Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.

Primeiro - Trate Seriamente com o Pecado. Segundo - Não Seja Dono de Coisa Alguma. Terceiro - Nunca se Defenda. Quarto - Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém. Quinto - Nunca Aceite Qualquer Glória. A.W. Tozer

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Uma mulher na liderança do governo?

- Uma palavra aos evangélicos que têm me perguntado se é apropriada a liderança feminina em um cargo governamental.
 
  A Bíblia definitivamente coloca a responsabilidade de liderar nos ombros dos homens, mas ela é bem específica em deixar essa questão explicitada à esfera da família e da igreja. Em minha opinião, há uma diferença entre se considerar, ou eleger, uma mulher para um cargo civil e uma mulher para um cargo eclesiástico.
 
  No lar e na igreja o homem deve liderar e isso não significa que a mulher é inferior a ele. Liderança masculina no lar coloca nos homens a grande responsabilidade de amar a esposa – como Cristo amou a igreja, ou seja, com a maior intensidade possível – de ser o supridor principal das necessidades físicas, a de protegê-la (1 Pedro 3.7 – “... a parte mais frágil...”). No lar, a mulher tem o papel diferente e nobre de auxiliá-lo no na criação dos filhos e na organização da casa e da vida (Provérbios 31). Deve, em harmonia com a Bíblia, acatar essa liderança ao mesmo tempo em que o exercício dela, para os homens, deve seguir as diretrizes divinas. Se ele confunde liderança com pressão, autoritarismo, falta de consideração, ausência de benevolência e amor, está em pecado e precisa se arrepender e aprender na Palavra de Deus qual o seu papel e qual a postura que agrada a Deus (Efésios 5.25).
 
  Na esfera eclesiástica, os homens são comissionados diretamente (1 Timóteo 3 e Tito 1) a exercer a liderança, a supervisão. Essas duas esferas (lar e igreja) são entrelaçadas, quando Paulo ensina que o campo de provas para que homens sejam colocados como autoridades eclesiásticas, é exatamente a postura de liderança que têm no lar (o texto de 1 Timóteo 3.5 diz: “se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?”). As mulheres podem auxiliar na condução da administração da igreja, especialmente se forem esposas de oficiais ordenados, ou em outras capacidades de auxílio e beneficência, mas a ordenação de oficiais (anciãos/presbíteros e diáconos) é comandada a homens. Quaisquer outros argumentos que subvertam essa ordem de liderança, e muitos evangélicos os abraçam, apelam à sociologia, ao “desenvolvimento” do pensar, ou a outras razões; mas se formos à Bíblia é essa diretriz que encontraremos.
  A Palavra de Deus não é taxativa, entretanto, quanto a esse papel de liderança na esfera civil (governo e trabalho). Até temos alguns exemplos, como o de Débora (Juízes 4) – que liderou o povo de Israel, inclusive em uma feroz batalha, incidente em que, inclusive, a JAEL (Juízes 4.18-21 e 5.24) teve papel preponderante no livramento do tirano que oprimia o povo de Deus. No entanto, é bom que fique claro que quando as mulheres assumem papel forte na liderança, isso ocorre para a vergonha dos homens. Demonstra uma falta de líderes no meio do povo. Mesmo no caso de Débora, ela aponta a Baraque que o trabalho era dele. Ela registra que ele estava “tirando o corpo fora” e que Deus a utilizaria de forma excepcional (veja Juízes 4.9).
  A omissão da liderança masculina, fica demonstrada, em adição, em Isaías 3.12, pois o profeta aponta essa situação até como uma forma de julgamento da parte de Deus e como uma característica da fraqueza de um povo, quando registra: "Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres estão à testa do seu governo...".
  
Mas, como já afirmei, acima, pela falta de uma instrução ou condenação específica, como é o caso do papel da mulher na igreja (1 Tm 3 e Tito 1) - para o qual existe uma definição clara - não creio que seja pecado nem o voto, nem a assunção dessa liderança por uma mulher. Com essas palavras, não estou endossando ninguém como candidata ideal. Expresso, apenas, o meu entendimento bíblico, em uma conjuntura (2014) que temos como concorrentes principais ao posto maior do nosso governo – à presidência da república – duas mulheres e um homem, suscitando dúvidas quanto qual deve ser a postura dos evangélicos que procuram pautar suas convicções e ações pelas diretrizes da Palavra de Deus.
 
Por: Solano Portela

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