Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.

Primeiro - Trate Seriamente com o Pecado. Segundo - Não Seja Dono de Coisa Alguma. Terceiro - Nunca se Defenda. Quarto - Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém. Quinto - Nunca Aceite Qualquer Glória. A.W. Tozer

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Jesus, o Deus que vestiu pele humana


Jesus lavando os pés dos discipulos 
Por Hernandes Dias Lopes

O apóstolo João, mais do que os outros evangelistas, falou-nos acerca da divindade de Jesus Cristo. No prólogo de seu evangelho já deu o rumo de sua obra: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). Depois de falar que esse Verbo foi o agente criador e também o doador da vida, anunciou de forma magistral: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do Unigênito do Pai” (Jo 1.14). Destacamos, portanto, aqui, quatro grandes verdades sobre o Verbo de Deus.

Em primeiro lugar, a eternidade do Verbo. “No princípio era o Verbo…” (Jo 1.1). Quando tudo teve o seu começo, o Verbo estava lá, não como alguém que passou a existir, mas como o agente de tudo o que veio à existência. O Verbo não foi causado, mas ele é causa de tudo o que existe. O Verbo não foi criado antes de todas as coisas, mas é o criador do universo no princípio (Jo 1.3). Se antes do princípio descortinava-se a eternidade e se o Verbo já existia antes do começo de tudo, o Verbo é eterno. A eternidade é um atributo exclusivo de Deus. Só Deus é eterno!

Em segundo lugar, a personalidade do Verbo. “… e o Verbo estava com Deus…” (Jo 1.1). No princípio o Verbo estava em total e perfeita comunhão com Deus. A expressão grega pros ton Theon traz a ideia que o Verbo estava face a face com Deus. Como Deus é uma pessoa e não uma energia, o Verbo é uma pessoa. O Verbo é Jesus, a segunda Pessoa da Trindade. Isso significa que antes da encarnação do Verbo, ele já existia e, isso, desde toda a eternidade e em plena comunhão com o Pai. Jesus não passou a existir depois que nasceu em Belém. Ele é o Pai da eternidade. Nas palavras do Concílio de Nicéia, ele é co-igual, co-eterno e consubstancial com o Pai.

Em terceiro lugar, a divindade do Verbo. “… e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). O Verbo não é apenas eterno e pessoal, mas, também, divino. Ele é Deus. Ele é a causa não causada. A origem de todas as coisas. O criador do universo. Ele é o verbo, ou seja, o agente criador de tudo que existe, das coisas visíveis e invisíveis. O Deus único e verdadeiro constitui-se em três Pessoas distintas, porém, iguais; da mesma essência e substância. O Verbo não é uma criatura, mas o criador. Não é um ser inferior a Deus, mas o próprio Deus. Embora, distinto de Deus Pai, é da mesma essência e substância. Ele é divino!

Em quarto lugar, a encarnação do Verbo. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.14). Aqui está o sublime mistério do Natal: O eterno entrou no tempo. O transcendente tornou-se imanente. Aquele que nem o céu dos céus pode contê-lo foi enfaixado em panos e deitado numa manjedoura. Deus se fez homem, o Senhor dos senhores se fez servo. Aquele que é santo, santo, santo se fez pecado por nós e o que é exaltado acima dos querubins, assumiu o nosso lugar, como nosso fiador. Ele se fez maldição por nós e, sorveu, sozinho, o cálice amargo da ira de Deus, morrendo morte de cruz, para nos dar a vida eterna. Jesus veio nos revelar de forma eloquente o amor de Deus. Não foi sua encarnação que predispôs Deus a nos amar, mas foi o amor de Deus que abriu o caminho da encarnação. A encarnação do Verbo não é a causa da graça de Deus, mas seu glorioso resultado. Jesus veio ao mundo não para mudar o coração de Deus, mas para revelar-nos seu infinito e eterno amor. Essa é a mensagem altissonante do Natal. Esse é o núcleo bendito do Evangelho.

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