Tenho conversado com alguns pastores que
compartilham de uma preocupação relacionado a frequência dos membros de
suas igrejas em seus cultos.
Na verdade, ouso afirmar que esse é um
problema eminentemente OCIDENTAL que se manifesta em praticamente todas
as Igrejas Brasileira.
Por acaso você já percebeu que existem
inúmeros irmãos quem faltam dois, três cultos e aparecem
esporadicamente? Pois é, complicado não é mesmo?
Confesso que ultimamente tenho pensado muito nisso tentando descobrir o que fazer para corrigir esse tipo de comportamento.
Bom, Kevin De Young, um jovem pastor
americano escreveu um texto brilhante que acredito possa nos ajudar
nessa reflexão. De Young chama esse grupo de irmãos de “SEMI-IGREJADOS”.
O texto foi traduzido por Josaías Junior e foi publicado pelo Reforma 21.
Vale a pena ler até o final!
Renato Vargens
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“Este é um daqueles
posts que queria escrever há algum tempo, mas não tinha certeza de como
dizer o que acho que precisa ser dito. O perigo do legalismo e da falsa
culpa é muito real. Mas, o perigo da desobediência e do autoengano
também é.
Eu quero falar sobre
os membros de igreja que frequentam sua igreja com grande
irregularidade. Eles não são desigrejados, desviados ou sub-igrejados.
Eles são semi-igrejados. Eles aparecem algumas vezes, mas não toda
semana. Eles estão dentro e fora, estão ligados e desligados, um domingo
aqui e dois sumidos. Este é o escândalo dos semi-igrejados. Na verdade,
Thom Rainer defende que a razão principal para o declínio de
comparecimento à igreja é que os membros não vão tanto à igreja quanto
costumavam.
Nós temos cristãos
que só aparecem no Natal e na Páscoa provavelmente desde que temos Natal
e Páscoa. Algumas pessoas sempre serão intermitentes em relação à sua
presença na igreja. Eu não estou falando sobre cristão nominais que
aparecem na igreja uma ou duas vezes ao ano. Estou falando sobre pessoas
que passam por todo o processo de fazer parte de uma igreja, não têm
qualquer problema com a igreja, mas, ainda assim, só entram por suas
portas uma ou duas vezes ao mês. Se há igrejas com róis de membro muito
maiores que a frequência média de domingo, ou seus sub-pastores
abandonaram suas obrigações, ou há membros infiéis em seu meio, ou os
dois.
Eu sei que não vamos
à igreja, nós somos a igreja (blá, blá, blá), mas ser preciosista com
nosso vocabulário não muda a exortação de Hebreus 10.25: Não devemos
deixar de congregar-nos, como é costume de alguns. Reunir-se a cada Dia
do Senhor com a nossa família da igreja é um dos pilares do cristianismo
maduro.
Então, faça a si mesmo algumas perguntas.
1. Você estabeleceu a presença na igreja como um hábito inviolável em sua família?
Sabe quando você
acorda de manhã e pensa: “talvez eu dê uma corridinha hoje” ou “acho que
vou fazer torradas esta manhã”? Não é assim que o comparecimento à
igreja deveria ser. Não deveria ser uma proposição “se eu sentir
vontade”. Eu sempre serei grato por meus pais tratarem a presença na
igreja (de manhã e de noite) como um padrão inalterável. Não estava
aberto a discussão. Não era baseado em circunstância extenuantes. Nunca
foi um talvez. Nós íamos à igreja. Era isso que fazíamos. Isso tornava a
decisão de todo domingo uma decisão simples, porque não havia realmente
decisão. Exceto por doenças desesperadoras, nós sempre íamos. Dar à sua
família o mesmo tipo de hábito é um dom que eles não apreciarão agora,
mas normalmente te agradecerão depois.
2. Você planeja adiantado no sábado para que a igreja seja uma prioridade no domingo?
Todos nós somos
ocupados; por isso, pode ser difícil ir para igreja, especialmente com
uma casa cheia de crianças. Nunca aproveitaremos o máximo dos nossos
domingos se não nos prepararmos para eles no sábado. Isso provavelmente
significa terminar o dever de casa, ir para cama na hora e abdicar de um
pouco do futebol. Se a igreja só é lembrada mais tarde, você não
pensará nela até que seja muito tarde.
3. Você organiza seus planos de viagem de maneira a minimizar a ausência no domingo?
Eu não quero ser
legalista com essa pergunta. Eu já viajei no domingo antes (embora tente
evitar). Eu tiro férias e recesso para estudos, e perco 8 ou 9 domingos
da minha igreja por ano. Eu entendo que vivemos em uma cultura móvel.
Eu entendo que as pessoas querem visitar seus filhos e netos no final de
semana (e como sou grato quando os nossos vêm e visitam). A época em
que as pessoas estavam na cidade por 50 a 52 semanas por ano é passado.
Viajar é muito fácil. Nossas famílias estão muito dispersas. Mas,
escute: isso não significa que não podemos nos esforçar um pouco para
estar por lá no domingo. Talvez você possa tirar a sexta para visitar as
crianças e poder retornar na noite de sábado. Talvez você precise
pensar duas vezes sobre investir numa chácara que te afastará da igreja
por várias semanas durante o ano. Talvez você possa reavaliar sua
suposição de que o período entre sexta à noite e domingo à noite é seu
para fazer o que você quiser. É quase impossível crescer em amor por sua
igreja e servir efetivamente na sua igreja se você está regularmente
ausente.
4. Você está disposto a fazer sacrifícios para reunir-se com o povo de Deus para adorar a cada domingo?
“Mas você não espera
que eu cancele meus planos para sábado à noite, certo? Sem chance de
reorganizar minha agenda de trabalho. Este emprego exige que eu trabalhe
todo domingo – eu teria que arrumar um novo emprego se quisesse estar
regularmente na igreja. Domingos são meus dias de recarregar. Eu não
cuidarei de tudo na casa se eu for para a igreja toda semana. Meus
filhos não poderão jogar futebol se não formos nos jogos de domingo. Se
eu tiver que terminar meu dever de casa antes do domingo, não poderei
descansar na sexta à noite e o sábado todo. É claro que Deus não quer
que eu sacrifique tanto só para poder aparecer na igreja!”. Não é
exatamente o caminho da cruz, é?
5. Você já considerou que talvez você possa não ser um cristão?
Quem sabe quantas
pessoas Deus salva “como pelo fogo” (1 Co 3.15)? Ir à igreja toda semana
te torna um cristão? Absolutamente não. Perder 35 domingos por ano te
torna um não-cristão? Isso já dá o que pensar. O povo de Deus ama estar
com o povo de Deus. Eles amam cantar louvores. Eles amam comer à Mesa.
Eles amam ser alimentados com a Escritura. Falta de frequência à igreja –
ou seja, andar sem rumo – é, na melhor das hipóteses, sinal de
imaturidade e, na pior, incredulidade. Sempre que Deus chama pessoas das
trevas, ele as chama para a igreja. Se o culto de domingo é a
comunidade dos redimidos, o que seu padrão semanal sugere a Deus sobre
do que você realmente faz parte?”
Kevin De Young
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