo Valdomiro Santiago da Igreja Mundial do Poder de Deus afirmou que Jesus não é Eterno e que foi criado por Deus. Por favor leia abaixo o que disse no site da sua Igreja:

"Muita gente pela tradição da religião, não entende a historia de Jesus. Alguns falam de natal, mas ninguém sabe o dia exato em que Jesus Cristo nasceu. Segundo que Jesus já existia muito antes de tudo. Ele é a imagem do Deus invisível, a encarnação do verbo. Mas ele não é sempiterno, é eterno. O pai que é Deus é sempiterno, aquele que antes dele nunca existiu como ele, nem existirá depois dele, sempre existiu e sempre existirá. A primeira obra dele foi Jesus Cristo, não a partir de Maria, que foi obra do Espirito Santo para ser feito carne, antes ele já existia. “Façamos” é no plural, porque Jesus estava com Ele e a palavra que lemos confirma."

Caro leitor, a afirmação de que Jesus Cristo foi criado é uma heresia antiga denominada ARIANISMO.

Bom, o Arianismo vem de Arius, ou Ário, um professor do início do século 4 D.C. A pergunta que se fazia era a seguinte: Era Jesus verdadeiramente Deus em carne ou era Jesus um ser criado? Era Jesus Deus ou apenas como Deus? Ario defendia a ideia de que Jesus foi criado por Deus como o primeiro e mais importante ato da Criação. O Arianismo, então, é a crença de que Jesus era um ser criado com atributos divinos, mas não era divindade em si mesmo.

Ora, a história relata que a Igreja Cristã oficialmente denunciou o Arianismo como uma doutrina falsa. Desde então, o Arianismo nunca mais foi aceito como uma doutrina viável da fé Cristã. No entanto, o Arianismo nunca morreu, mas tem continuado pelos séculos de várias formas diferentes. As Testemunhas de Jeová de hoje defendem uma posição parecida com a dos arianos em relação à natureza de Cristo e agora para surpresa de alguns a Mundial do Poder de Deus.

Isto, posto, afirmo sem titubeios que da mesma forma que a igreja ao longo da história combateu heresias deste nipe, precisamos renegar em nossos dias ataques a divindade do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.

Pense nisso,

Renato Vargens

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Os vendilhões dos templos eletrônicos em tempos de espertalhões da fé


Incapaz de vender a alma ao diabo, a Rede Bandeirantes acaba de revender seu santo horário da noite para o pastor R.R. Soares, o líder da Igreja Internacional da Graça de Deus. O seu ‘Show da Fé’ de 20 minutos, que começava religiosamente às 21h, agora vai durar uma hora inteira, a partir das 20h30. Não se sabe ainda quanto custou esse novo e triplicado milagre, mas pelo contrato antigo o bom pastor já pagava R$ 5 milhões mensais à Band. O vil metal falou mais alto para a TV de Johnny Saad, que anunciava a devolução do horário nobre da noite a seriados consagrados, como o 24 Horas, para concorrer com as novelas da Globo e as séries do SBT, todas com melhor audiência. A novidade escangalhou os planos do argentino Diego Guebel, que assumiu a direção artística da Band em outubro passado com a promessa de recuperar o espaço nobre e caro da noite para atrações mais mundanas do que a prosopopeia de Soares. A bíblica derrota de Guebel na Band é apenas outro indício da onda avassaladora do dinheiro que afoga a TV brasileira deste Brasil cínico que finge ser laico e imune à força econômica da religião e seus falsos profetas. Os canais de rádio e TV são concessões públicas, supostamente alheias aos credos e seitas religiosas que transformaram estúdios, igrejas, templos e estádios em púlpitos eletrônicos cada vez mais invasivos e escancarados.
Não existe ninguém no Governo ou no Congresso brasileiros com coragem para frear essa flagrante ilegalidade, sancionada por verbas, dízimos, patrocínios e uma farta hipocrisia. A irrestrita capitulação aos padres e pastores que lideram milhões de fiéis (e eleitores) ficou escancarada na última eleição presidencial, em 2010, quando os dois principais candidatos com raízes na esquerda — Dilma Rousseff e José Serra — sucumbiram vergonhosamente à chantagem das correntes mais atrasadas das igrejas, frequentando missas e cultos com o gestual mal ensaiado de pios devotos que não sabiam nem metade da missa, nem qualquer salmo dos evangelhos. Encenaram um constrangedor teatro de conversão medida para não ofender o eleitor mais ortodoxo. Para não perder votos, Dilma e Serra caíram na armadilha do falso debate religioso sobre o aborto — um tema que um e outro, por mera consciência política ou formação acadêmica, sabem que nos países mais evoluídos não passa de um grave e secular problema de saúde pública.


A submissão das instâncias do Estado secular ao poder cada vez maior das igrejas pode ser medida pela intrusão cada vez mais descarada da fé nos meios eletrônicos do Brasil, que deturpam a concessão pública pelo proselitismo religioso vetado pela Constituição. A igreja católica brasileira agrupa hoje mais de 200 rádios e quase 50 emissoras de TV, contra 80 rádios e quase 280 emissoras de TV de oito braços do crescente ramo evangélico. É um domínio que se fortalece cada vez mais, embora adaptando seu perfil para fórmulas mais agressivas e despudoradas de avanço sobre o bolso das populações mais pobres, mais desesperadas, menos instruídas.
Comer ou dormir
Em agosto de 2011, a Fundação Getúlio Vargas divulgou o Novo Mapa das Religiões, um denso estudo realizado pelo Centro de Políticas Sociais da FGV, com base em 200 mil entrevistas formuladas pelo IBGE em 2009 a partir de sua Pesquisa de Orçamento Familiar (POF). O trabalho mostrou que o Brasil deixará de ser a maior nação católica do mundo nos próximos 20 anos, mantida a queda progressiva que sofre a Igreja no país. Ela representava 83,24% da população em 1991 e caiu para 68,43% em 2009. “As mudanças que antes ocorriam em 100 anos agora acontecem em 10. Se esta perda de 1% de católicos por ano continuar, a Igreja católica terá em 20 anos menos da metade da população brasileira”, destacou o coordenador da pesquisa, Marcelo Côrtes Neri, economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV.
A economia é um forte indutor desta transformação, diz Neri. Ele lembra que as chamadas ‘décadas perdidas’ de 1980 e 1990 foram demarcadas pela queda do catolicismo em contraste com a ascensão dos grupos evangélicos, especialmente seus ramos mais belicosos e vorazes — os neopentecostais. O período de 2003 a 2009, compreendido entre duas graves crises econômicas, observa uma segunda explosão evangélica, passando de 17,9% para 20,2%. A primeira explosão, ainda maior, ocorreu nas últimas seis décadas do Século 20, quando os evangélicos aumentaram seu rebanho em sete vezes: passaram de 2,6% em 1940 para 15,4% em 2000. A FGV foi buscar no alemão Max Weber (1864-1920), o pai da moderna sociologia, o fundamento teórico que explica o avanço arrebatador dos evangélicos, a partir de sua obra mais conhecida — A ética protestante e o ‘espírito’ do capitalismo, publicada em 1904-05. Ali, Weber explica o maior desenvolvimento capitalista nos países protestantes no Século 19 e a maior proporção desses fiéis entre empresários e trabalhadores mais qualificados. “A tese de Weber era que o estilo de vida católico jogava para outra vida a conquista da felicidade. A culpa católica inibiria a acumulação de capital e a lógica da dívida de trabalho, motores fundamentais do desenvolvimento capitalista”, escreve Neri.


Weber repetia um ditado da época: “Entre bem comer ou bem dormir, há que escolher. O protestante quer comer bem, enquanto o católico quer dormir sossegado”. O pensador alemão constrói seu texto em cima de máximas do inventor e calvinista americano Benjamin Franklin (1706-1790), um dos líderes da Independência dos Estados Unidos, que dizia que “tempo é dinheiro” e “dinheiro gera mais dinheiro”. Era uma notável conversão justamente aos argumentos opostos que levaram ao grande cisma do cristianismo, no início do Século 16, quando um atrevido padre agostiniano alemão, Martinho Lutero, pregou nos portões da igreja de Wittenberg as suas 95 teses que desafiavam a autoridade do Papa e quebravam a hegemonia de Roma sobre o mundo cristão. Na época, Lutero denunciava justamente o que seria o âmago da Reforma Protestante: o desvio do caminho de fé da igreja primitiva para o atalho da corrupção, da indulgência, da simonia e da luxúria de papas e cardeais rodeados de amantes e concubinas, antecessores lascivos dos bispos e padres que comem criancinhas.
Teologia do bolso
Lutero e sua radical volta às origens, estimulando o protesto aos desvios éticos de Roma e o retorno à palavra original dos evangelhos, geraram os dois termos que identificam os segmentos mais prósperos da dissidência cristã: os protestantes e os evangélicos, onde brilha sua facção mais agressiva e endinheirada — o pentecostalismo, que hoje abriga no mundo cerca de 600 milhões de seguidores, pulverizados em 11 mil seitas e subgrupos. Ali viceja sua parcela mais faustosa: a corrente neopentecostal, a que pertencem o abonado bispo R.R. Soares e seus parceiros mais ricos, os também bispos Edir Macedo, Silas Malafaia e Valdemiro Santiago, cada um chefiando sua própria seita, sempre na condição suprema de ‘apóstolos’. Todos mostram uma devoção especial pela alma e pelo bolso de seus seguidores, a quem não se acanham de pedir contribuições financeiras a que, recatadamente, chamam de ‘oferta’.


Para não atormentar ainda mais a vida de sua aflita freguesia, os quatro chefes religiosos tratam de facilitar ao máximo as ofertas financeiras. Na tela da TV de seus animados cultos, sempre se oferece o número das contas bancárias, a bandeira dos cartões de crédito ou o telefone para informações extras que permitam a oferta, rápida e facilitada. Nenhum deles fica ruborizado pela insistência do pedido de ajuda, porque todos são pios devotos da ‘Teologia da Prosperidade’, uma doutrina pecuniária que faria o velho Lutero engolir cada uma das 95 teses que vomitou contra a cupidez da velha Roma.
A ideia nasceu, evidentemente, no coração do capitalismo, os Estados Unidos, no início do Século 20. O pai dessa fé sonante é o americano Essek William Kenyon (1867-1948), um evangelista de origem metodista nascido em Saratoga, Estado de Nova York. Descobriu o milagre do rádio e plantou ali a sua “Igreja no Ar”, a ancestral eletrônica dos R.R.Soares e Malafaias da vida. Espalhou então aos quatro ventos o lema que explica as benesses divinas da fartura: “O que eu confesso, eu possuo”.
Kenyon passou o bastão da prosperidade para um conterrâneo, Kenneth Erwin Hagin (1917-2003), um jovem texano com deficiência cardíaca, que caiu de cama quando adolescente. Garantiu ter ido e voltado ao inferno e ao céu não uma, nem duas, mas três (três!) vezes. Com este desempenho singular, até para campeões de esportes radicais, o jovem naturalmente converteu-se. Dizendo-se ungido para ser mestre e profeta, Hagin garantia ter tido oito (oito!) visões de Cristo na década de 1950, além de acumular alguns passeios extracorpóreos. Tudo isso acrescido pela divina revelação de que os verdadeiros fiéis deviam gozar de uma excelente saúde financeira e que o caminho da fortuna passava, inevitavelmente, pela prosperidade de seus profetas aqui na Terra. Foi sopa no mel, e a teologia da prosperidade conquistou corações e mentes — e bolsos.

Na conta do santo


A primeira semente deste ostensivo neopentecostalismo brotou no Brasil com a Igreja Universal do Reino de Deus, fundada em 1977 pelo bispo Edir Macedo. Três anos depois, o pastor R.R. Soares, casado com Magdalena, irmã de Macedo, saiu do ninho da Universal para fundar sua própria igreja, a Internacional da Graça de Deus, que acaba de alugar a tela do horário nobre da Band graças ao verbo divino e a verba milionária do pastor. Uma década depois, o bispo Macedo, ainda mais próspero do que o cunhado, comprou a sua própria rede de TV, a Record, hoje a segunda maior audiência do país (4,7 pontos) no horário nobre das noites de dezembro passado, embora ainda distante da Globo (13,8).
Os televangelistas brasileiros aparentemente compõem um paraíso na terra e no ar rico em mirra, incenso e ouro, muito ouro. Há tempos, quatro grupos evangélicos rondam o empresário Sílvio Santos, que topa tudo por dinheiro, na esperança de amealhar o espaço das madrugadas do SBT por módicos R$ 20 milhões mensais. Em 2009, o próprio Edir Macedo alvejou sua maior concorrente: ofertou R$ 545 milhões para alugar o espaço das madrugadas da Rede Globo para a sua Igreja. A Globo piscou, não respondeu, e o bispo voltou à carga em agosto passado, disposto a mover céus e terras. Nada feito.
A contabilidade desses pastores, pelo jeito, oscila entre o inferno e o paraíso. O bispo que oferecia milhões para comprar um naco do maior concorrente era o mesmo dono da Igreja que fazia um descarado apelo em seu blog, em abril passado, para que os fieis juntassem alguns trocados para ajudá-lo a pagar a conta salgada de seu site. Coisa miúda, apenas R$ 107.622 mensais, que o pobre bispo diz gastar com despesas mundanas como hospedagem do servidor, salário dos funcionários, água, luz e gastos administrativos da manutenção do site. “Se o Espírito Santo lhe tocar, nos ajude a carregar essa responsabilidade”, escreveu o bispo, implorando por uma doação mínima de R$ 20.


O espírito santo, aparentemente, tocou a Rede Globo. A emissora dos Marinho odeia o bispo Macedo, mas adora os evangélicos. Na véspera do Natal de 2011, 18 de dezembro, a maior rede desta vasta nação católica rasgou o hábito e transmitiu o seu primeiro evento evangélico, gravado uma semana antes no Aterro do Flamengo, no Rio. O público presente, apenas 20 mil pessoas, foi uma heresia para as ambições bíblicas da Globo, mas a fiel audiência na telinha na tarde do domingo seguinte foi uma bênção divina. Ao longo dos 75 minutos do programa, condensado de quase oito horas de gravação ao vivo (entre 14h e 21h30), apresentaram-se nove artistas no ‘Festival Promessas 2011′, sob o comando do astro global Serginho Groisman. Um dos mais festejados foi o cantor Regis Danese, 39 anos, que vendeu um milhão de cópias com um único disco gospel, “Compromisso”, o único a conquistar o primeiro lugar em rádios e TVs seculares do país e que lhe garantiu a indicação para o prêmio Grammy Latino em 2009.
A conversão da Globo
Antes desse sucesso, Danese já era consagrado como artista do “Só Pra Contrariar”, um grupo de pagode que ainda ostenta o 27º lugar do ranking brasileiro, com 8 milhões de discos vendidos. Apesar disso, com problemas no casamento, converteu-se ao protestantismo no início do século. Salvou o matrimônio com Kelly, sua parceira musical, e engordou ainda mais o bolso. O álbum “Compromisso”, que conquistou o ‘Disco de Diamante’ pela venda de 500 mil cópias em apenas quatro meses de 2008, traz o seu maior sucesso, Faz um Milagre em Mim. O jornalista Tom Phillips, do diário britânico The Guardian, anotou que, logo após sua triunfal apresentação no festival da Globo, Danese foi indagado na entrevista coletiva sobre os fundamentos deste milagre musical: “O senhor escutou a voz de Deus? O que ele disse?”, perguntavam-lhe. O ex-pagodeiro explicava e, embevecido, o isento repórter da revista Nova Jerusalém ressoava a cada resposta: “Amém. Louvado seja o Senhor!”


A genuflexão da Globo não representa uma súbita conversão da emissora ao credo evangélico da música: “A Globo não é um canal católico, e sim secular e republicano. Apenas documentamos um festival gospel por sua crescente importância na vida cultural do Brasil”, esquivou-se Luiz Gleizer, diretor da TV, ao jornalista britânico que ecoou o festival sob uma manchete embalada pela típica ironia inglesa: “O Gospel começa a dar o tom no Brasil, a casa da bossa nova”.
Os profetas da Globo não sabem entoar um único salmo, mas como os apóstolos eletrônicos da concorrência também têm um ouvido afinado pelo doce tilintar das moedas do templo. Isso não é contado nem no confessionário, mas os querubins globais sussurram nos corredores da ‘Vênus Platinada’ que os direitos de comercialização e os espaços publicitários do festival renderam à Globo algo entre R$ 35 milhões a R$ 55 milhões, o suficiente para remir muitos pecados, dúvidas e dívidas, aqui na terra e lá no céu. O grupo é dono da gravadora Som Livre e de um catálogo religioso onde brilham ídolos como o padre católico Fábio de Melo, que já vendeu quase 2 milhões de CDs pelo selo global.
O olho cúpido e republicano da Globo está mirando um mercado de música gospel que o The Guardian estima em R$ 1,5 bilhão, um paraíso econômico onde se irmanam crentes, artistas, emissoras laicas, pastores, espertalhões, vigaristas e políticos de todas as crenças, devotos todos do santo dinheiro que cai do céu diretamente em seus bolsos. O fluminense Arolde de Oliveira, deputado federal pelo PSD — aquele diabólico partido nascido da costela do prefeito Gilberto Kassab e que garante não pertencer nem ao paraíso, nem ao inferno, nem ao purgatório —, é dono da rádio 93 FM e do Grupo MK Music, que ele jura ser o maior selo de música gospel do continente. “Mais de 60 milhões de brasileiros estão direta ou indiretamente ligados à Igreja Evangélica”, lembra o deputado Oliveira. A Globo, como se vê, tem a inspiração divina e o ouvido apurado.


O festival Promessas abriu as portas de uma terra prometida para os profetas globais. No domingo gospel, a audiência da Globo subiu aos céus, dando-lhe a indulgência de miraculosos 13 pontos no Ibope (cada ponto representa 58 mil aparelhos ligados), bem mais do que os 7 humildes pontos habituais do horário. O pastor Silas Malafaia, inimigo da Universal do bispo Macedo, aproveitou e tripudiou no seu site: “A Record não acreditou nos evangélicos, a Globo acreditou e arrebentou na audiência! Enquanto a Record fala mal dos cantores e da igreja, a Globo abre espaço para o louvor e adoração a Deus”. E arrematou com um desajeitado elogio que deve ter sobressaltado as almas globais: “Quando os que deveriam abrir as portas fecham, Deus usa os ímpios para glorificá-lo”. Iluminada pela santa promessa do Ibope, a ímpia Rede Globo prepara mais três edições do sucesso gospel para 2012 — duas versões regionais e uma nacional, evitando cuidadosamente o Rio de Janeiro, que já padece a praga de um congestionamento evangélico todo santo ano.

O golpe do martelinho


Valdemiro Santiago é outro desgarrado da Universal. Depois de ser considerado um virtual sucessor de Edir Macedo, brigou com ele e saiu para fundar em 1998 a sua seita, a Igreja Mundial do Poder de Deus. Começou com 16 membros e hoje o apóstolo Valdemiro chefia mais de dois mil templos, alguns na África e em Portugal, e um jornal mensal, Fé Mundial, com tiragem de 500 mil exemplares — além de um maçante trololó diário de 22 horas na Rede 21, uma subsidiária da Rede Bandeirantes, que administra as duas horas restantes.
Sua marca registrada é um chapéu de boiadeiro, o que reforça sua imagem de astro sertanejo, que costuma ganhar espaço até no Jornal Nacional da Globo, uma devota do divisionismo que Valdemiro poderia provocar nas legiões de seu arqui-inimigo Edir Macedo. Quando enfrenta problemas de caixa, Valdemiro confia no santo gogó. Em 2010, chorou diante das câmeras de TV ao convocar 150 mil fiéis para ofertarem R$ 153, o número de peixes de um alegado milagre de Cristo. Faturou cerca de R$ 23 milhões.
Empolgado, o bispo sertanejo imaginou outra forma esperta de arrecadar dinheiro fácil, mas desta vez sem choro. Criou a campanha do “Martelinho da Justiça”, um pequeno, baratinho malho de madeira capaz de quebrar mandingas, maus-olhados e “as pedras que atravessam os seus caminhos”. A clava fajuta de Valdemiro, que despertaria a inveja do grande Thor, devia ser canonizada como a mais cara do mundo: cada oferta pelo martelinho tinha o mínimo de R$ 1 mil e Valdemiro esperava que 10 mil de seus seguidores o abençoassem com a compra do mimo, o que rechearia seu chapelão com R$ 10 milhões.
No reclame da Igreja Mundial na TV, o pastor de português trôpego, voz rouca, terno e gravata mostrava a certeza das favas divinas e muito bem calculadas: “Ainda hoje ou amanhã, na primeira hora, você vai até a agência bancária e faz esta ‘ofertinha’ de R$ 1 mil. Depois, mandaremos o martelinho pelo correio”. Para esse milagre acontecer, bastava ao crente fazer o depósito nas contas indicadas na tela e disponíveis no Banco do Brasil, Bradesco ou Caixa Econômica Federal. “De preferência no BB, como o nosso apóstolo tem nos orientado”, aconselhava o pastor, com ar compungido.
A atrevida igreja de Valdemiro já vendeu garrafinhas Pet de 400 ml com ‘água ungida’, entregues por ‘ofertas’ de R$ 100, R$ 200 ou até R$ 1.000, prometendo resultados espantosos: “Uma única gota dessa água será o suficiente para mudar a história de sua vida, para lhe abençoar de uma forma poderosa”, jurava o santo homem, escoltado por outros oito pastores calados e sisudos, todos de gravata e terno escuro. Se usassem óculos pretos iria parecer uma paródia do CQC, sem a divina graça do programa humorístico da Band que sucede o show religioso do pastor R.R. Soares nas noites da segunda-feira.
O trovão homofóbico
O bizarro merchandising da Mundial tem produzido bons resultados, pelo menos para as finanças da igreja de Valdemiro. No primeiro dia de 2012 ele inaugurou em Guarulhos, SP, a ‘Cidade Mundial’, um megatemplo de 240 mil metros quadrados e capacidade para acolher 150 mil fieis da Igreja Mundial do Poder de Deus — mais de duas vezes a lotação prevista do Itaquerão (68 mil lugares), o estádio que o Corinthians está construindo para a Copa do Mundo de 2014. Para erigir o templo, Valdemiro viu a igreja aumentar seus gastos mensais em R$ 30 milhões, prova de que o martelinho e a garrafinha são realmente miraculosos.


O pastor Silas Malafaia, chefe supremo da AVEC, sigla da associação que mantém a Igreja Vitória em Cristo, é a voz mais trovejante desse abusado mercado da fé ancorado nos fundamentos pétreos da Teologia da Prosperidade. Embora tenha os mesmos instrumentos de redenção econômica de Edir Macedo, Malafaia é um inimigo mortal do dono da Universal. Divergiram até na eleição presidencial de 2010: ele primeiro apoiou Marina Silva, depois fulminou sua opção pelo plebiscito no debate sobre o aborto (“cristão não tergiversa nesse tema”), e acabou fazendo campanha por Serra, adversário de Dilma, apoiada justamente pelo rival bispo Macedo. Malafaia é figura fácil no Congresso Nacional, em Brasília, onde veste a armadura de sua santa cruzada contra a proposta de lei que combate a homofobia: “O projeto [que garante a livre orientação sexual] é a primeira porta para a pedofilia”, reza, com a fúria dos justos. Numa entrevista a uma revista religiosa, crucificou como “idiotas” todos os pastores que, ao contrário dele, não apostam suas fichas, martelinhos e garrafinhas na Teologia da Prosperidade.
Ele não poupa a garganta e fala muito: quase todo santo dia, Malafaia se esparrama por cinco horas de programas variados em redes nacionais como CNT, Rede TV, Boas Novas e Bandeirantes e ocupa os sábados de emissoras regionais em outros 15 Estados. Seu programa se espalha pelos Estados Unidos e Canadá e, desde meados de 2010, Malafaia atinge 142 milhões de lares em 127 países da África, Ásia, Oriente e Médio e Europa, com o apoio da americana Inspiration Network, que faz a dublagem para o inglês.
Para tornar mais veraz sua pregação, às vezes importa dos Estados Unidos especialistas nesta riqueza material. No ano passado, junto com o pastor americano Mike Murdock, Malafaia lançou o projeto do “Clube de 1 Milhão de Almas”. Alma, sabem os televangelistas, custa caro. Ele pretendia arrebanhar um milhão de crentes para sua grei e seus programas de TV, mediante a ‘oferta’ (voluntária, claro) de R$ 1 mil — ou seja, um martelinho de madeira, pelo generoso chapéu do bispo Valdemiro. Na conta do lápis, uma bolada plena de R$ 1 bilhão, capaz de pagar mais do que cinco Mega-Senas da Virada, que bateu em R$ 177 milhões no réveillon de 2011. Os ofertantes ganhariam o livro 1001 Chaves da Sabedoria, do pastor Murdock, e um certificado do clube milionário, em todos os sentidos.
Para inspirar o seu rebanho, Malafaia teve a feliz ideia de colocar um contador de acessos na página da igreja para que todos acompanhassem a adesão em catadupa do milhão de almas. Algo deu errado, ou o martelinho não funcionou. Lançado em abril do ano passado, o contador da igreja Vitória em Cristo virou uma estátua de sal, como a mulher de Lot em Gênesis (19,26) e estagnou num número pífio: miseráveis 58.875 almas era a contagem de quinta-feira passada, 5 de janeiro. Um inferno de faturamento que não chegou a R$ 60 milhões, muito distante do paraíso do R$ 1 bilhão arquitetado pelo diabólico Malafaia. Faltam portanto ainda 941.125 almas para Malafaia inaugurar, sob as trombetas de Jericó, o seu clube milionário. Haja martelinho!
O supermercado da fé
O bravo Malafaia não desiste facilmente. Em 2009 ele lançou a campanha de uma Bíblia por módicos R$ 900, pouco menos que um martelinho. Era a tarifa da Bíblia da Batalha Espiritual e Vitória Financeira, sacada genial de outro gênio da prosperidade, o pastor americano Morris Cerullo. Desta vez, a garrafinha deve ter funcionado, pois antes do final do ano ele viajou à Flórida, nos Estados Unidos, e lá viu se materializar, em nome da Vitória em Cristo, um jato executivo Cessna quase novo, modelo Citation Excel, pela bagatela de 12 milhões — de dólares !


Se alguém tiver alguma restrição a Bíblia, martelinho ou garrafinha, nem assim terá qualquer constrangimento para auxiliar o empreendimento celestial de Malafaia. Na sua página na Internet (www.vitoriaemcristo.org), o bom pastor dá a boa notícia de que todos podem participar de sua jornada, tornando-se seu ‘Parceiro Ministerial’, um programa de fidelidade da Igreja que arrecada fundos para manter seus programas de TV. A porta está aberta a “qualquer pessoa que receba de Deus a visão de abençoar vidas, proclamando o Evangelho por meio das mensagens do pastor Malafaia”, explica o dono do site e da igreja. Dependendo do tamanho da carteira, seu título de parceiro também cresce: o ‘Especial’ paga R$ 15 mensais, o ‘Fiel’ doa R$ 30 e o ‘Gideão’ entra na cota de sacrifício do martelinho: R$ 1 mil mensais, com direito a um exemplar por mês da revista Fiel, livros, Bíblias e um cartão para 10% de descontos nos produtos da Editora Central Gospel comprados pelo telemarketing, “desde que não esteja em promoção”.
Virar parceiro do pastor é fácil, pagar é muito mais. A organização abençoada de Malafaia trabalha com o ganhoso instrumental financeiro de uma grande loja de departamentos, como convém a este éden da prosperidade. A igreja Vitória em Cristo opera, sem preconceitos, com cartões Visa, Master, Diners, Amex ou Hipercard e tem contas abertas, sem discriminação, com o Banco do Brasil, HSBC, Bradesco ou Itaú, além de trabalhar com boletos bancários ou cheques nominais. Malafaia aceita boletos antecipados para o ano todo, mas nenhuma contribuição abaixo de R$ 15. Acima, pode.
Abobrinhas e beterraba
Agora, esse mundo dourado de riquezas, promessas, ofertas, obras e fartura vai ganhar outro e inesperado púlpito: um espaço de brilho, luzes e discussões mundanas, terrenas, insinuantes, quase lascivas. Começa na terça-feira (10/1) a 12º edição do ‘Big Brother Brasil’, o reality showda Globo que arrebata o país por 12 semanas no seu jogo canalha de perfídias, traições, intrigas e sensualidade explícitas, onde garotas curvilíneas e garotos musculosos, todos transbordantes de hormônios e carentes de neurônios, desfilam suas abobrinhas em diálogos patetas e reflexões idiotas. O jornalista Eugênio Bucci, professor de Ética Jornalística da ECA-USP e da ESPM, de São Paulo, tatuou o BBB como “o mais deseducativo programa da TV brasileira, onde a fama justifica qualquer humilhação”.
Na TV, onde nada se cria e tudo se copia, a Record também tem sua versão BBB, “A Fazenda”, com mais roupa e a mesma dose intragável de papo imbecil. A personal trainer Joana, a vencedora da versão 4 da Fazenda, que acabou em outubro passado, arrebatou R$ 2 milhões após encontrar uma beterraba premiada, entre outros sofisticados desafios intelectuais.
Apesar dessa crônica indigência, mais de 130 mil jovens brasileiros se inscreveram para o BBB12, ao longo de sete meses, filtrados em seletivas regionais em 10 capitais. É uma febre televisiva que pode parar até a maior cidade brasileira, São Paulo, onde chega a bater em 40% do Ibope, o que significa quase dez milhões de telespectadores, metade da população da Grande SP.


A vencedora do BBB de 2011, a modelo paulista Maria Helena, 27 anos, de São Bernardo do Campo, faturou um cheque de R$ 1,5 milhão ganhando o voto por telefone de 51 milhões de pessoas. Se fosse candidata a presidente em 2010, Maria Helena, capa da edição de junho de 2011 da revista Playboy, teria derrotado José Serra por mais de sete milhões de votos e perderia para Dilma Rousseff por menos de cinco milhões.
Boninho, o diretor do BBB, apimentou a receita em 2012, para horror do pastor Malafaia, infiltrando quatro homossexuais entre os doze sarados concorrentes. “Três dos quatro gays são mulheres”, adiantou o lúbrico Boninho no seu tuíter. Ele não disse, mas o programa de 2012 terá também a atração extra de duas evangélicas, a assistente comercial mineira Kelly, 28 anos, e a zootécnica baiana Jakeline, 22. O empresário Danilo Leal, 45 anos, pai de Jakeline, acha que a filha vai resistir bem ao paredão impiedoso do BBB, apesar de evangélica: “Ela não é recatada. Espero que Jakeline aproveite bem seus 15 minutos de fama e faça o pé de meia”, reza o empresário, dando sua sanção paternal para o que der e vier.


Não se sabe ainda o tamanho do fio-dental que as duas evangélicas vão exibir na casa mais vigiada do Brasil, nem o salmo que irão recitar debaixo do edredom, cercadas por tantas câmeras indiscretas. Não deixa de ser simbólico que, cinco séculos após ser cravado nos portões da igreja de Wittenberg, o credo rigorosamente puritano e austero fundado pelo cisma de Luterano infiltre duas crentes assanhadas e iconoclastas no cenário conspícuo do programa mais ímpio da maior rede brasileira de TV aberta. A explicação, certamente, não está nas páginas lambidas da Bíblia dos templos e igrejas desta terra supostamente laica, mas nas cédulas louvadas do dinheiro ungido pela graça divina e pela licença dos homens neste país tropical, que Jorge Ben resumiu como “abençoado por Deus e bonito por natureza”.
A louvação ecumênica ao dinheiro pintado pela hipocrisia de todos os credos esclarece, em parte, a progressiva invasão destes templos cada vez mais eletrônicos, escancarados por vendilhões cada vez mais acessíveis a espertalhões cada vez mais abusados no assalto à boa fé de sempre dos desesperados.
O velho evangelista Kenyon, profeta dessa cínica doutrina da prosperidade, poderia traduzir este Armagedom moral com o mantra invertido da religião de resultado que inventou: o que eu possuo, não confesso.
* Luiz Cláudio Cunha é jornalista.
[cunha.luizclaudio@gmail.com]

Você tem parascavedecatriafobia?


Parascavedecatriafobia não é um palavrão. É o nome da fobia (medo irracional e incomum) da sexta-feira 13. A fobia pelo número 13 também tem nome: triscaidecafobia.
A primeira sexta-feira 13 no ano (hoje) traz à tona mitos e lendas sobre a data mística, que envolve a crucificação de Jesus Cristo, bruxas, Cavaleiros Templários e até Lúcifer.
“Tenho medo. Procuro não passar embaixo de escada e não quero ver um gato preto. Vai que algo ruim acontece. Melhor evitar”, diz a estudante Carla Ribeiro Medeiros. Católica, afirma que não gosta do número 13. “O bom é o número 12. Número dos apóstolos de Cristo”, comentou.
Seu comentário remete a uma possibilidade: Jesus Cristo provavelmente foi morto numa sexta-feira 13, uma vez que a Páscoa judaica é celebrada no dia 14 do mês de Nissan, no calendário hebraico. Recorda-se ainda que a Santa Ceia reuniu 13 pessoas: o Mestre e seus discipulos, sendo que dois deles morreram em seguida, por mortes trágicas. Jesus foi crucificado e Judas provavelmente se suicidou. Ainda envolvendo o cristianismo, um relato de má sorte ocorreu na sexta-feira 13 de 1307, quando o rei Filipe IV (França) declarou ilegal a Ordem dos Templários, torturando alguns de seus membros e os executando por heresia.
A supertição foi relatada em diversas culturas remontadas muito antes de Cristo.
Existem histórias remontadas também pela mitologia nórdica. Conta-se que, em uma das lendas, houve um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e arrumou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses.
Em função desta lenda, há também quem acredite que convidar 13 pessoas para um jantar é uma desgraça. Soma-se a isso o fato dos conjuntos de mesa contar, em regra geral, com 12 copos, 12 talheres e 12 pratos.
Para a esotérica catanduvense Neide Isaura Borsoro, a sexta-feira 13 é um dia como outro qualquer. “Não tem nada de medo, de ruim, de azar. São lendas que devem ser esquecidas”, falou ela à reportagem.
Segundo Neide, o medo de passar embaixo de uma escada, por exemplo, é psicológico. “Se a pessoa ficar pensando que passar embaixo da escada vai acontecer algo errado, a escada vai cair na cabeça dela. É uma criação da mente. Você é o que pensa que é”, disse ela. “Se a sexta-feira 13 fosse mesmo um dia de azar, o incêndio ocorrido na Panapilha seria hoje e não na última quarta-feira, dia 11”, completou ela.
Para Patrícia Pereira dos Santos, moradora do Parque Flamigo, a sexta-feira 13 pode ser considerada popularmente com um dia de azar, mas para ela não é. “É um dia comum. Não tenho medo. Pode acontecer algo ruim qualquer dia. Como pode ocorrer algo bom qualquer dia. Que o bom prevaleça”, brincou ela.
Ivanete Duarte é do Matro Grosso do Sul. Ela está passando as férias em Catanduva com seus filhos. Ela também não acredita no azar da sexta-feira 13. “Isso não existe. Não tenho medo”, falou.
Seu filho, Mizael Duarte da Silva, de 12 anos, disse que tem medo do filme Sexta-Feira 13. “Não vou assistir esse filme bem na sexta-feira 13. Sei que é uma lenda, mas prefiro assistir em outro dia, de preferência durante o dia”, brincou o garoto.
O comerciante Luciano Rascassi jogou futebol por vários anos. Ele tem a mesma opinião do técnico e ex-jogador Zagallo: o 13 dá sorte. “Quando eu jogava futebol eu sempre usava a camiseta número 13. Curiosamente sempre joguei bem com esse número”, comentou o rapaz.
Em 2012 – Este ano, além de hoje, outras duas sextas-feiras 13 estão no calendário: em abril e em julho.

Notícias Cristãs com informações do O Regional

Redes Sociais

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...