Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.

Primeiro - Trate Seriamente com o Pecado. Segundo - Não Seja Dono de Coisa Alguma. Terceiro - Nunca se Defenda. Quarto - Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém. Quinto - Nunca Aceite Qualquer Glória. A.W. Tozer

terça-feira, 21 de junho de 2011

Viver é Cristo 08

SUBMISSÃO.

8ª Semana

Submisso = Que vive segundo uma vontade e um desígnio superiores.

1º Dia - Eu vos designei!
João 15:16 - "Não fostes vós que me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi, e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo o que em meu nome pedirdes ao Pai Ele vos conceda".

A essência da Santidade está relacionada com submissão, e submissão só é genuína quando é fruto da convicção de desígnio. A certeza de que há um plano eterno de Deus para a vida. É muito mais do que ter um objetivo ou propósito, que, ao final, podem ser de qualquer natureza, genéricos e de conotação particular. Pois o propósito não tem que, necessariamente, ter uma conotação superior, passada ou, se quer, futura. Já o desígnio compreende ações e determinações prévias e externas. Alguém decidiu antecipadamente e o revelou num tempo oportuno. A compreensão do desígnio fará com que a missão particular seja colocada debaixo da orientação de uma vontade superior. A Santidade é revelada na plena submissão a esse desígnio revelado.

Para reflexão: Qual o desígnio de Deus para Seus filhos?

2º Dia - Submetei-vos a Deus!
Tiago 4:7-8 - "Submetei-vos, pois, a Deus. Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós".

Não temos como resistir ao mal, sem uma profunda convicção do bem que Deus determinou a nós. Antes mesmo da fundação do mundo, Ele decidiu revelar Sua bondade, manifestar Sua natureza de maneira visível, através da Sua Família - Seus filhos, gerados por adoção em Cristo. A Santidade vem da disposição determinada de conhecer esta vontade eterna de Deus, e submeter-se incondicionalmente a ela. Não há como pensar em Santidade, como sendo algo que se oferece a Deus, resultado do esforço da carne em produzir uma realidade espiritual que O agrade. A Santidade é expressa na disposição de orientar a carne, submetendo-a ao conhecimento do desígnio de Deus, para que ele seja liberado; na transformação pela renovação do entendimento, pelo conhecimento do Seu propósito para nossa vida, e vivendo de modo digno do nome - o desígnio que Ele nos deu.

Para reflexão: Qual a diferença entre submissão e subserviência?

3º Dia - Chamado de Amigos.
João 15:14-15 - "Vós sois meus amigos, se fizerdes o que vos mando. Já não vos chamo de servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor. Antes, tenho vos chamado de amigos, pois tudo o que ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer".

O processo de Santidade nos aproxima de Deus porque nos torna íntimos do Seu coração, na medida em que vamos nos "familiarizando" com o que está guardado no profundo da Sua mente. Esta aproximação só revela quanto estamos afinados com o Seu desígnio, e não qualquer tipo de direito ou merecimento por ter feito a "coisa certa". Fazemos porque somos amigos, mas não somos amigos apenas porque fazemos. A amizade de Jesus não pode ser comprada, numa mera perspectiva comercial. Santidade retrata relacionamento e intimidade. A pessoa santa é aquela guiada pelo Espírito Santo segundo a Palavra de Deus, revelada e encarnada por Jesus. Aqueles que, segundo esta mesma Palavra, vão crescendo até chegar à estatura do varão perfeito que é Cristo. O homem natural faz todas as coisas segundo seus propósitos, interesses e conveniências pessoais. O homem santo é amigo de Deus, e sabe o que faz porque conhece qual o desígnio de Deus para ele.

Para reflexão: Qual a relação entre amizade e obediência?

4º Dia - Justificados pela Fé.
Romanos 5:1-2 - "Justificados, pois, pela fé, temos paz para com Deus, por meio do nosso Senhor Jesus Cristo, por Quem obtivemos entrada a essa Graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus".

A nossa Santidade só é possível porque toda a Justiça que repousava em Cristo, Ele voluntariamente atribuiu a nós. Recebemos o que não merecíamos e, Nele, Deus nos declarou justificados. Assim, nossa natureza é transformada pelo conhecimento de Sua Graça, nossas "medidas" vão sendo corrigidas, até que sejamos "ajustados" à medida da perfeição de Cristo. Como Deus o Pai vê o Filho Jesus, também vê a nós, e nos concede a Graça de sermos como Ele é. Quanto mais conhecemos da natureza de Cristo - Sua Santidade, mais vamos conhecendo de nós mesmos, e da pessoa que podemos ser Nele. Pois, pela promessa de Deus - Sua Palavra empenhada, somos um com Ele.
As "medidas" de Cristo impõem a nós o padrão da pessoa que podemos ser; elas determinam qual é, de fato, nossa medida em Deus. Nosso empenho é por saber quais são, e como nos submetemos a elas.

Para reflexão: Qual a medida de Deus para nossa Santidade?

5º Dia - Uns aos outros.
Efésios 5:20-21 - "Dando sempre graças por tudo ao nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-se uns aos outros no temor de Cristo".

A nossa submissão aos desígnios de Deus, também se revela na forma como nos dispomos a sermos usados por Deus, para que os mesmos desígnios se cumpram na vida dos outros. Tendo em nós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que dispôs Sua vida e vontade ao serviço dos nossos interesses genuínos. Ele conhecia a Vontade soberana do Pai, sabia o que estava no íntimo do Seu coração em relação a nós, e se ofereceu para encarnar entre nós esta Vontade. No Seu desejo de nos abençoar, Ele encarna toda a Palavra de Deus numa expressão visível, para que, diante deste testemunho, pudéssemos crer e ser libertos das cadeias da nossa incredulidade. Seu sacrifício é em favor da nossa fé - libertação. Ele suporta ser humilhado para que nós sejamos glorificados. Assim, libertos da ignorância, podemos, também, oferecer nossa vida para revelação do Amor de Deus aos outros.

Para reflexão: Qual o limite da nossa submissão ao desígnio de Deus?

6º Dia - Não veio para ser servido.
Marcos 10:43-45 - "Qualquer que entre vós quiser ser grande, será o que vos sirva, e quem entre vós quiser ser o primeiro será servo de todos. Pois o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos".

Deus nos designou para sermos Sua Família, manifestando Sua glória sobre a Terra, revelando Seu amor aos homens. Neste propósito, nos direcionou às pessoas, de modo que, servindo-as nos seus desafios e necessidades, estivéssemos servindo a Ele. Pois, Deus não é servido pelos homens, como se a necessidade fosse Dele. Nós O servimos quando servimos aqueles que Ele ama e revelamos a eles Seu favor. O verdadeiro serviço a Deus está em servir aos interesses do Seu amor, e ser uma expressão visível da Sua Graça. O propósito de Deus, revelado no princípio, é: "Frutificai, multiplicai, enchei a Terra e sujeitai-a". A sujeição, ou submissão, está ligada à capacidade de influência. Somos submissos e podemos submeter, na medida em que, conquistados pelo entendimento do amor de Deus por nós, nos dispomos a nos submeter uns aos outros. E, assim, influenciadas pelo testemunho deste amor, as pessoas se submetem à sua autoridade.

Para reflexão: Como Deus é servido por nós?

REVISÃO.

7º Dia - Salvai-vos! Santificai-vos!
Atos 2:40 - "Com muitas outras palavras os exortava dizendo:
Salvai-vos desta geração perversa".
Josué 3:5 - "Josué ordenou ao povo: Santificai-vos, pois amanhã o Senhor fará maravilhas entre vocês".

A palavra que resume toda a mensagem dos apóstolos, nos primeiros dias da Igreja, coincide com o que Josué declarou ao povo, no exato momento de entrarem na Terra Prometida. São palavras colocadas no mesmo lugar na vida daqueles que são chamados por Deus para manifestarem o Seu desígnio. O lugar de separação entre o velho e o novo; a separação entre o que foi a nossa vida sem Deus e o que é a nossa nova vida com Ele, conforme o Seu eterno propósito; a separação entre a escravidão e a liberdade.

O mundo geme escravizado pela vaidade, o individualismo, a cobiça, a ganância e a inveja. Geme, como quem tem dores de parto, a espera de que os filhos de Deus se revelem, e tragam consigo a expressão de uma nova realidade. Uma Nação Santa, que vive uma nova condição de vida em plena liberdade. O Reino de Deus onde a lei é o Amor. A intensidade do Amor que manifestamos uns pelos outros, é que testemunha, de modo eficaz, a intensidade do nosso Amor a Deus.

O sentido da salvação e da santidade não se restringe ao esforço para salvar ou santificar a nós mesmos. Mas, refere-se à total transformação dos interesses e motivações. De tal modo que, revelamos nossa salvação, conquanto nos ocupamos com a salvação dos outros. Somos, de fato, santos, na medida em que nossa motivação e compromisso estão voltados para o benefício dos outros. Por estarmos ainda sob a influência do pecado, somos tentados a traduzir estas palavras de ordem: "Salvai-vos e Santificai-vos", numa perspectiva estritamente individual. Sendo que, o contexto era coletivo e comunitário. Todos estariam empenhados na salvação e santificação de todos.

A nossa santidade é proporcional à nossa submissão a Deus e aos outros, e a nossa submissão proporcional à nossa santidade. Quanto mais da santidade de Deus experimentamos, mais nos entregamos ao cuidado das necessidades .

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