Vejo com frequência na grande mídia notícias de que as religiões afro-brasileiras são vítimas de preconceito e discriminação por parte dos evangélicos. Inclusive, já ouvi notícias absurdas, como: “Traficantes evangélicos impedem adeptos do candomblé e da umbanda de realizar seus cultos, nos morros cariocas”.
A despeito de o EI (Estado Islâmico), também conhecido como ISIS (Islamic State in Iraq and Syria), estar matando cruelmente inúmeros cristãos, a grande mídia não afirma que terroristas muçulmanos ou islâmicos estão matando cristãos no Iraque e na Síria. Por quê? Porque ela não quer generalizar, incorrendo em islamofobia.
Entretanto, a mesma grande mídia não se importa em dizer que “traficantes evangélicos” estão impedindo os cultos afro-brasileiros nos morros cariocas, associando a fé evangélica a um dos piores males que existe no Brasil: o tráfico de drogas! Isso não é evangelicofobia?
Na verdade, o que existe no Brasil é uma grande perseguição aos evangélicos. Muitos criticam, com justiça, os telebispos e tele-apóstolos charlatões, mas ninguém fala dos Joões Bidus e outros videntes que aparecem diariamente na TV prometendo isto e aquilo.
Há pouco tempo, a Prefeitura de Niterói intimou a Primeira Igreja Batista dessa cidade por ter exposto a seguinte faixa: “Niterói, estamos orando por você”. Muitos, em nome da laicidade do Estado, falam em homofobia e racismo, mas se esquecem de que em nosso país “democrático” existe outro grande mal: a evangelicofobia, a qual é incentivada, infelizmente, pela grande mídia.
Ciro Sanches Zibordi
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