Por esses dias eu estive pensando na grande quantidade de pastores que foram feridos na batalha.
Na verdade, um número considerável
de ministros do evangelho, abandonam o ministério pastoral, devido as
lutas, pecados, fracassos e dificuldades das mais variadas possíveis.
Seria irresponsável da minha parte culpar a igreja por todos aqueles que
se arrebentaram no ministério, todavia, estou convicto que muitos pastores adoeceram emocionalmente devido a dureza de suas igrejas.
Lamentavelmente
algumas igrejas tratam os seus pastores como empregados, em alguns
casos, como escravos, não valorizando suas famílias, nem tampouco
respeitando suas lutas e necessidades pessoais. Para piorar a situação,
os membros de nossas comunidades locais exigem de seus pastores atitudes
de perfeição não permitindo que estes manifestem suas dores angustias e
limitações. Junta-se a isso o fato de que uma grande quantidade de
pastores tem sido vitimados pela depressão, o que torna as suas vidas e
de suas familias um verdadeiro inferno existencial.
O meu amigo Juan de Paula escreveu nessa manhã um texto extremamente interessante o qual reproduzo abaixo:
"Na
guerra, quando um militar é atingido, ele deve ser carregado pelos
amigos e irmãos de farda e não considerado peso morto no cumprimento da
missão.Na
batalha espiritual travada na peregrinação cristã, o pastor ferido não
deve ser considerado PESO MORTO pelos seus colegas de ministério mas
carregado nos ombros pelos seus irmãos na fé que também são homens de
Deus."
Caro
leitor, perfeito não é verdade? Por acaso que você já se deu conta que
a Igreja é implacável? Já percebeu que ela exige de seus "heróis"
perfeição ILIMITADA? Pois é, o pastor enquanto está na ativa, servindo,
cuidando, pastoreando ele é perfeito e amado, todavia, se cai doente,
vive lutas na família ou comete o desatino de pecar, este está perdido
não é mesmo?
Prezado
amigo, tomo emprestado as palavras do pastor Juan que nos exorta a não
considerarmos os pastores que se feriram na batalha como peso morto,
antes pelo contrário, os coloquemos em nossos ombros, ajudando-os a
caminhar, bem como enfrentar as batalhas da vida.
Agindo assim, tenho certeza, glorificaremos a Cristo nosso Senhor.
Pense nisso!
Renato Vargens
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