Quando
ouvimos falar de depressão, lembramo-nos quase imediatamente dos
sintomas clássicos (desinteresse generalizado, apatia, tristeza, falta
de energia…). No entanto, nalguns casos, a depressão manifesta-se de
forma atípica, o que pode dificultar o diagnóstico. Antes de mais, é a
própria pessoa que demora a pedir ajuda, pois não é capaz de associar os
sintomas à doença.
As
formas mais conhecidas desta perturbação são a depressão reactiva e a
depressão pós-parto. Quase todas as pessoas estão familiarizadas com
estes conceitos – é relativamente fácil perceber que uma percentagem
considerável da população possa desenvolver uma depressão em resposta a
um acontecimento emocionalmente intenso; além disso, são cada vez mais
revelados casos de depressão em mulheres que acabaram de ser mães.
Contudo,
muitas pessoas têm dificuldade em perceber que, tal como acontece com
outras partes do nosso corpo, o nosso cérebro possa adoecer, sem que
tenhamos vivido um acontecimento traumático recente. Assim, quando a
depressão surge aparentemente sem motivo, a própria pessoa pode
desvalorizar os sintomas. Na tentativa de manterem o auto-controlo e
evitarem parecer “frágeis” ou “fracas”, algumas pessoas acabam por
desenvolver uma depressão atípica.
Aquilo
que mais mascara a depressão é o facto de, nestes casos, haver uma
melhoria do humor em resposta a eventos positivos. É provável que a
pessoa se sinta “bem” se receber uma boa notícia, ou até numa saída com
amigos. No entanto, esta elevação é passageira. Este sintoma é, aliás, o
mais frequente nos casos de depressão atípica.
Os outros sintomas incluem:
- Ansiedade generalizada;
- Aumento de peso;
- Necessidade excessiva de dormir;
- Hipersensibilidade à rejeição.
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