Miserável homem que eu
sou! quem me livrará do corpo desta morte?Romanos 7:24
Hoje acordei com uma vontade de desistir. Abandonar tudo. Os problemas
são muitos, as inquietações fazem meu coração tremular. As forças, já não mais
as tenho. O silêncio toma o lugar de minhas palavras.
Máscaras? As tenho pendurado na parede do meu quarto, onde escolho uma
sempre que preciso disfarçar o meu verdadeiro eu.
É sozinho que compreendo que não sou quem Deus gostaria que eu fosse.
É sozinho que sei que tudo que me resta é somente me apegar em sua
misericórdia.
É sozinho que todas as verdades vem à tona, e vejo o meu “mundo”
desmoronar em minha cabeça.
Desculpas eu já as usei, e nesse momento somente me servem para me
enganar. As minhas vontades só me levam para mais longe; tão longe que já não
consigo enfrentar a realidade. Ás vezes é um grito de uma alma angustiada e
abatida, que sabe que a realidade não é tão colorida como se imagina. Eu bem
sei que eu poderia amar mais, me dedicar mais. Porém o orgulho já faz de mim
seu escravo, e a única coisa que consigo enxergar em minha frente são relances
de uma vida que poderia ser vivida. Eu disse bem. Poderia, mas não a vivo.
Porque as oportunidades perdi. Os valores troquei, e sei que teria sido mais
feliz se tivesse consciência de que a morte é uma realidade que acompanha a todo
homem. Pois entendo que os valores que vem de Deus, duram para sempre e não
terminam juntamente com a minha existência terrena.
Oh! Miserável homem que sou. Envolto em fraqueza e carência.
Necessitado de uma esperança. Tenho que admitir, não sou tudo aquilo que os
outros veem, não sou espiritual demais, e nem forte o suficiente para bater em
meu próprio peito e vencer as muralhas que a vida me impõe.
Os porquês, e as dúvidas já são participantes da minha caminhada. E
muitos dos meus sorrisos só servem para maquiar a vida que não tenho. Consigo
ser para alguém o que não consigo ser para Deus. Desesperado por uma aparência
ou aceitação, me enterro no silêncio da frustração.
Mas quando eu aceito a realidade, e de maneira honesta me entrego a graça
de Cristo, todo o meu ser se alegra, compreendendo que é somente Nele que
encontro a satisfação que tanto procurava. Já não preciso das máscaras e nem da
vida medíocre e falsa inventada por mim mesmo. Em Cristo recebo a vida
abundante que todo homem deseja, me apego o que Ele tem a me oferecer. Desfruto
de sua maravilhosa graça, pois compreendo que as minhas fraquezas me fazem mais
humano e mais dependente. Tais fraquezas me tornam sincero diante de um amor
que escolheu me alcançar.
Cristo, somente Cristo é capaz de se aproximar de mim. Tocar em minhas
feridas e oferecer seu perdão.
Palavras me faltam, pois não consigo esconder Dele o quão miserável eu sou.
A minha alma o deseja, e encontro em Jesus tudo o que falta em mim. Ele é a
minha própria vida, o anseio de uma alma ferida. Nele me escondo, quando eu
mesmo não me acho. Liberdade! Já posso gritar. Ele me salvou das minhas
questões mais profundas, onde homem nenhum poderia me responder.
Amado Jesus, o que posso lhe oferecer? Em mim, Miserável ser não há
nada. Até a minha fervorosa gratidão são insignificantes diante de Ti. Me
encontro somente em teu caminho, tenho esperança somente em tua palavra, sou atraído
pelo seu amor. Me lanço completamente em seus braços!
Quando recebo Cristo, as cadeias de uma vida falsa são quebradas,
entendo que não são as minhas virtudes que fazem de mim aceitável, mas sim as
minhas fraquezas, pois a graça de Cristo só tem eficácia na vida de um
miserável, que reconhece a necessidade e o valor de um perdão.
''Vivo em perseverança, com as forças renovadas na esperança. Sendo
aperfeiçoado nas minhas fraquezas, pois são elas que me levam até Jesus.''
E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu
poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas
fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. 2 Coríntios 12:9
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