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Um teólogo puritano (1616-1683), um pastor fiel, escritor dedicado, chamado John Owen, autor desta intrigante frase, escreve sobre a mortificação do pecado. Bastante ressonante! O entendimento dessa frase poderia ser: ou mata ou morre! A responsabilidade da luta contra o pecado, isto é, uma permanente batalha contra o pecado é o dever do cristão que deve entender a ordem divina que trata da mortificação. Já ouvi dizer: "se pecado fosse ruim, ninguém pecava", desde quando o pecado é algo bom? (Rm 6.23) Como pode ser bom aquilo que manifesta a ira de Deus (Rm 1.18) e nos afasta da Sua presença? (Rm 3.23) O pecado é ruim e mata!
Entender que pecamos porque somos pecadores e nos santificamos porque somos santos é devidamente crucial. Não buscamos a santidade para tornarmos santos, a santificação é uma responsabilidade do cristão por ter sido separado. O pecado não nos torna pecadores, de fato já somos (Sl 51.5; Rm 5.12), o homem depravado totalmente só sabe fazer uma coisa na vida: pecar! O texto que iremos observar sobre a mortificação do pecado em nossas vidas está escrito na carta de Paulo à igreja de Roma.
Romanos 8.13 "porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis."
Segundo Owen, essa é a passagem fundamental na teologia da mortificação do pecado. Ele apresenta três princípios fundamentais:
O que seria mortificação do pecado? Podemos concordar absolutamente com o autor da frase acima, que "é o enfraquecimento habitual e bem-sucedido do pecado que envolve a luta e a contenda constante contra a carne, através do Espírito Santo". Muitos cristãos acreditam ser salvos pela graça e santificados pelas obras, parecendo que a graça é somente parte inicial da salvação. Por outro lado, existem cristãos acreditando que a justificação isenta a responsabilidade da obediência fiel e ativa, anulando assim o chamado bíblico, gerando então, uma passividade inapropriada.
O propósito desse texto é enfatizar o pensamento de Owen, sobre esse verso em Rm 8.13, baseando-se nessa declaração e percebendo o contexto que Paulo o encaixa encontramos alguns pontos sublimes. Paulo começa com uma prescrição de um dever:
O esclarecimento de que devemos ter uma praxes em relação ao pecado, deve muda como o enxergamos. O sentido de urgência contra o pecado deve nos levar a uma vida em constante batalhas, a santificação deve ser um prazer para o cristãos e não um peso obrigatório. É intrigante e faz sentido pensar nessa frase em relação ao pecado: "Não poder e Não querer". Percebo que muitos lutam contra o pecado porque não podem pecar, mais isso gera um peso em relação a santidade. Deveria ser "não quero pecar", tornando assim a santidade um prazer, uma disposição agradável para acertar o alvo. Um relacionamento sério com o pecado tem como resultado a morte, o que o apóstolo está dizendo nesse verso (Rm 8.13) é que não há nenhuma outra maneira que seja capaz de produzir mortificação do pecado, a não ser pelo próprio Espírito Santo.
Ao ler calmamente esse verso, percebemos que é pelo Espírito que há morte do pecado, é a Sua obra, a concretização vem do próprio Deus. No verso, vemos as palavras "carne e corpo", usando essas palavras no lugar da depravação da nossa natureza, pois são os "feitos da carne" que serão mortificados, essa carne que converte os membros em servos da iniquidade (Rm 6.29). A ideia da mortificação dos feitos do corpo é combater as obras da carne onde exatamente elas brotam, na sua raiz, essa ideia metafórica "mortificar" tem um sentido, "matar um vivente". É chamado de "velho homem", o apóstolo Paulo diz que é essa natureza que deverá ser morta e aniquilada, isto é, deve ser, pelo Espírito. Por Cristo, pela cruz de Cristo foi crucificado nosso velho homem (Rm 6.6), os cristãos tem o dever de lutar contra o pecado e não admitir amizade com ele.
A promessa desse verso é vida, ao cumprir esse dever, é garantido: certamente vivereis! Aqui temos justamente o oposto da frase anterior: "porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer", a "vida" da qual é a promessa do dever cumprido nos consola não somente na eternidade, mais nessa vida aqui e agora. Gostaria de rescrever nove orientações fornecidas por Owen no que tange à mortificação:
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"Mate continuamente o pecado ou ele matará você continuamente."
Um teólogo puritano (1616-1683), um pastor fiel, escritor dedicado, chamado John Owen, autor desta intrigante frase, escreve sobre a mortificação do pecado. Bastante ressonante! O entendimento dessa frase poderia ser: ou mata ou morre! A responsabilidade da luta contra o pecado, isto é, uma permanente batalha contra o pecado é o dever do cristão que deve entender a ordem divina que trata da mortificação. Já ouvi dizer: "se pecado fosse ruim, ninguém pecava", desde quando o pecado é algo bom? (Rm 6.23) Como pode ser bom aquilo que manifesta a ira de Deus (Rm 1.18) e nos afasta da Sua presença? (Rm 3.23) O pecado é ruim e mata!
Entender que pecamos porque somos pecadores e nos santificamos porque somos santos é devidamente crucial. Não buscamos a santidade para tornarmos santos, a santificação é uma responsabilidade do cristão por ter sido separado. O pecado não nos torna pecadores, de fato já somos (Sl 51.5; Rm 5.12), o homem depravado totalmente só sabe fazer uma coisa na vida: pecar! O texto que iremos observar sobre a mortificação do pecado em nossas vidas está escrito na carta de Paulo à igreja de Roma.
Romanos 8.13 "porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis."
Segundo Owen, essa é a passagem fundamental na teologia da mortificação do pecado. Ele apresenta três princípios fundamentais:
1- Os cristãos diariamente devem trabalhar para mortificar o poder do pecado;
2- Só o Espírito Santo é suficiente para essa obra;
3- A mortificação do pecado gera no cristão vida e bem estar;
O que seria mortificação do pecado? Podemos concordar absolutamente com o autor da frase acima, que "é o enfraquecimento habitual e bem-sucedido do pecado que envolve a luta e a contenda constante contra a carne, através do Espírito Santo". Muitos cristãos acreditam ser salvos pela graça e santificados pelas obras, parecendo que a graça é somente parte inicial da salvação. Por outro lado, existem cristãos acreditando que a justificação isenta a responsabilidade da obediência fiel e ativa, anulando assim o chamado bíblico, gerando então, uma passividade inapropriada.
O propósito desse texto é enfatizar o pensamento de Owen, sobre esse verso em Rm 8.13, baseando-se nessa declaração e percebendo o contexto que Paulo o encaixa encontramos alguns pontos sublimes. Paulo começa com uma prescrição de um dever:
• "mortificardes os feitos do corpo", quem deve assumir essa ordem? "Vós" - "se [vós] mortificardes".
• Existe uma promessa que está interligada a esse dever, vejamos: "certamente vivereis", qual seria então o meio para o cumprimento? O Espírito: "Se, pelo Espírito".
O esclarecimento de que devemos ter uma praxes em relação ao pecado, deve muda como o enxergamos. O sentido de urgência contra o pecado deve nos levar a uma vida em constante batalhas, a santificação deve ser um prazer para o cristãos e não um peso obrigatório. É intrigante e faz sentido pensar nessa frase em relação ao pecado: "Não poder e Não querer". Percebo que muitos lutam contra o pecado porque não podem pecar, mais isso gera um peso em relação a santidade. Deveria ser "não quero pecar", tornando assim a santidade um prazer, uma disposição agradável para acertar o alvo. Um relacionamento sério com o pecado tem como resultado a morte, o que o apóstolo está dizendo nesse verso (Rm 8.13) é que não há nenhuma outra maneira que seja capaz de produzir mortificação do pecado, a não ser pelo próprio Espírito Santo.
Ao ler calmamente esse verso, percebemos que é pelo Espírito que há morte do pecado, é a Sua obra, a concretização vem do próprio Deus. No verso, vemos as palavras "carne e corpo", usando essas palavras no lugar da depravação da nossa natureza, pois são os "feitos da carne" que serão mortificados, essa carne que converte os membros em servos da iniquidade (Rm 6.29). A ideia da mortificação dos feitos do corpo é combater as obras da carne onde exatamente elas brotam, na sua raiz, essa ideia metafórica "mortificar" tem um sentido, "matar um vivente". É chamado de "velho homem", o apóstolo Paulo diz que é essa natureza que deverá ser morta e aniquilada, isto é, deve ser, pelo Espírito. Por Cristo, pela cruz de Cristo foi crucificado nosso velho homem (Rm 6.6), os cristãos tem o dever de lutar contra o pecado e não admitir amizade com ele.
A promessa desse verso é vida, ao cumprir esse dever, é garantido: certamente vivereis! Aqui temos justamente o oposto da frase anterior: "porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer", a "vida" da qual é a promessa do dever cumprido nos consola não somente na eternidade, mais nessa vida aqui e agora. Gostaria de rescrever nove orientações fornecidas por Owen no que tange à mortificação:
1- Avalie se o pecado com o qual você está lutando é acompanhado de alguns sintomas perigosos;
2- Tenha na mente e na consciência uma percepção clara e duradoura da culpa, do perigo e da malignidade desse pecado;
3- Oprima a sua consciência com a culpa desse pecado;
4- Anele constantemente para ser liberto do seu poder;
5- Considere se o pecado está radicado na sua natureza e é exacerbado pelo seu temperamento;
6- Analise as ocasiões e as vantagens das quais o seu pecado tem se aproveitado para se manifestar e aparecer, e mantenha-se em guarda contra todas elas;
7- Erga-se decididamente contra os primeiros sinais de atividade e concepção do seu pecado;
8- Medite de tal maneira a estar, em todo tempo, plenamente auto-humilhado e consciente da própria vileza;
9- Dê ouvidos ao que Deus diz à sua alma e não fale de paz consigo mesmo antes que Deus o faça, antes preste atenção ao que ele diz à sua alma;
"Mortifique o pecado; seja essa a sua obrigação diária; cumpra-a enquanto viver; não deixe de realizá-la nenhum dia; Mate continuamente o pecado ou ele matará você continuamente".
A Deus toda Glória! Romanos 11.36. [1]______
Nota:
[1] Para Vencer o pecado e a tentação, John Owen
[1] Para Vencer o pecado e a tentação, John Owen
Fonte: Bereianos
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