Sinceramente, quanto à TV Globo (ou qualquer outra emissora), nós, como cristãos, evangélicos, temos o direito de fazer três coisas. Primeiro: criticá-la de modo equilibrado. Segundo: não assistir à sua programação (no todo ou em parte), caso a julguemos tendenciosa e contrária aos valores que prezamos. E, terceiro: não colaborar com ela de forma alguma. Cada um é livre para fazer o que considerar mais coerente.
Quanto ao Festival Promessas, especificamente, oponho-me a ele desde o início. Por quê? Para mim, participar desse tipo de show ou apoiá-lo significa prender-se a jugo desigual (2 Co 6.14-18). Afinal, a Globo que fala tanto em preconceito, que procura posar como emissora politicamente correta, claramente ridiculariza e estereotipa a fé evangélica com as suas novelas e programas de humor. Não bastasse isso, tem noticiado, por meio de seus veículos, que “traficantes evangélicos” (sem aspas) têm expulsado membros de religiões afro-brasileiras dos morros cariocas.
Ora, ora, ora... A mesma TV Globo que “pisa em ovos” ao falar dos monstros assassinos do ISIS (grupo Estado Islâmico) — os quais degolam crianças e jornalistas, bem como fuzilam todos aqueles que se lhes opõem, especialmente os cristãos — não tem o mesmo bom senso para falar dos evangélicos. Estes podem ser associados ao tráfico, não é mesmo? Veja, por exemplo, uma das recentes manchetes de O Globo: “Crime e preconceito: mães e filhos de santo são expulsos de favelas por traficantes evangélicos”. Por que esse jornal não diz, também, que os “militantes extremistas” do ISIS são terroristas muçulmanos?
Ciro Sanches Zibordi
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