Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.
Primeiro - Trate Seriamente com o Pecado. Segundo - Não Seja Dono de Coisa Alguma. Terceiro - Nunca se Defenda. Quarto - Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém. Quinto - Nunca Aceite Qualquer Glória. A.W. Tozer
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Como é ser um cristão em Cuba?
O líder cubano está em visita aos EUA atendendo ao convite da CSW para falar sobre Liberdade Religiosa.
Imagem referente à Igreja Batista na Comunidade de Rosalía, onde Pr. Mario pastoreia.
Autor do blog cubanoconfesante.com e pastor da Igreja Batista em Cuba, Mario Felix Lleonart Barroso está nos Estados Unidos desde setembro para participar de uma série de eventos sobre Liberdade Religiosa agendados pela Christian Solidarity Worldwide (CSW). Em sua estadia nos EUA, o líder cubano apresentou o documento “Trinta questões para o Governo Cubano”, que questiona e confronta o Governo nas situações que envolvem a liberdade de religião e de expressão em Cuba.
Em abril deste ano, a ANAJURE
– com base em relatório aprofundado e conclusivo da CSW – denunciou no
Brasil os graves problemas que acontecem na Ilha de Cuba no tocante às
restrições de liberdade religiosa impostas pelo governo, mesmo com Fidel
Castro institucionalmente fora do poder. Tal publicação da ANAJURE inclusive foi objeto de análise e discussão na Câmara dos Deputados no âmbito da Comissão de Relações Exteriores.
O
fato é que o Partido Comunista Cubano, numa forma mais velada de
perseguição religiosa aos cristãos, tem buscado, através de todas as
formas de cooptação possíveis, apoio político de líderes religiosos para
realizar seus intentos, nada democráticos, como se sabe. Porém,
normalmente, os líderes não cedem a este tipo de relacionamento que foge
aos padrões bíblicos da ética, assim como também aos valores de um
Estado Democrático de Direito, o que de fato Cuba não o é. O resultado
desta recusa à cooptação é a perseguição violenta a esses mesmos líderes
e igrejas, conforme descreve detalhadamente na entrevista o Pr. Mario
Barroso.
Condição de uma das estradas de
Para o presidente da ANAJURE, Dr. Uziel Santana, ‘’o
relato do Pr. Barroso é muito ilustrativo e elucidativo da real
situação cubana em termos de liberdades civis fundamentais, em especial a
liberdade religiosa. Desde nossa publicação de abril, já tínhamos amplo
conhecimento disso. O que nos surpreende, por certo, negativamente, é o
fato de Open Doors ter retirado Cuba da lista de países que mais
perseguem ao cristianismo. Alguma análise precisa ser reconsiderada
pelos nossos irmãos e parceiros dessa instituição, porque os dados
concretos infelizmente têm nos mostrado uma situação ainda muito
difícil. O exemplo do Pr. Barroso é um entre muitos outros. Neste
sentido, a ANAJURE estará anos próximos dias oficiando a Portas Abertas
Brasil para discutir a questão e ver como podemos ajudar a igreja de
Cuba a partir do Brasil, por termos exatamente um governo alinhado,
ideologicamente, com o da Ilha. No mais, continuamos a incentivar a
igreja a orar pelos nossos irmãos e irmãs que tanto sofrem por amor ao
Evangelho de Cristo’’.
Em entrevista à ANAJURE, o Pr. Mario falou sobre as duas missões que ele recebeu de Cristo – DENUNCIAR E ANUNCIAR – e sobre as dificuldades enfrentadas no cotidiano dos cristãos, pedindo aos brasileiros que: “não
sejam indiferentes ante o clamor de liberdade de um povo que sofre, e
cujos direitos são pisoteados por uma família que se apropriou do país
há mais de 50 anos e ainda o usa como um feudo.”
Confira:
ANAJURE – Como é ser cristão em Cuba, e como é o trabalho que o senhor desenvolve na Igreja Batista?
Mario Barroso -
Ser cristão em si já é um grande privilégio. E neste país, onde vivemos
num regime totalitário por mais de 50 anos é um privilégio ainda maior,
pois apesar das dificuldades os princípios do Reino de Deus se destacam
neste tipo de governo opressor.
Devido
à necessidade de obreiros, ensino Novo Testamento no Seminário
Teológico da Primeira Igreja Batista, na cidade de Santa Clara, e em
três filiais do Seminário Teológico Batista de Havana, nas três
congregações situadas em Vueltas, Remedios e Cruces. O meu trabalho como
pastor batista de duas congregações no centro de Cuba, nas comunidades
de Taguayabón e Rosalía, onde há muita limitação e carência econômica, é
bastante difícil. Sou um pastor sem carro, sem telefone fixo, sem
internet, sem biblioteca onde eu possa conseguir literatura atualizada, e
o teto de um dos templos que tem quase dois séculos (o de Taguayabón *na foto acima)
está quase caindo. Mas sabemos que vale a pena tentar imitar a Cristo,
que também viveu essas tensões e privações num contexto muito parecido,
mas sem vacilar.
Além
do Evangelho eterno que salva das conseqüências do pecado, nós
espalhamos os valores e a ética do Reino de Deus, tão carentes em Cuba.
Princípios que não fazem parte, por exemplo, da única educação
legalizada da ilha, que é controlada pelo regime. E por assim ser, a
educação é desenhada para doutrinar nossas crianças através de um
programa educacional totalmente ideologizado e formatado pra semear
ateísmo e violência nas mentes.
Cristãos da Comunidade de Taguayabón.
A – Qual o maior desafio da igreja cubana na atualidade?
MB -
A igreja cubana enfrenta grandes desafios desde o passado. Nos anos 60,
por exemplo, o regime político vigente declarou guerra ao cristianismo,
se filiou às doutrinas leninistas, e literalmente declarou que a
religião era a coisa mais danosa que podia existir debaixo do céu. O
governo colocou ainda muitos cristãos em campos de concentração,
denominados de Unidades Militares de Apoyo a la Producción (UMAP). Em
1965, nós batistas vivemos uma das maiores crises da nossa história
porque a maioria dos nossos pastores foram presos. Uma das igrejas que
pastoreio, a de Taguayabón, durante mais de ano teve um selo em sua
porta, após ter todos os seus móveis confiscados. Um juiz chegou ao
ponto de declarar ao pastor Luis Manuel González Peña, que na época era
líder dos batistas cubanos, que em 30 anos não haveria mais nenhuma
igreja em Cuba. O pastor respondeu: – “Senhor magistrado, o Cristianismo
existe a quase dois mil anos e nada, e nem ninguém, conseguiu
destruí-lo. Em 30 anos teremos o dobro de igrejas em Cuba!”. E assim
foi.
Desde
a crise na qual caiu o regime nos anos 90, sem o amparo da antiga União
Soviética que ajudou Cuba a cometer tantos desatinos, as igrejas se
multiplicaram num autêntico avivamento.
Hoje,
o debilitado regime político de Cuba está obrigado a buscar pilares
sobre os quais possa se apoiar para tentar sobreviver. A mesma igreja
que se pretendeu destruir antes, agora se pretende usá-la. O desafio
maior para a igreja cubana na atualidade está no fato dela conseguir não
escutar as falsas adulações, nem cair nos enganos e chantagens do
governo.
Para
uma sociedade moralmente desolada, depois de cinco décadas de
destruição generalizada, na qual o dano antropológico é grande, uma
igreja disposta a condenar os responsáveis e a sarar as vítimas,
representa nosso maior desafio.
No
meio de comportamentos tão vis, onde o mal age ferozmente, servir a
Cristo passa a ser uma grande responsabilidade. Mas quem deseja viver às
custas de Cristo encontrará um bom lugar, pois o Regime pede a gritos
"sacerdotes e profetas" que segundo o modelo oferecido em Apocalipse 13,
entreguem sua boa visão ao poder político e adormeçam a massa.
A – Como tem sido o trabalho do senhor com relação à Liberdade de religião e de expressão em Cuba?
MB -
O evangelho de Cristo, nas palavras de Dietrich Bonhoeffer, "libera-nos
de tudo o que nos oprime…". Uma pregação equilibrada das boas novas de
Cristo não está separada da defesa das liberdades que todos os seres
humanos têm direito.
Embora
o regime tenha feitos esforços para me isolar nas comunidades rurais no
centro de Cuba, pelas quais tenho muito amor, os púlpitos nos quais
proclamo o evangelho e a ética do sermão da montanha estão ganhando mais
espaço com o auxílio das novas tecnologias, mesmo com o fato de não
possuirmos internet em casa e nos sacrificarmos bastante para tal.
Em
novembro de 2010 nasceu o meu blog, cubanoconfesante.com, que completa
agora três anos. E em janeiro de 2012 a minha conta no twitter @maritovoz, que logo se uniu ao de minha esposa @yoaxism,
aumentou ainda mais o nosso alcance. Esses meios estão sendo usados por
Deus para salvar nossas próprias vidas, e também como um meio de Graça,
para cumprir a dupla missão que está entranhada em nós que é DENUNCIAR E
ANUNCIAR. Sem a ajuda de Deus isto seria humanamente impossível.
O
Regime cubano tem resistido em sua maldade com o passar dos anos.
Diferente de sua melhor aliada, a Coreia do Norte – a quem não interessa
cuidar de sua própria imagem – os que governam Cuba se preocupam com
isto, fato que os fazem mais perigosos, porque já não fuzilam
abertamente, como ocorre na Coreia. Em Cuba, se gloriam de uma moratória
da Pena de Morte desde 2003, no entanto assassinam extrajudicialmente, e
as mortes de Juan Wilfredo Soto (maio de 2011), Laura Pollan (outubro
de 2011) e Oswaldo Paya (julho de 2012) são a prova disto.
A – Qual é o objetivo desta visita que o senhor está fazendo aos EUA, junto aos parceiros da CSW?
MB -
Antes de qualquer coisa, preciso ressaltar que, coerente ao seu próprio
nome, a CSW tem sido solidária à nossa missão em Cuba. Além de nos dar
sua voz, a CSW fez um convite a mim e a minha esposa e facilitou os
recursos financeiros que tornaram possível nossa visita aos EUA. Suas
denúncias e relatórios a respeito das violações à liberdade religiosa em
Cuba tem sido vitais no nosso caso e em muitos outros.
No
ano passado recebemos com dor a notícia de que outra organização que se
dedica a monitorar as violações de liberdade religiosa no mundo, a Open
Doors, retirou Cuba da lista de países onde continua havendo violações à
liberdade religiosa. O informe da CSW publicado em abril, inclusive com
versão em português traduzida pela ANAJURE, com mais de 30 páginas
dedicadas a Cuba, foi contundente e demonstra que a Open Doors
precipitou-se demasiadamente.
No
início de nossa viagem, a CSW preparou uma importante agenda que
cumprimos em Washington e que nos permitiu atualizar importantes
instituições governamentais e não-governamentais a respeito da situação
real em matéria de liberdade religiosa na ilha. Um dos momentos mais
emotivos para nós dentro da agenda foi sermos recebidos por um
brasileiro muito especial em Washington, Raimundo Barreto, que realiza
um trabalho muito importante dirigindo a comissão de liberdade e justiça
da Aliança Batista Mundial. Nunca esqueceremos o carinho com o qual nós
fomos recebidos.
Fomos
também acolhidos pelas igrejas, imprensa secular e imprensa cristã na
Flórida. Tem sido emocionante pregar à Cuba do exílio nos EUA, que é tão
cubana quanto a da ilha. O fato de que algumas emissoras em que temos
pregado podem ser ouvidas na ilha nos permite falar o que lá não é
permitido. E isto faz comque aquilo que falamos chegue a milhões de
cubanos.
Durante
nossa viagem divulgamos 30 perguntas que temos lançado ao regime de
Havana, questionando as supostas liberdades religiosas na ilha, as quais
alardeiam argumentos que pretendem enganar a muitos, como parece que
aconteceu com a Open Doors.
Estas
30 perguntas se converteram em um forte documento de denúncia divulgado
em vários meios de comunicação, e que deixam o regime sem respostas
lógicas, pois o desmascara. O regime político de Cuba é: inimigo da fé e
amante dos deuses, aos que verdadeiramente serve, que são o poder e o
dinheiro, embora disfarçando-se com aparência de piedade, mas negando
sua eficácia com fatos.
Temos
a esperança de que no próximo ano a Open Doors devolva Cuba à sua lista
de países que violam a liberdade religiosa, levando em consideração as
30 perguntas divulgadas com apoio da CSW. Seria ótimo se não
precisássemos estar nesta e em nenhuma outra lista, mas, não nos
colocando nela não se faz nenhum favor a quem sofre dentro deste enorme
campo de concentração rodeado de mar que é a nossa ilha, passando por
seus altos e reais pesadelos, mas passa a favorecer os responsáveis
pelas violações às liberdades civis fundamentais que se mantém no poder a
todo custo.
A – Por favor, deixe uma reflexão para a Igreja Brasileira acerca das oportunidades e orar e ajudar a igreja perseguida em Cuba.
MB -
Em 3 de novembro, diversas organizações cristãs a nível mundial,
incluindo a CSW e a Open Doors, convocaram um dia mundial de oração pela
igreja perseguida. Mas não basta apenas um dia de oração para
interceder por nossos irmãos em tribulação pelo mundo. Hebreus 13.3 deve
converter-se em um imperativo enquanto houver sofrimento no mundo.
Em
nome da igreja de Cuba, que se encontra diante do enorme desafio de não
ser cúmplice de um regime que a cada dia é desmascarado pela história,
pedimos muita oração pelos nossos irmãos, na Igreja brasileira.
Gestos
como o de Raimundo Barreto, da Aliança Batista Nacional, são exemplos
do que o Brasil pode fazer, não sendo indiferente ante o clamor de
liberdade de um povo que sofre e cujos direitos são pisoteados por uma
família que se apropriou do país há mais de 50 anos e ainda o usa como
um feudo.
Não
posso perder esta oportunidade para colocar como exemplo no Brasil o
Ministério Luz para o Caminho, da Igreja Presbiteriana do Brasil,
dirigido pelo pastor Hernandes Dias Lopes, com sede em Campinas- SP.
Eles têm investido com orações e finanças para que literatura cristã
impressa e multimídia chegue a Cuba, com uma mensagem edificante que nos
inspira em nossa missão. O devocional 'Cada Dia' que eles enviam para
ser distribuído gratuitamente dentro da ilha transformou-se no
devocional diário de milhares de cubanos. Em nossas igrejas temos sido
beneficiados por sua solidariedade.
Outras igrejas e ministérios no Brasil também podem fazer o mesmo, além de orar, claro.
Uma
mensagem muito importante para o Brasil: o debilitado regime que
desgoverna a ilha por mais de 50 anos não tenta encontrar só na igreja
um punhal para ferir sua cambaleante estrutura, mas também o faz no
Brasil – O gigante do sul.
É
importante que o Brasil receba sabedoria de Deus e não se deixe
enganar, mas entenda que uma coisa é o regime que se apoderou da ilha, e
outra coisa é o povo cubano.
A
prosperidade econômica do Brasil constitui um ponto de observação para o
regime no continente. Tratando de buscar ajuda para manter-se no poder.
Que
o Brasil, e em especial a igreja brasileira, passe pela história como
um povo que ajudou os cubanos a se libertarem do jugo do atual regime, e
não o contrário.
A
propaganda do regime de Havana é habilidosa e confunde a muitos, tal
como, demonstra o caso da Open Doors, embora estejamos seguros que eles
irão reavaliar a lista com base em nossos argumentos.
Não
se enganem. Agradecemos ao Brasil pelos investimentos milionários
realizados no porto de Mariel, em Havana, que isto será algo muito
importante para a futura Cuba democrática que sonhamos, onde os direitos
humanos são respeitados. Ressaltamos que é importante que o dinheiro
deste porto não fique com uma elite que a cada dia enriquece mais,
enquanto oprime um povo cada vez mais empobrecido. Esses recursos não
devem servir para que o povo seja ainda mais maltratado.
Se
a igreja brasileira puder incentivar seu governo para que ele priorize
os direitos humanos em sua política exterior acima dos interesses
econômicos, não ficará dúvida de que o fizeram por se alinhar aos
interesses de Cristo em nossa sofrida ilha…
Por fim, nossa oração é que Deus continue abençoando o Brasil!
Reflexões de um Miserável
Miserável homem que eu
sou! quem me livrará do corpo desta morte?Romanos 7:24
Hoje acordei com uma vontade de desistir. Abandonar tudo. Os problemas
são muitos, as inquietações fazem meu coração tremular. As forças, já não mais
as tenho. O silêncio toma o lugar de minhas palavras.
Máscaras? As tenho pendurado na parede do meu quarto, onde escolho uma
sempre que preciso disfarçar o meu verdadeiro eu.
É sozinho que compreendo que não sou quem Deus gostaria que eu fosse.
É sozinho que sei que tudo que me resta é somente me apegar em sua
misericórdia.
É sozinho que todas as verdades vem à tona, e vejo o meu “mundo”
desmoronar em minha cabeça.
Desculpas eu já as usei, e nesse momento somente me servem para me
enganar. As minhas vontades só me levam para mais longe; tão longe que já não
consigo enfrentar a realidade. Ás vezes é um grito de uma alma angustiada e
abatida, que sabe que a realidade não é tão colorida como se imagina. Eu bem
sei que eu poderia amar mais, me dedicar mais. Porém o orgulho já faz de mim
seu escravo, e a única coisa que consigo enxergar em minha frente são relances
de uma vida que poderia ser vivida. Eu disse bem. Poderia, mas não a vivo.
Porque as oportunidades perdi. Os valores troquei, e sei que teria sido mais
feliz se tivesse consciência de que a morte é uma realidade que acompanha a todo
homem. Pois entendo que os valores que vem de Deus, duram para sempre e não
terminam juntamente com a minha existência terrena.
Oh! Miserável homem que sou. Envolto em fraqueza e carência.
Necessitado de uma esperança. Tenho que admitir, não sou tudo aquilo que os
outros veem, não sou espiritual demais, e nem forte o suficiente para bater em
meu próprio peito e vencer as muralhas que a vida me impõe.
Os porquês, e as dúvidas já são participantes da minha caminhada. E
muitos dos meus sorrisos só servem para maquiar a vida que não tenho. Consigo
ser para alguém o que não consigo ser para Deus. Desesperado por uma aparência
ou aceitação, me enterro no silêncio da frustração.
Mas quando eu aceito a realidade, e de maneira honesta me entrego a graça
de Cristo, todo o meu ser se alegra, compreendendo que é somente Nele que
encontro a satisfação que tanto procurava. Já não preciso das máscaras e nem da
vida medíocre e falsa inventada por mim mesmo. Em Cristo recebo a vida
abundante que todo homem deseja, me apego o que Ele tem a me oferecer. Desfruto
de sua maravilhosa graça, pois compreendo que as minhas fraquezas me fazem mais
humano e mais dependente. Tais fraquezas me tornam sincero diante de um amor
que escolheu me alcançar.
Cristo, somente Cristo é capaz de se aproximar de mim. Tocar em minhas
feridas e oferecer seu perdão.
Palavras me faltam, pois não consigo esconder Dele o quão miserável eu sou.
A minha alma o deseja, e encontro em Jesus tudo o que falta em mim. Ele é a
minha própria vida, o anseio de uma alma ferida. Nele me escondo, quando eu
mesmo não me acho. Liberdade! Já posso gritar. Ele me salvou das minhas
questões mais profundas, onde homem nenhum poderia me responder.
Amado Jesus, o que posso lhe oferecer? Em mim, Miserável ser não há
nada. Até a minha fervorosa gratidão são insignificantes diante de Ti. Me
encontro somente em teu caminho, tenho esperança somente em tua palavra, sou atraído
pelo seu amor. Me lanço completamente em seus braços!
Quando recebo Cristo, as cadeias de uma vida falsa são quebradas,
entendo que não são as minhas virtudes que fazem de mim aceitável, mas sim as
minhas fraquezas, pois a graça de Cristo só tem eficácia na vida de um
miserável, que reconhece a necessidade e o valor de um perdão.
''Vivo em perseverança, com as forças renovadas na esperança. Sendo
aperfeiçoado nas minhas fraquezas, pois são elas que me levam até Jesus.''
E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu
poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas
fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. 2 Coríntios 12:9
Tomé, um homem de Fé
Assustou? A tempos ouvimos o contrário em relação a vida de Tomé, o
incrédulo.
O que não percebíamos é que simplesmente o seu desejo era
ter uma intimidade de fé maior, mais próxima, e não uma experiência vivida por
outros. Um típico caso que ocorre hoje nas igrejas, um tradicionalismo barato
vivenciado então por muitos, onde sou o que o outro é, e não o que me torno em Cristo.
Desde então o cristãos hodiernos tem perdido sua identidade,
transformando-se em verdadeiros fantoches, manipulados por muitos.
O problema é da igreja irmão! É
nada, puramente nosso, por não sermos como Tomé, sedentos pela verdade
examinando o que é falado, sendo críticos construtivos. Alçando voos
maiores a
cada dia pelo conhecimento puro e simples de Cristo. O maior estágio de
um cínico é se mascarar de uma fé ouvida não condizente com a palavra,
por isso
tantos fracos e doentes.
Esta palavra é para mim e para
você, por pensarmos que podemos tudo, suportamos tudo, conseguimos tudo,
esquecendo uma das maiores dádivas de Cristo, a humildade.
Está na hora de admitirmos nossas
falhas e voltarmos a Cristo, para tocá-lo pela fé, experimentá-lo, vivenciá-lo
e anunciá-lo ao mundo.
Ainda que sejamos considerados
como fracos, até não espirituais, mas que possamos fazer como Tomé, ousar
questionar para o bem da própria alma, nosso “ser”.
Apenas um toque nas feridas e
Tomé é curado (Isaias 53.5), tanto da alma como do espirito.(1 Pedro 2.24).
Reflita:
( João 11.6), é possível ser fraco na fé, mas não duvidar da
fidelidade de Cristo.
Foi um homem de coragem, perseverança, esperança na salvação
e de atitude.
Reconhece que não há vida sem Cristo, pois estava disposto a
morrer com Ele.
Foi um exemplo de amor ao próximo.
(João 14.6), Tomé reconhece que
precisa de um caminho, que sem Jesus não a como ir, saber, muito menos viver.Reconhece
que a maior dor, o maior vazio existente, é tentar viver sem Jesus.Experimentou a dor da perca. Nós
não aprendemos a perder.
(João 20), Era ousado e
questionou. Tendênciamos acreditar em tudo por não sabermos lidar com as
dificuldades.
Sendo monoteísta, chama Jesus de ''Senhor meu e Deus meu'', palavras não pronunciadas por nenhum outro.
Um homem que para muitos sem fé,
incrédulo. Mas discípulo que evangelizou a Pártia e pela tradição cristã
posterior, estendeu seu apostolado a Pérsia e a Índia.
Uma dúvida transformada em
compromisso de viver com Cristo e para Cristo.
E nós?
João
20.29: Disse Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem aventurados os que não
viram e creram!
Estes somos nós.
As aflições dos santos, promovem
seu crescimento.Amazing Grace
por Adriano Gontijo.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Maridos Solitários, Esposas Solitárias
Postado por
Augustus Nicodemus Lopes
O isolamento de outras pessoas nem sempre é
ruim. O próprio Jesus tinha o hábito de isolar-se regularmente das multidões e
ficar a sós com Deus, depois de um dia de trabalho em meio às multidões. Nessas
ocasiões, ele orava e renovava suas forças.
Mas, existe uma solidão maléfica,
característica da sociedade em que vivemos. As pessoas podem viver numa mesma
casa com muitas outras e ainda assim viver isoladas delas. Já que fomos criados
como seres sociais, viver em isolamento geralmente provoca tristeza, depressão,
angústia e, em casos extremos, o suicídio.
O isolamento acontece mesmo entre pessoas tão
íntimas como marido e mulher. Diversas forças ativas na sociedade moderna estão
separando marido e mulher cada vez mais para longe um do outro, em vez de
produzir intimidade e mutualidade:
1) Numa sociedade tão complexa como a
em que vivemos, experiências diferentes e sistemas de valores diferentes
separam os casais. Antigamente, as pessoas nasciam e cresciam juntas num mesmo
lugar. Hoje, elas vêm de passados completamente diferentes.
2) A sociedade
moderna tem passado a idéia de que o casamento é um relacionamento na base de
50/50 (fifty-fifty). Isso é, cada um dá um pouco de si. Mas isso não funciona,
na verdade. O padrão cristão é 100/100. No casamento, temos de nos dar
inteiramente.
3) O egoísmo é provavelmente a maior ameaça à unidade do casal.
Ser egoísta é buscar realização pessoal deixando o cônjuge de fora. Uma ilusão
bastante comum é que marido e mulher podem obter sucesso independentemente um
do outro e ainda ter um casamento bom. Na prática, quase nunca isso dá certo.
4) Outro fator de isolacionismo são problemas não superados. Os
pesquisadores mostram que cerca de 70% dos casais que passam por experiências
traumáticas - como perder um filho num acidente, ou ter um filho gravemente
deficiente - se separam ou se divorciam.
5) A mídia tem popularizado a idéia de
que aventuras extramaritais é algo normal. O fato é que, não somente
o adultério consumado, mas o adultério emocional - uma amizade muito íntima com
alguém do sexo oposto - provoca o isolamento dos cônjuges.
6) A
pressão contínua do estilo de vida acelerado em que vivemos contribui para que
cada vez mais vivamos estilos de vida separados uns dos outros.
7) Outro fator
é a dependência cada vez maior das mídias sociais. Marido e mulher podem
estar sentados na mesma mesa, sentados no mesmo sofá ou deitados na
mesma cama, mas cada um está checando seus e-mails, Facebook, Twitter,
Google+ ou outros aplicativos sociais. Estão juntos apenas fisicamente.
Membros de uma família podem estar juntos na mesma sala e estar
perfeitamente isolados uns dos outros. À medida em
que nos enfiamos em nossos casulos virtuais, mais e mais nos
desconectamos uns dos
outros.
O isolamento é uma ameaça séria mesmo para
casais cristãos. Estes cristãos precisam perceber que se não tomarem as
providências necessárias e se não tratarem dessa ameaça juntos, acabarão por
viver isolados uns dos outros, mesmo debaixo do mesmo teto. Muitos casais
casados têm sexo mas não amor. O erro típico que muitos casais cometem é não
antecipar que problemas desse tipo podem ocorrer com eles. E quando os
problemas surgem, são apanhados desprevenidos.
Vivemos num mundo cheio de problemas. A
tentação de muitos, debaixo de pressão, é isolar-se, hibernar como um urso em
sua caverna no inverno. Embora essa pareça uma alternativa atraente, é somente
com o apoio de amigos que poderemos suportar as misérias desta vida.
O que podemos fazer, como cristãos, para
vencer o isolamento? Aqui vão algumas dicas:
1) Busque maior intimidade com
Deus, pela leitura da Bíblia e pela oração diária. Quando nos aproximamos de
Deus, podemos melhor nos aproximar dos outros.
2) Planeje gastar tempo com seu
cônjuge fazendo coisas que ambos apreciam.
3) As vezes o isolamento
foi causado por uma atitude errada sua, com a qual o seu cônjuge ofendeu-se ou
magoou-se. É preciso pedir perdão e buscar a reconciliação.
4) Às vezes quando
a situação já se tornou muito complicada e difícil, é preciso vencer o orgulho e procurar ajuda.
Não permita que o isolamento acabe a
alegria do seu casamento. Casados também podem ser felizes juntos!
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Como Manter a Igreja Viva
Uma das passagens mais dramáticas da Bíblia é Isaías 1:10-20, onde o profeta repreende a Igreja do Antigo Testamento, chamando seus líderes de príncipes de Sodoma e Gomorra, cidades famosas pela devassidão e iniqüidade. O povo de Deus havia se corrompido ao ponto de Deus não mais ter qualquer prazer em receber o culto e a adoração dele. Infelizmente, esse quadro de decadência e corrupção da Igreja de Deus neste mundo se repetiu por muitas vezes através da história. Nestes períodos o povo de Deus esfria em sua fé, endurece o coração, persevera no pecado e serve de péssimo testemunho ao mundo.
Nosso dever como Igreja e cristãos
individuais é evitar que a decadência espiritual entre em nossas vidas. Existem
quatro coisas que podemos fazer para evitar o declínio espiritual da Igreja,
com a graça de Deus:
(1) Tratar o pecado com seriedade. Nada
arruina mais depressa a vida espiritual de uma comunidade do que permitir que
os pecados dos seus membros permaneçam sem ser tratados como deveriam. Lemos na
Bíblia que quando Acã desobedeceu a Deus, toda a comunidade sofreu as
conseqüências. Nossos pecados não são problema: mas os nossos pecados ocultos,
escondidos, não confessados, arrependidos, se constituem um tropeço espiritual,
que entristece o Espírito de Deus, e acaba se espalhando pela Igreja e
envenenando os bons costumes e a fé.
(2) Zelar pela sã doutrina. A verdade salva
e edifica a Igreja, mas a mentira é a sua ruína. O erro religioso envenena as
almas e desvia o povo dos retos caminhos de Deus. O Senhor Jesus criticou
severamente a Igreja de Pérgamo por ser demasiadamente tolerante para com os
falsos mestres que infestavam a comunidade com falsos ensinos (Apocalipse
2.14-15). Da mesma forma, repreendeu a Igreja de Tiatira por tolerar uma mulher
chamada Jezabel, que se chamava profetiza, e que ensinava os membros da Igreja
a praticar a imoralidade (Apocalipse 2:20). Devemos ser pacientes e tolerantes,
mas nunca ao preço de comprometermos o ensino claro do Evangelho.
(3) Andar perto do Senhor da Igreja. É Deus
quem nos mantém firmes e puros. A Bíblia diz que se nós nos achegarmos a Deus,
ele se achegará a nós. A Bíblia também nos ensina que Deus estabeleceu os meios
pelos quais podemos estar em contínua comunhão com Ele. Estes meios são: os
cultos públicos, as orações e devoções em particular, a leitura e a meditação
nas Escrituras, a participação regular na Ceia do Senhor. Cristãos que deixam
de usar estes meios acabam por decair espiritualmente, como uma brasa que é
afastada da fogueira e logo perde seu calor. A negligência destes meios de
graça abre a porta para a acelerada decadência espiritual e moral de uma
Igreja.
(4) Estar aberta para reformar-se. O lema
das Igrejas que nasceram da Reforma foi
“Eclesia Reformata Semper Reformanda”. Ou seja, a Igreja deve sempre
estar aberta para ser corrigida por Deus, arrepender-se de seus pecados e
reformar-se em conformidade com o ensino das Escrituras. Nas cartas que mandou
às igrejas da Ásia Menor através do apóstolo João, o Senhor Jesus determinou às
que estavam erradas a que se arrependessem e retornassem aos retos caminhos de
Deus (Apocalipse 2.5,16,21; 3.3,19). Elas precisavam ser reformadas e mudar o
que estava errado. Existe grande perigo para uma igreja quando ela se fecha em
si mesma, e deixa de ouvir a voz do seu Senhor, que deseja corrigi-la e
traze-la de volta aos caminhos do Evangelho.Estas medidas devem também ser aplicadas a nós, individualmente. Deveríamos procurar evitar a decadência espiritual da nossa prática religiosa, mantendo acesa a chama da fé pela freqüência regular aos cultos, pela leitura diária da Bíblia, por uma vida de oração e comunhão com outros irmãos. Infelizmente, por negligenciarem sua vida espiritual, muitos cristãos estão contribuindo para enfraquecer o testemunho das igrejas evangélicas no mundo.
"O marido é meu. Jeová vai te pegar!"
Por Gutierres Fernandes Siqueira
Caros leitores,
Vejam o vídeo abaixo. É mais uma amostra como parte considerável da Igreja Evangélica- e Pentecostal- perdeu o senso do ridículo. Sim, é urgente o resgate das Escrituras não só para a qualidade doutrinária, mas também para a recuperação do, repito, senso do ridículo.
a) Observe a histeria das "irmãs". "O marido é meu", canta uma. Enquanto outra fica empolgada com essa afirmação de posse.
b) Veja como o culto cristão virou uma espécie de Programa do Ratinho.
c) Observe a falta do senso do sagrado, a bagunça, as movimentações, a falta de ordem... Sim, é um programa de auditório bizarro.
d) O culto é para adorar a Deus, mas a música é uma reafirmação da "mulher macha".
e) E o velho espírito de vingança está, como sempre, no ar. Junto, é claro, com a "teologia do cangaço": "Jeová vai te pegar"!
E há quem acredite que a música pentecostal não está em crise. Caros, esse tipo de manifestação não é exceção, ou uma minoria. Infelizmente, hoje é a regra.
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
O deus fabricado pelo movimento gospel brasileiro
O deus fabricado pelo movimento gospel brasileiro é bem diferente do Deus revelado pelas Escrituras.
Na verdade acredito que o Deus proclamado nos Evangelhos é absolutamente distinto do deus produzido por alguns dos evangélicos.
Sem a menor sombra de dúvidas ouso afirmar que o ensino de alguns quanto a quem seja o Senhor em muito se contrapõe as verdades bíblicas.
Veja abaixo algumas características do deus fabricado pelo movimento gospel brasileiro:
- Esse tipo de deus recebe ordens mediante decretos espirituais emitidos por seus seguidores.
- Esse tipo de deus gosta mesmo é de promover entretenimento e alegria espiritual para aqueles que o buscam.
- Esse tipo de deus não fala sobre o pecado, alias, o que ele gosta mesmo é de conceder muitas bênçãos a todos aqueles que o invocam.
- Esse tipo deus é adepto do show gospel, sua filosofia principal é paz e amor, sua satisfação é ver a galera em meio ao louvorzão saindo do chão.
- Esse tipo de deus obedece os caprichos dos fiéis concedendo a estes tudo aquilo que desejam.
- Esse tipo de deus é adepto do maniqueísmo e defensor do mapeamento espiritual esquizofrênico produzido pelos apóstolos da modernidade.
- Esse tipo de deus é um mero expectador da historia, mesmo porque, quem decide os rumos da vida são os homens com seus decretos e ordens espirituais.
- Esse tipo de deus é frouxo pois aceita ser colocado contra parede caso não atenda as ordens de seus seguidores.
- Esse tipo de deus é obcecado por dinheiro.
- Esse tipo de deus despiu-se de sua soberania para atender os caprichos transloucados daqueles que se dizem cristãos.
- Esse tipo de deus pode ser limitado pelo "imenso" poder de satanás.
- Esse tipo de deus adora baile gospel, balada gospel, bem como tudo aquilo que se autodenomina gospel.
- Esse tipo de deus prefere "louvorzão" à pregação das Escrituras.
- Esse tipo de deus gosta de novas revelações ainda que essas se contraponham as verdades das Escrituras.
- Esse tipo de deus é o deus da libertinagem, da "pegação", do sexo livre e da contextualização libertina e mundana cujo foco principal é a satisfação humana.
- Esse tipo de deus é adepto, defensor e propagador da teologia da prosperidade.
- Esse tipo de deus adora a confissão positiva, mesmo porque, seu prazer estar em acatar as ordens dos seus seguidores.
Isto posto, resta-nos clamar ao Senhor misericórdia, rogando ao Soberano
que nos leve de volta a verdadeira mensagem do evangelho.
Pensei nisso!
Renato Vargens
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Por que Deus me escolheu?
“E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade” [Efésios 1:5]
Por Antognoni Misael
Não tenho dúvidas de que a resposta para
esta pergunta tem muito a dizer sobre nós, e mais ainda sobre Deus.
Quem sabe, a visão de que somos pecadores e de que Deus é gracioso, não
seja imensamente fiel quanto ao real estado de pecaminosidade que nos
encontrávamos e ao imensurável Amor de Deus por nós.
A religião tem causado um desfavor ao
Evangelho. Isto se reflete nas respostas dadas a pergunta do tema.
Primeiro por que na perspectiva dela, Deus nos escolheu porque viu em
nós um coração sincero ou porque demos um sinal positivo para Deus. Em
outras palavras, a religião implica em “nós fazendo algo para alcançar a escolha de Deus”, mas o Evangelho, “Deus se movendo ao nosso favor, e nos alcançando por pura vontade e Graça”.
Por que Deus me escolheu? Por que Ele te escolheu?
O Rev. Rennan Dias em sua obra “Na Estrada da Graça”, conjectura um pouco sobre esta pergunta. Primeiro, ele nos lembra que TUDO
começa com a Graça de Deus! Portanto, a escolha de Deus não aponta para
um livramento simplista do inferno. Mas, para um relacionamento pleno,
que se inicia nesta terra, onde a glória de Deus é revelar Cristo em
nós!!
“Na Estrada da Graça” nos apresenta um
panorama sobre as promessas de Deus no Gênesis, e especificamente no
agir soberano de Deus na vida de Abrão. Sendo assim, desejo conduzir
algumas indagações acerca deste tema, inicialmente pensando a respeito
de Abrão, e em seguida de maneira mais particular.
Eu pergunto: Por que Deus escolheu Abrão? Rennan amplia a pergunta:
“Por que Deus
escolheu um homem que vivia no meio da idolatria? Por que Deus escolheu
um homem com seus setenta e cinco anos? Por que Deus escolheu um homem
que não podia ter filhos, em razão de sua esposa ser estéril? Por que
Abrão foi escolhido para ser parte tão importante da história da
redenção?” [DIAS, Rennan. p. 23]
A título de informação, faço lembrar que
Abrão não era um bom homem. Ele não era melhor que seus irmãos. Ele não
tinha nada de mais especial do que os homens de seu tempo. Assim como o
povo de sua época, ele vivia distante do Senhor e em plena
desobediência a Deus.
A resposta, Rennan nos oferece ainda no seu capítulo de seu livro:
“A maravilhosa Graça
de Deus alcançou Abrão. Deus mergulhou na cidade idólatra de Ur dos
Caldeus e, do meio dos idólatras, chamou Abrão para caminhar com Ele.
Deus, sem ser chamado por Abrão, resolveu lhe fazer uma visita. Sem
aviso prévio. Sem carta pelo correio. Num dia como outro, aconteceu.
BUM! Deus apareceu para Abrão. A iniciativa foi de Deus. O primeiro
passo foi de Deus.”
Glórias a Deus por isso!!
Da mesma forma volto a indagar, agora sobre nós: por que será que Deus me (e te) escolheu?
Ah, meus irmãos, idiotice seria de minha parte tentar justificar de outra forma senão: a MARAVILHOSA GRAÇA DE DEUS!
O pregador C. Spurgeon certa vez disse que “a graça de Deus não viola a vontade humana, mas triunfa docemente sobre ela”.
O que posso dizer é que, ela triunfou docemente sobre mim, e certamente
em você, isto significa que hoje temos pleno prazer nEle em resposta a
sua escolha soberana e doce sobre nós .
A Graça de Deus, portanto, me
proporcionou saber cinco conceitos determinantes que me fizeram um tipo
de Cristão bem menor do que outrora fui. Espero que lhe ajudar a se
tornar mais pequeno diante de Deus e de Sua soberana escolha:
1) O encontro de Deus
com os Seus não depende de encontros e métodos que insistimos em tentar
manipular. A vontade dEle é perfeita e o seu tempo é oportuno!
2) Quão miserável pecador eu era, e ainda Sou.
3) O que eu fiz e o que
eu continuo a fazer não altera em nada o Amor de Deus por mim, nem para
mais, nem para menos. Senão, não seria Graça!
4) Jamais olharei para
um pecador com olhar de orgulho, intolerância ou soberba por estar perto
do Pai. Afinal, a essência dele é o retrato de mim mesmo, ao me ver
pelo prisma “sem GRAÇA”.
5) Como bem citou
Rennan, “um dia Deus tomou iniciativa e assim como fez com Abrão, Ele
visitou nossa Ur, nosso lugar idólatra, e especialmente, sem que O
chamássemos, Ele chegou”. Logo, não tenho parte nenhuma neste encontro e
escolha!
“Por que Deus me (ou te) escolheu?” Novamente pergunto.
A resposta final e contundente, não tem outra: por pura GRAÇA!
Charles R. Swindoll, em sua obra “O Despertar da Graça” contribui dizendo, ao citar um de seus mestres, que “O amor que vai para cima é adoração, o amor que vai para fora é afeição, o amor que se curva é graça.”
Queridos, a escolha de Deus redunda no
ato de Ele se curvar, isto é, estender favor ou bondade a alguém que não
merece e que nunca poderá fazer nada para ganhá-la.
Por fim, pensemos. A religião ensina: “façamos algo para alcançar a salvação em Jesus”.
O Evangelho responde: “a salvação é Deus nos escolhendo, nos encontrando, nos amando e nos atraindo para Si”.
Que o Senhor da Graça nos ajude a compreender esta beleza e glória desta escolha soberana através do se filho JESUS!!
Fonte: Púlpito Cristão
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