Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.
Primeiro - Trate Seriamente com o Pecado. Segundo - Não Seja Dono de Coisa Alguma. Terceiro - Nunca se Defenda. Quarto - Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém. Quinto - Nunca Aceite Qualquer Glória. A.W. Tozer
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
O Chamado de Deus
Augustus Nicodemus faz uma exposição da carta de 1 Coríntios 1: 26-31.
Fonte: Canal do YouTube Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia
Pragmatismo religioso
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"Sabe, porém isto: Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis; pois os homens serão egoístas, avarentos jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, antes amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes. Pois entre estes se encontram os que penetram sorrateiramente nas casas e conseguem cativar mulherinhas sobrecarregadas de pecados, conduzidas de várias paixões, que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade. E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à verdade. São homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto à fé; eles, todavia, não irão avante: porque a sua insensatez será a todos evidente, como também aconteceu com a daqueles" (II Tim. 3:1-9).
A Inglaterra, que uma vez já foi conhecida pela sua vitalidade espiritual, agora está mergulhada numa letargia espiritual e a visão missionária dos Estados Unidos está substituindo aquilo que a Inglaterra deixou de lado. Além disso, muita coisa do que Deus está fazendo hoje está acontecendo fora desses dois países. Eu espero que a Igreja no Brasil esteja em constante oração para que, a partir do Brasil, uma outra reforma e um grande despertamento venha e tome conta do mundo.
Não sabemos o que Deus vai fazer no mundo, mas seria muito emocionante se pudéssemos fazer parte daquilo que Ele deseja fazer no Brasil. É maravilhoso ser um cristão e saber que Deus tem todas as coisas debaixo do Seu controle. Todos nós sabemos da necessidade de um grande avivamento, mas ao mesmo tempo existe uma grande polêmica nesses dias sobre a questão. Sem sombra de dúvidas, se convidássemos as pessoas para uma reunião de avivamento, muitas delas viriam com conceitos diferentes do que é avivamento. Assim sendo, faz-se necessário ter uma definição clara em nossa mente do significado desse termo. Qual a diferença entre avivamento e avivalismo, se assim podemos chamar?
Avivalismo e Pragmatismo
Avivalismo, especialmente na tradição deixada por Charles Finney, é, na realidade, um fenômeno americano e queremos tratar de parte desse fenômeno. Não somente porque é um produto feito na América, mas porque muitos dos movimentos que estão vindo dos Estados Unidos para outras partes do mundo têm essa visão característica de entender avivamento segundo o modelo de Charles Finney.
Esse modelo tem como base o que nós chamamos de pragmatismo. Se você for abrir um negócio você tem que ser pragmático e se você vai criar uma família, existe uma série de considerações práticas que você precisa sempre ter em mente; e, certamente, o mesmo se aplica quando nós estamos fundando uma Igreja e queremos desenvolvê-la.
Todos sabemos que há preocupações práticas que devemos considerar, mas o pragmatismo é uma filosofia que empurra para a periferia uma série de princípios fundamentais e elege, como único fator relevante, a questão: “Isso funciona?”
Por Michael Horton
"Sabe, porém isto: Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis; pois os homens serão egoístas, avarentos jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, antes amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes. Pois entre estes se encontram os que penetram sorrateiramente nas casas e conseguem cativar mulherinhas sobrecarregadas de pecados, conduzidas de várias paixões, que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade. E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à verdade. São homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto à fé; eles, todavia, não irão avante: porque a sua insensatez será a todos evidente, como também aconteceu com a daqueles" (II Tim. 3:1-9).
A Inglaterra, que uma vez já foi conhecida pela sua vitalidade espiritual, agora está mergulhada numa letargia espiritual e a visão missionária dos Estados Unidos está substituindo aquilo que a Inglaterra deixou de lado. Além disso, muita coisa do que Deus está fazendo hoje está acontecendo fora desses dois países. Eu espero que a Igreja no Brasil esteja em constante oração para que, a partir do Brasil, uma outra reforma e um grande despertamento venha e tome conta do mundo.
Não sabemos o que Deus vai fazer no mundo, mas seria muito emocionante se pudéssemos fazer parte daquilo que Ele deseja fazer no Brasil. É maravilhoso ser um cristão e saber que Deus tem todas as coisas debaixo do Seu controle. Todos nós sabemos da necessidade de um grande avivamento, mas ao mesmo tempo existe uma grande polêmica nesses dias sobre a questão. Sem sombra de dúvidas, se convidássemos as pessoas para uma reunião de avivamento, muitas delas viriam com conceitos diferentes do que é avivamento. Assim sendo, faz-se necessário ter uma definição clara em nossa mente do significado desse termo. Qual a diferença entre avivamento e avivalismo, se assim podemos chamar?
Avivalismo e Pragmatismo
Avivalismo, especialmente na tradição deixada por Charles Finney, é, na realidade, um fenômeno americano e queremos tratar de parte desse fenômeno. Não somente porque é um produto feito na América, mas porque muitos dos movimentos que estão vindo dos Estados Unidos para outras partes do mundo têm essa visão característica de entender avivamento segundo o modelo de Charles Finney.
Esse modelo tem como base o que nós chamamos de pragmatismo. Se você for abrir um negócio você tem que ser pragmático e se você vai criar uma família, existe uma série de considerações práticas que você precisa sempre ter em mente; e, certamente, o mesmo se aplica quando nós estamos fundando uma Igreja e queremos desenvolvê-la.
Todos sabemos que há preocupações práticas que devemos considerar, mas o pragmatismo é uma filosofia que empurra para a periferia uma série de princípios fundamentais e elege, como único fator relevante, a questão: “Isso funciona?”
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Homossexuais na igreja: continuem lendo Efésios
por Rick Phillips | 25 de novembro de 2014
A ala progressiva do evangelicalismo parece estar escalando em suas demandas de que igrejas baseadas na Bíblia aceitem a homossexualidade como estilo de vida aceitável. Um exemplo disso é um vídeo recente de Nadia Bolz-Weber intitulado “Eu Sou a Igreja”. O vídeo traz uma série de jovens que resumidamente afirmam o porquê de irem à igreja, se identificam com alguma das nomenclaturas LGBT e insistem que devem ser aceitos como cristãos. A mensagem básica é “Eu sou um cristão homossexual e não sou um problema”. Claro, todo o objetivo do vídeo é fazer sua sexualidade o problema e exigir aceitação de cristãos cujas consciências proíbem tal coisa. O destaque vem ao final, quando Bolz-Weber lê Efésios 2.14-15 para concluir: “Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade” (NVI).
Antes de dar razões pelas quais esse tipo de apresentação não é persuasiva aos cristãos que discordam, deixe-me dizer que sou tocado pessoalmente por qualquer profissão sincera de fé na graça de Jesus Cristo. O primeiro rapaz no vídeo fala de receber graça e perdão no evangelho, e eu não olho para ele apenas com mais um “gay”, como ele coloca, mas como um pecador que, como eu, tem um amplo leque de necessidades espirituais que são satisfeitas apenas em Jesus Cristo. Eu louvo o Senhor por isso. Uma mulher chamada Kathleen se alegra ao dizer que “eu não tenho nada que me faz merecedora ou digna”. Pecadores de todos os tipos se alegram nessa mesma misericórdia ao nos chegarmos a Deus e Cristo. Por mais que saiba que esses homens e mulheres estejam sendo destacados para advogarem por uma única questão, eu sei que são pessoas cujas identidades transcendem em muito sua sexualidade e que Jesus realmente é o Salvador de todos que vão a ele em fé.
Entretanto, há preocupações vitais que não posso deixar de lado, dada a obrigação, como cristão, de ser fiel a Cristo e, como pastor, de afirmar a Palavra de Deus. Deixe-me responder, então, a esse vídeo com três críticas, a saber: 1) nem todas as divisões são a mesma coisa; 2) o evangelho inclui transformação de vida em direção à santidade; e 3) ser parte do Corpo de Cristo envolve obrigações morais.
1. Nem todas as divisões são a mesma coisa. Quando Paulo falou de “barreiras” na passagem de Efésios citada por Bolz-Weber, ele estava se referindo à divisão entre judeus e gentios. Cristo derrubou uma divisão étnica/cultural, deixando claro que povos hostis são feitos um só ao serem trazidos para Deus por meio do sangue de Cristo (Efésios 2.13-16). Embora o homossexualismo claramente envolva uma subcultura, também é definido pela Bíblia em termos morais. A questão, então, não é se cristãos bíblicos pode aceitar pessoas de uma subcultura sociológica diferente – nós podemos, e devemos, fazê-lo – mas se nós podemos aceitar um comportamento moral que é especificamente condenado na Bíblia. É por isso que eu peço que Nadia Bolz-Weber continue lendo Efésios. Em Efésios 5.5 ela vai encontrar Paulo escrevendo: “Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus”. A comparação com outras passagens como 1 Coríntios 6.9 remove qualquer dúvida que Paulo está incluindo o homossexualismo e os desvios sexuais relacionados. Assim, por mais que possamos concordar honestamente que etnias e raças são abraçadas pela unidade do corpo de Cristo, não podemos admitir que comportamento sexual deva ser tratado da mesma forma. Essa é a questão que não vai ser deixada de lado pelos cristãos bíblicos, não importa quanta pressão seja aplicada sobre nós: a Bíblia proíbe que cristãos sejam homossexuais. Assim, não podemos concordar com a categoria do Cristão Homossexual.
2. O evangelho inclui transformação de vida rumo à santidade. Uma asserção feita no vídeo é que ser cristão significa que não precisamos mudar. Isso é simplesmente uma negação do evangelho, que inclui não apenas perdão, mas também santificação. A boa nova é tanto o perdão dos pecados por parte de Cristo quanto sua vitória sobre o pecado na vida do crente. Com isso em mente, vemos que a demanda para aceitar homossexuais como cristão está aliada às tendências antinomistas crescentes no evangelicalismo atual. Uma mulher no vídeo fala que “sugerir que eu preciso mudar é dizer que eu sei melhor do que Deus o que Deus planejou para a minha vida”. Ela não percebe que a Bíblia diz a ela o que Deus planejou para as nossas vidas, inclusive nossa transformação moral, especialmente. Foi com a pureza sexual especificamente em mente que Paulo escreveu “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição”. Dizer que meu Cristianismo não impões demandas à minha sexualidade é simplesmente negar o senhorio de Jesus Cristo sobre uma das partes mais integrais da vida. Qualquer que seja a questão, seja sexualidade, uso do dinheiro ou a forma com que tratamos as pessoas no trabalho, Cristo é Senhor e ele insiste, de fato, que mudemos, mesmo quando nos cobre com sua justiça e nos reveste do poder do Espírito Santo. Aqui, novamente, a questão central é nossa submissão às Escrituras como Palavra de Deus. Nós podemos afirmar que mudar a sexualidade significa dizer que “eu sei melhor que Deus”, mas quando a Bíblia fala claramente sobre determinado assunto, então a fé nos obriga a buscar a mudança, pela graça que Deus dá.
3. Ser parte do Corpo de Cristo envolve obrigações morais. Isso, provavelmente, foi a questão que mais me chamou a atenção ao assistir o vídeo. Um homem chamado Jim declara “eu sou a igreja, independente da minha sexualidade”. Entretanto, de acordo com a Bíblia, é especificamente porque cristãos são o corpo de Cristo que devemos ser santos. Falando especificamente sobre indecência sexual, e escrevendo a crentes imersos em uma cultura sexualmente perversa, Paulo fez o apelo urgente de que ser parte do corpo de Cristo requer que sejamos puros: “Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo?” (1 Coríntios 6.15); “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (1 Coríntios 6.19-20). A questão aqui era sobre adultério com uma prostituta, mas toda a pureza sexual está implícita, incluindo a proibição bíblica da homossexualidade.
Sinto muito que, nesse vídeo, esses homens e mulheres sejam transformados no próprio “problema” que eles afirmam ressentir. De fato, eles não são “um problema” para mim, mas pessoas de valor inestimável cujo relacionamento com Cristo tem implicações eternas. Entretanto, o cuidado para com eles como pessoas e a preocupação com seu senso de bem estar em nossas igrejas não pode se sobrepor ao nosso compromisso com o ensinamento claro de Deus em sua Palavra. Não importa quantos testemunhos sejam apresentados exigindo que abramos mão, devemos sempre abraçar o ensinamento da Bíblia. Com isso em mente, deixe-me concluir com dois comentários dirigidos especificamente a qualquer um dos homens e mulheres do vídeo que possam estar lendo isso, ou outros leitores que compartilham das mesmas orientações sexuais.
Primeiro, crer em Jesus significa crer em toda a sua Palavra, que fala clara e inescapavelmente sobre a pecaminosidade do homossexualismo. Eu sei que há estudiosos que afirmam que ela não o faz, mas igrejas fiéis à Bíblia, em geral, não são persuadidas por eles. Essa é a questão. Ao invés de exigir que desistamos do que estamos convencidos ser uma questão de fé e obediência a Cristo, te pedimos encarecidamente que considere as razões pelas quais aceitamos os ensinamentos da Bíblia sobre esse assunto. Há boas discussões sobre a questão de qual é o ensinamento da Bíblia sobre homossexualidade, e é nisso que o foco deve estar.
Segundo, há uma grande diferença entre o desespero quebrantado por conta do pecado e uma exigência desafiadora para que o pecado seja aceito. Cristãos são todos pecadores indignos do amor de Deus, mas que encontram perdão em sua graça, junto com o poder para mudar. Se você diz “eu realmente estou quebrantado, confuso e sofrendo. Eu recebo tudo que Jesus oferece e demanda, incluindo a mudança moral que eu não posso alcançar por mim mesmo. Eu preciso de seu amor, suas orações e sua ajuda”, você vai encontrar o acolhimento compassivo de seus amigos cristãos. Mas se você diz “eu exijo que vocês aceitem meu comprometimento com o que a Bíblia declara que é pecado”, então nossa negação em concordar não é uma questão de ódio contra você, mas uma demonstração de amor por Cristo e Sua Palavra. E também é, creio, uma forma de demonstrar amor a você, já que Paulo disse que àqueles que continuam lendo Efésios:
Seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. (Efésios 4.15)
Traduzido por Filipe Schulz | Reforma21.org | Original aqui
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Via: Reforma 21
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Erros de interpretação da Bíblia - batismo com fogo
Neste vídeo, o Pastor Marcos Granconato mostra o erro de interpretação em Mateus 3:11 que muitos cometem ao atribuir o "batismo com fogo" a uma nova experiência sobrenatural do Espírito. Assista e tire suas conclusões:
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Fonte: Roberto de Carvalho Forte, via Youtube
Via: Bereianos
Estamos nas últimas horas dos últimos dias?
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O Brasil tem passado nos últimos anos por um momento histórico que lhe é peculiar: o crescimento desenfreado da violência, a libertinagem sexual, a banalização dos valores morais e o estouro de escândalos de corrupção envolvendo autoridades do alto escalão político e empresários. Esses e outros fenômenos têm levado muitos a especular em torno da volta iminente de Cristo, tomando em geral como base suas palavras em Mateus 24. Não quero parecer incrédulo ante esses acontecimentos nem muito menos diante das palavras do Mestre. Mas tenho de, outra vez, ser um estraga prazer. Uma coisa não tem relação com a outra, ao menos não no sentido que tem sido sugerido. Para provar minha teoria, citarei dois exemplos simples.
Na Grécia antiga, assim como em Roma, para não citar povos vizinhos ao Israel do AT, eram comuns os bacanais. Também as relações homossexuais não estão sendo desvendadas nos nossos dias. Na Grécia a prática era comum e até incentivada. A violência e injustiças sociais sempre prevaleceram em toda a história humana, alcançando patamares inimagináveis em muitos países comunistas ou mesmo na afamada II GM. O segundo exemplo talvez seja ainda mais frustrante para os videntes atuais. Alguns países europeus, como Bélgica, Suíça e Noruega experimentam índices sociais muito positivos, e uma qualidade de vida que muitos já se sentiriam felizes de ter no Paraíso. Esses e outros países estão longe, muito longe desse caos social que o Brasil e outros países enfrentam.
Creio serem suficientes esses dois exemplos para provar minha teoria. Não se pode saber, nem mesmo fazer qualquer ideia de quando Cristo voltará. É o tipo de profecia que somente compreenderemos quando acontecer. Aos que se sentem às portas do arrebatamento, tenho a dizer que não estão errados, desde que não saiam por aí fazendo e dizendo asneiras como se houvesse um relógio da volta de Cristo no centro de sua cidade em contagem regressiva. O que você tem de fazer, faça-o porque é certo, edificante e para glória de Deus, não por um temor descabido e alienado.
Ao mesmo tempo, digo àqueles cristãos que vivem como se Cristo jamais houvesse prometido voltar ou como se não fossem mortais, que a parábola – profética - das dez virgens não está na Bíblia à toa. Os extremos, em geral, são perigosos e prejudiciais, e se é para viver em um deles, que seja o extremo lunático, pois, neste caso especificamente, é melhor pecar pelo excesso do que pela falta de temor e expetativa da volta do Rei dos reis. Entretanto, sem dúvida alguma o melhor é ser sóbrio e equilibrado, sem jamais esquecer de que Cristo, de fato, pode voltar agora, bem como ter a consciência de que, considerando a média histórica, provavelmente estaremos entre os mortos quando isso ocorrer.
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Por Renato César
O Brasil tem passado nos últimos anos por um momento histórico que lhe é peculiar: o crescimento desenfreado da violência, a libertinagem sexual, a banalização dos valores morais e o estouro de escândalos de corrupção envolvendo autoridades do alto escalão político e empresários. Esses e outros fenômenos têm levado muitos a especular em torno da volta iminente de Cristo, tomando em geral como base suas palavras em Mateus 24. Não quero parecer incrédulo ante esses acontecimentos nem muito menos diante das palavras do Mestre. Mas tenho de, outra vez, ser um estraga prazer. Uma coisa não tem relação com a outra, ao menos não no sentido que tem sido sugerido. Para provar minha teoria, citarei dois exemplos simples.
Na Grécia antiga, assim como em Roma, para não citar povos vizinhos ao Israel do AT, eram comuns os bacanais. Também as relações homossexuais não estão sendo desvendadas nos nossos dias. Na Grécia a prática era comum e até incentivada. A violência e injustiças sociais sempre prevaleceram em toda a história humana, alcançando patamares inimagináveis em muitos países comunistas ou mesmo na afamada II GM. O segundo exemplo talvez seja ainda mais frustrante para os videntes atuais. Alguns países europeus, como Bélgica, Suíça e Noruega experimentam índices sociais muito positivos, e uma qualidade de vida que muitos já se sentiriam felizes de ter no Paraíso. Esses e outros países estão longe, muito longe desse caos social que o Brasil e outros países enfrentam.
Creio serem suficientes esses dois exemplos para provar minha teoria. Não se pode saber, nem mesmo fazer qualquer ideia de quando Cristo voltará. É o tipo de profecia que somente compreenderemos quando acontecer. Aos que se sentem às portas do arrebatamento, tenho a dizer que não estão errados, desde que não saiam por aí fazendo e dizendo asneiras como se houvesse um relógio da volta de Cristo no centro de sua cidade em contagem regressiva. O que você tem de fazer, faça-o porque é certo, edificante e para glória de Deus, não por um temor descabido e alienado.
Ao mesmo tempo, digo àqueles cristãos que vivem como se Cristo jamais houvesse prometido voltar ou como se não fossem mortais, que a parábola – profética - das dez virgens não está na Bíblia à toa. Os extremos, em geral, são perigosos e prejudiciais, e se é para viver em um deles, que seja o extremo lunático, pois, neste caso especificamente, é melhor pecar pelo excesso do que pela falta de temor e expetativa da volta do Rei dos reis. Entretanto, sem dúvida alguma o melhor é ser sóbrio e equilibrado, sem jamais esquecer de que Cristo, de fato, pode voltar agora, bem como ter a consciência de que, considerando a média histórica, provavelmente estaremos entre os mortos quando isso ocorrer.
Fonte: Bereianos
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
A glória da segunda casa: Uma interpretação cristológica
Por Rev. Alan Rennê Alexandrino Lima
“A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos” (Ageu 2.9).
É com frequência que igrejas locais mudam de endereço, a fim de proporcionar melhorias aos seus membros, bem como em busca de maiores espaços, a fim de acomodar um maior número de pessoas. É frequente, também, que para promover esta busca e conferir uma grande importância a um espaço cúltico maior, muitos acabam usando a passagem de Ageu 2.9. A lógica é a seguinte: O primeiro “templo” comportava apenas 150 pessoas. Já este segundo possui a capacidade para 500 pessoas. Com isso, de acordo com eles, cumpre-se a Palavra do Senhor em Ageu, pois a glória da “segunda casa” é maior que a da primeira.
Meu propósito neste breve comentário é analisar a passagem citada em seu contexto, a fim de obter uma conclusão a respeito da maneira como a mesma é aplicada por aqueles que entendem que ela diz respeito a locais de culto cada vez maiores.
O Livro de Ageu
Ageu é conhecido como um dos profetas da restauração, o que significa que sua atuação profética se deu quando os judeus já haviam retornado à Terra Prometida. O livro tem início com a contextualização histórica: “No segundo ano do rei Dario” (1.1), ou seja, por volta de 520 a.C. Juntamente com Zacarias, Ageu profetizou durante o reinício da reconstrução do Templo, exatamente no ano 520 a.C. De acordo com O. Palmer Robertson, Ageu foi “a primeira voz profética a falar desde o tempo da restauração da nação”.[1]
O primeiro tema a receber destaque na profecia de Ageu é o da reconstrução da “Casa do SENHOR”:
Assim fala o SENHOR dos Exércitos: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do SENHOR deve ser edificada. Veio, pois, a palavra do SENHOR, por intermédio do profeta Ageu, dizendo: Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas? Ora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai o vosso passado. Tendes semeado muito e recolhido pouco; comei, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vesti-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado.
Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai o vosso passado. Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; dela me agradarei e serei glorificado, diz o SENHOR. Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei. Por quê? – diz o SENHOR dos Exércitos; por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao passo que cada um de vós corre por causa da sua própria casa (Ageu 1.2-10).
O povo de Israel estava sendo negligente em reconstruir o Templo, o lugar da habitação de Deus no meio do seu povo. A ordem de Deus era no sentido de que o povo abandonasse seu egoísmo e passasse a se preocupar com a casa do Senhor. A ideia passada pelo povo com a sua atitude era a de que Deus era irrelevante. Eles não sentiam falta do Templo, do lugar onde o Senhor era adorado, onde o sacrifício tipológico era realizado e o perdão anunciado.
A “Segunda Casa” Comparada com a Primeira
A partir do versículo 12 vê-se que o povo atendeu à ordem do Senhor por intermédio do profeta Ageu: “Então, Zorobabel, filho de Salatiel, e Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e todo o resto do povo atenderam à voz do SENHOR, seu Deus, e às palavras do profeta Ageu, as quais o SENHOR, seu Deus, o tinha mandado dizer; e o povo temeu diante do SENHOR”. A profecia inicial de Ageu se deu no primeiro dia do sexto mês (1.1), ao passo que a reconstrução do templo teve início no “vigésimo quarto dia do sexto mês” (1.15).
Cerca de um mês após o início da reconstrução (2.1), os anciãos que ainda tinham em sua lembrança o esplendor do templo construído por Salomão, ao verem as construções do segundo templo lamentavam a sua inferioridade estética em relação ao primeiro. Por isso, o Senhor Deus perguntou por intermédio do profeta Ageu: “Quem dentre vós, que tenha sobrevivido, contemplou esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é ela como nada aos vossos olhos?” (2.3). “Comparado com o anterior, o templo que eles estão construindo terá pouco da primitiva grandeza e beleza. Parecer-lhes-á como nada”.[2] A comparação é feita entre a “glória” do primeiro templo e a aparente ausência de “glória” do segundo.
É importante recordar que o termo hebraico kabôd, traduzido como “glória” é usado em outros profetas com uma conotação diferente desta. Ezequiel, por exemplo, fala da kabôd para se referir à presença do Senhor no templo: “Como o aspecto do arco que aparece na nuvem em dia de chuva, assim era o resplendor em redor. Esta era a aparência da glória do SENHOR; vendo isto, caí com o rosto em terra e ouvi a voz de quem falava” (1.28). No capítulo 10, Ezequiel vê a kabôd do Senhor abandonando o templo, simbolizando que Deus não mais habitaria ali, não mais estaria presente de um modo especial e pactual: “Então, se levantou a glória do SENHOR de sobre o querubim, indo para a entrada da casa; a casa encheu-se da nuvem, e o átrio, da resplandecência da glória do SENHOR [...] Então, saiu a glória do SENHOR da entrada da casa e parou sobre os querubins” (vv. 4,18). Entretanto, Ageu “não aponta inicialmente para essa glória da presença de Yahweh. Antes, ele refere-se à beleza do templo de Salomão”.[3]
Já no versículo 7, o termo kabôd possui a mesma conotação da profecia de Ezequiel. A referência é à presença do Senhor no seu templo. Enquanto os anciãos se lembravam da beleza e esplendor do templo de Salomão, Deus promete que o segundo templo, menor em tamanho e riquezas, possuirá uma glória plena, pois, diz o Senhor “encherei de glória esta casa”. O Senhor estava ensinando ao seu povo que, “a glória do templo não dependeria de sua forma exterior. Ao contrário, a glória é vista na própria presença de Yahweh”.[4] A mensagem para aqueles que se encontravam chorosos e àqueles que concentram sua atenção na estrutura física do edifício cúltico, é que a beleza e o tamanho não influenciam ou diminuem a glória do local, mas sim a presença de Deus com o seu povo.
A Glória da Segunda Casa e Jesus Cristo
Deus prometeu que a sua presença encheria aquela casa de glória: “Ainda uma vez, dentro em pouco, farei abalar o céu, a terra, o mar e a terra seca; farei abalar todas as nações, e as coisas preciosas de todas as nações virão, e encherei de glória esta casa, diz o SENHOR dos Exércitos” (2.6-7). A grande questão é se a manifestação plena da glória de Deus estaria limitada àquele segundo templo que estava sendo construído na ocasião, ou se ela aponta apara algo além daquela edificação. A linguagem do profeta lembra o que aconteceu quando Davi se tornou rei de Israel. Várias nações reconheceram o seu reinado e enviaram presentes, coisas preciosas (2Samuel 5.11). O mesmo aconteceu com Salomão, filho de Davi (1Reis 5.8-10; 10.1-10). Não obstante, a referência é que as nações virão agora para contemplar a glória da casa do Senhor. Deus está falando de Cristo, que tanto era filho de Davi (Mateus 1.1) como a habitação permanente de Deus entre o seu povo (João 1.14). O. Palmer Robertson faz um comentário perspicaz a este respeito:
Este segundo abalo põe em destaque um único descendente de Davi, que possuirá poderes para agir com autoridade divina sobre todas as nações. Assim como o templo de Deus e o trono de Davi se fundiram no Monte Sião com a vinda da Arca para Jerusalém, assim também o profeta antecipa uma futura unificação gloriosa do culto divino e do domínio através de um monarca Davídico restaurado.[5]
A interpretação de Calvino também leva em conta o elemento messiânico da profecia:
Mas nós podemos entender o que ele diz de Cristo, virá o desejo de todas as nações, e eu encherei esta casa com glória. De fato, sabemos que Cristo era a expectativa de todo o mundo, de acordo com o que foi dito por Isaías. E pode ser dito apropriadamente que, quando o desejo de todas as nações vier, isto é, quando Cristo se manifestar, em quem os desejos de todos convergem, então, a glória do segundo templo será esplendorosa.[6]
Por esta razão é que o Senhor declara, no versículo 9: “A glória desta última casa será maior do que a da primeira”. A glória do segundo templo não possui nenhuma relação com o seu espaço físico ou com seus objetos de valor. A glória do segundo templo está direta e inextricavelmente relacionada com a vinda de Jesus Cristo. Por se tratar de um templo mais próximo da vinda do Messias do que o que fora construído por Salomão, o segundo seria mais glorioso. Diz o puritano Matthew Poole que, “o que Deus chama de glória deve ser bem melhor do que prata e ouro. Maior que a da primeira, verdadeiramente mais gloriosa, em muitos graus. O mínimo de Cristo tem glória maior que toda a magnificência de Salomão. Não existiram mais que duas casas erigidas por designação divina, e, na segunda, adentrou pessoalmente o Messias”.[7] Calvino afirma ainda que, não devemos imaginar, como alguns intérpretes “brutos”, que a glória futura do segundo templo dizia respeito às reformas empreendidas por Herodes, visando restaurar a suntuosidade do templo. Antes, de acordo com ele, “o que é dito aqui a respeito da glória futura do templo é aplicado à excelência daquelas bênçãos espirituais que apareceram quando Cristo foi revelado, e ainda continuam visíveis para nós através da fé”.[8]
A conexão entre a glória do segundo templo e Jesus fica mais evidente com a continuação do versículo 9: “e, neste lugar, darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos”. No Antigo Testamento a promessa de paz sempre estava ligada à vinda do Messias: “O SENHOR dá força ao seu povo, o SENHOR abençoa com paz ao seu povo” (Salmo 29.11). O conceito veterotestamentário de paz carrega “a noção positiva de bênçãos, especialmente a de um correto relacionamento com Deus”.[9] Isso fica evidente na bênção araônica, em Números 6.24-26: “O SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti levante o rosto e te dê a paz”.
Além disso, as passagens proféticas do Antigo Testamento olham adiante para um período de paz que seria inaugurado pela vinda do Messias: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9.6); “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta. Destruirei os carros de Efraim e os cavalos de Jerusalém, e o arco de guerra será destruído. Ele anunciará paz às nações; o seu domínio se estenderá de mar a mar e desde o Eufrates até às proximidades da terra” (Zacarias 9.9-10). O profeta Ezequiel anunciou que através do Messias, Deus faria uma eterna aliança de paz com o seu povo: “Farei com eles aliança de paz; será aliança perpétua. Estabelecê-los-ei, e os multiplicarei, e porei o meu santuário no meio deles, para sempre” (37.26). Interessantemente, a ideia de um santuário, um templo ligado ao estabelecimento da paz também aparece na passagem de Ezequiel.
Isto posto, quando os discípulos estavam reunidos com Jesus no cenáculo, ouviram o seu Mestre dizer: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo” (João 14.27). Com toda certeza eles rememoraram as promessas escriturísticas a respeito do estabelecimento da paz pelo Messias, aquele que era o tabernáculo de Deus entre os homens.
É importante observar ainda que, Apocalipse 21.22 faz uma afirmação extraordinária a respeito da Nova Jerusalém: “Nela, não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro”. G. K. Beale e Sean M. McDonough afirmam que, “João provavelmente entendeu estas profecias do Antigo Testamento como sendo cumpridas no futuro por Deus e Cristo substituindo o primeiro templo físico e a arca por sua gloriosa habitação, o que tornará a glória do primeiro templo diminuta”.[10]
Conclusão
A glória do segundo templo não dizia respeito ao seu tamanho nem ao esplendor do material usado na sua construção – até porque, em comparação com o primeiro templo, o segundo foi capaz de despertar o choro dos anciãos que viram o que fora construído por Salomão. A glória da segunda casa estava ligada à vinda do Messias, de Jesus Cristo, o verdadeiro templo de Deus, o Emanuel, o Deus conosco.
Usar a passagem de Ageu 2.9 para recomendar um enorme espaço cúltico, com capacidade para abrigar milhares de pessoas é cometer duplo erro. Em primeiro lugar, comete-se o erro de torcer o sentido da passagem de acordo com o contexto do livro do profeta Ageu. A segunda casa cuja glória seria maior era pequena e destituída de ornamentos em comparação com a primeira. Mas muitos usam a passagem para falar de uma segunda casa maior que a que usavam até então. Em segundo lugar, comete-se o erro de desconsiderar Jesus Cristo, de se apegar às sombras do Antigo Testamento em detrimento daquele que dá sentido a todo ajuntamento solene e que enche de glória todo e qualquer lugar onde o povo de Deus está reunido para adorá-lo em espírito e em verdade.
Soli Deo Gloria!
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Via: Bereianos
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