Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.

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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

"Deus é gay?", pergunta Frei Betto em sua coluna no O Globo

 
 
 Por Leonardo Gonçalves

Em sua coluna do jornal virtual O Globo, Frei Betto escreveu um artigo intitulado “Deus é gay?”. Seu texto começa com um elogio ao Papa Francisco “por colocar a sexualidade no centro do debate eclesial”, erguendo-se assim – segundo ele – “contra o cinismo” predominante na igreja.

“Quem, como eu, transita há décadas na esfera eclesiástica sabe que é significativo o número de gays entre seminaristas, padres e bispos. Por que não gozarem, no seio da Igreja, do mesmo direito dos heterossexuais de se assumir como tal? Devem permanecer “no armário”, vitimizados pela Igreja e, supostamente, por Deus, por culpa que não têm?” Escreve ainda: “O que está em jogo é a dignidade da pessoa humana, o direito de casais gays serem protegidos pela lei civil e educarem seus filhos na fé cristã, o combate e a criminalização da homofobia, um grave pecado”.

É fato que a igreja catolica abriga em seu seio uma multidão de sacerdotes homossexuais, assim como padres pedófilos e muitos clérigos heterossexuais promíscuos envolvidos em escândalos de ordem moral. Mas será que a solução para a pedofilia no clero católico é acolher o sacerdote pedófilo? Ou que a solução para os escândalos imorais por parte de clérigos é acolher o sacerdote imoral? Da mesma maneira, a solução para o problema dos sacerdotes gays não é a conivência com o pecado homossexual. 

"Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus". (1 Coríntios 6:9-10, NVI)

É interessante notar que o “frei” chama a homofobia de pecado, mas  sustenta que a homossexualidade não é pecaminosa, nem mesmo um "desvio” da natureza, de forma oposta ao que diz a Biblia em Romanos 1.26-27:

"Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro" 

Betto escreve que é preciso reler o Evangelho pela ótica gay, uma vez que já foi lido pelas visões aramaica (Marcos), judaica (Mateus), pagã (Lucas), gnóstica (João), platônica (Agostinho) e aristotélica (Tomás de Aquino), mas parece ignorar que o evangelho narrado aos judeus, aos pagãos, bem como o evangelho universal de João narram uma mesma verdade. Tanto em Marcos, como em Lucas e João Jesus é o Filho de Deus, sacrifício perfeito por nossos pecados e libertador do seu povo. Essa compreensão de Cristo como aquele que redime do pecado está presente em Agostinho, Aquino, bem como qualquer teólogo cristão que leve a sério o texto bíblico. Não há espaço para relativismo aqui: Os diferentes evangelhos não são antagônicos; trata-se da mesma mensagem pregada a grupos diferentes. 

O homossexual não precisa de um Deus Gay, nem de um evangelho gay. Ele só precisa de Deus e do evangelho. Ele precisa da mesma mensagem pregada a judeus, pagãos e gnósticos. Ele precisa conhecer o Jesus que se apropriou os pecados dos gays e lésbicas para pagar por eles na cruz. O caminho para a libertação do homossexualismo está no perdão divino, e não na negação do pecado e relativização da moral e da verdade. 


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Fonte: Púlpito Cristão 

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