Esse garoto assistiu alguns DVDs e olha no que deu! |
Como vocês sabem, a homilética é a arte de pregar. Mesmo que algum fanático
pregador estridente negue, todo pregoeiro segue determinadas normas e
tradições. A questão é: elas são boas ou ruins? E qual o critério de uma
boa pregação? Ora, certamente é a centralidade de Cristo, a máxima
fidelidade na interpretação e a edificação da Igreja.
Bom, tenho alguns breves conselhos para meus amigos que são pregadores advindos de igrejas pentecostais. Eu, como pentecostal que sou, valorizo a minha tradição teológica, mas igualmente abomino suas idiossincrasias. O texto visa esclarecer que toda pregação, como já dito acima, deve ser focada em Cristo, além, é claro, deve visar a edificação da Igreja.
01. Pare de gritar!
Bom, tenho alguns breves conselhos para meus amigos que são pregadores advindos de igrejas pentecostais. Eu, como pentecostal que sou, valorizo a minha tradição teológica, mas igualmente abomino suas idiossincrasias. O texto visa esclarecer que toda pregação, como já dito acima, deve ser focada em Cristo, além, é claro, deve visar a edificação da Igreja.
01. Pare de gritar!
Esse é o conselho elementar. Nunca fale que Deus o está impulsionando para
gritarias. Não há um único texto bíblico mostrando que o descontrole
seja o propósito e a forma da pregação. Há pregadores que são
simplesmente insuportáveis. Lembre que sons com vários decibéis são
prejudiciais para a saúde, inclusive das inúmeras crianças e idosos que
frequentam cultos evangélicos. Gritar é simplesmente usar um tom de voz
alto. E eu pergunto: qual a eficácia de um timbre alto para a
comunicação entre você e a comunidade cristã? Você não poderia falar com
melhor entendimento com um som equilibrado?
Em determinados momentos usaremos uma voz mais alta para enfatizar determinada ideia, mas esse recurso é a exceção, e não a regra. E, também, é evidente que em momentos de louvor usaremos a ênfase para destacar a grandeza de Deus. Mas, igualmente, estamos falando de exceções.
02. Você não é locutor de radionovela da década de 1960.
Em determinados momentos usaremos uma voz mais alta para enfatizar determinada ideia, mas esse recurso é a exceção, e não a regra. E, também, é evidente que em momentos de louvor usaremos a ênfase para destacar a grandeza de Deus. Mas, igualmente, estamos falando de exceções.
02. Você não é locutor de radionovela da década de 1960.
Por que usar aquela “voz misteriosa”? E, também, você não é o Gil Gomes do
“Aqui Agora”. Deixe esses personalismos para apresentadores
sensacionalistas. Você está narrando um crime de folhetim mexicano ou
expondo a Palavra de Deus?
03. Seja objetivo e não gaste meia hora falando da honra em pregar naquela igreja.
03. Seja objetivo e não gaste meia hora falando da honra em pregar naquela igreja.
Ora, tem coisa mais irritante do que esses pregadores que gastam minutos
preciosos agradecendo o convite da igreja, exaltando o pastor local,
falando como aquela igreja é bonita e ainda descrevendo um sentimento
exultante ao se dirigir para o púlpito?
04. Pare de decorar pregação de DVDs para depois reproduzir besteiras no púlpito.
04. Pare de decorar pregação de DVDs para depois reproduzir besteiras no púlpito.
Leia, estude, ore, estude, leia etc. e tal, mas não copie uma pregação do
DVD. Eu já vi um pregador que imitava até a oração de um evangelista
famoso. Sabe o pior? Quem imita pregação de DVD escolhe os piores e mais
heréticos para se espelhar.
05. Respire normalmente.
05. Respire normalmente.
Como assim? Que conselho é esse? Ora, há vários pregadores pentecostais
totalmente saudáveis que, enquanto pregam, usam de uma respiração
ofegante. O motivo? Bom, a causa é a imitação dos ídolos de DVDs. E
saiba que completar intervalos de respiração com “glórias a Deus” e
“aleluias” é meramente um culto mecânico.
06. Quando for pregar algum “sermão biográfico” não faça teatro da história já lida.
06. Quando for pregar algum “sermão biográfico” não faça teatro da história já lida.
Eu já cansei de ouvir pregações sobre Daniel na cova dos leões onde o
pregador faz uma leitura do capítulo seis e depois repete a narração em
cada detalhe e, pior, com dramatização. E a interpretação? E a
aplicação? Qual o sentido do texto para o cristão de hoje? E a
supremacia de Cristo na vida de Daniel? Bom, só ouvimos clichês como
“Deus não nos livra da cova, mas nos salva na cova”! Já ouvi isso 1784
vezes de vários pregadores diferentes.!
É isso!
É isso!
Por Gutierres Fernandes Siqueira
Nenhum comentário:
Postar um comentário