Estou lendo um livro interessante, recheado de frases inspirativas, em que o autor cita várias palavras de Jesus Cristo, mas omite seu nome, mencionando apenas o lugar onde elas estão registradas, como: “It is more blessed to give than to receive —Acts 20:35” (URBAN, Hal. Choices that Change Lives, New York, NY: Fireside, 2006). Curiosamente, quando URBAN cita outras frases de personalidades da História, faz questão de mencionar seus nomes, como Madre Teresa de Calcutá, Albert Schweitzer, Winston Churchill, etc.
Aliás, no caso da frase contida em Atos 20.35, no Novo Testamento, muitos leitores desatentos pensam que ela foi pronunciada por Paulo, em razão de ela fazer parte do seu sermão aos presbíteros de Éfeso, em Mileto, no retorno de sua terceira viagem missionária. Entretanto, nessa passagem, o apóstolo disse que é necessário “recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber”.
É interessante como muitos “sábios”, a despeito de reconhecerem as verdades ditas pelo Mestre dos mestres, evitam a sua Pessoa; consideram “politicamente incorreto” a simples menção do seu nome. Eles agem como os doutores da lei dos tempos em que Jesus andou na terra, os quais examinavam as Escrituras com avidez, julgando ter nelas a vida eterna, porém não queriam reconhecer o Mestre como Senhor, Salvador e Cristo: “Examinais as Escrituras, [...] E não quereis vir a mim para terdes vida” (Jo 5.39,40).
Sabemos que a Palavra viva (Jesus Cristo) e a Palavra escrita (a Bíblia Sagrada) estão intimamente ligadas e são indissociáveis (Jo 1.1,14). É impossível — ao mesmo tempo — distanciar-se da Palavra de Deus e aproximar-se do Deus da Palavra. Por isso, o Senhor Jesus asseverou: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada” (Jo 14.23).
Ciro Sanches Zibordi
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