Certa
vez, no meio da multidão, Jesus propôs ao povo uma parábola, como era
seu costume. Ele começou sua parábola assim: o reino é como um
agricultor, que planta uma semente de boa qualidade no campo. Porém,
quando aqueles que deveriam guardar o campo não o fazem, o inimigo vem e
joga sua semente do mal, fugindo logo em seguida. Quando a plantação
começa a dar frutos e a crescer, o fruto do mal, conhecido também por
joio, aparece. Os empregados do fazendeiro perguntaram como aquilo
aconteceu. Ele lhes disse que certamente o inimigo produziu uma coisa
daquelas. “Podemos arrancar, patrão?”, perguntaram os empregados. O
fazendeiro negou, afirmando que poderia acontecer algum acidente,
podendo ser arrancado também o bom fruto junto com o ruim. Mas ele lhes
assegurou que isso não seria assim para sempre, pois no momento certo,
ou seja, no tempo da colheita, ele daria ordem aos seus empregados para
que arrancassem o fruto da semente do mal e o jogassem no fogo.
Posteriormente,
sem entender nada, os discípulos de Jesus lhe perguntaram o sentido
daquela parábola. Pacientemente, ele lhes disse o seguinte:
A
parábola é simples. Quem joga a boa semente sou eu, que a espalho pelo
mundo afora a fim de abençoar as pessoas e proclamar que o meu reino
está chegando. A semente de boa qualidade representa vocês, filhos
amados do reino. É a semente que morre para si mesma, que faz gerar vida
e que é frutífera para abençoar vidas e alegrar o coração do Pai. O
campo é o mundo, que deve urgentemente conhecer a mim, para que tenha
vida, e a tenha em abundância. Já a semente do mal, ou o joio,
representa os filhos do Diabo. São aqueles insubmissos, rebeldes, cheios
de si, de arrogância, de presunção e de engano. São aqueles que exigem
seus direitos, que só se hospedam em hotéis cinco estrelas, que importam
impostores tão filhos do Diabo e fraudulentos como eles, a fim de
explorar a credulidade alheia (como se a minha bênção estivesse
condicionada a valores financeiros, usando mídia e outros meios para
fins escusos). Aquele que jogou a semente do mal é o pai legítimo de
seus frutos. O Diabo, inimigo de tudo aquilo que lembre o reino ou que o
evoque, é o adversário, o divisor, o inimigo, aquele que planta
confusão e dúvida no coração do homem e insufla para que sua velha
natureza volte à vida, transformando a carnalidade em simulacro de
autoridade espiritual. A colheita será o tempo de ajuste de contas,
quando eu voltar em majestade e glória. Os empregados são os anjos,
aqueles que separarão os bons frutos dos frutos da semente do mal. Eu
darei ordem a eles para que joguem os filhos da semente do mal no lago
de fogo, junto com seus ternos Armani, suas gravatas Hermes, seus
jatinhos executivos, suas mansões, seu dinheiro, seu poder, seus
mega-empreendimentos e sua empáfia. Ali serão atormentados eternamente.
Porém vocês, meus filhos, frutos benditos de meu Pai, resplandecerão
como o sol no reino de nosso Pai. Quem tem ouvidos, ouça.
Fonte SolomonRodrigo de Lima Ferreira
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