Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.

Primeiro - Trate Seriamente com o Pecado. Segundo - Não Seja Dono de Coisa Alguma. Terceiro - Nunca se Defenda. Quarto - Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém. Quinto - Nunca Aceite Qualquer Glória. A.W. Tozer

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

ARIOVALDO RAMOS - JOÃO 4

Por que seminaristas perdem a fé no seminário?


PorQueSeminaristasPerdemAFe

Não quero dizer que acontece com todos. Mas, acontece com muitos. Conheço vários casos, inclusive próximos a mim, de jovens cristãos fervorosos, dedicados, crentes, compromissados com Deus, que gostavam de orar e ler a Biblia, que evangelizavam em tempo e fora de tempo, e que depois de entrar no seminário ou faculdade de teologia, esfriaram na fé, setornaram confusos, críticos, incertos e até cínicos. Como Tomé, não conseguem crer (espero que ao final venham a crer, como graciosamente aconteceu com Tomé).

Existem algumas razões pelas quais casos deste tipo têm se tornado cada vez mais comum. Coloco aqui as que considero mais relevantes, sempre lembrando que muitos seminários e escolas de teologia levam muito a sério a questão da ortodoxia bíblica e do cultivo da vida espiritual de seus alunos. Não é a eles a que me refiro aqui.

1) Acho que tudo começa quando as denominações mandam para os seminários e faculdades de teologia jovens que não têm absolutamente a menor condição de serem pastores, professores, obreiros e pregadores. Muitos são enviados sem qualquer preparo intelectual, espiritual e emocional. Alguns mal fizeram 17 anos e foram enviados simplesmente porque eram líderes destacados dos adolescentes de sua igreja, eram líderes do grupo de louvor ou filhos de pessoas influentes da igreja. Não é sem razão que Paulo orienta que o líder não pode ser neófito, isto é, novo na fé (1Tim 3.6). Eles não têm a menor estrutura intelectual, bíblica e emocional para interagir criticamente com os livros dos liberais e com os professores liberais que vão encontrar aos montes em algumas das instituições para onde serão mandados.

2) Acho também que a culpa é das denominações que mantêm professores liberais ou conservadores frios espiritualmente nas cátedras de suas escolas de teologia. O que um professor que não acredita em Deus, nem que a Bíblia é a Palavra de Deus, não ora, tem para ensinar a jovens que estão na sala de aula para aprender mais de Deus e de sua Palavra? Há seminários e escolas de teologia que mantêm no corpo docente professores que nem vão mais à uma igreja local, que usam o título de pastor apenas para ocupar uma vaga na cátedra dos seminários. Nunca levaram ninguém a Cristo e nem estão interessados nisso. Não têm vida de oração, de piedade. Que exemplo eles poderão dar aos jovens que sentam nas salas de aula com a mente aberta, ansiosos e desejosos de ter modelos, exemplos de líderes para começar seus próprios ministérios?

3) Alguns desses professores têm como alvo pessoal destruir a fé de todos os seus estudantes antes mesmo que terminem o primeiro ano de estudos. Começam desconstruindo o conceito de que a Bíblia é a infalível e inspirada Palavra de Deus. Com grandes demonstrações de sapiência e erudição, eles mostram os erros da Bíblia e o engano da Igreja Cristã, influenciada pela filosofia grega, em elaborar doutrinas como a Trindade, a Divindade de Cristo, a Expiação. Mesmo sem usar linguagem direta — alguns usam, todavia — lançam dúvidas sobre a ressurreição literal de Cristo de entre os mortos. A pá de cal na sepultura da fé desses meninos é a vida desses professores. Além de não terem vida devocional alguma, alguns deles ensinam os seus pobres alunos a beber, fumar e freqüentar baladas e outros locais. Eles até lideram o grupo Noé (que se encheu de vinho) e o grupo Isaías (“e a casa se encheu de fumo”) nos seminários!!

4) Bom, acredito que uma fé que pode ser destruída deve ser destruída mesmo, pois não era autêntica e nem sólida. Quanto mais cedo ela for destruída e substituída por uma fé robusta, enraizada na Palavra de Deus, melhor. Acontece que os professores liberais e os professores conservadores mortos só sabem destruir; eles não têm a menor idéia de como ajudar jovens candidatos ao ministério pastoral a cultivar uma mente educada, uma fé robusta e uma vida de devoção e consagração a Deus: os primeiros, porque lhes falta fé; os segundos, devoção. Ao fim de quatro anos de estudo com professores assim, vários desses jovens saem para serem pastores, mas intimamente — alguns, abertamente — estão cheios de dúvidas quanto à Bíblia, quanto a Deus e quanto às principais doutrinas da fé cristã. Estão confusos teologicamente, incertos doutrinariamente e cínicos devocionalmente.

5) Não podemos deixar de lembrar que ao final, se trata de uma guerra espiritual feroz, em que Satanás tenta de todos os modos corromper a singeleza e sinceridade da fé em Cristo, atacando a mente e o coração dos futuros pastores (2Cor 11:3). Usando professores sem fé e professores sem vida espiritual, ele procura minar as convicções, a certeza, o fervor e a dedicação dos jovens que se preparam para o ministério. Aqui é pertinente o lema de Calvino, orare et labutare. Pela oração, os seminaristas poderão escapar da tendência dos estudos teológicos de transformar nossa fé em um esquema doutrinário seco. E pela labuta nos estudos poderão se livrar das mentiras dos professores liberais, neo-ortodoxos, libertinos e marxistas.

 Por: Augustus Nicodemus

Evangelismo sem apelo

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Por Aaron Menikoff


Cinco anos atrás, eu preguei meu primeiro sermão como pastor da Mount Vernon Baptist Church. O ministro de música me abordou antes do culto com uma pergunta. Ele queria saber como eu faria o apelo.

Eu estava confuso. Antes daquela manhã de domingo, eu havia estado nessa igreja três vezes e nunca vi ninguém fazer apelo. Eu assumi que a igreja havia decidido há muito tempo abandonar a prática. Eu estava errado.

Na verdade, minha igreja tinha um costume histórico de fechar o culto com um apelo a vir ao altar para se unir à igreja, a entregar a vida novamente ao Senhor ou a fazer uma profissão de fé pública. Os três domingos que eu estive presente foram exceções à regra! De fato, muitos dos membros chegavam a entender que o apelo era o meio primário que a igreja usava para alcançar os perdidos. Eles viam o apelo como sinônimo de evangelismo.

Por que não fazer apelo?

Tenho certeza de que muitos que fazem apelo têm as melhores intenções. No início dos anos noventa, eu frequentei uma igreja cujo pastor terminava o culto convidando cada um na congregação a fechar os olhos e curvar as cabeças. Em seguida, ele convidava qualquer um que quisesse receber a Cristo a levantar a mão e olhar para o púlpito. Por cerca de trinta segundos o pastor observava o salão, notava as mãos levantadas e, com uma voz calma e tranquilizante, dizia: “Sim, irmão, eu vejo você. Muito bom, irmã. Amém”, etc. Creio que esse pastor queria o melhor para aqueles desejosos.

No entanto, estou convencido de que o apelo faz mais mal do que bem. A prática de conceder às pessoas imediata garantia de salvação — sem ter o trabalho de testar a credibilidade da profissão delas — parece, na melhor das hipóteses, insensata, e na pior, escandalosa. É insensata porque o pastor não é capaz de conhecer suficientemente a pessoa que ele está prestes a afirmar como cristã. É escandalosa porque substitui a porta estreita e apertada designada pelo nosso Salvador (Mc 8.34; Mt 7.14) por uma porta larga e espaçosa designada por nós. Com a melhor das intenções, aqueles que praticam o apelo deram a pessoas não salvas a falsa confiança de que elas realmente conhecem Jesus. [1]

Mas isso não é tudo. O apelo tem a tendência de colocar o foco da congregação no lugar errado. Após a Palavra ser pregada, tanto membros quanto visitantes devem examinar seus próprios corações. Todos devem dar séria atenção a como a mensagem o chama a responder. Contudo, o apelo, ironicamente, tende a produzir a resposta oposta. Em vez de autoexame, ele leva ao exame dos outros. As pessoas olham para os lados imaginando quem irá à frente. E se ninguém se move? Imagina-se que o pastor falhou? Ou pior, que Deus tirou o dia de folga?

Essas são apenas algumas razões pelas quais penso que é insensatez usar o apelo como evangelismo.

Como evangelizar sem apelo

Como um pastor que rejeita o apelo deve pensar sobre evangelismo em um culto público? Em outras palavras, como um culto marcado pelo zelo evangelístico deve se parecer? Aqui vão sete respostas pelas quais me empenho ao máximo nos cultos que dirijo:

1. Seja diligente

Seja diligente. Embora não haja nada mais importante para um pregador do que a fidelidade à verdade do evangelho, a diligência deve vir logo após. Deus usa homens cujos corações são convencidos pela tragédia do pecado e a realidade da salvação. Até que a doutrina da maravilhosa graça de Deus tenha se estabelecido no sangue do pregador, ela nunca flamejará em seus lábios.

2. Seja claro a respeito do evangelho

Seja claro a respeito do evangelho. Toda passagem da escritura é um texto do evangelho. Em todo livro de Ester, o nome de Deus nunca é mencionado, e ainda assim sua obra está em cada página. Um pastor que quer ver pecadores salvos ensinará fielmente a Bíblia, mostrando à sua congregação como a pessoa e a obra de Cristo é o assunto de cada texto.

3. Chame as pessoas ao arrependimento e à fé

Chame as pessoas ao arrependimento e a crer. Existe um lugar em cada sermão em que o pastor deve convidar os pecadores a encontrar esperança em Cristo. Tão frequentemente ouço sermões que terminam com um chamado à mordomia, um chamado ao risco, um chamado à fidelidade — mas nem sequer uma vez um chamado a Cristo. O pregador deve cuidadosa e apaixonadamente instar seus ouvintes a arrepender-se e crer nas boas novas, a submeter suas vidas ao Cristo Rei.

4. Crie espaço para conversas de acompanhamento

Crie espaço para conversas de acompanhamento. Quando eu prego o evangelho durante meus sermões, quero que os incrédulos saibam que estou ansioso para falar mais da fé que acabo de compartilhar. Assim, me disponibilizo após o culto para conversar a respeito do evangelho e suas implicações.

Outros pastores com os quais tenho conversado convidam os desejosos a uma sala especial após o culto para orar ou conversar. Spurgeon disponibilizava duas tardes de terça-feira por mês para aconselhar desejosos e recém-convertidos.[2] Como quer que você decida fazer, dê oportunidades para as pessoas conversarem mais pessoalmente a respeito do que você acaba de pregar.

5. Ofereça estudos evangelísticos

Ofereça estudos evangelísticos. Eu frequentemente aviso aos desejosos que eles estão convidados a comparecer a um estudo curto e franco que explica as bases da fé cristã. O estudo que eu uso é o Christianity Explained, um estudo de seis semanas pelo Evangelho de Marcos publicado pela Good Book Company. Cheguei à conclusão de que essa é uma introdução inestimável ao evangelho. De fato, o treinamento em como liderar esse estudo se tornou uma classe de extrema importância em minha igreja.

6. Dê muita importância aos batismos

Dê muita importância aos batismos. É claro, batismos já são muito importantes. Nós devemos reconhecer que cada batismo é uma oportunidade de mostrar à congregação que Deus está operando ao edificar sua igreja.

Em nossa igreja, nós pedimos que cada candidato ao batismo compartilhe seu testemunho com a congregação. Eu nunca exigi isso, mas ninguém nunca disse não. Esses novos cristãos são ardentes para testificar da graça de Deus, e os desejosos são levados a questionar sua própria resposta ao evangelho.

7. Ore

Finalmente, ore. Na oração pastoral e até na oração final, eu regularmente oro para que os desejosos se arrependam e creiam no evangelho. Eu oro para que eles submetam suas vidas a Cristo, vencendo quaisquer obstáculos que veem no caminho. Eu oro para que Deus se faça conhecido por atrair para si pecadores hoje mesmo.

Como você pode observar, eu não faço apelo na igreja em que sirvo, mas eu apelo todo domingo que pecadores venham a Cristo. Que desejemos ver santos em nossas congregações encorajados pelo evangelho e desejosos convencidos de sua necessidade de se arrepender e crer nas boas novas de Deus.

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Notas:
1. Para um tratado detalhado dos perigos do apelo, leia Erroll Hulse, The Great Invitation: Examining the Use of the Altar Call in Evangelism (Audoban Press, 2006) e D. Martyn Lloyd-Jones, Pregação e Pregadores (Editora Fiel, 1976), capítulo 14.
2. Arnold Dallimore, A New Biography (Banner of Truth, 1985), 80.

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Fonte: 9Marks
Tradução: Alan Cristie
Revisão: Renata do Espírito Santo
Via: Ministério Fiel | Voltemos ao Evangelho
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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Destes afasta-te.


  

Boa tarde irmãos Graça e Paz da parte de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

   Estava meditando e refletindo nesses últimos dias, e observando a facilidade com que as pessoas têm para se exporem tão facilmente nas redes sociais, na facilidade de uma pessoa falar o que pensa em um mundo aberto sem compromisso, mais não tem a mesma facilidade de conversar com uma pessoa em um relacionamento fechado e próximo.
    
 É muito mais fácil eu digitar uma hashtag alguma coisa, do que ligar para uma pessoa e marcar um local para podermos conversar pelo menos 10 minutos, para uma conversa onde possamos nos revelar e mostrar nossos medos mais ocultos. E porque não fazemos isso mais? Creio que é pelo excesso de exposição em que nos temos vivido.

     Vivemos em um tempo em que as pessoas passam por diversas situações constrangedoras para poderem ganhar um pouco de fama. Pessoas que chegam ao ridículo para simplesmente poder ter seu nome na busca do GOOGLE. Acabei de ver um vídeo de um garoto preso num balde chorando pedindo a mãe que o tire daquela situação e a mãe rindo e filmando tudo. 

     E esse excesso de exposição tem feito com que as pessoas percam a sua confiabilidade. Eu mesmo não tenho coragem de dizer para um bom numero de pessoas que estou com dor de cabeça, porque provavelmente irão enviar uma hashtag “ele deve estar de ressaca” sem ao menos saberem da origem da dor. Não estou generalizando, creio sim que existem pessoas que são confiáveis, mais são muito poucas.
     E desde semana passada que tenho meditado no texto abaixo:


Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

      E me veio um questionamento, no final do versículo cinco, Paulo aconselha Timóteo a “Destes afasta-te”. Como? Afastar-me? Sendo que Cristo nos enviou a pregar sua palavra para que o Espirito Santo traga arrependimento no coração das pessoas.

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”.  Marcos 16:15

    “Deus com a sua destra o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados”. Atos 5:31

   Existe alguma contradição na bíblia? Cristo disse ide por todo mundo e pregai o evangelho, e Paulo vem nos alertar de que nos últimos dias haveria uma necessidade de nos afastar de certos homens. Como entender isso?
   
  Devo me afastar?  Ou devo pregar?
      
  Minha resposta é as duas coisas, devemos ir como Cristo nos ordenou a pregar a sua palavra para que o Espírito Santo possa trazer arrependimento nos corações das pessoas, porque Ele é o único que pode convencer o homem do pecado, justiça e juízo. João 16:8

   E esse afastar-se de que Paulo nos orienta a fazer?  Não devemos nos afastar de pessoas que não servem a Deus, porque maior é aquele que esta em nós, e porque somos o sal da terra a luz do mundo, creio sim que tem pessoas do mundo que devemos evitar mais esses homens de que Paulo alerta Timóteo e a nos hoje são pessoas de dentro da igreja. São pessoas que nos cultos levantam suas mãos dão gloria a Deus e trocam o cálice da ceia comigo e com você. 

"São os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências" (V6).  

São pessoas preocupadas consigo mesmo e sem temor de Deus, pessoas que exercem a "LEI" para com o próximo e sobre si querem que recaia a "GRAÇA", ou seja , justiça para ele e misericórdia para mim.
 
Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.

2 Timóteo 3:7
Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.

2 Timóteo 3:7
  São pessoas que no seu caminhar se perderam em suas paixões, sendo amigos mais do mundo do que de Deus. Pessoas que chegam cheias de piedade perto de você mais ao longe denigrem sua imagem com mentiras.

   Por isso Paulo nos orienta a nos afastarmos deles, porque conhecem a verdade, só não a vivem mais a conhecem. E devemos evitar o convívio com essas pessoas não porque eu não quero, mais porque não posso, não posso para não me tornar aquilo que essas pessoas se tornaram, porque se mantenho o convívio e não existe exortação de minha parte para com esses irmãos, estarei me tornando pior do que eles, e serei também um hipócrita.

     Vamos ser diferentes, vamos exortar quando for preciso mais com amor e misericórdia, quando chegar alguma noticia a nossos ouvidos façamos a seguinte pergunta:

     “O que irei falar é necessário, é verdadeiro, vai edificar alguém?”

  Estamos vivendo em tempos difíceis, se você tem um amigo em quem confiar, lute para preservar essa amizade, lute porque precisamos ter com quem conversar e confessar nossas fraquezas e falhas.

 “Em todo o tempo ama o amigo e para a hora da angústia nasce o irmão”. Provérbios 17:17


   Que o Espírito Santo possa nos ajudar e nos fortalecer.

Em Cristo 

 Alessandro Silva  

A peregrinação espiritual em 5 palavras

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Quando a igreja é revestida com o poder do Espírito Santo


A igreja depende do Espírito Santo. É o Espírito Santo quem aplica a obra da redenção no coração dos pecadores. É impossível haver sequer um convertido sem a obra do Espírito Santo. Charles Spurgeon diz que é mais fácil crer que um leão tornar-se-á um vegetariano do que acreditar que um só pecador seja regenerado sem a obra do Espírito Santo. O livro de Atos, nos capítulos 1 e 2 nos fala sobre quatro verdades fundamentais acerca do Espírito Santo.

  Em primeiro lugar, a promessa do Espírito Santo (At 1.4-8). Jesus determinou os discípulos a não saírem de Jerusalém até que recebessem a promessa do Pai (At 1.4), o batismo com o Espírito Santo (At 1.5). Esse batismo seria também um revestimento de poder (Lc 24.49). Os discípulos, ainda influenciados por uma visão provinciana e política do reino de Deus, perguntaram a Jesus se seria nessa época que o reino seria restaurado a Israel. Jesus não alimenta as idéias messiânicas distorcidas deles e retoma o tema da promessa do Espírito, dizendo: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8). Essa promessa que se cumpriu no dia de Pentecostes é a mesma profetizada por Joel (Jl 2.28) e Isaías (Is 44.3-5).

   Em segundo lugar, a busca do Espírito Santo (At 1.14). Os discípulos não aguardaram a promessa do Espírito Santo passivos, mas em oração. Os cento e vinte discípulos, entre eles os apóstolos, Maria, bem como seus outros filhos oraram durante dez dias após a ascensão de Cristo. Ao fim desse tempo, o Espírito Santo foi derramado sobre eles. Essa oração no cenáculo teve três características: primeiro, ela foi abrangente: todos eles estavam comprometidos com a busca do Espírito Santo; segundo, ela foi perseverante: todos eles perseveram em oração, sem esmorecer; terceiro, ela foi unânime, ou seja, todos tinham um só objetivo, uma só motivação, a busca do Espírito Santo. Houve unanimidade e concordância na oração. Em todos eles havia o mesmo sentimento.

   Em terceiro lugar, o derramamento do Espírito Santo (At 2.1-41). No dia do Pentecostes, dez dias depois da ascensão de Cristo e da oração incessante da igreja, o Espírito Santo foi derramado. Todos os discípulos ficaram cheios do Espírito Santo. Aqueles que já tinham o Espírito Santo, pois eram convertidos, agora são cheios do Espírito Santo e revestidos com poder para testemunhar. O Espírito Santo desce sobre eles em línguas como de fogo e como um vento impetuoso e todos começam a falar as grandezas de Deus. Uma multidão se ajunta curiosa e cheia de ceticismo (At 2.12), preconceito (At 2.7) e zombaria (At 2.13). Embora o milagre tenha atraído a multidão, foi a pregação da palavra de Deus que compungiu o coração do povo e naquela manhã cerca de três mil pessoas foram convertidas a Cristo. Pedro pregou um sermão Cristocêntrico, tratando da morte, ressurreição, ascensão e senhorio de Cristo. Oração e pregação, no poder do Espírito, tornaram-se as marcas da igreja. A partir daí, aqueles que até então estavam trancados com medo dos judeus, são trancados nas prisões por falta de medo. Aqueles que se acovardaram diante dos perigos, agora enfrentam açoites, prisões e até mesmo a morte com galhardia.

   Em quarto lugar, a vida cheia do Espírito Santo (At 2.42-47). Depois que a igreja ficou cheia do Espírito Santo sua vida refletiu isso e o mundo foi impactado. A plenitude do Espírito foi percebida através da firmeza na doutrina dos apóstolos, do engajamento na oração, da comunhão fraternal, da adoração fervorosa e do testemunho irrepreensível. Uma igreja cheia do Espírito tem bom testemunho dos de dentro e também dos de fora. Ela cresce em conhecimento e também em graça. Ela tem a simpatia dos homens e a aprovação de Deus. Ela cresce em santidade e também em números. Ela é embaixadora de Deus na terra e também promove festa no céu.

Por: Hernandes Dias Lopes 

Ariovaldo Ramos - Espiritualidade e Missão

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Pastores que abandonaram a Bíblia

Por Renato Vargens

No meu livro "Cristianismo ao gosto freguês" eu trago um dado extremamente chocante. Segundo pesquisas 50,66% dos pastores nunca leram a Bíblia toda. 

Pois é, fico pensando na gravidade desdes números, mesmo porque, se os pastores, que diante de Deus são os responsáveis para alimentar o rebanho com a Palavra, não leem as Escrituras, quiçá, o restante da Igreja de Cristo. não é verdade?

Para piorar a situação inumeros desses pastores substituiram a Palavra de Deus por guias de auto-ajuda, cujo objetivo final é a satisfação do cliente.

Caro leitor, pastores foram chamados para pregarem Cristo e anunciarem todo Conselho de Deus, para tanto, torna-se absolutamente necessário que estes saibam manejar bem a Palavra da Verdade. O apóstolo Paulo ao escrever a Timóteo o exortou a dominar com esmero as Escrituras.  “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2:15)

Creio piamente que as Escrituras são suficientes e que a Bíblia nos ensina tudo  que precisamos para uma vida que glorifique a Deus. Isto posto, exorto aos pastores e líderes a fazerem dela lâmpada para os seus pés e luz para os seus caminhos. (salmos 119:05)

Encerro esse pequeno post mencionando uma frase do grande Charles Spurgeon que dizia:

"Se quando eu chegar ao céu o Senhor me disser: "Spurgeon, quero que você pregue por toda a eternidade", responderei: "Senhor, dá-me uma Bíblia - é tudo de que preciso"

Spurgeon estava certo! Ele nos deu a receita! O que precisamos para pregar o evangelho é de uma Bíblia e nada além dela!

Pense nisso!

Guia útil e prático para sua vida financeira




Wallace Sousa

A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei. Romanos 13:8 (grifo acrescido)

O endividamento no Brasil tem subido de forma constante e preocupante, em parte pelo aumento de renda per capita, ou seja, elevação do poder de compra, e também pela abusiva taxa de juros abundante oferta de crédito ao consumidor, iludindo-o com suaves prestações à beira do precipício do endividamento gradual e contínuo. Outro fator a ser pesado é a estabilidade econômica que, aos acostumados à inflação quase diária que vivíamos (isso lá no séc. XX), perderam a noção de valor e precificação e caíram de cabeça nas “prestações iguais e sem juros”, vulgo parcelar no cartão de crédito.
Como vivi na época da cultura inflacionária, ao entrar na nova situação econômica pós- URV e Plano Real, acabei sucumbindo à tentação das dívidas no cartão de crédito e, entre altos e baixos, sempre fiquei no prejuízo ou perdendo noites de sono mas, em contrapartida, ganhando rugas e cabelos brancos.

Uma coisa que muitos ignoram é que estabilidade financeira não é o mesmo que ganhar muito, pelo contrário. Estabilidade financeira é, até que me provem o contrário, você conseguir equacionar suas finanças de modo que aquilo que você gasta seja inferior ao que você ganha. Outro dia vi uma frase que afirmava que riqueza era você poder pagar sempre mais do que sua mulher tem capacidade de gastar… #impossível
Agora, vamos ao que interessa: Conselhos úteis para se evitar o endividamento (falo como quem tem experiência no assunto… risos)

1. Não ao Deslumbramento

Você já ouviu aquele ditado: “quem nunca comeu mel, quando come se lambuza”? Pois é, pois foi… só sei que foi assim. Comi, me lambuzei e vomitei. Quando você está acostumado a ganhar pouco e, de repente, seu contra-cheque assume proporções nunca antes vistas na história deste país inéditas em sua breve história de vida, você ficar meio perdido e sem saber o que fazer com aqueles cifrões.
Isso até o dia em que você achar um vendedor, daqueles bem versados em técnicas de marketing, para lhe vender algo que você não precisa, por um preço que não vale e que você não pode pagar, para impressionar a quem não está nem aí pra você. Ou seja, perdeu playboy, passa a grana!

Agora, fofo, lindo e cabeça-dura, abra bem os ouvidos e olhos para o que vou lhe dizer: só porque você ganha bem, não quer dizer que você pode sair comprando e gastando seu suado dinheirinho com toda buginganga que lhe passar pela frente. Valorize seu dinheiro, senão outros vão fazê-lo por você, não tenha dúvidas disso.



2. Não à Credulidade

Deixe-me contar um segredinho a você: o vendedor (genericamente falando) tem cota para cumprir, meta para bater então, não se iluda com aquele papo que ele está procurando o melhor pra você. Ele precisa (ou quer) aquela comissão que acrescenta ao seu parco salário, quem sabe para colocar o leite e o pão em casa, e é explorado incentivado pelo supervisor a atingir sua meta, senão poderá ser mandado pro olho da rua convidado a sair. Não tenha dúvidas, se para cumprir seu alvo ele tiver que engabelar você, ele fará isso, talvez com peso na consciência, mas fará.
Então, meu caro leitor, sempre que ouvir aquela conversa mole que ele está procurando o que é melhor para você, deixe o desconfiômetro ligado no máximo, porque nada do que ele diz é real até que você possa comprovar sem recorrer à ajuda dele. Vendedor é treinado para fazer uma coisa: vender. Se você é o (potencial) comprador, você é a presa, o ganha-pão dele, e ele fará o que estiver ao alcance – ou até fora do alcance! – para não deixar você escapar.
No final das contas, o que está em jogo é o dinheiro: enquanto estiver com você, é o prêmio dele, depois que passar para as mãos dele, é só mais uma venda fechada, só mais um número no relatório de vendas no fim do mês. Entendeu ou quer que eu desenhe?

Observação: existem bons vendedores? Sim, existem, mas por conta das políticas de vendas e metas desumanas, estão entrando em extinção e, na maioria dos casos, até mudando de ramo, por não suportarem a crise de consciência de enganarem trouxas compradores vendendo “gato por lebre“. Fique esperto, principalmente com os que se dizem “honestos e íntegros”. Infelizmente, essa é a dura realidade dos dias de hoje: a amizade nos negócios naufragou.

3. Não à Prodigalidade

A Bíblia tem um verso que diz: Muitos adulam o governante, e todos são amigos de quem dá presentes. Provérbios 19:6. Você já deve saber, mas não custa lembrar que amizade sincera e verdadeira não se compra com presentes e dinheiro. Você pode até receber um presente de um amigo, mas não pode comprar um amigo com presentes. Além disso, caso ainda não saiba, seus recursos são finitos e não vão ser suficientes para presentear a todos. Quer ouvir uma estória bem bacana?
    Era uma vez (só pra deixar a coisa saudosista… risos), um vaidoso e orgulhoso filho de um rico empresário. Vivia gastando à vontade e tinha muitos amigos que lhe acompanhavam nas festas. Um dia, seu idoso pai o chamou e lhe disse: filho, estou velho e não vou durar muito. Sei que, após minha morte, você vai levar às empresas à falência e perder tudo o que conquistei. Então, quero lhe fazer um pedido: em nossa propriedade, deixei montado um pequeno galpão com uma forca. Quando você perder tudo, ma faça um favor: vá até lá e enforque-se nela. O filho ficou abismado mas, para não contrariar o pai, nada questionou e disse que, se levasse as empresas à falência, faria o que seu velho pai lhe pediu.

    Passou o tempo, seu pai morreu e ele assumiu tudo. Continuou vivendo de forma perdulária e, como seu pai previra, acabou com seu patrimônio, perdendo tudo. Num dia, tomado pelo remorso e pela decepção da perda dos “amigos”, rumou ao lugar onde seu pai havia preparado a forca. Em frente à forca, lembrou das palavras de seu pai, e começou a pensar em como havia desperdiçado sua vida. Ao colocar a corda em seu pescoço, falou em voz alta: “como fui um tolo! se ao menos eu pudesse começar tudo de novo…”. Então, com a corda no pescoço, saltou para a morte.
    Mas, com o peso de seu corpo a forca, que era oca, partiu-se. E, dentro dela, havia uma grande quantidade de jóias e diamantes, uma fortuna quase tão grande como aquela que ele havia desperdiçado, e um bilhete de seu pai que dizia: “aproveite bem esta segunda chance, meu filho! Eu te amo. Papai”.
Talvez você não tenha uma segunda chance, então aproveite bem a que você tem agora.

4. Não à Permissividade

Já ouvi várias pessoas falarem “se eu posso e quero, por que não comprar uma bolsa de grife de R$ 2.000,00?”, você também já ouviu isso? Aliás, você também pensa assim? Mas, qual seria o problema desse tipo de pensamento e atitude? Só um momento que vou explicar as implicações sociais desse tipo de comportamento, que acabam afetando não só a nível individual, mas também coletivo. Exploremos um pouco esse inóspito tema.
Você já parou para pensar que ao comprar aquela bolsa dos pesadelos sonhos de R$ 2.000,00 ou aquele celular de grife de R$ 2.500,00 pode estar alimentando uma indústria paralela que vive do sofrimento humano, e que se utiliza das mais variadas e escusas atividades para auferir o máximo de lucro, sem sequer se importar com a vida ou o futuro de inocentes. Ao gastar sem critérios e sem escrúpulos, você pode estar – sem saber – financiando escravidão de trabalhadores e mulheres, tráfico de drogas e armas.
Mas, agora você já sabe, e não tem mais desculpas para usar a famosa desculpa “se eu posso e quero, por que não“, não é mesmo? Todavia, se você quiser seguir assim, seu coração será gradualmente dessensibilizado pela cobiça, transformando-o (ou -a) em uma pessoa de caráter supérfluo e vivendo uma vida sem sentido, mesmo estando bem vestido.

5. Sim à Solidariedade

Quer evitar dívidas? Envolva-se em causas sociais, onde você possa ajudar pessoas carentes e necessitadas, tais como órfãos, idosos, pessoas com câncer, etc. Procure saber de instituições que atuem em áreas de grande necessidade social, tal como a Visão Mundial, e apadrinhe uma criança, mudando seu futuro. Falo com experiência, é muito gratificante. Mas você ainda pode visitar creches, asilos e instituições realmente filantrópicas e beneficentes, em sua própria cidade. Você pode, ainda, adotar um cãozinho ou um gatinho. Recomendo.
O que isso lhe trará de bom? Senso de responsabilidade com seu suado (o meu é) dinheirinho e lhe ensinará que nem tudo que é caro tem valor, e nem tudo que é barato (ou de graça) não tem valor. O valor verdadeiro de algo não está no preço da etiqueta. Uma pessoa esnobe pode ganhar um casaco de couro caríssimo e não lhe dar valor algum, mas um morador de rua, ao ganhar uma blusa usada, pode lhe retribuir com um sorriso que não tem preço.
Neste exato momento, ao escrever isto, estou me sentindo muito realizado, e quero compartilhar com você este sentimento, e espero que você também possa ser tocado por ele, mudando seu modo de pensar e agir, mudar para melhor.

6. Sim ao Bom-senso

Bom senso é aquela coisa que todo mundo precisa, mas poucos têm. E faz falta justamente quando mais precisamos dele. Como é um artigo escasso, e já que eu tenho pouco para que pudesse compartilhar, vou ensinar onde achar, pois não posso me desfazer do pouco que possuo – a duras penas, diga-se de passagem. E por ser um post voltado a educação financeira, vou dar dicas de como cultivar bom senso, para que você tenha quando precisar, nem que seja para um chá (risos).
O bom senso voltado à área financeira pode ser conseguido seguindo estes simples passos:
 Capacidade de pagamento: apesar de as pessoas acharem que a necessidade vem em primeiro lugar, a capacidade de você poder pagar aquilo que adquirir é mais importante. Principalmente para reservar recursos para aqueles momentos difíceis em que surgir um gasto imprevisto e inadiável. E eles gostam de aparecer justo quando você menos espera e pode arcar com o prejuízo, batida por exemplo… Outra coisa, possibilidade de parcelamento não significa capacidade de pagamento!
Necessidade imperiosa: se você foi um bom aluno e completou a lição anterior com êxito, sem hesitar, pode se dar ao luxo de chegar a este ponto com alguma folga. Se conseguiu, parabéns e alegre-se, pois estimo que 90% das pessoas (principalmente as que não leem o blog Desafiando Limites, risos) não têm esse privilégio. Mas, se esse não é o seu caso, não se desespere pois você está no lugar certo, e pode encontrar uma luz no fim desse escuro túnel;
Conveniência da situação: às vezes, você se depara com uma oferta de ocasião, e é algo a se pensar, mas pense primeiro se você REALMENTE precisa comprar aquilo, senão será mais um elefante branco em sua casa, ocupando espaço em sua casa e deixando buracos em seu bolso. Aprendi, com minha esposa, que ir com frequência ao supermercado faz você sempre comprar mais coisas do que precisa e até supérfluas, somente “para aproveitar as promoções“. Programe-se para não cair nas tentações promoções-relâmpago, porque esse raio teima em cair no mesmo lugar, e geralmente é o lugar que você frequenta com o cartão de crédito dando sopa.

Oportunidade da ocasião: se você está com orçamento equilibrado, não está com a corda no pescoço nem vendendo o almoço para comprar a janta, e apareceu aquela oportunidade que você vinha aguardando há tempos, é hora de aproveitar. Afinal, o dinheiro é um ótimo empregado, mas um péssimo patrão, portanto faça-o trabalhar para você, mas nunca trabalhe para ele. Todavia, ainda lhe cabe perguntar-se: preciso, de fato, comprar isso ou quero apenas satisfazer um desejo pessoal? Você ainda pode estar sendo enganado convencido pelo vendedor a efetivar uma compra da qual se arrependerá depois.

Conclusão

Quando você segue esses passos de forma consciente e sensata, você vai descobrir que ganhará algo que não se acha em prateleiras nem tem preço: a tranquilidade de poder colocar a cabeça no travesseiro sem ficar pensando nas contas demais e no dinheiro de menos. Inclusive, você também escapará da armadilha recente do “até que as dívidas nos separem”.
No meu caso, vivi uma relação de amor & ódio com as dívidas, mas a graça de Deus me cobriu e Sua misericórdia me alcançou.

Deus o abençoe

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Esse artigo é de autoria do Wallace Sousa, editor do blog Desafiando Limites e colaborador do Tenda na Rocha. Wallace é também administrador de empresas e trabalha com finanças lá na Controladoria Geral da União em Brasilia # pense num menino que entende do assunto#

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Pr. Paulo Jr - Discernindo a voz de Deus

A Realidade do Inferno

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De acordo com pesquisas recentes, 81% dos americanos adultos acreditam no céu, e 80% esperam ir para lá quando morrerem. Em comparação, cerca de 61% acredita no inferno, mas menos de 1% pensa que é provável que ele irá para lá. Em outras palavras, uma pequena maioria de americanos ainda acredita que o inferno existe, mas o medo genuíno do inferno é quase inexistente.

Mesmo os evangélicos mais conservadores não parecem mais levar o inferno muito a sério. Durante décadas, muitos evangélicos têm minimizado verdades bíblicas inconvenientes, negligenciando qualquer tema que pareça exigir sombria reflexão. Doutrinas como a depravação humana, a ira divina, a excessiva pecaminosidade e a realidade do julgamento eterno desapareceram da mensagem evangélica.

A tendência não escapou da atenção de todos. Trinta anos atrás, por exemplo, Martin Marty, historiador religioso, professor na Escola de Divindade da Universidade de Chicago e crítico de tudo o que é evangélico, discursou sobre o tema imortalidade em sua palestra na Escola de Divindade de Harvard. O título de sua mensagem foi “O Inferno Desapareceu. Ninguém Notou”. A pesquisa de Marty não conseguiu encontrar nem sequer um artigo acadêmico que lidasse com o tema do inferno em nenhuma publicação teológica importante do último século. Mencionando a escassez de atenção sendo dada a um tópico tão amplo, Marty sugeriu que se os evangélicos realmente levassem a sério o que a Escritura diz a respeito da punição eterna, alguém de renome deveria notar.

Quase ninguém notou. Dezoito anos mais tarde, o jornal The Los Angeles Times publicou um artigo de primeira página intitulado “Cessar Fogo e Enxofre”, observando que muitos líderes “na moda” de igrejas evangélicas estavam deliberadamente omitindo o tema da retribuição divina:

Em igrejas por toda a América, o inferno está sendo congelado, visto que os cleros ficam cada vez mais hesitantes em pregar a respeito [...] de um enredo com o qual aqueles que frequentam igrejas não se identificam mais. [De acordo com] Harvey Cox Jr., um célebre escritor, historiador religioso e professor na Escola de Divindade de Harvard, “Você pode ir a um monte de igrejas, semana após semana, e você ficaria impressionado se ouvisse sequer uma menção sobre o inferno”.

O fato de o inferno sair da moda indica como porções-chave da teologia cristã foram influenciadas por uma sociedade secular que enfatiza o individualismo acima da autoridade, e a psique humana acima de absolutos morais. A ascensão da psicologia, da filosofia do existencialismo e da cultura consumista jogou baldes de água no inferno.

O artigo descreveu um pastor evangélico que disse que acredita no inferno, mas (de acordo com o Times)
“você nunca saberia disso ouvindo-o pregar [...]. Ele nunca menciona o tópico; seu rebanho mostra pouco interesse no assunto”. Ao ser perguntando por que a doutrina do inferno desapareceu, esse pastor respondeu: “Ela não é mais atraente o bastante”.

O artigo também citou um renomado professor de seminário que, mais ou menos, concordou. O inferno, ele disse, é “simplesmente negativo demais [...]. As igrejas estão sob enorme pressão de serem voltadas para o consumidor. As igrejas de hoje em dia sentem a necessidade de serem atraentes ao invés de exigentes”.

O artigo fechou com uma citação de Martin Marty, quase duas décadas após sua famosa palestra sobre o assunto. Ele concordava que as preocupações orientadas pelo mercado são a principal razão pela qual o inferno está sendo eliminado da mensagem evangélica:

Uma vez que o evangelismo pop passou pela análise de mercado, o inferno foi simplesmente deixado de lado. Quando igrejas vão de porta em porta e conduzem uma análise de mercado [...] elas ouvem: “Quero estacionamentos mais espaçosos. Quero guitarras nos cultos. Quero que meu carro seja encerado enquanto estou na igreja”.

Anos de indiferença finalmente abriram caminho para hostilidade aberta. Na primeira década do novo milênio, certas figuras proeminentes na “igreja emergente” declararam guerra contra a doutrina bíblica do inferno. O ponto alto pareceu ser poucos anos atrás com a publicação do best-seller de Rob Bell O Amor Vence. Bell argumentou que é absurdo pensar que um Deus amoroso algum dia condenaria alguém à punição eterna. Ele retratou o amor de Deus como uma força que entra em conflito e, no fim das contas, elimina as exigências da justiça. No enredo que Bell prevê, Deus não requer qualquer pagamento ou punição pelo pecado. A resposta divina ao mal é sempre reparadora, nunca punitiva. Além disso, o salário do pecado é moderado, temporário e reservado apenas para vilões gritantemente malévolos — assassinos em massa, estupradores de crianças, tiranos que engendram genocídios e (supõe-se) cristãos que contam aos incrédulos que eles devem temer a Deus. Quando tudo isso acabar, todos estarão juntos no paraíso.
Em tal sistema, a justiça de Deus é comprometida, o arrependimento é opcional, a expiação é desnecessária e a verdade da Palavra de Deus é anulada. Em outras palavras, não resta mais nada do cristianismo bíblico. Uma vez que qualquer um estabelece suavizar ou domar as difíceis verdades da Escritura, é para onde o processo inevitavelmente conduz.

Apenas algumas poucas vozes de liderança no movimento evangélico têm pressionado corajosamente para uma abordagem mais ortodoxa da doutrina do inferno. Elas parecem ser ultrapassadas em número por aqueles que pensam que o desaparecimento do inferno é um desenvolvimento positivo.

Alguns propuseram maneiras alternativas de falar sobre o pecado e o julgamento com uma terminologia mais gentil, suave, refinada e mais socialmente aceitável do que a que a Escritura usa. O pecado é considerado errado não por ser uma ofensa contra a justiça de Deus, mas por causa do dano que ele causa aos outros. O inferno é descrito não como um lugar de eterna punição, mas simplesmente como uma esfera de existência à parte de Deus. Na escatologia reinterpretada dos evangélicos da moda, ninguém jamais é “enviado” ao inferno; os pecadores, na verdade, escolhem passar a eternidade à parte de Deus — e o “inferno” que eles sofrem é meramente uma abundância daquilo que eles mais amaram e desejaram. O inferno é necessário apenas porque Deus é relutante em sobrepor-se ao livre-arbítrio das pessoas. Portanto, com uma aquiescência mais ou menos benigna ele, em última análise, se submete à escolha do pecador. A justa indignação de Deus não tem lugar significativo em tal cenário.

É um sério equívoco imaginar que nós melhoramos a Escritura ou intensificamos sua eficácia ao cegarmos suas pontas afiadas. A Escritura é uma espada, não um cotonete, e ela precisa ser totalmente desembainhada antes de poder ser posta ao uso a que se destina. “A palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4.12). O evangelho é para ser uma afronta ao orgulho carnal, ofensivo às sensibilidades humanas, tolice aos olhos da sabedoria mundana e contrário a todos os julgamentos carnais.

Nenhum ensino cristão exemplifica essas características mais poderosamente do que a doutrina do inferno. Trata-se de uma verdade apavorante. Nós corretamente recuamos ao pensar sobre ela. A doutrina do inferno, portanto, permanece como uma advertência e um lembrete da realidade repugnante que o pecado é. Nenhuma pessoa razoável ou piedosa se deleita na realidade da condenação eterna. O próprio Deus diz: “Tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, não tenho prazer na morte do perverso” (Ez 33.11).
Ainda assim, a severidade da ira de Deus e as angústias do inferno são proeminentes na Escritura. O Novo Testamento fala mais vividamente e mais frequentemente sobre o inferno do que o Antigo Testamento. De fato, o próprio Jesus tinha mais a dizer a respeito do assunto do que qualquer outro profeta ou autor bíblico. Longe de suavizar as verdades que parecem constranger tantos evangélicos hoje em dia, Jesus disse:

Não temais os que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer. Eu, porém, vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno. Sim, digo-vos, a esse deveis temer. (Lc 12.4-5)
Se a tua mão ou o teu pé te faz tropeçar, corta-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida manco ou aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno. Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos do que, tendo dois, seres lançado no inferno de fogo. (Mt 18.8-9)

Não fazemos nenhum favor a ninguém quando minimizamos a verdade da ira de Deus ou negligenciamos mencionar a severidade do seu julgamento. Nós certamente não eliminamos a ameaça do inferno ao nos recusarmos a falar ou pensar sobre isso. Se nós verdadeiramente cremos no que a Bíblia ensina sobre o destino eterno dos incrédulos, de maneira alguma é “amoroso” permanecer em silêncio e recusar-se a soar o alarme apropriado.

Quais, afinal, são as boas novas que nós proclamamos no evangelho? Não é um anúncio de que ninguém precisa temer a Deus ou se atormentar com a possibilidade do inferno. Na verdade, as notícias não seriam nada boas se Deus meramente tivesse a intenção de se render à vontade obstinada do homem e renunciasse às exigências de sua perfeita justiça.

As boas novas são ainda melhores do que a maioria dos crentes entende: Deus fez um caminho para que a sua justiça e o seu amor fossem plenamente reconciliados. Em sua encarnação, Cristo cumpriu toda a justiça (satisfazendo, não anulando, as exigências de sua lei). Em sua morte na cruz, ele pagou o preço do pecado do seu povo integralmente (garantindo o triunfo da perfeita justiça). E em sua ressurreição dos mortos, ele colocou um poderoso ponto de exclamação em sua perfeita e consumada obra de expiação (selando, assim, a promessa de justificação para sempre para aqueles que confiam nele como Senhor e Salvador).
Essa é a mensagem que devemos declarar a uma cultura mundana, completamente desprovida de qualquer temor real a Deus. Nós não podemos fazer isso de forma fiel ou efetivamente se, desde o princípio, omitimos a dura verdade que a Escritura declara a respeito do “furor da ira do Deus Todo-Poderoso” (Ap 19.15).

Por: John MacArthur 

Tradução: Alan Cristie
Revisão: Renata Cavalcanti

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Marina e a "profecia"

Por Gutierres Fernandes Siqueira

Corre na internet uma "profecia" onde um pastor norte-americano diz que o Senhor levantaria uma "mulher segundo o coração de Deus" para levar o Brasil à prosperidade e à paz. Essa pregação, segundo a descrição do vídeo, teria ocorrido numa igreja brasileira nos Estados Unidos no ano de 2011. 

Bom, muitos evangélicos eufóricos viram em Marina Silva o cumprimento dessa "palavra profética" com toda as aspas possíveis.

Eu creio em profecias, mas eu não creio em ungidos políticos ou políticos ungidos. A democracia demanda a ausência de utopias e sacerdotes de ideologias, mesmo as ideologias religiosas. Não podemos aceitar uma teonomia e nem uma teocracia e muito menos um messianismo político. O Brasil não precisa de um Davi. O rei Davi era para a Antiga Aliança. O Brasil precisa de gente competente...

Bom, por que tudo isso é uma grande bobagem?

a) É muito comum em igrejas neopentecostais as ditas "palavras proféticas" sobre "um novo tempo no Brasil". Quem acompanhou a candidatura de Anthony Garotinho à presidência em 2002 viu uma série desses espetáculos. A diferença é que não existia viral de internet na época. Eu era um adolescente recém-convertido e muito ouvi em 2002 que Deus nos daria "um novo país" com o "primeiro presidente evangélico". Bom, além da bobagem mística em si, houve até mesmo um erro histórico, pois o Brasil já teve dois presidentes protestantes, respectivamente o presbiteriano Café Filho e o autoritário luterano Ernesto Geisel. A própria Marina Silva foi objeto de profecia de que seria presidente ainda em 2010, segundo mais uma trapalhada da “apóstola” Valnice Milhomens.

b) O Brasil não é Israel da Antiga Aliança. É até possível que um presidente seja reverente e piedoso, mas isso não é garantia de prosperidade e paz para uma nação. Havia uma relação entre o líder piedoso e o desenvolvimento do povo na Antiga Aliança, ou seja, entre Deus e Israel, mas a Antiga Aliança acabou enquanto que "a lei e os profetas duraram até João" (Lucas 16.16). Muitos evangélicos esquecem esse princípio elementar do cristianismo, ou seja, estamos em uma nova Aliança entre Cristo e o indivíduo e não entre Cristo e uma nação.

c) Marina é apenas mais uma candidata. Caso queria votar nela, vote pelas propostas e pelo projeto político. Não espiritualize a candidatura de Marina. É muito perigoso para a democracia uma candidatura espiritualizada por parte considerável da população. Na história antiga e moderna esse modelo híbrido entre política e “sujeitos ungidos”
nunca deu certo. "Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”, disse o próprio Jesus em Mateus 22.21. É necessário separar devidamente o Estado da Igreja.

Marina não é candidata ao ministério pastoral, mas sim à Presidência da República, portanto, trate-a como tal.

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